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O CANDIDATO KLEBER ESTÁ NA CORDA BAMBA. PROVA-SE QUE ANTES DA PROPAGANDA VEM A ESTRUTURA E O PRODUTO

Uma notícia que se espalhou esta semana lavou a minha alma mais uma vez. Sem estar obrigado a escrever o que os poderosos ditam para ser engolida por gente desinformada, ou manipulada pelo poder de plantão, afirmei aqui que o prefeito reeleito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, MDB, não era o candidato do partido à Assembleia Legislativa. É apenas, mais um

Mais: de que ele não se construiu como candidato viável, ou como um concorrente de fato como ele é vendido por aí.

E mesmo que tudo isso não fosse relevante, em outros artigos, mostrei por números – todos da Justiça Eleitoral – do passado e do presente, que a simples aritmética – número de eleitores, coeficiente eleitoral, concorrentes etc – conspirava contra ele.

Qual é a notícia? No “Making of”, Roberto Azevedo, revelou que a “paciência do MDB acabou“. O que de verdade está acabando é o próprio MDB que não se renovou em Santa Catarina, ou se renovou, não liderou, não inspirou, não se inseriu no novo espectro de poder.

É só olhar para Blumenau, onde o MDB foi o epicentro do movimento político no estado. Lá, nem agonizante o MDB é mais. É só olhar como foram as eleições de 2018 em Santa Catarina e que nem no segundo turno o MDB – “unido” com o PSDB – chegou. É só olhar à bagunça que foi e ainda está sendo a desgastante prévias para governador. É só olhar, que o partido admite fazer quatro deputados estaduais apenas e quem sabe… um federal.

E aí vem a pergunta que não quer calar: onde estará Kleber? Nestes quatro? Nunca? Numa suplência bem colocada. Dificilmente. A não ser que o próprio MDB, resolva ser vice de Carlos Moisés da Silva, sem partido e de muda para o Republicanos, e Moisés tiver uma boa performance no primeiro turno.

A que ponto o histórico MDB de Pedro Ivo Campos, Jaison tupi Barreto, Luiz Henrique da Silveira, Renato de Mello Vianna, Evilásio Vieira, Dirceu Carneiro, Cassildo Maldaner e uma longa fila notáveis chegou em Santa Catarina.

Escreveu Roberto: “O que a maior sigla de Santa Catarina pretende, prioritariamente, é eleger deputados estaduais – serão 41 candidatos, 28 homens e 13 mulheres – e 17 postulantes a deputado federal – 11 homens e 6 mulheres – um nome a mais do que o número total de cadeiras, uma aposta em cima da falta de coligação na proporcional.

Por debaixo dos panos, longe das brigas e das gritarias, os emedebistas mais atentos sabem que efetivado um desastroso projeto ao governo custará caro se for até o final: talvez quatro estaduais em comparação às atuais nove cadeiras ou quem sabe uma cadeira para substituir as três federais“.

MARQUETAGEM DOS NOSSOS”ÇÁBIOS”

Kleber – nascido na política como vereador e presidente da Câmara – como prefeito é produto insistência, da oportunidade e da sorte.

Tanto que na reeleição em 2020, precisou anular um concorrente a quem lhe prometeu a prefeitura, hoje o seu vice Marcelo de Souza Brick, PSD. E mesmo assim, viu nascer quase que do nada, o também ex-vereador, afastado há muito da política, o engenheiro Rodrigo Boeing Althoff, PL. Kleber e seus “çábios” fecharam os olhos para estas advertências pré e pós das urnas.

Ou seja, todos os sinais não são de hoje. São de algo que não vinha muito bem.

Kleber é um prefeito de bairro que ele nem tem, não exatamente da cidade. Como candidato a deputado estadual é uma fantasia criada por riquinhos, por um Conselho da Cidade fake, familiares, de um templo evangélico neopentecostal e principalmente, de muita propaganda e marquetagem, tudo pago pelo contribuinte gasparense.

Faltou aos “çábios” e ao próprio Kleber se tornar um produto político, ter luz própria e liderança, criar uma estrutura política e se viabilizar nela, aí sim, apoiada pela propaganda e a marquetagem.

Tudo invertido. Preferiu o carro na frente dos bois achando que no caminho tudo se ajeitaria. E diante repetida e equivocada aposta, à realidade começa se impor. E se seu projeto de ser deputado quiser continuar, ele terá que obrigatoriamente se fazer fora do MDB. É a chance!

Kleber não é um produto de Gaspar. Ah, mas não é possível se obter a unanimidade, diriam os que arrumam desculpa para tudo e todos. Certo! Admitamos. Mas, no mínimo ser reconhecido como um gestor, ou um político líder em alguma causa, inibiria possíveis concorrentes e se não os inibisse, daria vantagens na hora do reconhecimento nas urnas. Não é isso que acontece.

Kleber não é um produto do Vale do Itajaí. Quem e qual prefeito, vice-prefeito, lideranças expressivas dentro do MDB, ou fora dele estão com Kleber no Vale do Itajaí? Até agora, ninguém! E por que? Porque Kleber não criou alianças, não foi líder, não liderou processos ou ideias, não contestou, não colocou a cabeça no toco para ser degolada antes das eleições, assim experimentar as tempestades e controlar quem as provocava.

E olha que ele foi presidente da afamada e estruturada Associação de Municípios do Médio Itajaí e que ele, num lance de marquetagem, a transformou em Vale Europeu. Com tantos problemas comuns, não levantou uma bandeira, uma só polêmica, não liderou nada, em qualquer área essencial para uma população de quase um milhão de habitantes.

Kleber nem mesmo é um produto das igrejas neo-petencostais como quer fazer crer num suposto nicho de votos caixão.

Kleber é produto de um templo da Assembleia de Deus de Gaspar, onde até lá, possui problemas com “irmãos” que queimou no ambiente político, como por exemplo, o médico e ex-vereador e presidente da Câmara, Silvio Cleffi, ex-PSC e hoje no PP. Kleber, é sabido, não consegue aglutinar as outras denominações. E há concorrentes no seu entorno religioso melhor posicionados. Impressionante!

Conclusão. Kleber, o candidato a deputado estadual por Gaspar, não se consegue nem se alavancar como prefeito que foi por mais de cinco anos por aqui. O MDB não o tem como um elegível, mas o aceita para ajudar na legenda que está comprometida devido a velhice e aos erros dos que a integram e a dirigem atualmente.

Se continuar candidato, Kleber corre um sério risco de esperar por uma boquinha que sempre a teve quando não estava com mandato. Se continuar prefeito, haverá uma traição e com consequências sérias para ele e o MDB de Gaspar, mesmo continuando um enclave de poder num ambiente de terra arrasada . Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

O artigo de ontem aqui causou um reboliço no PP e na prefeitura de Gaspar. Adivinhem que eles estão culpando? Este espaço por ter revelado o que se escondia por três anos uma roçadeira que compraram de forma errônea com o dinheiro público.

Mais do que escondida, é preciso saber o quanto se gastou além desta compra errada, em horas e terceirização desses serviços com empreiteiras “especializadas” em roçadas. É preciso saber qual é o destino que vão dar ao equipamento sem utilidade e envelhecendo na Arena Multiuso.

Precisou de duas chuvas fortes em uma semana para o prefeito de Gaspar Kleber Edson Wan Dall, MDB, em inusitada viagem em seus cinco anos de mandato, ir a Defesa Civil estadual pedir ajuda, naquilo que em alguns casos, não fez bem: as drenagens.

Lá aproveitou para contatos políticos. Talvez, “tenha descoberto” parte do que descrevi no artigo principal de hoje.

O ex-deputado Paulinho Bornhausen, sem partido, saiu da presidência de honra do Podemos atirando em Carlos Moisés da Silva, sem partido, e seu desafeto. Paulinho, bem que tentou e apesar da “linhagem” nunca conseguiu sequer continuar o legado da família que sempre foi referência no campo da direita e conservador.

Paulinho acusa o governador de usar recursos públicos para cooptar apoios e se reeleger. A preocupação é legítima. Mas, perguntar não ofende: o que fizeram todos os que foram ou estão no poder de plantão, independente de posição ideológica e partido?

Paulinho, diz que Carlos Moisés manchou a imagem de Santa Catarina nos dois impeachments e uma CPI que trouxe o estado para as páginas policiais. Certo!

Mas, o que falar do deputado e ex-presidente da Assembleia, Júlio Garcia, PSD, que foi pego no contrapé e também parou nas páginas policiais quando exatamente liderava um processo de expurgar o governador do poder e sob a batuta da família Bornhausen? Cada coisa!

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