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ÀS VÉSPERAS DE DECIDIR SE SERÁ CANDIDATO, O MARKETING DE KLEBER NÃO CONSEGUE MOBILIZAR A CIDADE

Depois de fotos como esta acima – acompanhadas de comentários e questionamentos – percorrerem as redes sociais e aplicativos de mensagens na sexta-feira passada, mostrando à falta de povo prestigiando o desfile oficial dos 88 anos de emancipação de Gaspar na principal rua da cidade, a Aristiliano Ramos, a marquetagem do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, correu para os mesmos veículos para exibir que em volta do palanque oficial na Praça Getúlio Vargas (detalhe abaixo), concentrava-se aproximadamente 50 pessoas, a quem Kleber as saudou, entre elas a imprensa, o próprio aparato de propaganda do governo e as que estavam ali de propósito, pois precisavam ser vistas pelos seus empregadores governamentais e políticos.


Calçadas vazias. Muito atores e poucos expectadores. Até tiro no próprio pé o governo de Kleber e Marcelo deu.

Para inflar o desfile e fazer propaganda daquilo que falha, Kleber mostrou o “aparato” da secretaria de Obras e Serviços Urbanos – tocada pelo PP do seu ex-vice-prefeito, o ex-vereador e servidor público (Ditran) Luiz Carlos Spengler Filho.

Aparato que não foi suficiente nos últimos dias para impedir os danos das enxurradas em locais de recentes drenagens e onde até então, nos piores temporais já havidos por aqui, teve-se notícia de inundações como os de recentes acontecimentos. Prejuízos para todos os lados e para gente simples já em dificuldades. Falha de projetos, de gente técnica e de execução. Impressionante.

A falta de povo – e até de puxa-sacos – nas calçadas foi um sinal claro de que o atual Kleber não conseguiu liderar, ou estimular os gasparenses a prestigiarem um evento que é marcante para a história do município e que há 88 anos pertencia e se livrou administrativamente de Blumenau.

Isto foi um sinal claro de que falhou também a comunicação oficial. Ela, apesar dos altos investimentos, não conseguiu sensibilizar o povo para a comemoração, mesmo tendo esse aparelho, a fama de marqueteiro e de uso exagerado de todas as ferramentas disponíveis para comunicação.

Isto pode ter sido um sinal de que o governo que está sem oposição, porque empregou, porque calou a cidade num arco que abrange o MDB, PSD, PP, PDT e PSDB, ou persegue quem ainda se atreve à crítica ou observações necessárias, perdeu por causa disso mesmo, à noção da sua própria fraqueza, ou dos seus defeitos à correção.

A foto principal, mostra um prefeito Kleber que se apresenta como jovem, uma suposta renovação política, ou produto conservador-religioso da moda, não conseguindo se legitimar como um político da cidade e que agora tem que dividir as atenções com o suplente de deputado Pedro Celso Zuchi, PT – ex-prefeito por três mandatos -, que está na ativa.

Mais do que isso, terá que dividir votos com dezenas de paraquedistas regionais e os de bem longe, além da possibilidade de se ter um terceiro candidato a deputado por aqui, num colégio eleitoral que contados todos os votos num único político, mesmo assim, dificilmente o elegeria.

Kleber se enfraqueceu após a reeleição, não criou legado, ou liderança local, muito menos regional para quem quer ser candidato a deputado estadual é fundamental.

E isso tudo começou a se complicar, quando no segundo semestre de 2020, Kleber se lançou a candidato a deputado estadual antes mesmo da sua reeleição a prefeito, para apenas numa jogada de efeito, cooptar o seu atual vice, Marcelo de Souza Brick, PSD, e com este gesto, impedi-lo de ser um concorrente naquele pleito.

Agora, Kleber possui problemas: a candidatura, a promessa e o futuro político e que poderá ser uma teta, onde sempre esteve quando não teve mandato.

Kleber não trabalhou para ser verdadeiramente um candidato a deputado estadual a ser considerado como tal, como já mostrei em artigos anteriores, hoje, nem mesmo é visto como tal dentro do seu próprio MDB. Já se sair dele…

Kleber não fez alianças, não criou espaços, não se apresentou, não se articulou e nem mesmo possui o que mostrar como um gestor de resultados na sua cidade. A única estrutura que cuidou, foi a do marketing e comunicação como se pudesse ludibriar a todos.

Pior do que isso. Diante dessa ilusão, da necessidade de compor com o arco político, atender familiares e principalmente o templo neopetencostal que atende em Gaspar, nomeou curiosos para cargos chaves, de duvidosa qualidade de gestão e entrega de resultados efetivos para a imagem dele, não apenas para o povo e a cidade. Está colhendo o que plantou.

Por outro lado, a imagem marqueteira de bom moço contrasta com realidade perseguições, como o áudio ainda no início do seu primeiro mandato como prefeito. Nele, ameaçou os servidores comissionados e de confiança para criarem na marra – e da noite para o dia – uma falsa bolha de apoio a projetos dele que sofriam ataques na Câmara dividida e questionadora.

E para quem pensa que este tempo passou, engana-se. Nenhum aprendizado. Impressionante. E isso pode explicar muito à razão pela qual Kleber está com dificuldades para ter votos por aqui e que o permita disputar com chances uma vaga à Assembleia Legislativa.

Exagero? Então leia o que a leitora assídua deste espaço Odete Fantoni, relatou. Ou seja, Kleber não mudou em nada. E ainda assim, insiste em dizer que não sabe a razão pela qual está sem rumo e não é capaz de aglutinar. Está dependente de riquinhos, do Conselho fake da cidade, de um grupo de interesses religiosos e familiares, bem como de gente dependente de empregos públicos que vive, ou é obrigada ao Amém.

“Encontrei o PREFEITO não me contive. Comuniquei que o grupo dos ESQUECIDOS nas GAVETAS da POLICLÍNICA e o grupo dos ATINGIDOS pelas recentes ENXURRADAS farão parte do encerramento do desfile de aniversário da cidade.

Ele ficou enlouquecido, veio de dedo pra cima de mim. Achei estranho, afinal, ele pediu votos ao povo gasparense com a PROMESSA de facilitar a vida de TODOS OS SEUS CIDADÃOS. POR QUE ESQUECEU JUSTAMENTE DOS MAIS NECESSITADOS? E ainda ficou BRAVO?

Encerrando. Depois deste gesto e depoimento eu ainda preciso continuar este artigo? Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

No palanque da Aristiliano Ramos na sexta-feira um sinal de que há mais que aviões de carreira no ar sobre este assunto do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, ser ou não ser candidato a deputado estadual: a suplente Dirce Heiderscheidt, MDB, de Palhoça.

Na eleição de 2018, ela saiu cuspindo maribondos contra o MDB de Gaspar e se dizendo traída por ele. Era a queridinha. E os votos que faltaram para ela aqui e sobraram para outros do MDB, como Luiz Fernando Cardoso, o Vampiro, deixaram-na a suplência. Agora, Dirce estava aqui, na festa oficial, e ao lado de um suposto concorrente? Hum!

Dois registros necessários. Os mais antigos são testemunhas. A rodovia Jorge Lacerda era um local de velocidade, imprudências, acidentes, sequelados e mortes.

Dois homens públicos mudaram esta história na década de 1970: o oestino Leonid Daniluk – já falecido -, diretor regional do antigo DER, em Blumenau, com suas placas de conscientização que ganharam pelo inusitado as manchetes em jornais nacionais e o Sargento Pires.

Com a implantação do posto da Polícia Rodoviária Estadual, no Poço Grande, em Gaspar, o Sargento Pires, primeiro comandante do posto, mostrou a que veio e sofreu, porque os motoristas não estavam acostumados às regras. Houve até um movimento para ele sair daqui.

Mas, o tempo se encarregou de mostrar que ele era o certo da história. Neste domingo, na reserva remunerada, o Sargento Pires que se integrou à comunidade do Poço Grande, morreu aos 70 anos. Ele padecia de um câncer.

O vereador Dionísio Luiz Bertoldi, PT, falando do protocolo da sessão especial da Assembleia Legislativa e comemorativa aos 88 anos de emancipação de Gaspar requerida e conduzida pelo suplente de deputado Pedro Celso Zuchi, PT, no Colégio Honório Miranda, na semana passada.

“Nós não descriminamos ninguém. Chamamos para a mesa todos os que tinham a obrigação de estar lá, independente de partido. Diferente do governo Kleber que finge que não nos vê nas cerimônias oficiais”.

Aliás, a própria Câmara de Gaspar quando fez a sua sessão solene alusiva à mesma comemoração dos 88 anos de emancipação, mesmo com endereço conhecido, não convidou o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido. Pedro Celso Zuchi, PT, foi lá como representante da Assembleia.

Protocolo é algo feito exatamente para superar as discriminações e imperfeições. Mas, é passível de erros. Em Gaspar, todavia, e não é de hoje, o protocolo é o da conveniência, dos afagos a egos e dos recados. Impressionante.

O prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, não foi encontrar o governador Carlos Moisés da Silva, Republicanos, em Blumenau. Lá o governador anunciou oficialmente, que irá bancar a recuperação da Avenida Francisco Mastella. Resumindo a grana e a obra vieram.

Impressionante como alguém prefeito da cidade, vestido de candidato a deputado pode estar ausente de tantos fatos marcantes para a sua comunidade que diz que querer representá-la como deputado? Nem buscar o dinheiro – que teve a ajuda de outros – e agradecer foi capaz. É um sinal de que não quer ser, e se vier a ser, será um deputado ausente. E a região sabe disso.

No artigo excepcional de domingo e fora da minha área de interesse – a não ser pela preservação da memória da cidade -, mostrei que Kleber e Marcelo não foram na festa popular dos 80 anos do Tupi, e pasmem, integrante do calendário oficial dos 88 anos de emancipação de Gaspar.

A memória e a história desprezadas. Políticos, dependente de marketing, e gente marqueteira alienígena, são capazes de tudo. Até de escolhas erradas. Acorda, Gaspar!

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