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CRIANÇA COMENDO CARNE COM NERVOS. POLÍTICOS E PUXA-SACOS ACHANDO NORMAL. ISSO “DÁ NOS NERVOS”

Vamos começar com o significado da expressão “dar nos nervos” e dessa forma, todos possam ficar na mesma wibe: irritar muito, enfurecer, perder o controle.

Hoje é terça-feira de Carnaval, que não há devido a pandemia. Antecipo os comentários da quarta-feira de cinzas, devido aos insistentes pedidos.

Os políticos e seus amasiados puxa-sacos de Gaspar perderam completamente a noção da realidade, humanidade e dignidade alheia – e pior contra crianças -, mesmo num governo que se diz religioso e por isso, portador da piedade. Falso, falso, falso.

E eles estão atrás apenas de votos, como se fosse uma organização partidária sem ser legalmente um partido. É a busca de poder a qualquer preço. E agora estão “economizando”, ou enganando, até na alimentação das nossas crianças e jovens nas creches e escolas. Perderam-se completamente na noção de respeito ao próximo e naquilo que prega a própria Bíblia, a verdade.

Na terça e quarta feira da semana passada toquei neste delicado tema aqui. Aliás, como sempre, só aqui.

Na prefeitura todos abespinhados. E ao invés investigar e criar soluções – nem precisavam se explicar e sim agir -, partiram para o ataque.

E começou com o vice-prefeito Marcelo de Souza Brick, que deu a vaga que o PSD daqui tinha no loteamento político-partidário como titular da secretaria de Educação – a de maior orçamento -, a um curioso na área, o jornalista Emerson Antunes, de Blumenau, aparentado e indicado pelo novo prefeito de fato de Gaspar, o deputado Ismael dos Santos, PSD.

Com a marquetagem e os puxa-sacos, Marcelo, vestido de prefeito, fez um vídeo dele, todo fanfarrão numa creche.

Com sonorização profissional, para melhorar o espetáculo, chamar a atenção e convencer, ele estava lá provando – e aprovando – a comida de uma creche, numa exposição inapropriada das crianças que serviram de testemunhas para algo que ele estava obrigado a solucionar para elas. Impressionante!

Marcelo, o ator, o bonitinho, não viu defeito nenhum na comida servida naquele dia, naquela hora marcada por ele para ir lá, naquela creche, naquela encenação.

E como criança, comeu comida de criança. Marcelo nem poderia ver defeitos. Afinal, era mais uma propaganda de um governo que vive e sobrevive com muita propaganda nas redes sociais e nos veículos onde compra espaços, para se manter belo no poder e dar lustro naquilo que não brilha.

E não parou aí na propaganda enganosa. Resolveu colecionar uma série de comentários de quem está obrigado a aplaudi-lo nas redes sociais para afirmar categoricamente: “a merenda escolar de Gaspar, é uma das melhores de Santa Catarina. E tive essa confirmação com esses comentários…” Daí em diante, com mais este deboche, tudo desandou

Este assunto da má qualidade da merenda, e principalmente da falta de gente para manipulá-la e servi-la, foi tema de um duro discurso na terça-feira passada do único oposicionista na Câmara, Dionísio Luiz Bertoldi, PT.

E isso poderia, e até foi usado, como sendo um ataque de oposição e de quem não queria a terceirização da merenda quando Kleber Edson Wan Dall, MDB, e seu ex-prefeito de fato, o presidente do MDB, o ex-secretário de Fazenda e Gestão Administrativa, Carlos Roberto Pereira, fizeram avançar a terceirização da merenda na Câmara em maioria apertada, sob várias promessas de cuidarem deste assunto para não chegar onde ela está metida hoje.

Entretanto, a precariedade da qualidade da alimentação, bem como da logística no servir, não são novos. Já vem do ano passado, no mínimo, brecha aberta pela tal pandemia e usada para criar fantasmas em qualquer lugar das administrações públicas.

Tanto é que, também registrei o requerimento 141 de 30 de novembro, assinado pelo suplente Thimoti Thiago Deschamps, PL, que ficou no lugar do Alexsandro Burnier, que questionava o mesmo problema.

Nova, mas sem novidades, em se tratando da atual administração de Gaspar, é a forma como os políticos já em campanha eleitoral lidam com este grave problema, sem a presença do Conselho Tutelar e uma ação investigativa mais firme do Ministério Público.

Eles não apenas estão escondendo-o, mas na maior cara de pau, estão dourando a pílula e zombando, constrangendo e calando os que se queixam.

E pensar que tudo isso começou com a ex-secretária de Educação, Zilma Mônica Sansão Benevenutti, MDB, a mesma que permitiu a vergonhosa queda do Ideb contra as crianças e jovens gasparenses, mas que se elegeu vereadora e lá está passiva – por ser governista – diante das denúncias que ouve na Câmara.

A terceirização não é um problema. Eu a defendo.

O problema é a displicência do governo em assunto tão caro para a população estudantil, a vulnerável, que em muitos casos, só tem acesso, à alimentação balanceada e de razoável qualidade nutricional, na escola. A pergunta que não quer calar é: por que esta displicência e tanto trabalho para defender o indefensável.

Uma terceirização só funciona quando e se houver um núcleo regulador multidisciplinar e representante dos pais, com permanente fiscalização sobre este “negócio”. Em Gaspar, uma secretaria de Educação politizada, tocada por curioso, não está exercendo o papel dela neste e outros casos. Simples assim. É conivente e culpada. Nem mais, nem menos.

De um lado estão as professoras e cuidadoras indignadas naquilo que são obrigadas a ficar caladas. No outro, as diretoras obrigadas ao amortecimento do impacto de uma situação insustentável. E acima de todas elas, os políticos e gestores públicos com suas manobras de pressão, marketing e ameaçando cortar o pescoço de quem não esconder a real situação deste grave problema.

Não seria mais fácil dar uma solução – que vai ter que ser dada mais cedo ou mais tarde, por vontade própria ou pressão de órgãos externos ou da própria população afetada – do que criar todo esse climão de terror, onde quem perde de verdade é quem está recebendo a má alimentação?

Não é a toa que este assunto dominou neste final de semana as redes sociais e muita gente alinhada com o governo resolveu colocar a cabeça a prêmio e sair do casulo. Foi um carnaval fora de época.

E tudo começou quando o comissionado na Área Azul, candidato com 115 votos pelo PP nas últimas eleições, o fluminense Alan Luciano [Luciani] dos Santos, disse que um nervinho na carne servida as crianças é uma coisa natural, porque ele já comeu muito nervo. Foto acima, que naturalmente não foi feita por uma criança de creche, mas é verdadeira.

Incrível! Se esta afirmação insensata, onde se defende o pior, não fosse suficiente, o próprio edital a que a empresa vencedora da licitação à merenda em Gaspar tem bem claro no item 12 da descrição de produtos que os “cubos de carne bovina: sem osso, sem gordura, sem nervos…”. Resumo desta fantasia de Carnaval: basta cumprir o que ela disse que cumpriria quando aceitou o serviço e o fornecimento da alimentação. Encerra-se a polêmica, a discussão, a politização e a ignorância.

Aliás, este é apenas um nervo exposto. Há outros, bem mais graves que se escondem nesta discussão, como a quantidade e a qualidade nutricional. Aliás, que deve ser respeitada na diferença de idades. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE



Mais uma prova de que a imprensa daqui não tem crédito, pois está subjugada ao poder de plantão e a regional avança em assuntos que seriam só daqui, mas fazem manchete lá fora. Na semana passada foi o caso dos funcionários que servem ao prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, e ao vice Marcelo de Souza Brick, PSD, em desvio de função que a franquia blumenauense do brusquense “O Município” deu.

Nesta, mal começou, o portal do Alexandre José, registou esta foto que também se escondeu até então por aqui. É um cidadão gasparense, que se entalou numa grelha de boca de lobo improvida pela secretaria de Obras e Serviços Urbanos, tocada pelo servidor público – é agente da Ditran -, ex-vereador, ex-vice-prefeito, Luiz Carlos Spengler Filho, PP.

O improviso custou na segunda-feira a dor de um pagador de impostos de 61 anos na Rua São Pedro, Aqui no Centro. Poderia ser pior: a quebra da própria perna, pé, tornozelo ou joelho. Uma trabalheira para desentalar. Tudo porque a Secretaria não observou a largura mínima de segurança entre os vãos da grelha.

Aqui não teve carnaval. Já não tinha na pandemia, segundo os números dos mortos que desaparecem da mídia e a posição dos vereadores contra o controle vacinal. Mas, mesmo assim, teve ponto facultativo para os servidores públicos municipais.

Aliás, estamos fechando – falta o boletim de hoje – o mês de fevereiro com oito moradores de Gaspar mortos por Covid-19. Um recorde. O boletim epidemiológico de ontem da secretaria de Saúde de Santa Catarina registrou que, na segunda-feira, um senhor de 76 anos, com comorbidades, não resistiu o contágio e faleceu. Ele estava internado desde o dia primeiro de fevereiro.

Em Gaspar temos agora 208 mortos por Covid, um número fora da curva quando comparado com os vinzinhos, oito deles só em fevereiro e quatro em janeiro na nova onda da Omicron. Antes dela, o ultimo óbito tinha sido em 31 de outubro do ano passado. Ilhota, continua com 39 óbitos, o último registrado no dia quatro de outubro.

O fedor do lixo. A rainha do lixo foi a Blumenau dizer e garantir ao presidente da Câmara de lá Egídio Beckhauser, que em Gaspar, ela possui mais votos do que o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido, e que está cabo eleitoral de Egídio.

A rainha primeiro precisa ser candidata para provar que tem esses votos aqui. Fora talvez na rede de influência dela com o fedor e por onde esteve abrigada. E para perpetuar o negócio por aqui, naturalmente ela não vai puxar votos para outro senão os que estão no poder e querem votos para se elegerem.

Só não enxerga que não possui olhos. É uma tabelinha dela com o vice-prefeito Marcelo de Souza Brick, PSD. Ou tem outro tipo de lixo sendo recolhido nesta garantia que foi dada a Beckhauser?

Quem vai contar o que fizeram sete dos 13 vereadores de Gaspar, em Florianópolis, na semana passada, comendo diárias? Eu novamente? Está tudo dominado. Acorda, Gaspar!

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