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FALTAM PROPOSTAS, VISÃO E DISCURSOS. ENTÃO SOBRAM ESTÓRIAS PARA KLEBER, O CANDIDATO

Atualizado às 15h35min Nunca se viu tanta postagens pessoais e institucionais nas redes sociais do prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, MDB, depois que ele virou pré-candidato a deputado estadual, não exatamente por sua cidade, mas pela sua Igreja Evangélica Assembleia de Deus. A marquetagem, apesar da trabalheira que tem para isso, está meio perdida.

Falta-lhe conteúdo.

E na falta de assuntos mais sérios de pré-candidato regional – e de Gaspar -, esperando pelos votos dos fiéis de uma denominação neopentecostal, Kleber passou a contar estórias da carochinha para passar o tempo, tocar os corações e esconder o que podia ter feito e não vez e naquilo que se estabeleceu em vinganças, como esta da falta de asfalto a Rua Vidal Flávio Dias, no Distrito do Belchior, prometida há quatro anos aos empresários e investidores que trouxeram, implantaram e desenvolveram várias empresas por lá, gerando mais impostos por aqui.

“Muitos são sabem”, contou ele, numa rede social recentemente, “mas na faculdade, o meu apelido era Gaspar”. Normal. E isso devia ser motivo de orgulho. No meu caso, seria.

Entretanto, o que Kleber revelou com a publicação é que esse apelido trazia embutido uma ponta de mágoa e até menosprezo, pois a percepção era de que a cidade representaria para alguns de seus colegas, o atraso. Então, Kleber entendia que isso se transferia a ele próprio, ou aos demais de mesma origem. E o incomodava. E estava certo se este era o sentido.

Não vou discutir sentimentos e nem orgulho.

“Aliás quem era de Gaspar na Furb, assim era apelidado”. E ele explica: “uma cidade pequena ao lado de Blumenau, que poucos conheciam”, continuou Kleber no mesmo texto, feito, ou aprovado por alguém que ele assinou e publicou, ao dar bom dia e bom domingo aos seus conterrâneos quebra tigelas de nascimento, ou de adoção, por falta de assunto mais relevante.

Entretanto, esqueceu de que ele próprio, por sorte do destino, teve tudo para mudar isso, e por enquanto falhou como prefeito por cinco anos até aqui.

Kleber no mesmo texto vazio, inclusive de propósito, encheu o peito e proclamou que “hoje já somos reconhecidos em toda Santa Catarina“. Pode ser e nem vou discutir isso, mas é preciso saber exatamente no que somos reconhecidos estadualmente. Todavia, não pelo que Kleber fez por Gaspar e sua gente. E ele completou: “e vamos falar a verdade, tem lugar melhor?”. Talvez não tenha, mas se continuar assim…

Esse texto do prefeito e que grifei acima, é de quem não quer ir além de prefeito de uma cidade que sempre será periférica, e não é porque ela é atrasada, é porque Blumenau, Brusque e Itajaí antes de Gaspar, já tomaram o protagonismo macrorregional, seja econômico, político e na atração de oportunidades.

Gaspar, na verdade, precisa se olhar como uma complementariedade necessária ao protagonismo que já está posto. É assim que funciona um sistema de auto sustentabilidade regional e econômica. Não deve se queixar, nem se conformar, nem invejar, mas encontrar o seu papel neste sistema e que não pode ser de menor valia.

Gaspar realmente cresceu, como lembra Kleber no texto, mas não se desenvolveu, o que são coisas bem diferentes e que não vou explicar, no sentido acadêmico, aqui mais uma vez. Pior, não se integrou. E isto esteve nas mãos do próprio Kleber. Eu exagero? Então eu conto, mais uma vez.

Os problemas e desafios só agravaram, ou aumentaram desde que Kleber se tornou prefeito.

Entretanto, outros municípios periféricos como Indaial, Timbó e Pomerode, para não ir mais longe da nossa região, fizeram a lição de casa e criaram diferenciais. E Gaspar ainda não.

Por isso, Gaspar continua tão pequena, não exatamente como nos tempos de Kleber como estudante na Furb, mas naquilo que precisa mudar para de verdade ser um lugar melhor como sugere o do texto da propaganda de Kleber feito por seus marqueteiros e estimulados por seus “çábios”, religiosos e familiares para emocionar pessoas amigas, desinformadas e conformadas com que está aí.

Como prefeito por cinco anos, Kleber ainda não conseguiu liderar, dialogar e atualizar o Plano Diretor; fez coisas pontuais para agradar uns e notoriamente prejudicar outros.

Não conseguiu implantar o sistema de coleta e tratamento de esgotos; não conseguiu ampliar a coleta e tratamento de água – um gargalo perigoso já do presente.

A Saúde Publica se tornou um caos com um Hospital de quem não se sabe quem é o dono, sob intervenção municipal e comendo milhões do Orçamento.

A Educação está com o Ideb comprometido, sem contraturno, sem turno integral, ou seja, é outro gargalo social para o futuro. Isto sem falar nas obras estruturantes ou não projetadas, ou não executadas e quando feitas comprometidas como mobilidade para o futuro.

E Kleber teve esta oportunidade, mas deixou o cavalo encilhado passar ainda mais se quisesse ser, como está sendo, pré-candidato a deputado estadual. Foi presidente da Associação dos Municípios de Médio Vale do Itajaí – a AMMVI – e que ao fim do mandato dele, virou Associação de Municípios do Vale Europeu.

Lá, Kleber foi uma peça decorativa do ponto de vista de ação, liderança e proposição, de ser um protagonistas e abrir portas – num ensaio de como um deputado deve se comportar, de ser um representante e chamar a atenção para possíveis ideias comuns para o tal Vale Europeu que supostamente quer representá-lo. Foi apenas um presidente com este título desta associação.

Vou repetir: eu exagero? Então vamos lá!

O que Kleber prefeito, o presidente da Associação dos Municípios do Vale Europeu, o estudante que tinha apelido de Gaspar, fez à nossa região não ser metropolitana que é pedir demais, mas ao menos ser conurbada, integrando-se potenciais e diminuindo problemas comuns como o de mobilidade urbana e regional, transporte coletivo, educação, saúde, assistência social, ambiental, tratamento de esgotos, destinação de lixo e até um Plano Diretor mínimo e macro? Zero!

Ou seja, perdeu a oportunidade de ser estadista, de se projetar, de conquistar confiança e mesmo na comunicação que usa para se defender. Kleber continuou o aluno da Furb com o apelido de Gaspar.

E para completar a série de equívocos e que dá bem a dimensão daquilo que combina com ele e com os tempos de Furb, o prefeito de Gaspar, o que quer ser candidato, o que quer representar a região do Vale Europeu diz que não quer a duplicação da rodovia que liga Gaspar a Brusque só para atender a meia dúzia de apoiadores seus em detrimentos de centenas de milhares de pessoas – no presente e principalmente no futuro – que possam ser beneficiados com esta obra do governo do Estado?

É por estas e outras que a Gaspar de Kleber quando ele frequentava os bancos da Furb, em Blumenau, não mudou muito. E Kleber teve tudo, e só ele, por decisão própria, para reverter esta percepção. Faltou carisma. Perdeu a oportunidade. Agora, está escrevendo estorinhas nas redes sociais e que contrastam com aquilo que podia e não mudou. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Interessante. Os deputados estaduais que mais torceram para que o governo de Carlos Moisés da Silva, sem partido, desse errado e fosse abreviado, são os que mais propagandeiam por aqui de que foram eles quem trouxeram verbas de emendas parlamentares para os municípios da região.

Estas verbas, não na verdade, são do Executivo, ou seja, do governo do Estado e não da Assembleia. É o que diz o Orçamento Estadual, a lei orgânica. Cada deputado, estima-se tem direito em torno de R$40 milhões delas pelos quatro anos de mandato.

O médico João Leopoldino Spengler, está internado. E precisando de doadores de plaquetas de bancos de sangue de outros municípios, além de Blumenau que é o natural supridor desta demanda e está com dificuldades. Há uma corrente solidária na cidade e região.

O empresário Luciano Hang, da Havan de Brusque, está deixando nervosa gente que o quer candidato e gente – não só de Santa Catarina – que está querendo cassá-lo tão logo anuncie que será candidato a alguma coisa.

O PT de Gaspar já tem o discurso pronto e na ponta da língua quando lhe dizem que o ex-prefeito Pedro Celso Zuchi estaria atrapalhando os planos do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, como candidato a deputado estadual de Gaspar. O partido sempre teve candidato desde 2002 e quem está traindo o mandato, é Kleber; e não Zuchi.

Para os petistas, Zuchi foi prefeito por inteiro nos três mandatos em que se elegeu e não saiu na metade para concorrer a outro cargo eletivo como quer Kleber. Na visão dos petistas, quem está atrapalhando Zuchi é exatamente Kleber. No discurso, estão com a razão. Durma com um barulho desses.

A estrela cadente. O ex-prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, pelo PSDB e que deixou o mandato na metade para o vice Mário Hildebrandt, hoje no Podemos, para ser uma joia rara, jovem e reluzente, ao governo do estado e por manobra de espertos contra novatos, foi engolido pelo MDB, e se tornou vice de Mauro Mariani – que nem chegou ao segundo turno -, vai tentar voltar ao cenário político. E por baixo. Mas, acertadamente.

Depois da passada de perna dentro do PSDB, em outro erro estratégico, Napoleão foi para o PSD. Ficou no limbo e sendo cozinhado pela família Bornhausen, novamente como uma “joia rara, jovem e reluzente”. Chegou a hora da verdade. Para não repetir o filme, Napoleão vai ser candidato a deputado estadual. E como outros, vai correr riscos. É a vida como ela é. Se o pai Acácio fosse vivo, isso não teria chegado onde chegou.

Um candidato a reeleição a deputado estadual e com domicílio eleitoral em Blumenau está preocupado com a sua reeleição. E está convencendo os eleitores gasparenses a não terem candidatos e nem votar nos daqui com a seguinte argumentação: não vai chegar.

“Vocês tem que votar em quem vai chegar, ou possuem reais chances disso”, propaga nas conversas, redes sociais e aplicativos de mensagens que voltou a funcionar para quem nunca ligou durante o mandato.

“São as verbas parlamentares que estão em jogo”, reforça ele numa argumentação rasa. “Não existe candidato de Gaspar. Nem votos tem na cidade para eleger um”, insiste. “Quando o candidato dai vir a Blumenau, terá que dizer que é candidato da região. Assim fará quando for a Timbó, Pomerode, Indaial. Quem tem esse discurso regional em Gaspar?”, pergunta com razão.

Quando ele insiste em ser paraquedista por aqui, onde esteve ausente e até traiu ou dividiu o partido dele por aqui, ele dizer claramente em qual projeto regional que ele vai se comprometer com os gasparenses. Nem como deputado, nem como candidato à reeleição deu um pio até agora.

A propaganda dele para Gaspar, baseia-se nas ínfimas verbas parlamentares que destinou e não cuidou na aplicação delas por aqui e que foram absorvidas pelo governo de plantão e os os “çabios” que o domina. Acorda, Gaspar!

O MDB sendo MDB, como sempre. Fizeram as prévias. Se inscreveram três candidatos a governador dos quatros que se ensaiavam. O deputado Valdir Cobalchini desistiu.

Inesperada e surpreendentemente sobrou o prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Aleixo Lunelli e Dário Berger. Há as mais diversas apostas, e a mais forte de que Antídio acaba de ficar viúvo no partido.

As voltas que o mundo dá. A duplicação da Rodovia Gaspar a Brusque é um projeto do governador Carlos Moisés da Silva, sem partido, via o secretário de Infraestrutura e Mobilidade, Thiago Augusto Vieira.

Agora, da noite para o dia, este projeto está apadrinhado por Ivan Naatz, PL, depois que o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB e o suplente de deputado, Pedro Celso Zuchi, PT, deram um inexplicável cavalo de pau neste assunto contra este necessária e óbvia duplicação e que não vai custar nada a Gaspar.

E porque o mundo dá voltas, ainda mais em se tratando de política e políticos?

Naatz foi o que mais tentou colocar fora do mandato o governador Carlos Moisés da Silva. Agora, neste caso, está usando uma ideia de obra estruturante de Carlos Moisés, defendendo-o contra o atraso dos nossos políticos.

Tudo para ampliar o eleitorado. Enxergou uma oportunidade de discurso que não tinha por aqui.

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