E os artigos da posse do novo governo de Gaspar continuam na gaveta. Estão mofando pela dinâmica do tempo…
O “delegado-prefeito” Paulo Norberto Koerich, PL, de Gaspar, para o bem ou para o mal – e isto dependerá só dele e dos “çábios” que os contratou ou os escolheu para cercá-lo, os quais, na sua maioria já enterrou vários governos por aqui -, foi despertado e apresentado, compulsoriamente, para colocar a mão na lama antes do tempo, um tempo em que ele está, inexplicavelmente, adiando. Paulo desconheceu horários, sábado, domingo, dificuldades físicas, liderou reuniões e saiu pela cidade. Foi um bom cartão de visitas, finalmente. Ufa!
Um temporal mal detectado pelos modelos matemáticos aos meteorologistas – sejam eles oficiais ou afamados – deixou mais expostos à nossa precariedade de escoamento hídrica, além obras mal projetadas, executadas e principalmente, como se comprova a rodo, sem simples e necessária manutenção. Entre elas, a óbvia limpeza de canais, valas e ribeirões. Ainda mais para tempos de temporais cada vez mais severos.
E o que o temporal da semana passada “disse” para o “delegado prefeito” Paulo e sua equipe?
Que todos precisam se mexer. O primeiro temporal “surpresa” se aceita, mas daqui em diante, Paulo e os seus não terão mais o benefício da dúvida, enrolar e de repassar, como fizeram e acertadamente, a culpa para os governos anteriores.
Há um “novo” governo. E em tese, ele deveria ser diferente do anterior, inclusive na proposta de ações, soluções e comunicação ensaboada. Até porque tudo isso – incluindo o isolamento de áreas do município, mesmo que por horas – já se sabia há décadas por aqui, de que isto aconteceria à qualquer enxurrada. E elas, informam os entendidos, serão cada vez mais frequente e intensas.
O evento climático surpresa da semana passada só fez lembrar ao novo governante, sobre a lição de casa que outros não fizeram e que, miseravelmente, deixaram para ele fazer, incluindo o Plano Diretor e as aprovações de puxadinhos – que se ensaia novamente – em algo vencido pela lei há dez anos.
E olha que a água que caiu por aqui foi bem menor no volume, segundo os boletins pluviométricos, por exemplo, do que na Capital e Grande Florianópolis, Balneário Camboriú, Itajaí, Itapema, Governador Celso Ramos, Porto Belo, Bombinhas e Camboriú…
Vou diminuir um pouco o costumeiro textão. Mas,apenas contextualizar de que o governo do “delegado prefeito” Paulo se não der um cavalo de pau, rapidamente, caminhará para ser tão igual ao que ele derrotou porque prometeu, ou se tinha à sensação de mudanças de que seria diferente ao desastre chamado de Kleber Edson Wan Dall, MDB.
Certamente, não será igual nas dúvidas. Mas, a persistir na mesma batida pela forma enviesada de se comunicar e agir com a cidade, cidadãos e cidadãs, de não eleger prioridades e não dar transparência justificadas às intenções, para assim, pelo menos, criar confiança e ganhar tempo perante à população
Ao menos o “delegado-prefeito” calçou botas e foi visitar áreas comprometidas, enquanto seus auxiliares – incluindo o vice-prefeito, Rodrigo Boeing Althoff, PL, em visível disputa de audiência e importância no governo, bem como vereadores pavões da base governamental (PL e União Brasil) vestiam sapatenis, quando não, sandálias tipo havaianas – como foi o caso do secretário de Obras e Serviços Urbanos, Vanderlei Schmitz (que não deve ignorar o que seja EPIs e as doenças das águas de enxurradas).
Fez-se muito vídeo para as redes para mostrar problemas. Raramente, falava-se de soluções e em que prazo. E o que mais se quer em Gaspar são soluções. E para ontem, mesmo que este ontem era de outro governo que levou a cidade no bico (redes sociais, entrevistas sem perguntas, discursos, viagens).
SE FOI PARA A CHUVA? TEM QUE SE MOLHAR
E por que o meu artigo desta segunda-feira vai ser um pouco mais curto? Porque o governo do “delegado prefeito” Paulo e do engenheiro Rodrigo Boeing Althoff, ambos PL, acaba de ser batizado. E pela enxurrada. E não adianta se proteger dela. Em algum lugar ela os pegaria ou pior, pegará. Não vou neste artigo insistir em visualizar disputas como a do vice ser mais que o titular nem tomou pé da cidade. Afinal, quem ganhou votos e vai ser cobrado será o titular. Os demais, só podem, por enquanto, fazer espumas.
O que está cada vez mais claro?
O velho que não deu certo sendo repaginado, tendo a segunda, a terceira a quinquagésima chance. Não deu quando experimentado; não vai dar certo se insistir. O grupo que toca a prefeitura, é, praticamente, o mesmo desde o governo de Bernardo Leonardo Spengler, o Nadinho, MDB, (1997/99), ja falecido e que nem terminou o mandato. Foi esse – envelhecido e “remoçado” grupo – alguns deles eternamente nas sombras – quem bateu o martelo e credenciar o “delegado Paulo” via o governador Jorginho Melo, PL.
Até então, nome que despontava nas pesquisas e de foram deste ambiente vitalício era o do empresário Oberdan Barni, Republicanos. E à medida que ele se consolidava como mudança, o sistema tratou de reduzi-lo a pó. E assim está. Nem o partido tem mais. Jorginho o tirou. E dará ao vice, provavelmente.
E por que Oberdan despontava? Porque os cidadãos daqui não suportavam mais o governo de Kleber, MDB, e Marcelo de Souza Brick, PP, este feito à última hora como seu sucessor. Porque o “grupo” não confia em Marcelo. Porque os que verdadeiramente mandam na prefeitura sabiam que as ruas pediam mudanças e se insistissem com velhos nomes, perderiam a rédea. E porque uma maioria também não queria a quarta experiência como Pedro Celso Zuchi, por todo o mal que representa o PT no modelo de gestão pública. Simples assim.
Então o “delegado prefeito” Paulo está obrigado a uma resposta à cidade, na medida que ela pediu e referendou nas urnas. E, provavelmente, não precisando ser sábio, certamente não será com os mesmos que a desguarneceram por mais de três décadas. E foi isto, mais uma vez, que a cidade sentiu na semana passada com a chuvarada.
Certamente, Paulo não foi eleito para ser o guarda-chuva da cidade. Contudo, em evento anormal e menos complexo, ficou desguarnecido. E quando foi para às ruas, nos contatos, “sentiu” o que a cidade espera dele e o voto de confiança que possui amplamente para fazer as mudanças que teme ou está sendo impedido de fazê-las. E há quatro anos pela frente. E a mudança começa agora. Na semana passada se mostrou habilidoso no uso da motoserra. Falta levá-la para dentro do gabinete.
Ah, mais eu exagero? Pode ser, mas quem me conhece sabe que sou frio – sei esperar a minha vez -, reservado, estudioso, generalista, pragmático e rotulado como bruxo naquilo que nunca adivinhei, mas previ, baseado unicamente em fatos dos que me acusam, no conhecimento – não só meu, pois a roda foi inventada há muitos milênios -, atualização de pensamentos – sim eles mudam – e processos em permanente inovação, e principalmente de erros dos outros e até os meus – e que não são poucos. E o serviço público e o ambiente político em Gaspar, está tomado por espertos, vícios – e bota vícios nisso – inventores e trocadores de rodas velhas.
Estamos na era da Inteligência Artificial. E a quase totalidade dos que comandam a cidade se virando analogicamente, como se ainda fosse o melhor da evolução técnica, humana e gestão.
Para encerar e comparar com Gaspar.
Na semana passada, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o espertalhão sindicalista que virou político pela comunicação sem redes sociais do século 20, mas que ainda não conseguiu chegar aos anos 25 do século 21 e por isso está sendo engolido, cercado de iguais que pensam ou fazem o que ele quer que se faça no atraso se espatifou mais uma vez no erro, arrogância. na bola e caverna que está metido, impondo sacrifícios a todos nós.
Por causa disso, foi “surpreendido” pela derrubada do monitoramento do PIX pela Receita Federal para, disfarçadamente, aumentar a arrecadação, ao invés dele fazer à óbvia lição de casa no controle de gastos, atrair capitais, gerar segurança jurídica para investidores (e nisto deputados federais e senadores são parceiros do mal) e deixar o povo ser feliz com a vida de empreender individual, ou sobreviver na informalidade.
COMUNICAÇÃO É ANTES DE TUDO RETRATA À SUPERAÇÃO DAS EXPECTATIVAS, É FIADORA DA CREDIBILIDADE
O que Gaspar tem a ver com Lula neste caso? Tudo. Expectativa e percepção.
E não há marqueteiro e comunicação oficial que dê jeito, se o produto e as marcas não inspiram confiança no mercado e consumidor (cidadãos e cidadãs). Lula e o PT poderiam estar entregando resultados e uma vida melhor, como eles insistem na propaganda oficial, aos brasileiros. O problema é que uma maioria expressiva não reconhece isto. Enxergam privilégios, malandragem, chantagens, corrupção, inflação, cerceamento às críticas banais, atraso, brigas propositais e taxação, muita taxação, ou seja, só mais impostos que retira o poder de compra e circulação de riqueza para dar aos políticos, à corrupção e criar privilégios para castas do funcionalismo público.
Kleber e Marcelo – guardada as proporções – passavam esta imagem e com ajuda da Bancada do Amém (MDB, PP, PSD, PSDB e PDT). O cemitério é o nosso PIX. Ou não é? E todos sabem quanto essa se tornou tóxica esta iniciativa – e outras – na nossa aldeia. E qualquer “çábio” que participou disso, sabe o quanto isto pesou contra nas intenções de Kleber e seu grupo continuar no poder com ele.
No caso de Gaspar, a tal mudança esperada com “delegado prefeito” Paulo é para esquecer Nadinho, Adilson Luiz Schmitt, PL, Zuchi, PT e Kleber, MDB, porque se era para ficar do jeito que ainda está, Marcelo ou Zuchi teriam ganho a parada de seis de outubro. Trocar de prefeito, vice e ficar com os mesmos para produzir resultados diferentes, significa – na percepção popular – enrolação para não mudar nada e o que se praticou nos últimos 30 anos em Gaspar. Nem mais, nem menos. É esta desconfiança que pesa contra o “delegado prefeito” Paulo e vice Rodrigo.
E permitir a divisão de poder, exatamente para quem já foi rejeitado nas urnas para ser o titular, é, ao menos, outro lance arriscado nesta largada. Em pouco tempo, se não der o cavalo de pau que as urnas pediram, o “delegado prefeito” Paulo estará igualzinho aos que as urnas rejeitaram em Gaspar. E como no caso de Lula, choramingando, sem razão, de que o povo é ingrato.
Ele veio de uma campanha. Campanha é algo que falsei a verdade. Neste final de semana, todavia, ele esteve de volta às ruas e tifas. E sentiu que possui crédito, mas para ser diferente. E isto tem um prazo. A oposição – e que está dentro da máquina que ele administra – está esperando este tempo terminar para dominar o que sempre dominou.
Espera-se que a chuvarada, além do estrago, abrevie a experiência da segunda, terceira ou quinquagésima chance por razões que não quero me alongar, mas que os eleitos e a cidade conhecem muito bem. E não é de hoje. Muda, Gaspar!
TRAPICHE
A calamidade levou o “delegado prefeito” Paulo Norberto Koerich, PL, a decretar o estado de emergência. Na verdade, ele ganhou um providencial fôlego de caixa por vias simplificadas. É um checão. Um bilhete premiado, se bem usado. Com o decreto, Paulo pode contratar obras fora da burocracia e com mais rapidez para dar resultados para a cidade.
Mais, do que isso, pelas equipes da Defesa Civil, secretarias de Obras e Serviços Urbanos e a do Planejamento Territorial, permitirão elas montarem consistentes projetos de drenagens, refação do canal que interrompeu a Estrada Geral da Lagoa ou à recuperação consistente da cabeceira da ponte na Bonifácio Haedchen – já liberada -, no Distrito do Belchior aos governos estadual e Federal.
Um exemplo de liderança. Todos sabem que o caixa da prefeitura está à míngua. E que a enxurrada da semana passada só complicou ainda mais a penúria. Nem tudo, pode ser contratado emergencialmente. O vereador campeão de votos, Alexsandro Burnier, PL, se tornou presidente da Câmara. Ao invés dos filminhos nas redes sociais atrás de likes, bem que poderia exercer esta liderança conversando com seus pares – incluindo a oposição – e viabilizar, e com clima e quoruns garantidos – uma sessão extraordinária. A Câmara está de férias em janeiro. Não tem sessão deliberativa.
A Câmara de Gaspar possui R$14,5 milhões de Orçamento da prefeitura. Ela não vai usar tudo, como sempre. E mesmo que usasse, poderia se dispor ao sacrifício, até porque umas das rubricas, é notoriamente fake. Trata-se da “construção” da sua sede (R$1,15 milhão e mais R$150 mil para “projetos”) própria, pasmem, para a qual nem terreno ela mais possui. Alexsandro Burnier, PL, a mesa diretora ou até mesmo todos os vereadores, poderiam decidir, extraordinariamente, se desfazer desta rubrica Orçamentária para colocar na secretaria de Obras e Serviços Urbanos visando à recuperação da cidade.
Hoje, a legislação permite que um município possa ajudar outro em uma emergência. Não vou longe. Gaspar, mandou uma força tarefa para quatro (exagero e falta de foco) municípios do Rio Grande do Sul. O radialista Paulo Flores, da 98 FM, até perguntou ao “delegado prefeito” Paulo Norberto Koerich, PL, se ele iria pedir este tipo de ajuda. Na resposta, o prefeito ou não entendeu, e se entendeu, deu outra resposta que não respondeu á pergunta. Eu ouvi.
Prático. O prefeito de Chapecó, João Rodrigues, PSD, por exemplo, desceu do Oeste com o maquinário dele neste final de semana, para em mutirão, ajudar o município de Balneário Camboriú, da Juliana Pavan, PSD, e Camboriú, governado por Leonel Arcanjo Pavan, PSD. Rodrigues havia oferecido a outros.
O vereador do Distrito do Belchior e que se isolou no seu aniversário devido ao que aconteceu aos acessos na enxurrada de sábado, Carlos Eduardo Schmidt, PL, “descobriu” que a Superintendência do Distrito é algo fantasma. Só existe no papel. Não possui Orçamento, autonomia e está subordinada a secretaria de Obras e Serviços Urbanos, que, naturalmente, prioriza outras partes de Gaspar.
“Descobriu” só agora por que quis. Diante deste fato, está impedido de fazer política ao povo de lá com o indicado dele na superintendência de araque. No tempo em que Kleber Edson Wan Dall, MDB, e o vice Marcelo de Souza Brick, PP – este morador do Distrito – inventaram esta moda, alertei. Uns me amaldiçoaram, outros, como o próprio vereador, ainda um simples cidadão de lá, ignorou.
O enterro da autonomia e do Orçamento do Distrito do Belchior passou na Câmara, de lavada, e com o voto da ex-campeã de votos e representante do Distrito, Franciele Daiane Back, MDB. Agora, o vereador, um exímio artista nas redes sociais, teve que ver no domingo, um vizinho seu, emplacar nessa mesma rede social, um hit de audiência, mostrando que duas semanas depois de posse do novo governo, a própria rua do vereador continua tomada pelo mato.
E por falar em rede social. Os próximos dizem que foi de um sacrifício descomunal, o ex-prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, e o ex-vice-prefeito – este mais descompromissado, reconheça-se -, ficarem fora das redes sociais, diante do protagonismo da desgraça que passou para os outros.
Pavão. Por outro lado, é de se perguntar o que o deputado estadual de Ibirama, Jerry Comper, MDB, vestido de secretário de Infraestrutura e Mobilidade de Santa Catarina, trouxe de prático para Gaspar. As águas da enxurrada nem tinham baixado e ele estava por aqui ciceroneado pelo seu cabo eleitoral, o vereador Ciro André Quintino, MDB.
Perguntar não ofende. A vereadora policial – por isso identificada na camisa como tal – estava no horário do serviço quando foi vistoriar com o “delegado prefeito” os estragos da enxurrada? Uma coisa não comina com a outra. Ou estava em diligências externas? O que tinha de errado no âmbito policial?
O vício. Na secretaria de Obras e Serviços Urbanos de Gaspar, muitos efetivos estavam deslocados em funções por apadrinhamento para novo status ou para se aumentar seus vencimentos. Quase todos foram obrigados a retornarem para aquilo a que eles foram contratados. Agora, é esperar quanto tempo durar este obrigatório freio de arrumação. O tamanho do beiço é grande. E todos possuem padrinhos fortes espalhados por todos os cantos – inclusive em empresas – já começaram a agir e para enfraquecer o secretário. Esta é uma amostra de quanto é difícil colocar a casa em ordem na prefeitura de Gaspar.
Pensando bem sobre prioridades comunitárias e eleitorais. O ex-secretário de Obras e Serviços Urbanos de Kleber Edson Wan Dall, MDB, Jean Alexandre dos Santos, PSD, e o ex diretor da Superintendência do Belchior, Norberto dos Santos, o Betinho, MDB, distribuíram por todos os cantos carradas do barro da retificação e asfalto da Estrada Geral da Lagoa. Se este barro tivesse ido para o aterro da ligação com a BR-470, ela não estaria tão isolada assim com o colapso do bueiro nas imediações dos imóveis de Irineu Theiss.
Um nome que esteve sumido do noticiário e do marketing dos políticos nas redes sociais da enxurrada da semana passada, foi a do cabo do Bombeiro Militar de Santa Catarina, Rafael Araújo de Freitas. Ele já esteve no governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB. E arrumou a casa. Por isso, foi defenestrado. Rafael será o titular da Defesa Civil de Gaspar na gestão de Paulo Norberto Koerich, PL.
Qual a razão do sumiço? Escolhido, o cabo Rafael Araújo de Freitas só terá o seu nome publicado no Diário Oficial dos Municípios esta semana. A burocracia para a liberação dele no Corpo de Bombeiros, impediu o anúncio oficial. E sem anúncio oficial, ficou na muda e na sombra liderando o processo operacional. Ou seja, já estava na gestão desta crise.
Este governo do estado, liderado por Jorginho Melo, PL, o municipalista, está completamente sem noção. Até sexta-feira, uma nota oficial sob o título “Ajuda Imediata para os Municípios Atingidos” informava ao distinto público pelas redes sociais que ele já havia liberado a montanha R$381 mil em itens de ajuda humanitária às dezenas de municípios atingidos pelas enxurradas. Se não é ridículo, é chacota. Impressionante.
Perguntar não ofende. Com a realidade da enxurrada, que não foi, repito, nem a metade do que se alcançou nos municípios da região do litoral norte e grande Florianópolis, mas que será o “novo” normal, o secretário interino de Planejamento Territorial, o vice e engenheiro – conhece do riscado – Rodrigo Boeing Althoff, PL, catalogou quantos e quais loteamentos em execução ficaram inundados ou isolados? Teve gente da sua secretaria que documentou tudo isso. E promete levar ao Ministério Público se as perseverantes evidências forem desconsideradas.
Tenho tantas informações vindas dos meus leitores e leitoras, mas está na hora de encerrar este artigo. Peço desculpas. Uma delas, sobre o que citei no artigo de sexta-feira sobre o Mito da Caverna, de Platão. Mudando de assunto. Apenas para comparar. Hoje toma posse – no meio do dia e não de noite – como presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Republicanos.
Todos os do primeiro e segundo escalões do governo dele já estavam declarados tão logo se confirmou a pré-anunciada sua vitória dele nas urnas. Alguns estavam anunciados até antes como uma forma de marcar o território das mudanças que faria. Hoje, Trump assina mais de 100 decretos – alguns deles podem até afetar a nossa vida – a princípio, indiretamente – aqui no Brasil. Trump não vai esperar por semanas e vai promover acomodação de sapos e cobras num mesmo balaio. Mudança se faz assim, com choque. Vira-se a página. Igratidões se cria antes das eleições. Não se pode ficar preso a favores e emoções depois com a caneta na mão. Apara-se as arestas ou se volta atrás. Simples assim. Muda, Gaspar!
6 comentários em “SERÁ QUE A CHUVARADA DA SEMANA PASSADA SERVIRÁ PARA “ACORDAR” O NOVO GOVERNO, ELEITO PARA MUDAR O JEITO DE GERIR, OLHAR PARA O FUTURO E PRODUZIR RESULTADOS PARA A SOCIEDADE GASPARENSE?”
“Rei morto, rei posto”, vale a máxima.
Quem diria que a imprensa local começaria a “malhar o Judas”, hein?
Nos últimos 8 anos, parecia ser tudo uma maravilha…
Histriões!
Este figurino não me cabe
Olá Herculano, estamos no dia 20/01/02025 e tem servidor da prefeitura esperando férias e rescisão desde o dia 13/01/2025. A explicação é que com a mudança de governo e de nomes não conseguem fazer pagamento.. pode isso?!
A princípio, não pode. Isto deveria estar num sistema. A não ser que não se tenha caixa, mas isto precisa serf resolvido e explicitado, coisa que no atual governo ainda não fez. Ou então, há problemas e precisaria, urgentemente, com transparência ser explicado aos que estão esperando. Simples assim.
PAGANDO O PREÇO DA INCÚRIA, editorial do jornal O Estado de S. Paulo
A emissão de títulos públicos no mercado internacional é uma das maneiras que os países têm para se financiar, obtendo recursos complementares à arrecadação tributária para custear obras de infraestrutura, projetos sociais e de saúde e educação. Quanto menor o risco representado por determinada economia ao investidor estrangeiro, menor a taxa cobrada pelo empréstimo, como podem ser traduzidas essas captações.
Para o Brasil, os juros propostos pelos investidores se aproximam de 8%, como destacou reportagem recente do Estadão, que fez um paralelo entre a taxa de janeiro do ano passado, de 5,38% para títulos de cinco anos, com a obtida no único leilão feito pelo Tesouro Nacional este mês, de 7,72%. Se há um ano os juros para os papéis brasileiros já eram altos, agora são exorbitantes, antevendo uma situação crítica que o governo Lula da Silva, mirando fixamente as eleições presidenciais de 2026, teima em não enxergar para 2025.
Os juros cobrados para os títulos brasileiros estão hoje em patamar superior ao da recessão de 2015, no governo de Dilma Rousseff, como destacou a reportagem. A desconfiança generalizada na política fiscal brasileira e na capacidade do País de honrar suas dívidas num futuro próximo faz os investidores cobrarem caro para assumir o risco. No cenário atual, soa como piada a interpretação do governo, feita há apenas três meses, de que o Brasil estaria a um passo de recobrar o grau de investimento, retirado há dez anos, depois de sete anos de vigência.
Na ocasião, em outubro do ano passado, a classificadora de risco Moody’s, mesmo ainda mantendo o grau especulativo, havia elevado a nota do País diante da melhora no crescimento da economia e da perspectiva de ajustes fiscais para reafirmar o compromisso com a estabilização da dívida pública. Como se sabe, o pacote apresentado no mês seguinte frustrou não apenas o mercado interno, mas também os investidores internacionais, o real despencou ante o dólar, o capital estrangeiro debandou do Brasil e os juros para os títulos brasileiros renovaram recordes.
Embora sem o mesmo estresse de dezembro, quando o Tesouro Nacional chegou a suspender leilões de títulos em razão das taxas excessivamente elevadas, o movimento ainda está em curso. A cotação do dólar acima de R$ 6 já é aceita como padrão para 2025 e títulos com vencimento mais longo já exibem juros acima de 15%, respondendo a uma economia cujo crescimento do gasto público chegou a dois dígitos sem que as receitas demonstrassem o mesmo ímpeto para equilibrar a equação.
Lula da Silva ainda poderia estancar a sangria se focasse na redução de despesas ao invés de buscar fórmulas para fazer o déficit primário caber na meta estipulada por seu próprio governo – como a retirada do cálculo de despesas que ocorreram no mundo real, mas foram ignoradas no cálculo do fantasioso universo lulopetista. É fato que a última das quatro moratórias da dívida externa do Brasil ocorreu 43 anos atrás e que o País conta hoje com um bom colchão de reservas cambiais. Mas, para o investidor, o risco só estará afastado quando os fundamentos internos estiverem sob controle.
GESTÃO PÚBLICA DE RESULTADOS: FERRAMENTAS E TÉCNICAS INDISPENSÁVEIS, por Aurélio Marcos de Souza, advogado militante na Comarca de Gaspar, ex-procurador geral do município (2005/08), graduado em gestão pública pela Udesc.
Quando falamos em administração pública de resultados, é inevitável pensar na enorme responsabilidade que recai sobre os gestores. Somos cobrados por soluções reais para problemas que afetam a vida das pessoas. No entanto, a boa vontade, por mais louvável que seja, não basta para conduzir uma gestão eficiente. É preciso adotar ferramentas e técnicas que orientem nossas decisões, monitorem os recursos e comprovem os resultados.
A gestão pública não é um campo para amadores. Ela exige profissionalismo, organização e, acima de tudo, o uso de metodologias sólidas. Quero compartilhar com vocês algumas das ferramentas mais importantes que utilizo e que considero indispensáveis para qualquer gestor público comprometido com resultados.
1. DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO: CONHECER O TERRITÓRIO
Antes de qualquer ação, é essencial entender onde estamos. Por isso, utilizo a análise SWOT (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) para mapear o cenário interno e externo. Essa ferramenta permite identificar pontos fortes e limitações do órgão público, além de antecipar riscos e aproveitar oportunidades.
Por exemplo, imagine que o município apresenta alta inadimplência no pagamento de impostos. Um diagnóstico bem feito pode revelar a causa: falta de comunicação ou processos ineficientes de arrecadação. Esse mapeamento é o ponto de partida para agir.
2. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: DEFINIR O CAMINHO
O planejamento estratégico é onde definimos o que queremos alcançar e como vamos chegar lá. Ferramentas como o Balanced Scorecard (BSC) são valiosas para alinhar metas estratégicas aos indicadores de desempenho.
No BSC, estabelecemos objetivos em quatro perspectivas:
• Financeira: Como vamos aumentar a arrecadação ou reduzir despesas?
• Cidadãos: Quais serviços queremos melhorar para atender melhor a população?
• Processos Internos: Onde podemos ser mais eficientes?
• Aprendizado e Inovação: Como capacitar nossa equipe?
Com o BSC, tudo fica claro, medido e conectado. Não é mais uma questão de “intuição”, mas de evidências.
3. GESTÃO DE PROJETOS: COLOCAR O PLANO EM PRÁTICA
Nenhum plano tem valor se não for executado. Para isso, adoto metodologias de gestão de projetos, como o PMBOK, que ajudam a organizar as etapas, definir responsáveis e prazos.
Por exemplo, ao implementar um novo sistema de emissão de notas fiscais eletrônicas, cada etapa precisa ser cuidadosamente planejada: treinamento da equipe, aquisição de tecnologia e teste do sistema. Com o PMBOK, garantimos que os prazos sejam cumpridos e os recursos bem aplicados.
4. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO: MEDIR OS RESULTADOS
Sem indicadores, é impossível saber se estamos no caminho certo. Utilizo KPIs (Indicadores-Chave de Desempenho) para medir o impacto das ações. Esses indicadores mostram, por exemplo:
• Quantos processos administrativos foram finalizados em menos de 30 dias;
• Qual foi a redução de custos com contratos terceirizados;
• Qual o aumento na arrecadação do IPTU após uma campanha de conscientização.
Essa etapa também é essencial para prestar contas à sociedade. A transparência constrói confiança, e ferramentas como portais de transparência tornam os dados acessíveis a todos.
5. GESTÃO ORÇAMENTÁRIA INTELIGENTE: ALOCAR RECURSOS COM EFICIÊNCIA
A boa gestão financeira é o coração da administração pública de resultados. Adotar um sistema de orçamentação baseada em resultados (OBR) ajuda a direcionar os recursos para as prioridades reais, evitando desperdícios.
Por exemplo, ao revisar contratos de serviços terceirizados, é possível renegociar cláusulas, ajustando os custos à realidade fiscal. Isso não só reduz despesas, mas também libera verba para investimentos em áreas críticas, como saúde e educação.
6. CULTURA DE INOVAÇÃO E CAPACITAÇÃO
Nenhuma ferramenta funciona sem pessoas preparadas. A capacitação contínua dos servidores e o incentivo à inovação são indispensáveis. Oferecemos treinamentos específicos, promovemos workshops e criamos espaços para sugestões. Mintzberg (2015) destaca que um time engajado é o maior ativo de qualquer organização.
RESULTADOS ESPERADOS: GESTÃO QUE TRANSFORMA
A implementação dessas ferramentas não é apenas uma formalidade: é um divisor de águas. Com elas, conseguimos:
• Aumentar a arrecadação sem onerar os contribuintes, por meio de melhorias no sistema de cobrança.
• Reduzir despesas desnecessárias, como contratos mal negociados ou processos redundantes.
• Garantir que cada real investido gere um retorno documentado e mensurável.
• Elevar a confiança da sociedade na gestão pública, graças à transparência e eficiência.
CONCLUSÃO: TÉCNICA COMO COMPROMISSO ÉTICO
Se quisermos uma gestão pública transformadora, precisamos de técnica. A administração eficiente não é apenas um dever técnico, mas um compromisso ético com a sociedade.
Assim como advogados precisam de códigos, engenheiros de projetos, médicos de protocolos e educadores físicos de planejamentos personalizados, os gestores públicos precisam de ferramentas que orientem suas ações e comprovem seus resultados. Somente assim seremos capazes de fazer mais, melhor e com menos desperdício, promovendo uma administração que transforma e melhora a qualidade de vida da população.
GLOSSÁRIO DE FERRAMENTAS DE GESTÃO ESTRATÉGICA
SWOT: Identifica Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças, fundamentais para estratégias assertivas.
Balanced Scorecard (BSC): Traduz a visão estratégica em metas claras e indicadores de desempenho.
PMBOK: Guia para gerenciar projetos, assegurando prazos e recursos bem aplicados.
KPIs: Indicadores que medem o sucesso de ações e metas.
Portal de Transparência: Disponibiliza informações públicas, promovendo confiança e accountability.
Orçamentação Baseada em Resultados (OBR): Alinha recursos a resultados esperados.