Mais um homem de 82 anos, morador do Gasparinho, morreu na segunda-feira em Gaspar, em decorrência da contaminação da Covid-19. O fato que só foi confirmado ontem pela secretaria de Saúde de Gaspar e o boletim epidemiológico da secretaria de Saúde do estado de Santa Catarina. Ele se internou no dia 15 e morreu no dia 21. Tinha comorbidades.
Gaspar, proporcionalmente, possui um dos mais latos índices de letalidade causados pela Covid-19
Agora, só neste mês de fevereiro, sete moradores de Gaspar foram a óbito e outros quatro em janeiro. O último registro de mortes tinha sido em 31 de outubro. Ao todo agora são 207 mortes. Em Ilhota, o número está estacionado em 39 desde o dia quatro de outubro do ano passado.
Na Câmara de Gaspar, um Projeto de Lei, do vereador de Amauri Bornhausen, PDT, alegando infração ao princípio constitucional de ir e vir, quer impedir à exigência de passaporte vacinal, ou o comprovante de imunização para acessar ambientes públicos e privados.
Defende o vereador e os apoiadores desta ideia de que a liberdade, deve, inclusive, ser usada contaminar os outros suscetíveis ou com baixa imunidade, como é notoriamente o caso de pessoas idosas, já que o uso de máscaras e álcool em gel virou artigo de luxo em qualquer ambiente público, como já se demonstrou amplamente aqui.
Este movimento virou uma causa essencialmente política, ideológica, radical, sem base científica, e pior, sem respeito e amor a vida do próximo. Não há racionalidade que sustente esta ideia, pois está se criando o direito de contaminar os outros. E os políticos, encagaçados, em tempo de campanha, atrás de votos, que não terão desse grupo, como Pilatos, estão lavando as mãos. Acorda, Gaspar!