Hoje é domingo. Dia do Senhor e eu não deveria estar aqui observando a cidade. É o segundo domingo seguido que faço isso. Mas, vale a pena. Afinal, hoje é dia de sol, ameno e de gente bonita no trevo da Parolli dando vida à cidade, longe dos políticos que travam a cidade e fazem dela um palco para seus projetos pessoais e de poder pessoal e político.
Então, qual é o meu babado se esportes não é a minha área de interesse?
O mal cuidado, sujo e confuso – para quem não é daqui – sinalizado trevo das avenidas Francisco Mastella, Frei Godofredo e Duque de Caxias nos limites dos bairro Sete, Centro e Santa Terezinha, recebeu nesta semana uma “força tarefa” incomum, mesmo sob chuvas, para deixá-lo como sempre deveria estar: uma belezura e seguro para motoristas, pilotos de motos, ciclistas e até pedestres.
Mas, esta “força tarefa” da secretaria de Obras e Serviços Urbanos, tocada pelo servidor público – é agente de trânsito na Ditran – foi até vice-prefeito de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e vereador Luiz Carlos Spengler Filho, PP, teve um objetivo: preparar a área para mais uma copa Chicletinho de Kart, como parte das comemorações dos 88 anos de Emancipação de Gaspar.
Esta copa, diante do aparato que exigiu para colocar nos trinques o que já deveria estar nos trinques todos os dias para os que passam por lá, também deveria ser realizada em vários pontos e bairros de Gaspar. E toda a semana.
E por quê? É que além da festança, só assim, a secretaria de Obras tomaria tento e faria o que deve fazer e não faz, nem mesmo diante dos apelos sempre insistentes de vereadores – inclusive e pasmem, da própria Bancada do Amém -, líderes comunitários, pagadores de pesados impostos e gente sofrida do povo.
A secretaria de Obras e principalmente Samae tocada por gente de fora e agora gastando tempo em resolver problemas que deixou lá em Blumenau para o Ministério Público descobrir, abandonou a cidade e as ruas daqui às centenas de buracos, desníveis e armadilhas para veículos, motos, ciclistas e pedestres. Acorda, Gaspar!
TRAPICHE
Um assíduo leitor deste blog, depois de saber que o empresário Luciano Hang, leia-se Havan – está viajando no exterior e de lá, vem mandando sinais de que não está com a menor pressa de decidir sobre a sua filiação a qualquer partido por aqui, que era dada até então como certa, tratou de construir cenários das disputas ao governo e ao Senado por aqui.
Eu, particularmente, penso ser cedo, apesar de se ter apenas uma semana se definir para tudo isso. Sem filiação não há jogo. Não há negócio. Não há acerto. Não há candidatura. Não há composição. Não Há corrida. É experiência.
E por que é cedo. Quanto mais nos últimos segundos do final do prazo, mais vantagens, ou mais desculpas para o desfecho se arruma ou se têm. Política é um jogo de paciência, negociação e principalmente de negócios para se entrar, enrolar, e até desistir. Ou alguém está com alguma dúvida sobre isto? Ou alguém esqueceu o que aconteceu na semana passada em Gaspar?
Este meu leitor montou quatro chapas, tradicionais, com o mínimo de competitividade entre elas para o primeiro turno.
Na primeira está o prefeito de Chapecó, bolsonarista, João Rodrigues, PSD, e o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, PSDB, de vice, aliando-se ao prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, do União Brasil, para o Senado
Na segunda, à reeleição está o governador Carlos Moisés da Silva, Republicanos, com o deputado Federal Carlos Chiodini, MDB, de Jaraguá do Sul, na vice e o prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira, Podemos, ao Senado.
Terceira chapa seria com Jorginho Mello, PL, um vice a ser escolhido e de preferência da região de Joinville, além do deputado Kennedy Nunes, PT, ao Senado.
E a quarta chapa apostando na onda da esquerda e na volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, seria encabeçada pelo senador até então no MDB, Dário Berger, ex-prefeito de São José e Florianópolis, agora no PSB, com Fernando Coruja, PDT, de Lages, para vice e o ex-prefeito de Blumenau, Décio Neri de Lima, ao Senado.
Por quê insisto que apesar do pouco tempo, ainda tem muita água para rolar debaixo desta ponte, ou da cabeça d’água, que é aquela enxurrada que aparece do nada, leva tudo na cachoeira, e logo volta ao normal, porque este é o ciclo deste espetáculo natural?
O presidente Jair Messias Bolsonaro, PL, terá dois palanques e o do seu partido, do jeito que está, será o mais fraco correndo riscos de nem chegar ao segundo turno.
O PP da família Amim, matreira, ainda não disse exatamente a que veio e ele será decisivo neste jogo, ou fora dele.
E o MDB – que com a fajuta disputa interna para a escolha de um candidato – matou todos e precisa mais do que depressa arrumar a Casa para não virar nanico de vez. Manchado por manchado tem gente que está no jogo e nem se fala delas; por enquanto.