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ESTÁ CLARO QUE EDUCAÇÃO, SAÚDE E SOCIAL SÃO CALOS DE KLEBER. VICE VAI A BOMBINHAS BUSCAR “SAÍDAS”

Nada contra Bombinhas que já foi governada pela deputada estadual, ex-PDT e sem partido, Ana Paula da Silva, a Paulinha e por causa do seu desempenho administrativo e político, saiu de lá como deputada.

Mas, o sistema educacional de lá inspirar o de Gaspar é algo assustador. É no fundo, o retrato acabado do quanto estamos atrasados nesta área e quanto agora, e só agora quando se afloram os problemas e refletem na campanha eleitoral, isto se transformou em desespero para a dupla Kleber Edson Wan Dall, MDB e seu vice, que deverá ficar prefeito a partir de abril, Marcelo de Souza Brick, PSD.

E Marcelo acaba de lavar a minha alma, naquilo que venho apontando há anos como uma fragilidade indecorosa do governo Kleber contra o futuro de crianças e jovens. E o tempo mais uma vez foi senhor da razão. E por quê?

Na semana passada, Marcelo, o vice, o que se veste de futuro prefeito, foi a Bombinhas. E fazer o quê? Foi conhecer a escola bilingue do sexto ao nono ano em período integral com aulas de esportes, artes, músicas, gastronomia, espanhol e robótica. “A nossa intenção é trazer para Gaspar esta referência educacional”, escreveu ele na sua rede social sem ficar vermelho de vergonha.

Referência? É mesmo? Meu Deus! Quanto atraso. Antes tarde do que muito mais tarde.

E precisava ir lá em Bombinhas? Aqui do lado estamos rodeados de exemplos iguais, a começar por Blumenau.

E se não bastasse, nem precisaria sair de casa ou do lazer para em vários cliques no smartphone percorrer centenas de exemplos, escritos e artigos de especialistas sobre o assunto, além de dados estatísticos comparativos e evolutivos, ou aprendizagem, sobre modelos educacionais e pedagógicos de inclusão e competitividade para crianças e adolescentes.

A conclusão clara é esta: Bombinhas está fazendo a lição de casa; já a Gaspar dos políticos que pensam em obrinhas, que se atrapalham até nas simples recuperações físicas dos próprios prédios municipais, não. Ou alguém é capaz de contestar este cenário conclusivo e que não é de hoje?

Quando uma secretária da Educação, Zilma Mônica Sansão Benevenutti, que é uma técnica da área e que derrubou o Ideb – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – se elege vereadora; quando a secretaria de Educação com graves problemas herdados tanto da gestão anterior, quanto os decorrentes da pandemia, é loteada a um curioso na área vindo de outra cidade, na vaga partidária do PSD de Gaspar, como aconteceu com o jornalista Emerson Antunes, de Blumenau, é porque o senso de reversão do desastre não é o principal foco do governante, neste caso o prefeito Kleber, ou os prefeitos de fato, ou seus “çabios” no poder de plantão.

Aqui faltam vagas nas creches, falta contraturno, faltam escolas em período integral, faltam escolas bilingues, faltam escolas inclusivas, o Ideb é deficiente e falta avaliação de produtividade dos docentes. Aliás, o Ideb é um deles.

Por causa disso, as APPs estão sobrecarregadas e em muitos casos, a coisa não é pior, porque elas carregam o pesado piano em favor do futuro dos seus filhos. Já entenderam que reclamar atrasa mais o que já está atrasado. Uma bravura. E um espanto ao mesmo tempo.

Faz bem o vice-prefeito Marcelo em ir ao prefeito Paulo Henrique Dalago Müller, ex-DEM. Mais do que um gesto de que há o que aprender lá, é preciso deixar claro o que se quer mudar e em quanto tempo a favor da cidade, das crianças e jovens.

Se não for assim, será apenas marketing, discurso e encenação nas redes sociais – que manipulam bem – para diminuir o que de ruim está afetando a campanha política da coligação no poder de plantão.

Espera-se que não seja outro tipo de viagem e marketing contra o futuro de gente humilde – e as vezes até vulnerável – que depende de escola pública de qualidade para ser um ente de transformação na sociedade. Acorda, Gaspar!

BAFAFÁ

Fato 1. A secretaria de Educação quer mexer num vespeiro. Esta semana vai se reunir com alguns diretores. Algumas APPs estão com sérias queixas de comportamento e desempenho de seus diretores.

Há entre eles, eleitos pela própria comunidade de alunos, pais, professores e este é um problema com muitos desdobramentos políticos e emocionais.

Fato 2. Vem aí o reajuste da remuneração dos professores da Educação Básica – obrigação dos municípios – pelo piso nacional editado na semana passada pelo presidente Jair Messias Bolsonaro. E pode atingir até 33% de aumento em muitos casos e municípios que sempre tararam a Educação com desdém. Alguns prefeitos estão resistentes. Gaspar está calada.

O valor do piso do magistério é calculado com base na comparação do valor aluno-ano do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) dos dois últimos anos.

E os deputados e senadores bombaram o Fundeb com verbas federais. Então é lei. Mas, choveram controvérsias sobre a lei e as obrigações que ela criou para os municípios. E por isso, muitos deles estão esperando pela judicialização, para só depois cumprir a obrigação. Há interpretações diversas para o mesmo assunto.

Fato 3 – O atual secretário de Educação de Gaspar, Emerson Antunes, está mapeado para deixar o cargo comissionado. E não exatamente pelas polêmicas que causou, pela inexperiência, ou pelos resultados diferenciais que ainda não conseguiu mostrá-los.

Ele deverá ser um dos coordenadores de campanha do seu padrinho político, o deputado evangélico de Blumenau, Ismael dos Santos, PSD, que vem atuando como prefeito de fato em Gaspar, bem como ajudar na dobradinha com o seu atual empregador, Kleber Edson Wan Dall, MDB.

Fato 4 – O que estava mapeado por Marcelo e perdeu a vaga em humilhante decisão política, Antônio Mercês, um técnico, ex-diretor do quase centenário Colégio Honório Miranda, hoje apenas um diretor na secretaria, possivelmente não seja promovido à titularidade secretaria como seria natural.

Estuda-se ser ele o chefe de gabinete de Marcelo, se Marcelo for confirmado prefeito.

TRAPICHE

O ex-prefeito de Gaspar por três mandados Pedro Celso Zuchi, PT, e agora candidato a deputado estadual, foi à sua rede social, criticar o corte das verbas para a BR-470 pelo presidente Jair Messias Bolsonaro, PL.

Ele fez certo. E está certíssimo. Parece que agora até está lendo este blog onde venho tratando este assunto com o mesmo posicionamento dele. Zuchi jurava que não me lia quando estava no poder. Coisa que duvido, pois até me perseguiu e com base no que eu escrevia.

Por outro lado, ao mesmo tempo, Zuchi está ruim da memória, ou acha que a memória do povo está curta. E se é, vou relembrar. No tempo dos governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Vana Rousseff, nem corte havia, nem obra, nem verba, apenas anúncios, palanques e outdoors.

Ou Zuchi se esqueceu do comício feito no ginásio João dos Santos no dia 18 de julho de 2013 para assinar papelinhos que se diziam contratuais e se anunciava o início das obras de duplicação da BR-470 entre Navegantes e a divisa de Indaial pelo tal PAC – Programa de Aceleração dos Crescimento?

Estavam lá a ministra das Relações Internacionais, Ideli Salvatti, à época; o ministro César Borges, dos Transportes e ex- governador da Bahia, filiado ao PR de Valdemar da Costa Neto, hoje dono do PL; os deputados Décio Neri e Ana Paula Lima que mais tarde patrocinaram um icônico outdoor no aniversário de Blumenau, onde davam a duplicação da 470 como presente à cidade de lá. Pela discurseira daquele dia, a obra deveria ficar pronta incialmente em 2018. E está?

Agora, Zuchi pré-candidato a deputado estadual escreveu na sua rede social isto. “Volto a repetir: É necessário buscar o que o Vale do Itajaí tem direito. Mais uma veza estamos sendo deixados de lado, sem a contrapartida ao nosso estado que tanto contribui para o desenvolvimento do país.”

Mais uma vez, Zuchi está certíssimo. Entretanto, no que tange ao que aconteceu no governo do PT como um todo com Santa Catarina, ele erra. Zuchi acertaria melhor, inclusive na comparação com seu adversário local Kleber Edson Wan Dall, MDB, vestido de candidato, naquilo que o PT fez por Gaspar e pode ser referência como a ponte do Vale e o IFSC.

Na ponte, os gasparenses praticamente não gastaram nada dos impostos locais nos mais de R$40 milhões que ela custou e Brasília bancou. Já o MDB e PSD – os que estão no poder agora e só por implicações de poder, na época -, tentaram melar a obra contra o futuro da cidade. No caso do IFSC houve a complacência de Blumenau, como já contei aqui várias vezes.

Só para lembrar, Gaspar tem três pré-candidatos a deputado estadual razoavelmente competitivos. Kleber e Zuchi sabem disso. Assim, os dois que foram prefeitos estão medindo forças aqui naquilo que já foram vencedores e perdedores. O terceiro, é um azarão que o bolsonarismo terá que segurar como voto caixão para não ser mal avaliado de novo por aqui.

O grupo suprapartidário Conecta, liderado pelo advogado João Pedro Sansão, que também é pré candidato a deputado Federal pelo PT, foi até a juíza eleitoral da Comarca, Cristina Paul Cunha, sugerir a adesão da Comarca ao programa “Meu Primeiro Titulo bora vota!

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