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EM 15 DIAS SE SABERÁ O TAMANHO DO BLEFE, DO RECUO, OU DO RISCO TOMADO PELO POLÍTICO KLEBER

Já escrevi aqui três artigos – dois deles baseados em números retirados das urnas, dos mapas da Justiça Eleitoral e do IBGE – sobre as dificuldades do prefeito Kleber Edson Wan Dall em se tornar um candidato viável e vencedor a deputado estadual dentro do seu MDB, da sua cidade Gaspar e principalmente da região do Médio Vale do Itajaí. Não vou voltar ao que é história.

Escrevi outro artigo, no dia nove de março, O CANDIDATO KLEBER ESTÁ NA CORDA BAMBA. PROVA-SE QUE ANTES DA PROPAGANDA VEM A ESTRUTURA E O PRODUTO, e de ampla repercussão não só aqui em Gaspar. Então, não vou repetir a ladainha de que o marketing, com o dinheiro público, é muito maior do que o resultado dele como prefeito e político que quer ir além das fronteiras da sua cidade.

Contudo, o tempo – dia dois de abril – de Kleber está se esgotando para as escolhas que o político, o seu templo, a sua família e à entourage marqueteira planejaram e terão que tomá-las contra, ou a favor, do seu futuro político. Só mais 15 dias.

E o entorno de Kleber já começou a admitir de que para ele pode não estar entre os 40 titulares da Assembleia Legislativa e assim, entre um dos quatro, ou seis dentro do seu MDB titulares na legislatura que começa em janeiro do ano que vem.

A ficha caiu. Nada é impossível. Mas, ainda não há indicativos de que ele desistiu da candidatura. Kleber apenas finge que isso poderá acontecer. Blefa, como já fez isso antes. Ontem mesmo, ele foi a Florianópolis “distribuir” – quem as pagou? – camisas dos 88 anos de emancipação. Nunca tinha feito isto antes com os políticos da Alesc.

Contudo, para se viabilizar como um candidato viável, ele precisará trabalho trabalhar, fazer articulações como não fez antes, os riquinhos e o Conselho fake da cidade entrar em campo de verdade, e se lançar às amarrações que Kleber não fez até semanas atrás – mesmo tendo tempo disponível para isso, equipe marqueteira montada há anos e não sendo nenhum neófito neste metié, pois não teve outra profissão a não ser de político na vida, apesar dos seus apenas 41 anos de idade. Resumindo será uma tarefa hercúlea.

Para ser candidato a deputado estadual, Kleber não se preparou adequadamente. Esperou pela sorte, ou por outros que fizessem o que só ele deveria ter feito, querido e liderado. O político Kleber é produto – sem sabor, cor e forma – do marketing pago com dinheiro dos contribuintes.

Retomando. O próprio Kleber não nega, não confirma, muito pelo contrário. Acha que a dúvida trabalha a favor nesta reta final de negociações, inclusive para não sair candidato e por isso mesmo, sair-se por cima daquilo que lhe pode aparentar uma derrota.

E talvez tenha razão.

Ele próprio já admitiu em entrevista na rádio 97,8 FM que poderia não ser o candidato a reeleição a prefeito. Lembram? Na ocasião afirmei que era um blefe. E foi. Contudo, ao mesmo tempo, foi uma senha: a de que não queria perder a corrida diante mínima dessa possibilidade existir.

E para que isso não acontecesse, acertou com o adversário que lhe pudesse fazer sombra naquele pleito: Marcelo de Souza Brick, PSD. Marcelo se tornou seu vice, com a promessa de assumir a partir deste dois de abril.

Se Kleber não candidato a deputado como prometeu que seria, será o seu terceiro blefe: o primeiro de que poderia não ser candidato a prefeito, e foi; o segundo de que seria candidato a deputado estadual, e pode não ser; o terceiro, de que o seu vice seria prefeito a partir de dois de abril, e a dúvida persiste, se ele não sinalizar claramente que renunciará.

A indefinição de Kleber é proposital. Ele enrola – a sua especialidade – e ganha tempo. E o pior sinal, vem do prefeito de fato de Gaspar, o deputado estadual Ismael dos Santos, PSD. Foi ele quem viu dificuldades de Kleber estar como representantes das denominações neopentecostais, e por isso, não perdeu tempo: fechou com cabos eleitorais de outros candidatos de várias denominações – além da Assembleia de Deus – na parceria na corrida pela federal. Salvou-se a si próprio.

O que está em jogo, de verdade, é o futuro político de Kleber.

Neste primeiro instante, Kleber tenta salvaguardar à sua sobrevivência política. E com a indefinição de que se vai ou não à candidatura de deputado, ao menos retarda o aparecimento de concorrentes diretos da cidade no ambiente conservador e à direita.

Num segundo instante, Kleber vai sinalizando que supostamente seriam os culpados por mais esta desistência, que não ele próprio. É que Kleber continuou prefeito cheio de questionamentos, numa campanha de vereador para Gaspar e não exatamente para ser um candidato a deputado do Vale do Itajaí. Até nisso não trabalhou para resultados. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

O governador Carlos Moisés da Silva, Republicanos, estará hoje em Blumenau liberando recursos para obras de infraestrutura. Entre elas, está a recuperação e recapeamento da Avenida Francisco Mastella. Que não será duplicada, porque Gaspar não apresentou o projeto para tal.

Esta reinvindicação tinha sido de um grupo de deputados e vereadores. Não exatamente do prefeito ao governador. E o secretário de Infraestrutura e Mobilidade, Thiago Augusto Vieira, quando esteve por aqui explicando a duplicação da Gaspar Brusque, garantiu a recuperação da Francisco Mastella.

Este é o ano de lembrar e comemorar os 80 anos um dos símbolos de Gaspar, o Clube Atlético Tupi, que já deu trabalho quando dos torneio da então importante Liga Blumenauense de Futebol. Ela reunia clubes como o Olímpico, Palmeiras, Guarani, Amazonas, Vasto Verde – todos de Blumenau – XV de Novembro, de Indaial, Floresta e Vera Cruz, de Pomerode; União e Germer, Timbó, entre outros.

O “Índio” foi campeão em 1956 e 1957. Os dias de glória serão relembrados neste sábado dia 19 com duas partidas: uma dos master do Tupi e Avaí, e a outra dos “Amigos do Tupi” e master do Flamengo, do Rio de Janeiro.

Os ingressos antecipados custam R$40 e mais um quilo de alimentos não perecíveis para quer participar da festa de confraternização e até torcer. Na hora eles serão cobrados a R$50.

Foi ali – sem me dar muito conta do que tudo aquilo representava – que passei parte da minha infância e que se unia a Estação Ferroviária, o descascador de arroz, a olaria e a serraria de ente que influía em Gaspar. Tudo no mesmo quarteirão de descobertas. Na verdade, sempre fui um grená.

Foram fundadores do Tupi em três de janeiro de 1942 Pedro Vieira, Wilhelm Wickern, Silvio Schmitt, Egon Olinger, Carlos Barbosa Fontes (que dá o nome ao estádio na Coloninha, ampliado com a doação de terras feita pela antiga Ceval), Glauco Beduschi, Edmundo dos Santos, Júlio Schramm, José Estefano dos Santos e Vidal Pamplona.

Hoje o Tupi, além de uma história para ser contada como parte dos 88 anos da cidade, tem uma importância social na formação de atletas nas suas escolinhas e diante da ausência de políticas públicas de inclusão. Coisas e legados dos nossos políticos e gestores contra o futuro da sociedade.

É risível. Para garantir a boquinha, se não houver renúncia, tem gente escrevendo que o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, faz uma excelente gestão. Não é o que se vê nas mídias sociais para quem essa gente está perdendo audiência.

Na Sessão Especial de 88 anos de emancipação de Gaspar feita pela Assembleia Legislativa a pedido do suplente de deputado, o ex-prefeito por três mandatos, Pedro Celso Zuchi, PT, teve gente na imprensa que estranhou à ausência dos deputados paraquedistas e que estão com seus cabos eleitorais bem ativos atrás de votos por aqui.

Com quem eu conversei e ligados a esses candidatos, ou deputados, a presença deles poderia sinalizar uma inapropriada busca de votos, exatamente quando o proponente é candidato e o prefeito, presente, estava vestido como tal. A ausência foi milimetricamente medida para não causar constrangimentos.

Ora, se a ausência de alguns deputados de fora, que dizem representar Gaspar foi notada e sentida, o que dizer da ausência de vereadores de Gaspar em tal solenidade, feita em Gaspar? Isso a mesma imprensa não registrou. E se a solenidade fosse em Florianópolis eles iriam porquê renderiam diárias? Hum!

Independente da promessa do DNIT feita ontem aos políticos e empresários, onde o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, não estava mais uma vez – foto – para se construir uma marginal entre a saída da Ponte do Vale até a empresa Bem Vestir, na duplicada BR-470, é preciso a prefeitura abrir uma rua que ligue esta marginal a Estrada Geral Poço Grande, na Lagoa e a Pedro Simon, na Margem Esquerda.

Inevitável para o desenvolvimento que terá esta região e para desafogar a estreita Pedro Simon. Então que os políticos e comunidade se organizem desde já. Acorda, Gaspar!



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