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POR QUÊ OS GOVERNANTES DE GASPAR NÃO CONSEGUEM ENXERGAR OS VULNERÁVEIS DO PRESENTE? ELES NÃO VOTAM



Ontem, o prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, MDB, fez um comício para numa ação de marketing apresentar o “novo” velho programa “avança, Gaspar”. É assim mesmo, agora ele é escrito de forma minúscula graficamente Ou seja, é representativo. Tudo a ver.

Foi um comício porque Kleber está candidato a deputado estadual num projeto da igreja dele – não exatamente dos evangélicos neopentencostais – está candidato de alguns riquinhos da cidade e de um conselho fake da cidade. São palanques montados para o marketing para a divulgação compulsória naqueles que são obrigados a isso.

Em um mês, Kleber vai deixar o cargo que deveria cumprir até 2024.

Foi um comício porque não será Kleber quem fará o que promete fazer, se for feito, mas o seu vice Marcelo de Souza Brick, PSD. algumas coisas que foram apresentadas na Sociedade Alvorada lotada e sob aplausos de comissionados, cargos de confiança, partidários, beneficiários e religiosos estavam prometidos há quase cinco anos, como é o caso do asfaltamento da extensão da Vidal Flávio Dias, no Belchior Baixo. E não só ela.

Foi um comício, porque este tal “avança, Gaspar” é algo velho e tudo se agarra nele, incluindo até remendo de coisas malfeitas, menos projetos que mudem de verdade a cidade em frentes estruturantes, incluindo as de cunho social.

Foi comício, porque na propaganda e na prestação de contas do “avança, Gaspar” sempre estiveram, ou estão as obras físicas, e nunca pessoas. Ah, mas as obras físicas são necessárias e relevantes, Herculano. Não discordo um milímetro. Entretanto, todas são feitas para as pessoas, a segurança, conforto, utilidade e também na proteção social organizada.

Então o que não apareceu no comício de ontem?

Primeiro, quero escrever que as fotos que abrem este artigo são do falecido Centro de Educativo [e convivência social] Maria Hendricks, uma espécie de contraturno, uma espécie de resgate à dignidade, uma espécie de amparo social, educacional a favor da infância e juventude vulnerável, uma espécie de compromisso responsável da cidade – e não do governo de plantão – com a cidadania e com o futuro dessas crianças e adolescentes.

Ele não existe mais.

Os políticos, incluindo o próprio Kleber que aparece em uma das fotos se fartando politicamente dele, mataram-no.

A Assistência Social – e não só deste governo de Kleber, diga-se desde sempre – virou um cabide de empregos políticos e a secretaria de Educação, igualmente.

Antes do resgate de crianças e jovens vulneráveis vieram, vejam só, os regates dos cabos eleitorais e correligionários sem empregos, ou recrutados – como se soldados fossem – na aliança MDB, PSD, PP, PDT e PSDB para se perpetuar o poder, tanto que nem se abriu o calendário eleitoral e todos já estão em campanha e comícios, todos disfarçados e fora de época.

Esta conta contra o futuro e a cidadania virá, alta e de encontro aos políticos que estão hoje no poder em Gaspar.

Uma sociedade que não cuida dos seus fracos, que não dá oportunidade para seles serem cidadãos e autônomos, faz, mas não edifica palácios. Faz festas. Falta-lhes alicerces, cimento, pedra e ferro. Um dia, esses mesmos palácios vão desmoronar sobre os próprios palacianos de araque, os quais vivem se exibindo o seu dia a dia nas redes sociais. Vão ser soterrados os séquitos, a vassalagem e os bobos da corte também.

Este depoimento abaixo, que preservo o autor, e vou titular de João, é de quem foi transformado pelo Centro de Convivência Maria Hendricks, em Gaspar, em cidadão. E deve muito a sua formação a este tempo, a este local, hoje, abandonado, em ruínas e que sinaliza bem quem está no poder de plantão.

Hoje, este Centro foi transformado num lixo, sucateado por dentro e por fora, sem ocupação, enquanto a prefeitura além de abandonar os vulneráveis à própria sorte, abandonou o próprio prédio dela. Inacreditável. Desperdício de dinheiro público e por quem se orgulha de ser administrador competente.

Se aquele prédio, uma obra física, no mínimo, não serve para ajudar a moldar o futuro de pessoas, ou dar esperanças às nossas crianças e adolescentes, deveria diminuir alugueis de outros imóveis que a prefeitura paga, numa ciranda sem controle, ou de benefícios encadeados com interesses políticos.

Obras físicas, como escrevi, são feitas para as pessoas e não apenas para ser produto de marketing passageiro em busca do voto fácil e emocional do político no poder de plantão. Porque no palácio social, os alicerces são de pessoas. Acorda, Gaspar!

DEPOIMENTO VERDADE

Eu conheci [o Centro]. Fiquei sete anos. Depois tive que sair [estourou a idade].

Ah, naquela época, vou falar pra ti, tá ligado, eu odiava ir pra escola e não via a hora de acabar a aula para ir para o Centro Educativo. Estudava de manhã. Chegava lá, comia, melhor do que em casa, uma comida top, feita pela falecida Dona Carmem. Aí nós acabávamos o almoço, daí nós íamos para a sala de aula fazer os deveres da escola [acompanhados], depois tinha educação física, fazia cestinha de vime, na época até ganhava até um troco lá, sabia? Mano, vou falar pra ti, os melhores anos da minha vida que eu vivi foi lá no Centro Educativo, com certeza. Estrutura top. Os professores top. Não tem o que reclamar. Não tem uma vírgula para falar. Mas, isso lá, bem lá atrás. Antes do governo do Kleber, antes do governo do Zuchi, acho.

Não era merenda. Você não tem noção da comida que era lá. Era um bufê. Tinha carne, pastelão. Não era sucrilhos, farinha com açúcar. Aliás isso era todo dia. Comia melhor lá do que em casa, sem sombra de dúvidas. E a tarde tinha café também com leite, bolacha, pãozinho. Top também.

Hoje eu sei plantar um pé de alface, sei soldar, sei pintar, sei um monte de coisa que aprendi lá. Todas as verduras que eram colocadas nas refeições, éramos nós quem plantávamos. Aí, tinha o horário da horta, todos os dias. Catar o matinho, regar. O negócio era bem organizado. É uma pena saber que chegou neste estado que está ai nas fotos. Coisa de doido.

Encerro: é coisa de político, bem tramada, na cata de votos, não de doido.

TRAPICHE

O prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, foi ontem a 89 FM dar uma entrevista para o Joel Reinert e o Paulo Flores. Incoerências abundaram e vou escrever delas em outro artigo. Mas, uma me chamou a atenção.

Ele jurou e elogiou a sua equipe pela competência dela. Se isto é verdade, pois o critério político é o prevalente nas escolhas da equipe Kleber, perguntar não ofende: as falhas devem ser debitadas a quem mesmo se não ao titular das escolhas e composições?

Beira ao ridículo a defesa que o governo Kleber Edson Wan Dall, MDB, faz por meio da sua bancada na Câmara sobre os R$50 mil que pagou ao Marcos Piangers para uma palestra de uma hora e meia na abertura do ano letivo de 2022.

Uma delas, é de que os professores daqui – e tardiamente reconhece aquilo que negava e eu expressava nos meus comentários – foram os sacrificados no período da pandemia. Eles, porque ficaram sem ferramentas e assistência, bem como e principalmente, os alunos: sem aulas, sem internet, sem celulares e computadores, sem merenda, sem assistência especial.

Já escrevi e repito, não entro no mérito e qualidade da palestra, mas nas justificativas e incoerências dessa gente sem noção. Se a tese dos políticos defensores prevalecer, a secretaria de Educação está devendo uma palestra do mesmo quilate para os alunos. Se a tese dos defensores do governo prevalecer, o governo Kleber está devendo uma compensação pelo sacrifício aos professores e podia ter repartido esses R$50 mil .

Outra. Se o que Piangers pregou prevalecer, o governo Kleber deve urgentemente olhar o descaso da merenda terceirizada nos CDI e escolas. Está um desastre. E a coisa só se agrava como mais um escândalo na cidade, devido ao silêncio das diretoras que não conseguem criar soluções. Falta o Conselho Tutelar agir e o Ministério Público se interessar.

Os vereadores de Gaspar ensaiaram mais um penduricalho no seu contracheque. Depois do Vale Marmita, abortado diante da reação popular, agora, está se tramando um “vale gasolina” de R$80 por mês para cada um. O primeiro bafo, veio exatamente dos apoiadores do vereador que lançou a ideia no ar para ver se ela colava.

O eleitor no grupo do vereador perguntou a ele, se o vereador sabia o quanto ele ganharia de salário quando eleito, se achava que era pouco – como alega hoje -, qual a razão para então ter sido candidato e assumido a vaga? Interessante!

A aprovação do PL contra a obrigatoriedade da apresentação da comprovação vacinal da Covid-19 feita pelo vereador Amauri Bornhausen, PDT, vai ser aprovado por unanimidade e se depender deles, na velocidade do jato. Mesmo que isso possa ter algum indicativo de inconstitucionalidade. Na última sessão, os vereadores sentiram o bafo no cangote dos apoiadores desta ideia que libera a contaminação, a doença, o absenteísmo e até a morte – já foram onze este ano, sendo sete em fevereiro.

Agora, sem defesa e argumentos sólidos, o vereador Alexsandro Burnier, PL, mal contou uma história a favor deste Projeto de Lei. Era a de que ele tinha sido barrado na entrada de um clube por falta do comprovante da vacina, que segundo ele, estaria no carro. Entrou devido a amizade. Se não teria que voltar para casa, emendou na mesma explicação. Mas, o comprovante não estava no carro? Gente que se perde por pouco.

Nada como uma imprensa independente e ano de eleições. Depois do cavalo de pau que deu o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB neste assunto, agora, o líder o seu líder Câmara, Giovanio Borges, PSD, quer fazer uma moção – e pediu que todos os vereadores o seguissem – para a duplicação da rodovia que liga Gaspar a Brusque, onde o governador Carlos Moisés da Silva, sem partido, promete investir R$400 milhões.

Eu também assinaria. E na primeira linha.

O governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e Marcelo de Souza Brick, PSD, ao invés de assumir seus erros e prover soluções, fica batendo boca e alegando que o governo de Pedro Celso Zuchi, PT, fez o mesmo. Ora, não foi apontando os erros de Zuchi e prometendo não repeti-los que Kleber foi eleito? Ou para fazer igualzinho?

Na acusação e dúvidas sobre o trecho Dois do Anel de Contorno levantadas pelo vereador Dionísio Luiz Bertoldi, PT, o líder do governo, Giovânio Borges, PSD, disse que vereador Dionísio e o PT deveria mirar para o CDI Dorvalina Fachini, no bairro Sete, e que fica defronte aquela obra de Kleber.

Todos sabem, e só por aqui neste espaço, que obra federal da creche Dorvalina Fachini é um poço de problemas e custos exatamente por não considerar a turfa que impregna o solo daquela região. O que se gastou arrumando aquela obra daria para construir mais duas iguais, ou seja, triplicar as vagas de creche em Gaspar.

Entretanto, este não é o problema. O problema de verdade é que nem isto serviu de lição aos engenheiros e construtores do Anel de Contorno e que com seis meses de uso, já está apresentando problemas graves.

Outra, usar o desastre que derrubou a Loja da Havan, no Bela Vista, para justificar que o solo em Gaspar é a causa de problema de várias construções, é fazer confusão, é criar cortina de fumaça, é enganar.

Lá foi aterro puro e não tem turfa. Quem mal dimensionou foram os engenheiros contratados pelo Luciano para erguer a obra sobre um aterro. E quem foram os engenheiros, que são daqui, e conheciam a forma como o aterro foi feito lá? Ou seja, há histórico.

Qual é mesmo a razão para Kleber, Marcelo, Giovano e o governo quererem o caso do anel de contorno abafado a qualquer custo e usando o erro dos outros no passado para validar os seus erros no presente? Acorda, Gaspar!

Só para lembrar. Hoje é dia 22 de 02 de 2022. O que isto significa? Para mim uma data do calendário cheia de números coincidentes e que não se repetirão mais nessa ordem. Mas, para alguns… eles vão desenterrar Nostradamus, tarô, tratado de “numerologia”, mandalas, cabalas e até a terceira guerra mundial

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