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ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CCCXI

4 comentários em “ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CCCXI”

  1. Miguel José Teixeira

    “De legados e fracassos”
    (Denise Rothenburg com Eduarda Esposito, Coluna Brasília-DF, CB, 19/11/24)

    Aliados comentavam em meio à reunião de cúpula do G20 que se o mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva terminasse em dezembro, seu legado já estaria posto com o G-20 Social e a Aliança contra a Fome — lançada em 2004, quando ele discursou nas Nações Unidas, mas não foi para frente.

    O discurso no G20, 20 anos depois, poderia ter sido um copia e cola.

    Naquela época, Lula usou frases do tipo “da fome e da pobreza jamais nascerá a paz” ou “a humanidade está perdendo a luta pela paz”. E conclamou a uma união no combate à fome, com a pergunta:

    “Se fracassarmos contra a pobreza e a fome, o que mais poderá nos unir?”

    A frase vale para os dias de hoje. E foi nesse sentido que a Argentina ingressou na nova aliança — não dá para ficar contra um movimento contra a fome. O contraponto que Javier Milei fará — e já ensaiou em seu discurso em defesa do neoliberalismo — será nos meios para se alcançar esse objetivo.

    Veja bem
    O fato de Lula anunciar uma aliança global contra a fome, 20 anos e dois meses depois daquele discurso na Abertura da 59ª Assembleia da ONU, é sinal de que os países fracassaram nessa empreitada.

    Agora, com o G20 prometendo, inclusive, um fundo para financiar essa nova tentativa de acabar com a fome, a esperança do governo brasileiro é de que, daqui a 20 anos, os discursos de hoje sejam vistos como primeiro passo de uma caminhada que chegou ao objetivo.

    (Fonte: https://blogs.correiobraziliense.com.br/denise/de-legados-e-fracassos/)

  2. Miguel José Teixeira

    . . .”Fossem as promessas de campanha, transformadas em programa obrigatório de governo, com direito a punir aqueles candidatos eleitos que não cumprissem o prometido, poucos ou raros políticos teriam vida fácil neste país.”. . .

    “Fim da fome ou da corrupção?”
    (Circe Cunha e Manoel de Andrade-Mamfil, Visto, lido e ouvido, Blog do Ari Cunha, CB, 20/11/24)

    Em passado, não muito distante, dizia-se que as criações de fatos inusitados, dentro da política, tinham como objetivo levar a opinião pública a redirecionar sua atenção, não para o que acontecia no país, mas para assuntos de menor importância, deixando assim, a realidade de lado. Políticos descobriram que as multidões preferem dar ouvidos a assuntos que apontem sempre para um futuro melhor, deixando de lado as cruezas do aqui e agora. Daí que, quanto mais colorida forem as promessas de futuro feitas pelos políticos, maior é a adesão dos eleitores.

    As multidões não se apegam à realidade e não gostam de ouvir verdades, ou sobre fatos incômodos. Preferem sempre a fantasia. Nesse caso, melhor posição para os políticos de língua afiada, que sabem falar mal de seus opositores e bem de si próprios. Prometem um país que não podem entregar, pois sabem que se o fizessem, eles próprios estariam se prejudicando.

    Fossem as promessas de campanha, transformadas em programa obrigatório de governo, com direito a punir aqueles candidatos eleitos que não cumprissem o prometido, poucos ou raros políticos teriam vida fácil neste país. Naquele tempo, essa estratégia era conhecida como factóide. Depois da redemocratização, com a volta dos políticos ao poder, muitos factóides foram sendo criados para desviar a atenção do público para o que acontecia nos bastidores do poder. Talvez venha daí que, em regra, os eleitores de nosso país têm eleito muito mais animadores de auditórios do que homens públicos com vocação para servir a nação.

    Políticos sérios e devotados à causa pública, com ficha limpa e vontade de trabalhar, têm tido vida curta no Brasil. A razão é que, para essa minoria, não há espaço no conturbado e ilusório mundo político nacional. Chega-se a pensar que os eleitores nacionais não apreciam muito os políticos arrumadinhos e de vida limpa e monótona. Também não é por outra razão que, caso o eleitor resolva fazer um levantamento da vida pregressa da maioria dos candidatos que disputam cargos públicos em nosso país, chegará à conclusão de que boa parte não possui curriculum vitae – como os que são apresentados nas disputas por vagas de emprego -, mas sim uma enorme capivara contendo uma série de delitos e crimes, que perfazem quase todo o Código Penal Brasileiro. De narrativa em narrativa, vai se empurrando o Brasil rumo ao futuro. Todos nós, bons e maus, estamos indo ao futuro, independente de nossa vontade. A diferença é que o futuro prometido por aqueles que não possuem compromisso ético com o amanhã, é como um castelo de areia construído a beira-mar.

    Esse introito vem a propósito de algumas das mais recentes narrativas, lançadas ao vento, pelas elites no poder e que servem apenas como cortina de fumaça para esconder a realidade de escombros que vai sendo deixada para trás ou varridas para debaixo dos novos e caros tapetes palacianos. Uma dessas narrativas, repetidas por mais de duas décadas, diz que é preciso acabar com a pobreza no país. Não tomando o caminho reto que é o de acabar com a corrupção endêmica, que é uma das suas principais causas, mas acabar com a pobreza, empurrando os ricos também para o patamar da pobreza por meio da taxação das grandes fortunas.

    Obviamente que não se fala aqui de taxar as grandes fortunas amealhadas com a corrupção e fruto de assalto aos cofres públicos. A falsa narrativa aqui é que são os ricos os responsáveis pela pobreza e não os políticos que dilapidam as riquezas nacionais em conluio com os empresários amigos e, com isso, impedem a superação da pobreza pela maioria da população.

    Outro factoide moderno, recém saído do forno, diz que é preciso acabar agora com a jornada de trabalho 6×1. Ocorre que esse é mais um factoide, lançado ao vento, para destruir o que resta de capitalismo e livre inciativa em nosso país, deixando os empresários sem condições alguma de produzir ou lucrar, já que, nesse novo modelo, os salários permanecerão os mesmos, sem redução. É claro aqui também que, nessa narrativa, não se apontam os impactos desse modelo sobre a economia e nem apresentam estudos consistentes para implementá-lo.

    Talvez a proposta para contrabalançar o prejuízo decorrente da pouca frequência do trabalhador, seria atenuada pela redução de impostos proporcionalmente. Reduz-se as horas trabalhadas, reduzindo também, na mesma medida, a carga tributária sobre os empresários.

    (Fonte: https://blogs.correiobraziliense.com.br/aricunha/fim-da-fome-ou-da-corrupcao/)

  3. Miguel José Teixeira

    . . .”O senhor acredita mesmo no reducionismo tosco de suas palavras ou é apenas o “toque do berrante” para a manada repetir nas redes sociais.”. . .

    “Repugnante, senador Flávio Bolsonaro, é a sua fala”
    (Ricardo Kertzman, O Antagonista, 20/11/24)

    Numa declaração pavorosamente cínica e reducionista, o senador Flávio Bolsonaro, aquele que:
    1) De acordo com Fabrício Queiroz, o operador das rachadinhas em seu gabinete de deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, nunca soube do “rachid” dos salários dos funcionários, mesmo tendo diversas despesas pessoais pagas pelo próprio carequinha – amigo pessoal do papis há décadas;
    2) A franquia de uma loja de chocolates vendia panetones como nenhuma outra, inclusive fora da época, e quase sempre em dinheiro vivo já que a utilização de cartões de débito e de crédito devia ser, digamos, pouco prática aos propósitos desejados;
    3) Felizardo, comprou uma mansão milionária em Brasília, segundo avaliadores, abaixo do preço de mercado e registrou o negócio em um cartório fora da cidade, tendo ainda como histórico a negociação de outros imóveis, utilizando, em parte, dinheiro vivo, assim se manifestou sobre a Operação Contragolpe, deflagrada pela Polícia Federal ontem, terça-feira, 19:

    “Quer dizer que, segundo a imprensa, um grupo de cinco pessoas tinha um plano para matar autoridades e, na sequência, eles criariam um ‘gabinete de crise’ integrado por eles mesmos para dar ordens ao Brasil e todos cumpririam?”.

    Não, senador, não foi “segundo a imprensa”, mas segundo a Polícia Federal, que apresentou farta documentação comprobatória a respeito, ainda que possa – pois é sempre possível -, aqui e ali, “forçar a mão” em uma narrativa ou outra, ou mesmo cometer algum erro ou outro. Em seguida, continuou o bolsokid 01, que um dia foi providencialmente socorrido pelo “amigo do meu amigo de meu pai” com uma decisão que suspendeu as investigações contra si pelas tais rachadinhas do Queiroz: “Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime. E para haver uma tentativa é preciso que sua execução seja interrompida por alguma situação alheia à vontade dos agentes. O que não parece ter ocorrido”.

    É sério, senador? Então tudo se resume a não ser crime “pensar” em matar alguém, pouco importando se quem “pensou” eram o presidente do país (hipótese, claro), seus auxiliares diretos, oficiais graduados das Forças Armadas e até mesmo, supostamente, um candidato à vice-Presidência da República? Pouco importando, também, se os alvos eram um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), no caso, Alexandre de Moraes, também conhecido como “Xandão”, e o presidente e vice-presidente eleitos da República? Pouco importando, por fim, se o objetivo era um golpe de Estado? Pergunto: o senhor acredita mesmo no reducionismo tosco e cínico de suas palavras ou se trata apenas do “toque do berrante”, para a manada sair repetindo uníssona nas redes sociais? Porque, na boa, se é a isso mesmo que na sua visão resume-se todo esse caso, não me resta muito mais o que comentar, sob pena de eu me tornar ainda mais baixo – intelectualmente falando – que o senhor.

    (Fonte: https://oantagonista.com.br/analise/repugnante-senador-flavio-bolsonaro-e-a-sua-fala/)

    Só pra enfezar. . .
    Assim como Helena foi o motivo da queda de Troia, o bolsokid 01, foi o motivo da queda da lava jato!

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