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ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CCXCIV

“Será que as inexplicáveis e tardias acusações que levaram Lula, via Janja, a demitir o “cumpanhêru” foram fogo amigo? (Miguel José Teixeira). Charge de Cláudio de Oliveira, em 06.09.24, no jornal Folha de S. Paulo

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56 comentários em “ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CCXCIV”

  1. Miguel José Teixeira

    Se lula o está, imaginem nós, burros de cargas!

    “Equipe cita Lula bem-humorado e ele diz estar “fodido”
    (Mateus Maia e Anna Júlia Lopes, Poder360, 11/09/24)

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse estar “fodido” após sua equipe afirmar que ele estava de bom-humor nesta 4ª feira (11.set.2024). A fala vazou em transmissão do seu canal oficial do YouTube depois de o petista conceder entrevista à Rádio Norte FM, do Amazonas. Lula e seus assessores conversaram descontraídos, achando que o sinal não estava mais sendo transmitido.

    “Aproveitar que o senhor está bem-humorado antes que o senhor me xingue aqui”, diz um assessor. “Eu, na verdade, tô é fodido. Ô, Zé, organiza esse material para mim”, respondeu Lula.
    . . .
    (Vídeo em: https://www.poder360.com.br/poder-gente/equipe-cita-lula-bem-humorado/)

  2. Miguel José Teixeira

    “. . .O retumbante fracasso do lulopetismo, depois de 14 anos no poder, deixando como saldo de Dilma Rousseff um país destroçado economicamente, corrompido até o último fio de cabelo e cada vez mais intolerante e incrédulo com o Estado, abriu as portas para um novo mundo na política,”. . .

    “Tiririca estava errado: pior do que está, fica”
    (Ricardo Kertzman, O Antagonista, 11/09/24)

    Eu ganho pouco, trabalho muito e vivo mal. Ou enfrento horas em ônibus e trens lotados, ou fico outras tantas horas preso em congestionamentos bizarros, em um carro que só me dá problemas para ir e vir – de casa para o trabalho – e vice-versa. Pior. Tenho de pagar mais de seis reais por um mísero litro de gasolina.

    Minha cidade está suja, poluída, violenta e lotada de moradores de rua. Os comércios estão degradados, os prédios antigos, abandonados, a iluminação é precária e o emaranhado de fios dependurados em postes, atravessando ruas e avenidas, emporcalhando o horizonte, lembram as megalópoles mais pobres do mundo.

    Pago impostos acachapantes, levo multas o tempo todo, sou humilhado por prestadores de serviços diversos que, ou me atendem mal e porcamente, ou simplesmente desligam o telefone na minha cara. E quando preciso de um serviço público, principalmente presencial, a história é a mesma: burocracia, má vontade e precariedade.

    Stress pouco é bobagem
    Este é o retrato do cotidiano da maioria absoluta da população brasileira. E quando digo absoluta, acreditem, é fato. Segundo dados oficiais, cerca de 60% dos brasileiros vivem com até um salário mínimo por mês. Atenção: “até” – pode ser menos do que isso. E quase 90% da população recebem menos de 3.5 mil reais mensais.

    Ser rico ajuda, é claro, mas como muito bem diz o ditado, “o dinheiro não compra tudo”. Boa parte dos transtornos cotidianos não exclui os endinheirados do país – ainda que enfrentem tudo com menos desconforto e mais segurança. Lado outro, pagar duas, três vezes pelo mesmo serviço mal prestado, gera ainda mais irritação.

    Acordar e ir dormir, emocionalmente bem, são, portanto, tarefas bem difíceis para o “brasileiro médio”. E querer que este mesmo pobre coitado não esteja completamente contrariado com tudo o que emana do Poder Público, é exigir muito de quem já não tem quase nada para dar, pois lhe foi retirado quase tudo.

    Senta, que ainda piora
    A má notícia é que este quadro tende a piorar – pelo menos em curto e médio prazos. O Brasil continua sua trajetória de escolhas políticas nada alvissareiras, e as novas tecnologias tendem a exigir menos mão de obra, diminuindo a oferta de empregos, e maior qualificação profissional, que depende de educação de qualidade.

    Sem respostas eficazes do Poder Público – e não há nada que sinalize que virão -, a tendência é, cada vez mais, o surgimento de outsiders (e nem tão “out” assim) políticos messiânicos, via de regra agressivos e autoritários, investindo na desmoralização das instituições (já em frangalhos) e no rompimento com o tal “sistema”.

    O retumbante fracasso do lulopetismo, depois de 14 anos no poder, deixando como saldo de Dilma Rousseff um país destroçado economicamente, corrompido até o último fio de cabelo e cada vez mais intolerante e incrédulo com o Estado, abriu as portas para um novo mundo na política, onde, ao contrário do que diz Tiririca, pior, fica.

    Nós x Eles
    Os parlamentos, em todas as esferas (municipal, estadual e federal), colecionam políticos que atuam única e exclusivamente como incendiários. Projetos, propostas, debates? Sem chance! Apenas tiro, porrada e bomba. Obviamente, nos outros, ou “eles”, como ensinou o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

    Sim, foi ele, já antes da campanha presidencial de 2002, que inaugurou o odiento “nós x eles”, que nos trouxe até este estado lastimável de coisas. O bolsonarismo foi tão somente a resposta oposta, e tão extremada e odienta quanto. O diabo, porém, é que tanto o lulopetismo como o bolsonarismo parecem estar ficando para trás.

    Ao que tudo indica, Pablo Marçal é a “evolução da espécie”. É a versão 3.0 – e impulsionada – do populismo messiânico antissistema. Em seu favor pesam know how atualizado e dinheiro abundante, vindo de fontes suspeitas. Aliás, se tais suspeições forem verdadeiras, sairão mensaleiros e rachadores e entrarão profissionais do crime organizado.

    Responsabilidades não assumidas
    Há uma pequena parcela da sociedade, chamada de elite, que poderia ajudar no enfrentamento deste desastre. Contudo, ou não está disposta ou está muito ocupada com seus próprios problemas. Quem sabe associou-se ao que está em curso? Cazuza já dizia: “Transformam o país inteiro num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro”.

    A imprensa, em especial, tem papel relevante neste debate, e deveria ser o agente modulador do jogo. Mas, infelizmente, as redações e os grandes jornalistas – com raríssimas exceções – estão mais preocupados em guerrear ideologicamente, ou ganhar seus tostões, do que ao menos tentar instruir, informar e alertar.

    Considero-me, e a este O Antagonista, tais exceções, o que, confesso, é árduo. Ser diuturnamente chamado de isentão e outras bobagens, cansa. Combater algo tão grande, poderoso e crescente, idem. Somado ao difícil cotidiano que descrevi acima, é pior ainda. Mas é o lugar que quero estar. É a batalha que escolhi lutar.

    (Fonte: https://oantagonista.com.br/analise/tiririca-estava-errado-pior-do-que-esta-fica/)

    Cazuza: https://www.youtube.com/watch?v=TAuSgNzgszQ

  3. Miguel José Teixeira

    . . .”Deputado Rodrigo Valadares apresenta relatório vergonhoso, que facilita a realização de atentados contra a democracia.”. . .

    “Bolsonarismo quer licença para reincidir no crime”
    (Carlos Graieb, O Antagonista, 11/09/24)

    Relator do projeto de anistia aos insufladores e participantes do 8 de Janeiro, o deputado federal Rodrigo Valadares (foto/União-SE) prometeu elaborar um parecer “sóbrio, sólido e que tenha efeito”, mas fez o contrário disso.

    Além de falsificar a história recente e distante na justificativa do projeto, ele incorporou ao texto dispositivos que vão muito além do mero perdão aos crimes do bolsonarismo. Não há nada de “sóbrio” nessa chicana.

    O deputado quer abrandar os crimes de tentativa de golpe de Estado e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, dizendo que eles só se configuram quando houver violência ou grave ameaça contra pessoas. Assim, a depredação da Praça dos Três poderes poderia se repetir mil vezes sem que fosse vista como um atentado à democracia.

    Abrandamento da legislação
    Ele também incorporou ao seu monstrengo legislativo, que aguarda votação na Constituição e Justiça da Câmara (CCJ), artigos que são ilegais, antes mesmo de serem inconstitucionais, pois tentam proibir juízes de interpretar a lei ou aplicar a ela conceitos derivados da doutrina jurídica, como o de crime multitudinário – que é aquele praticado por uma multidão.

    A CCJ, dominada por bolsonaristas, está pronta a dar o seu aval a essa barbaridade, sem medo do ridículo. Repito: em nenhum ordenamento jurídico do mundo a legislação pode proibir juízes de interpretar a lei. Não há nada de “sólido” nessa patuscada.

    O abrandamento da legislação que procura coibir atentados contra a democracia e a tentativa de manietar o judiciário mostram qual é o verdadeiro propósito dessa intentona legislativa: não apenas livrar a cara dos “coitadinhos do golpe”, mas também abrir caminho para outras marchas sobre Brasília, outras depredações, outros desvarios autoritários.

    Falsificação da história
    Sobre a falsificação da história, é preciso primeiro atacar a mãe de todas as falácias: a de que tudo que ocorreu no 8 de Janeiro foi uma “catarse” de indignados, como disse Jair Bolsonaro num discurso no último sábado, 7 de setembro.

    Escreve o deputado Valadares: “Diferentemente do que é defendido, que aqueles atos poderiam ensejar em [sic] um princípio de Golpe de Estado, as características postas tornavam tal ação impossível, devido à falta de liderança e a ausência de apoio militar.”

    Isso é mentira. A liderança foi de Bolsonaro. Não naquele dia propriamente dito, pois ele havia escapulido ardilosamente para os Estados Unidos, mas nos quatro anos anteriores, repletos de convites à subversão feitos desde a cadeira presidencial.

    Quanto à falta de apoio militar, os vândalos tinham a esperança, senão a certeza, de que ele viria. Sua expectativa era exatamente a de que a invasão da Praça dos Três Poderes levasse às ruas os militares golpistas, que até aquele momento haviam encorajado a sua presença na entrada de quartéis.

    É notório o ódio direcionado por essa gente aos militares que escolheram o lado da lei em vez permitir a consumação do golpe que eles tentaram. Atenção: tentaram. O que já basta para tipificar os crimes contra a democracia previstos no Código Penal.

    “Tradição de anistia”
    Rodrigo Valadares invoca a “tradição de anistia” existente no Brasil e até as palavras do célebre Ruy Barbosa para dizer que lei que ele propõe vai servir ao “alívio institucional” e à “pacificação política”.

    Sim, é verdade que a história brasileira está cheia de anistias.

    Mas essa que a minoria bolsonarista está querendo impor ao país (e não venham querer me taxar de esquerdista, porque abomino tanto a “democracia relativa” de Lula quanto o populismo autoritário de Bolsonaro) só é irmã daquela articulada pelo presidente Juscelino Kubitschek, em 1960, para os golpistas que atentaram contra o seu governo em 1956 e 1959.

    Irmã, vejam bem, não no espírito, mas nas prováveis consequências.

    Anistiados violentos
    Nas duas ocasiões, oficiais da Aeronáutica se rebelaram nas bases de Jacareacanga e Aragarças, respectivamente. Depois de anistiados, seus principais líderes, em vez de se mostrarem satisfeitos com a “pacificação”, reincidiram, aderindo ao golpe militar de 1964.

    Um deles, o tenente-coronel João Paulo Burnier, depois de passar algum tempo escondido na Bolívia, voltou para participar da deposição do governo de João Goulart, instalando cargas de dinamite no Palácio da Guanabara, no Rio de Janeiro.

    A anistia desenhada por Valadares e seus colegas de Congresso não pode ser comparada nem mesmo à de 1979, promulgada pela ditadura militar.

    Naquela época, o regime reconheceu, mesmo que implicitamente, que havia cometido atrocidades. As lideranças bolsonaristas não têm a dignidade de assumir nenhuma responsabilidade pelos quatro anos de radicalização política que desaguaram no 8 de Janeiro.

    O que elas querem? Fugir de punição e apagar a história. Também não oferecem nenhuma garantia de paz para os brasileiros, uma vez que esteja assegurado o seu livramento. Pelo contrário, querem ter tranquilidade para reincidir no golpismo, graças às modificações na legislação que protege a democracia que Valadares incorporou ao seu relatório.

    Vergonha a quem votar esse projeto.

    (Fonte: https://oantagonista.com.br/analise/bolsonarismo-quer-licenca-para-reincidir-no-crime/)

  4. Miguel José Teixeira

    . . .”Nunca se apostou tanto no Brasil. A ilusão do enriquecimento repentino já movimenta R$ 100 bilhões no país.”. . .

    “Trabalhar é para otários”
    (Ruy Castro, FSP, 11/09/24)

    “A riqueza, para o brasileiro, não é o acúmulo penoso de dinheiro poupado graças a muitas horas de trabalho”, disse Stefan Zweig. “É algo com que se sonha; tem que vir do céu e no Brasil, a loteria é esse céu. É a esperança quotidiana de milhões. A roda da fortuna gira todos os dias. Nos bares, nas ruas, a bordo e nos trens oferecem-se bilhetes de loteria. Todos os brasileiros os compram com o que sobra do seu salário. A determinada hora vê-se grande multidão diante do local da extração; em todas as residências e casas comerciais estão ligados os rádios; a expectativa do país inteiro se volta para um número. O que lhe falta de cobiça, o brasileiro compensa com esse sonhar cotidiano de um enriquecimento repentino.”

    Assim escreveu o vienense Zweig em “Brasil, País do Futuro”, livro que publicou em 1941 e foi destroçado pela nossa imprensa. Zweig, judeu refugiado no país, foi acusado de tê-lo escrito por um visto de permanência. Era mentira, mas, como não podiam desafiar a censura e atacar a ditadura de Getulio, os críticos foram a ele. Um dos argumentos era sua descrição da mania brasileira pelos jogos de azar, incluindo os cassinos e o jogo do bicho. Disseram que não era verdade. Mas todos sabiam que era —e, como a história provou, sempre seria.

    Nos anos 1970, tivemos o boom da Bolsa. Depois, a inacreditável obsessão pela loteria esportiva. Mais alguns anos, a febre dos bingos. E, há pouco, a da mega-sena. Mas esta tem agora um concorrente: as bets, em que se pode jogar pelo online e se tornaram o esporte nacional. Estão ao alcance até das crianças, inclusive como banqueiras —no Instagram, há influencers de 8 anos agitando notas de R$ 100 e prometendo dinheiro à vista no Jogo do Tigrinho. A palavra “bet” se incorporou à língua.

    Nunca se jogou tanto no Brasil. As apostas parecem tomar 100% da publicidade em todas as mídias. É uma indústria que já movimenta R$ 100 bilhões no país, em ganhos para poucos e quebradeira para muitos. O governo tem outras preocupações. Firma-se a ideia de que é fácil ficar milionário e que trabalhar é para otários.

    Zweig tinha razão.

    (Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2024/09/trabalhar-e-para-otarios.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newscolunista)

  5. Miguel José Teixeira

    Li, gostei & repliquei!

    I) Enfraqueça e fé das pessoas na mídia, para que comecem a duvidar da natureza da verdade!

    II) Polarize facções na sociedade!
    Quando as pessoas pararem de ver o outro lado como humano, os direitos humanos deixam de ser um obstáculo!

    III) Marginalize a inteligência!
    Quando o povo parar de ouvir os experts ela torna-se maleável!

    IV) Eleja um candidato sob o pretexto de restaurar a ordem!
    Alguém inteligente, alguém carismático, mas, alguém que possa ser maniupulado!

    (Diálogo no Cap. 3 da minisérie “Rabbit Hole, jogo de mentiras” (Prime/Paramount+)

    Matutando bem. . .
    Temos “visto, lido e ouvido” isso na vida real! Ou não?

  6. Miguel José Teixeira

    “Poder360 tem pluralidade de opiniões com 47 articulistas.”

    O jornal digital Poder360 tem uma equipe de 47 articulistas fixos que escrevem regularmente para este jornal digital, expressam opiniões diversas e contemplam o amplo espectro de perfis ideológicos na sociedade brasileira.

    Para conhecer a lista completa de articulistas, visite a página com a biografia de cada um deles:

    https://www.poder360.com.br/articulistas/

    1. Impressionante à análise de currículo dessa gente para ser nomeada e lá permanecer como ilibada. Há até um pente fino tanto na esfera de crimes civis ou de pedaladas éticas.

  7. Miguel José Teixeira

    “Bombinha de nada”

    Corria o sombrio 1º de abril de 1964 quando um homem simples, carregando uma caixa, dirigia-se à rua do Príncipe, onde ficava o então IV Exército, no Recife. Um soldado armado de fuzil gritou “alto!”.
    ]Assustado, o homem passou a gritar, enquanto era preso: “⁠É uma d’água! É uma d’água!”
    O engano seria desfeito horas depois, quando um capitão o interrogou:
    “⁠Afinal, o que é ‘uma d’água’?”
    O homem esclareceu:
    “Meu capitão, eu sou encanador e estou levando uma bomba d’água na caixa. Se eu dissesse que era uma bomba d’água, os seus soldados iam me trazer aqui vivo para conversar com o senhor?”

    (Poder sem pudor, Coluna CH, DP, 11/09/24)

    Como “se-dizia-se” nas antigas: “mais um pra Brusque”!

  8. Miguel José Teixeira

    Jogando PolenTa pra claque!

    “Chumbo grosso”
    Presidente da CCJ da Câmara, Caroline de Toni (PL-SC) vai pautar nesta semana projetos sobre decisões monocráticas, que sustam decisões do STF e atualização da lei do impeachment.
    (Coluna CH, DP, 11/09/24)

    Matutando bem. . .
    De tão grosso o chumbo cairá no próprio pé!

  9. Miguel José Teixeira

    O “painho” lula merece! É um “ômi PorreTa i trabaiadô”!

    “Chefe milionário”
    Jorge Solla (PT-BA) saiu cabisbaixo da Câmara após discurso criticando quem tem dinheiro. Tomou uma invertida de Nikolas Ferreira (PL-MG), que citou patrimônio de R$900 mil do petista e os R$7,4 milhões de Lula.
    (Coluna CH, DP, 11/09/24)

  10. Miguel José Teixeira

    Bom! Na era do capitão zero zero tínhamos o primeiro “vereador federal”, o carlixo bolsonaro. Agora vem o. . .

    “Bombeiros federais?
    O ministro Flávio Dino mandou o governo Lula “aumentar o efetivo de bombeiros” no combate a incêndios na Amazônia e Pantanal. Ele foi governador, mas parece não saber que não existem bombeiros federais.
    (Coluna CH, DP, 11/09/24)

    E porque não?
    Já imaginaram a esbanjatriz janja, madrinha do corpo de bombeiros federais?
    Com essa onde de incêndios Brasil à fora, teriam muitos holofotes para ela satisfazer seu megaego!
    Fora as famosas P&D. . .

  11. Miguel José Teixeira

    Logo, logo o taXadd “taXará” uma forma de cobrir esse possível rombo!

    “Quem paga a conta?”
    Ex-presidente do IBGE e BNDES, Paulo Rabello de Castro disse à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado ontem (10) que o Brasil deve perder R$17,9 bilhões em 5 anos, com o bloqueio do X/Twitter.
    (Coluna CH, DP, 11/09/24)

  12. Miguel José Teixeira

    E segue com o féretro!

    “Jorge Seif tenta emplacar seu filho como vereador”
    (Felipe Salgado, Poder360, 10/09/24)

    Com a contagem regressiva para o 1º turno das eleições municipais, tornou-se comum ver o senador Jorge Seif (PL-SC) acompanhado de seu filho Jorginho, de 21 anos, nos corredores do Senado. .

    O primogênito do congressista é candidato a vereador em Itapema (SC), município de quase 76.000 habitantes. Estudante de direito, Jorginho nasceu no Balneário Camboriú (SC), cidade em que Jair Renan (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, concorre a vereador. Renan já foi assessor no gabinete de Seif.
    . . .
    (+em: https://www.poder360.com.br/poder-eleicoes/jorge-seif-tenta-emplacar-seu-filho-como-vereador/)

  13. Miguel José Teixeira

    . . .”A questão que fica é: em que momento o povo vai acordar para o fato de que, independentemente de qual lado da briga você está, o custo sempre recai sobre a sociedade?”. . .

    “Bolsonaro ganha indenização de Lula e quem paga é você”
    (Madeleine Lacsko, O Antagonista, 10/09/24)

    Vamos direto ao ponto: a história dos móveis presidenciais sumidos é um belo exemplo de como as coisas funcionam na política brasileira e, no fim, quem paga a conta é você. Lembra da confusão sobre os móveis que Michelle Bolsonaro supostamente teria levado da presidência? Pois é, virou uma novela. Mas aqui, no meio de todo o burburinho, a verdade sempre esteve na nossa cara: os móveis são patrimônio público, geridos por funcionários públicos, não pela primeira-dama, nem pela atual nem pela anterior.

    Tudo isso começou quando Janja, em um ataque de protagonismo na Globo News, sugeriu que vários móveis haviam sumido, insinuando que Michelle estava por trás da bagunça. E, claro, muita gente comprou essa narrativa. A mídia tradicional não perdeu tempo para especular e apontar dedos. O detalhe que se esqueceu de mencionar? A primeira-dama não é parte do governo e, portanto, não se responsabiliza por patrimônio público. Vale ressaltar que desde o início, aqui no Antagonista, noticiamos os fatos corretamente. Nossos leitores são testemunhas de que avisamos que essa história dos móveis sumidos era infundada e que não fazia sentido técnico algum.

    E aqui está a ironia: Bolsonaro processou o governo Lula por difamação, um processo que resultou numa indenização. Mas, antes que alguém comece a comemorar ou se indignar, é importante lembrar que quem está pagando essa indenização é você, eu, todos nós. É a Advocacia-Geral da União que está ali, gastando tempo e recursos para defender o governo Lula, e é o nosso dinheiro que paga a conta do juiz, do processo, até do café que eles tomam durante as audiências. Ou seja, enquanto os poderosos brigam, quem realmente se ferra é o povo.

    Quando trabalhei em Angola, aprendi um ditado: “Em briga de elefantes, quem sofre é o capim.” Não importa se você está do lado do Lula ou do Bolsonaro; no final, os elefantes são eles, e nós somos o capim. Eles brigam, se ofendem, se processam, mas quem paga a conta no final somos nós. A AGU está lá para defender o governo, não importa quem esteja no comando. Os custos são nossos, os desgastes são nossos, e a satisfação deles é o troféu que levamos para casa.

    A questão que fica é: em que momento o povo vai acordar para o fato de que, independentemente de qual lado da briga você está, o custo sempre recai sobre a sociedade? O caso dos móveis é só um exemplo pequeno, quase pitoresco, de como a máquina pública é usada e abusada pelos que estão no poder. Eles não precisam se preocupar com as consequências porque, no final, o cheque é assinado com o nosso dinheiro.

    E sobre desculpas públicas? Nem pensar. Lula e Janja não sentiram a menor necessidade de se retratar. Para eles, o importante é manter seus seguidores satisfeitos, como num grande fã-clube onde mentiras são apenas estratégias de comunicação. E se Bolsonaro processa o governo em vez das pessoas físicas envolvidas, é porque sabe que, juridicamente, seria um beco sem saída. Mas ele não está preocupado com isso; o que importa é o teatro político, e ele saiu com o troféu.

    Então, aqui vai a reflexão: se o povo não aprende a se defender, quem é que vai nos defender? Políticos? A julgar pelo que vemos, não parece que seja o caso. Eles estão ocupados demais brincando de elefantes enquanto nós, o capim, continuamos apanhando.

    (Fonte: https://oantagonista.com.br/opiniao/bolsonaro-ganha-indenizacao-de-lula-e-quem-paga-e-voce/)

  14. Miguel José Teixeira

    Periga o “foguete que não tem ré” explodir em nossos bolsos!

    “. . .O país está prestes a reiniciar um ciclo de alta de juros apenas uma semana após uma deflação, entenda o que está por trás desse movimento.”. . .

    “Lula está com a mão amarela”
    (Rodrigo Oliveira, O Antagonista, 10/09/24)

    Na semana que vem, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central deve iniciar um breve ciclo de alta nos juros básicos com o intuito de reancorar as expectativas de inflação. Isso significa que os agentes econômicos não acreditam que, se tudo continuar da forma como está, a pressão sobre os preços convergirá para a meta de 3% de inflação.

    Mas e daí? Por que a autoridade monetária deveria se importar se o setor produtivo não tem uma visão positiva quanto ao futuro dos preços? As correntes econômicas atualmente majoritárias acreditam que expectativas desancoradas são profecias autorealizáveis.

    A ideia é que o agente econômico, acreditando que tudo estará mais caro quando ele for comprar insumos no futuro, remarca o preço do produto hoje mesmo, para não ser pego desprevenido. Dessa forma, os preços médios sobem e, consequentemente, a inflação.

    O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), no entanto, tem mostrado que a inflação está desacelerando e até fechou o mês de agosto em deflação (uma espécie de inflação negativa, isto é, com preços em queda). Então por que o setor produtivo não acredita que a pressão sobre os preços futura estará na meta nos próximos anos?

    A política econômica de escolha do lulopetismo opta pela cartilha do populismo, com maior tolerância com a inflação (cuja execução ficou mais complicada com a autonomia do Banco Central) e déficits fiscais insustentáveis (adotada sem a menor cerimônia pelo governo Lula).

    A expansão fiscal via aumento dos gastos do governo, que tem sido a tônica do terceiro mandato do petista, impulsiona o PIB (Produto Interno Bruto) em um primeiro momento, mas quando não é acompanhada de investimento (como é o caso agora) acaba pressionando a oferta em seguida.

    Sem capacidade de ganhar eficiência a tempo, a demanda gerada pela enxurrada de dinheiro colocada na economia pelo governo faz com que os preços subam, uma vez que a oferta não consegue acompanhar a procura. E aí está a preocupação do setor produtivo com a inflação do futuro.

    Correto ou não, o mercado não confia em Lula e no dito aprendizado com Dona Lindu – a mãe do petista, que o teria ensinado a não gastar mais do que ganha. Desde o início, o desenho do governo apontou para gastos acima das receitas e, consequentemente, déficits nas contas públicas. Esse volume de dinheiro gasto a mais impulsiona a demanda, mas afeta o consumo mais significativamente que o investimento.

    Lula, agora, faz de conta que nada disso tem a ver com ele. Tal qual aquele convidado que não consegue evitar a flatulência na sala cheia de amigos, disfarça o ato e olha para os lados à procura de um bode expiatório. Mas a verdade é que sabemos quem está com a mão amarela.

    (Fonte: https://oantagonista.com.br/analise/lula-esta-com-a-mao-amarela/)

  15. Miguel José Teixeira

    Mais sujos do que o pau da bandeira empunhada pela nova ministrinha do lula!

    “Senadores retiram assinaturas do pedido de Impeachment de Alexandre de Moraes, do STF”
    (Último Segundio, portal iG, 10/09/24)

    Nesta segunda-feira (9), senadores retiraram suas assinaturas do pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, apresentado na mesma data. O pedido, que já contava com a assinatura de 153 deputados federais e cerca de 1.500 apoiadores adicionais, enfrenta agora uma debandada.

    A decisão de dar andamento ao processo de impeachment é de competência exclusiva do Senado, que tem a atribuição constitucional de decidir se seguirá com o rito de impeachment ou não.

    A CNN Brasil foi informada por senadores que retiraram seus nomes do documento que a decisão foi orientada por advogados, com o objetivo de evitar possíveis retaliações. Essas retaliações poderiam incluir a remoção de senadores de relatorias de projetos de lei ou a exclusão de funções estratégicas em comissões.

    Parlamentares ouvidos pela emissora disseram ver com ceticismo a viabilidade do pedido de impeachment, apesar dos esforços de líderes da oposição, que fizeram apelos durante o ato de 7 de setembro na Avenida Paulista.

    Este é o 23º pedido de impeachment contra Moraes, com a denúncia de abuso de autoridade sendo um dos pontos centrais.

    Além do pedido de impeachment, há diversas outras iniciativas no Congresso contra o STF. Entre os projetos em tramitação estão propostas que incluem o perdão para presos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, a limitação de decisões monocráticas no STF e a restrição dos mandatos dos ministros da Corte.

    (Fonte: https://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2024-09-10/senadores-retiram-assinaturas-impeachment-moraes.html)

  16. Miguel José Teixeira

    . . .“O direito é uma ciência simples que os mestres que o ensinam têm o dom de complicar.”. . .

    “A ciência do direito”
    (Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade, Visto, lido e ouvido, Blog do Ari Cunha, CB, 08/09/24)

    Sob o título “Quando os juristas dificultam”, o emérito professor de direito Ives Gandra Martins brindou os leitores ao rememorar as aulas de direito penal, ministradas pelo saudoso professor Joaquim Canuto Mendes de Almeida. Chamou a atenção para um dogma da velha Roma que dizia que: “O máximo da justiça é o máximo da injustiça”.

    Com esse aparente trocadilho, simples na forma, mas no qual caberia boa parte da maioria dos códigos de leis existentes, o jurista criticou o talento nato de muitos de nossos sábios juristas em tornar herméticas disposições legais que, por sua finalidade, deveriam ser de uso e fácil compreensão dos cidadãos comuns. “O direito é uma ciência simples que os mestres que o ensinam têm o dom de complicar.” Mais do que isso, uso emendar o nobre mestre, os juízes, por meio do nomeado “juridiquês”, transformam suas sentenças em máximas do hermetismo que nem mesmo o próprio Hermes Trismegisto, fundador dessa doutrina mística, ousaria interpretar.

    Trata-se de pareceres que são verdadeiros tratados de alquimia, só acessíveis aos iniciados em magia. Só os gênios enxergam o óbvio que há na simplicidade. Da mesma forma, somente juristas que compreendem de fato essa ciência são capazes de entender que o direito, como diz Ives Gandra em seu ensaio, “nada mais é do que regras de convivência, que o povo deve entender para cumpri-las”.

    Nesse ponto, no seio uno do Supremo, existem outros 11 supremos nas figuras de cada um dos magistrados que ali estão. Mesmo com essa característica um tanto exótica, muitas decisões finais de grande interesse para a nação, como um todo, são, corriqueiramente, tomadas de forma monocrática, sobretudo nos intervalos dos seguidos recessos da Corte.

    Na avaliação do jurista, os operadores do direito são nomeados com a função de esclarecer aos cidadãos, mas, incompreensivelmente, e, na maioria das vezes, acabam deixando-os ainda mais confusos e perplexos. O artigo do professor vem a propósito do que seria hoje, em nosso país da banalização, o que muitos denominam de espetacularização das prisões preventivas. “O bandido tem de ser preso antes para que não fuja. Todo o resto, como destruição de documentos, obstrução de Justiça, são criações dos juristas para o exercício do saber e do poder”, ensina Ives Gandra, para quem nosso país, atualmente, parece reviver os tribunais populares da Revolução Francesa, onde a guilhotina não cessava de cortar cabeças para o gáudio do populacho local.

    É preciso notar, no entanto, que a prisão preventiva, em nosso país, passou a ganhar maior grau de banalização concomitantemente com os casos escabrosos de corrupção e de lavagem de dinheiro que, nos últimos anos, passaram a vir ao conhecimento do público, mormente após a consolidação, na Carta de 1988, das atribuições e da independência do Ministério Público.

    Por outro lado, a sequência que se seguiu de prisões preventivas, ocorridas ao longo desse período, mirava num tipo peculiar e extremamente danoso e influente, representado pelos criminosos de colarinho branco. A esses novos personagens da história policial do Brasil, os fundamentos contidos no Código de Processo Penal eram demasiados brandos e até omissos, mesmo em se tratando de um conjunto de leis válidas num Estado Democrático de Direito.

    Nesse ponto, o jurista e professor ressalta que o Código Penal “é instrumento válido apenas nas democracias, pois existe para proteger o acusado, e não a sociedade.” No caso de corruptos de alto coturno, mesmo reconhecendo a condição legal de cidadão comum e igual perante a lei, é por demais demonstrado que, agora, parece entrar numa fase de desmonte. Não fosse o instituto da prisão preventiva, somado à possibilidade nova da delação premiada, nenhuma das centenas de casos intrincados, levantados pelo MP e pela Polícia Federal, teria sido levada adiante.

    A frase que foi pronunciada:
    “O fim da lei não é abolir ou restringir, mas preservar e ampliar a liberdade. Pois em todos os estados de seres criados capazes de lei, onde não há lei, não há liberdade.” (John Locke)

    (Fonte: https://blogs.correiobraziliense.com.br/aricunha/a-ciencia-do-direito/)

  17. Miguel José Teixeira

    Pensando bem…
    (Coluna CH, DP, 10/09/24)

    … pesquisas indicam que o verde e amarelo na Avenida Paulista defendiam as cores da Austrália.

    Matutando bem…
    (Matutildo, aqui e agora)

    Entretanto, na defesa dos reais interesses da Nação não estavam!

  18. Miguel José Teixeira

    Está no DNA! (2)

    “Uma lógica de poder”
    Obedecem uma lógica petista de poder os 920 casos de assédio sexual no primeiro ano do atual governo Lula registrados só em 2023, segundo dados da Controladoria Geral da União citados pelo jornal O Globo.

    “Esquerda que assedia”
    A maioria esquerdista que ocupa cargos de confiança, no governo Lula, são os principais acusados de assédio sexual, usando cargo de chefia para obter favores sexuais. Já são 557 só de janeiro a agosto de 2024.

    (Coluna CH, DP, 10/09/24)

  19. Miguel José Teixeira

    Está no DNA!

    . . .”Há pelo menos 13 ações de improbidade contra a deputada petista.”. . .

    “Petista substituta de ministro assediador é ré por superfaturar R$6,5 milhões”
    (Redação Diário do Poder, 09/09/24)

    A deputada estadual mineira Macaé Evaristo (PT), convidada pelo presidente Lula (PT) para assumir o comando do Ministério dos Direitos Humanos, em substituição a Silvio Almeida, que caiu em meio a um escândalo sexual, tem ficha suja na política.

    Se acordo com publicação virtual do jornal O Estado de S. Paulo, a deputada é ré na Justiça, onde responde pela acusação de superfaturar R$6,5 milhões em uniformes escolares, no período em que foi secretária estadual de Educação do governo Fernando Pimentel (PT), de 2015 a 2018.

    Além disso, ela assinou em 2022 um acordo de R$10,4 mil com o Ministério Público de Minas Gerais para encerrar várias ações de improbidade administrativa. Há pelo menos 13 processos do gênero, incluindo superfaturamento de carteiras escolares.

    Escolha pela aparência
    O envolvimento da petista em corrupção decorre de mais uma falha no sistema existente na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para vasculhar a vida de candidatos a cargos de confiança do governo, a fim de evitar “surpresas” como essa.

    Mais interessado em escolher substituto pela aparência, dentro da política identitária lacradora, Lula nem sequer esperou que a Abin fizesse o seu trabalho, optando pela deputada por ser uma mulher negra.

    Macaé Evaristo chegou a ser convidada para o caro, mas, nas redes sociais, Lula informou que somente depois assinaria o ato de nomeação. Mas, antes que a noite se encerrasse, o jornalismo investigativo revelava a vida pregressa da petista.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/politica/petista-substituta-de-ministro-assediador-e-re-por-superfaturar-r65-milhoes)

  20. Miguel José Teixeira

    “Como está a Saúde no Brasil?”
    (Ricardo de Oliveira, engenheiro de produção e foi Secretário Estadual de Gestão e Recursos Humanos do Espírito Santo entre 2005 e 2010 e Secretário Estadual de Saúde do ES de 2015 a 2018. É autor dos livros “Gestão Pública: Democracia e Eficiência” (FGV/2012) e “Gestão Pública e Saúde” (FGV/ 2020). É Conselheiro do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) e membro do Comitê de Filantropia da UMANE, FSP, 09/09/24)

    Responder a essa pergunta é de interesse de todos os brasileiros. Infelizmente, hoje, essa tarefa demandaria uma análise de dados complexa feita por especialistas em saúde, capazes de pesquisar várias bases de dados e analisar um conjunto de indicadores para compor uma visão da situação atual da saúde no país, englobando seus resultados e problemas. Por óbvio, informações que não são acessíveis à maioria da população brasileira.

    Por outro lado, a população faz sua avaliação das políticas públicas de saúde quando utiliza os serviços do SUS. Porém, esta avaliação diz respeito apenas à sua satisfação pela utilização específica de algum dos serviços do SUS, e não à política como um todo.

    Para realizar uma avaliação das políticas de saúde, a população precisa ter acesso a informações objetivas, de fácil entendimento, que permitam avaliar seus resultados, problemas e que evidenciem as melhores práticas em todos os níveis de governo.

    Nesse sentido, como fornecer à população um instrumento capaz de permitir que ela avalie as políticas de saúde como um todo de modo simples, objetivo e de fácil compreensão?

    A educação conseguiu superar esse desafio criando um indicador sintético que mede o desenvolvimento da educação básica – o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Ele permite que a população avalie os resultados das políticas educacionais, debata sobre as melhores práticas implantadas em todo o país e identifique a contribuição de cada governo na melhoria da educação.

    O amplo e qualificado debate público, provocado pela divulgação dos resultados do IDEB, mostra que o SUS seria muito beneficiado se tivesse um indicador como esse, capaz de mobilizar a sociedade no debate das políticas públicas e de promover a melhoria da prestação de serviços de saúde.

    A partir da experiência do Ideb, alguns argumentos que evidenciam a importância desse tipo de indicador para a avaliação das políticas públicas:

    1) Transparência e controle social
    A transparência e o controle da sociedade sobre as políticas públicas, propiciadas por indicadores de eficiência, eficácia e efetividade da prestação de serviços, minimizam a captura das políticas públicas por interesses econômicos, políticos e corporativos e reduzem o espaço da demagogia no debate público pois este ocorre a partir de dados e evidências.

    2) Qualidade da gestão
    É possível comparar o gasto público com os resultados. No caso da educação, fica claro que nem sempre quem mais gasta nas políticas públicas obtém os melhores resultados, mostrando assim a importância da qualidade da gestão

    3) Competição por melhores resultados
    A divulgação ampla dos resultados do indicador promove uma competição saudável entre os governos, jogando luz naqueles que conseguem melhorar a prestação de serviços e dando divulgação aos seus métodos de gestão, responsáveis pelos resultados alcançados

    4) Evitar erros e desperdício de recursos
    Por terem acesso a soluções já testadas e que deram certo, os governo podem reduzir o desperdício de recursos públicos, evitar erros já cometidos pelos gestores em todo o país e agilizar a implementação de melhorias na prestação de serviços, provocando, assim, mudanças mais rápidas em locais que tiveram resultados piores

    5) Fortalecer o debate
    Indicadores sintéticos correm o risco de simplificarem a avaliação das políticas públicas, se os debates se ativerem apenas na análise das variáveis que ele consegue medir. No entanto, o debate provocado na sociedade pela divulgação do Ideb nos mostra que ele funciona como motivador de uma ampla discussão, que engloba todos os aspectos importantes das políticas educacionais, sendo um importante indutor na promoção da melhoria dos serviços de educação.

    O país já teve um índice para medir os resultados das políticas de saúde: o Índice de Desempenho do SUS, o IDSUS, que só teve uma edição, em 2012. Infelizmente, as críticas aos seus problemas técnicos e políticos acabaram por determinar sua extinção e não o seu aperfeiçoamento, enfraquecendo o controle social e o processo de melhoria da prestação de serviços de saúde.

    O Ministério da Saúde deveria liderar o debate sobre a volta do IDSUS, tendo em vista o fortalecimento do controle social, a disseminação de boas práticas, o incentivo à melhoria das políticas de saúde e a qualidade do gasto público.

    Sabemos que o SUS precisa de apoio da população para superar seus problemas de financiamento e gestão. A mensuração de resultados das políticas de saúde é uma boa maneira de alcançar esse objetivo.

    Acompanhe as iniciativas do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (1) no Instagram pelo @iepsoficial (2) e no nosso canal no WhastApp (3).

    (1) https://ieps.org.br/
    (2) https://www.instagram.com/iepsoficial/
    (3) https://www.whatsapp.com/channel/0029VaCBPpb7dmeUgraTYF0S

    (Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/blogs/saude-em-publico/2024/09/como-esta-a-saude-no-brasil.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newscolunista)

    Matutando bem. . .
    ” liderar o debate sobre a volta do IDSUS” será uma ótima tarefa para a . . . deixa pra lá!
    Isso dá trabalho e exige inteligência!

  21. Miguel José Teixeira

    . . .”Guardiões do Estado de Direito não devem ser temidos nem precisam ser estimados, mas a observância da legalidade requer que sejam respeitados. Para isso é imprescindível que se atenham a certos ritos, por mais que para combater infratores mais ousados nem sempre seja possível seguir os manuais. “. . .

    “Do medo nada se leva”
    (Dora Kramer, FSP, 09/09/24)

    O que se ouviu na avenida Paulista no último sábado, 7 de Setembro, algum efeito terá sobre deputados e senadores. O Senado, no entanto, não atenderá aos pedidos de impeachment do ministro Alexandre de Moraes nem a Câmara aos de anistia para condenados pelos atos golpistas que culminaram no 8 de janeiro de 2023.

    Ao menos não na atual composição do Congresso. Disso sabem as lideranças, cujo estrato mais identificado com aquelas propostas aposta na pressão permanente na expectativa de que o ambiente lhe seja mais favorável depois da eleição de 2026.

    A ineficácia imediata dos rugidos não significa que o Supremo Tribunal Federal não precise modular seu respaldo (ativo e passivo) a Moraes, adaptando-se às mudanças do cenário desde o basta dado na Justiça e nas urnas ao processo de desfalque institucional deflagrado por Jair Bolsonaro e companhia.

    Não que o STF vá, ou deva, baixar a guarda na defesa da prática democrática. Mas seria de bom alvitre dar atenção à evidência de que há, para além das fronteiras das militâncias de direita e esquerda, uma inquietação na sociedade com os métodos adotados nas decisões judiciais.

    Isso se estende aos modos incontidos de alguns ministros, embaça a lente pela qual a população enxerga o Judiciário e presta serviço ao acirramento político, pois alimenta a desconfiança de que o tribunal atende a interesses extraconstitucionais. Para os extremistas, quanto mais tensão, melhor.
    Ficam à vontade para atacar quando para isso podem usar a justificativa de que só defendem o equilíbrio.

    Inoculam o vírus da desorientação e dificultam o entendimento de que os desequilibrados são eles. Lula e Bolsonaro impulsionam essa confusão, e quem paga o preço é o Supremo.

    Guardiões do Estado de Direito não devem ser temidos nem precisam ser estimados, mas a observância da legalidade requer que sejam respeitados. Para isso é imprescindível que se atenham a certos ritos, por mais que para combater infratores mais ousados nem sempre seja possível seguir os manuais. Já disse assim a Operação Lava Jato antes de perder apoio, lustro e reputação.

    (Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/dora-kramer/2024/09/do-medo-nada-se-leva.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newscolunista)

  22. Miguel José Teixeira

    “. . .Numa promiscuidade que vem de longe, diversos ministros do STF deixaram o palanque comemorativo e, sem resguardo e nem preocupação de terem a imagem associada ao lado político lulista, refestelaram-se com churrasco e feijão tropeiro, segundo noticiou o Estadão.”. . .

    “Polarização política parece estar enraizada, e STF mergulha nela”
    (Wálter Maierovitch, Colunista do UOL, 09/09/24)

    Vou dar preferência à mitológica deusa romana Giustizia. Como consequência, deixarei de lado a equivalente grega Têmis, inspiradora da imagem arquitetônica concretada diante do prédio do STF.

    As razões da preferência à deusa romana da Justiça são simples de compreender. Ela nunca usou venda nos olhos. Sempre enxergou tudo.

    A Giustizia, na mitologia, foi tida como imparcial e justa, a ponto de o imperador romano Tibério enxergar nela o rosto puro e isento da sua mãe Lívia.

    A Têmis, não sei não! Está sempre vendada e, pela vizinhança, pode estar a sofrer influência de alguns ministros do STF.

    Em razão da venda, a Têmis é incapaz de enxergar o cenário jurídico real imposto pelo STF. Ou seja, considera como ainda vigorante o cenário da tentativa frustrada de golpe de Estado capitaneado por Jair Bolsonaro e que culminou no 8 de janeiro.

    A influenciável Têmis entende, como se estivesse afetada por paranoia, haver risco iminente, pelos discursos considerados de ódio, de nova investida antidemocrática.

    No particular, ela referenda o discurso do ministro Moraes, como, por exemplo, o proferido na última semana na Universidade Mackenzie: “Os discursos de ódio solapam a democracia”.

    Pela falta de definição legal, discurso de ódio é o eleito por Moraes para agir em defesa da democracia, da Constituição, da Corte, dos ministros e familiares.

    Por não enxergar, a Têmis sujeita-se a ser emprenhada pelos ouvidos.

    Na verdade, a influenciada Têmis abandonou a democracia liberal. Está a aplaudir as censuras ao jornal Folha de S.Paulo e à revista Crusoé. E também a outras limitações à liberdade de imprensa e expressão.

    Pior. A Têmis considera o STF o tutor dos cidadãos brasileiros e legitima Moraes para ser um tipo Catão-censor, controlador das informações que merecem ou não difusão.

    Com efeito, a Têmis, sob o deslumbre do neoconstitucionalista Luis Roberto Barroso, perde a imparcialidade e desvia-se das funções constitucionais.

    Tem mais. A Têmis pode ser vista como capaz de abraçar o hedonismo e partir em busca de “boquinhas” semelhantes àquelas desfrutadas pelo ministro Kassio Nunes Marques — em jatinho particular, depois do iate de luxo na Grécia, instalou-se em Roma para elaborar futuro encontro acadêmico. Para Nunes Marques, os convites são na base da ligação telefônica 0800, como se diz no popular para definir o gratuito.

    Fora os dois períodos de férias dos ministros, contam com as facilidades da comunicação online, ou melhor, decidem em qualquer parte do planeta.

    Pelo exposto, vou de Giustizia para analisar o 7 de Setembro deste 2024.

    Bolsonaro na Avenida Paulista
    Bolsonaro, agora fora do poder, continua a desvirtuar a data comemorativa da Independência.

    Apropria-se dessa data e das cores da bandeira para vestir os seus seguidores. O fascismo usava as “camicie nere” (camisas pretas); os bolsonaristas, as camisetas verde-amarelas.

    Com caradurismo e sem corar as faces, Bolsonaro disse, em seu discurso na Paulista, que o ministro Alexandre de Moraes, o STF e o Congresso atuam “fora das quatro linhas” constitucionais.

    Como se percebe e num passado recente, Bolsonaro foi quem atuou “fora das quatro linhas”. Agora clama pelo cumprimento da Constituição.

    Bolsonaro usou o 7 de Setembro na Paulista para efeito político-promocional. Colocou o tema impeachment de Alexandre de Moraes na frente e de araque.

    O ex-presidente conhece bem os bastidores que revelam que a maioria dos senadores é contrária ao impeachment do ministro do STF.

    Para não dar na vista, Bolsonaro destacou a anistia política num segundo plano reivindicatório.

    Fingiu que serão contemplados apenas os condenados pelo STF. Condenados, frise-se, usados como massa de manobra pelo bolsonarismo, pelos crimes consumados no 8 de janeiro. O ex-presidente inventou, fazendo-se de vítima de perseguição, uma história fake para ter deixado o país no 30 de dezembro.

    Na hipótese de a anistia ser aprovada, Bolsonaro também será favorecido: cairá a inelegibilidade e terá inquéritos arquivados pela extinção da punibilidade decorrente da anistia.

    45 mil cidadãos, segundo cálculo de grupo de pesquisa da USP, assistiram e participaram de mais uma farsa bolsonarista.

    O 7 de Setembro em Brasília
    O presidente Lula usou igualmente o 7 de Setembro. Convidou o xerife Alexandre de Moraes para o desfile em Brasília e a ele se associou, ao vestir os panos de guerreiro democrático. Isso no momento em que é tripudiado pelo presidente venezuelano Nicolás Maduro.

    Lula se apresentou também, na imagem de solidário a Moraes, como defensor da soberania nacional, contra os ataques do empresário Elon Musk, um democrata de fancaria e de conveniência, como dá para notar sem dificuldade.

    Numa promiscuidade que vem de longe, diversos ministros do STF deixaram o palanque comemorativo e, sem resguardo e nem preocupação de terem a imagem associada ao lado político lulista, refestelaram-se com churrasco e feijão tropeiro, segundo noticiou o Estadão.

    O regabofe foi ofertado pela Presidência da República. E, conforme noticiaram os jornais, piadas foram feitas sobre o evento de Bolsonaro da Paulista.

    Como se nota, o presidente Barroso, o decano Gilmar Mendes, o xerife Moraes, o ministro Dias Toffoli, este sempre desesperado em alcançar o perdão de Lula, e o ex-advogado Cristiano Zanin esqueceram, como acontece com o já citado Nunes Marques, de uma velha lição do saudoso constitucionalista italiano Piero Calamandrei. É relativo àquilo que denominou fundamento regente do Direito e da Justiça.

    “Se o juiz não tem cuidado, a voz do Direito se esvanece. É longínqua como a voz inatingível dos sonhos” (Elogio dei giudici scritto da un avvocato, edição 1935 da editora Ponte alle Grazie).

    Pano rápido: A polarização política parece estar enraizada, e o STF mergulha nela e perde a isenção. Perante os cidadãos brasileiros, perde a imparcialidade e colhe crescente desconfiança.

    (Fonte: https://noticias.uol.com.br/colunas/walter-maierovitch/2024/09/09/7-de-setembro-paulista-brasilia.htm)

  23. Miguel José Teixeira

    E la nave va!

    . . .”Com 3.800 habitantes, Pracuúba (AP) recebeu emendas parlamentares para a construção de quatro campos de futebol. Segundo uma vistoria da CGU, a cidade já tem campos tanto na sede municipal quanto nas comunidades. Além disso, os campos não foram concluídos ou sequer iniciados.”. . .

    “Vistoria da CGU em emendas aponta obras atrasadas e falta de prioridade de projetos”
    (José Marques, FSP, 09/09/24)

    om 3.800 habitantes, segundo o Censo 2022, o município de Pracuúba (AP) recebeu emendas parlamentares nos últimos anos para a construção de quatro campos de futebol, dois deles em uma mesma comunidade.

    A cidade não tinha carência desse tipo de equipamento, segundo vistoria da CGU (Controladoria-Geral da União): Pracuúba já tem campos de futebol tanto em sua sede municipal quanto nas suas comunidades.

    Além disso, campos que deviam ter sido feitos com a verba das emendas não foram concluídos ou suas obras nem sequer foram iniciadas.
    Pracuúba se tornou um exemplo em relatório que a CGU enviou ao ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), de que há poucos sinais de que as prioridades e necessidades dos municípios foram levadas em conta no repasse das chamadas emendas de relator e emendas de comissão do Congresso.

    As emendas de relator eram o mecanismo utilizado pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para conseguir apoio no Congresso Nacional, mas elas foram vetadas pelo STF em 2022.

    Os recursos, porém, foram em parte transformados em emendas de comissão, que cresceram nos últimos anos e passaram a ser usadas com os mesmos fins.

    Dino determinou à CGU a elaboração de uma lista dos dez municípios que mais receberam essas emendas per capita, de 2020 a 2023, e ainda uma visita de técnicos às cidades. O ministro é relator das ações no Supremo que questionam a transparência das emendas.

    Como a Folha mostrou, cidades do Amapá que receberam emendas do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) dominam o ranking das mais beneficiadas.

    As emendas são uma forma pela qual deputados e senadores conseguem enviar dinheiro para obras e projetos em suas bases eleitorais e, com isso, ampliar seu capital político. A prioridade do Congresso é atender seus redutos eleitorais, e não as localidades de maior demanda no país.

    “Há pouca evidenciação de que as demandas feitas pelos Prefeitos, formalmente (via ofícios) ou informalmente (via visitas aos parlamentares), partam de uma definição prévia de necessidades/prioridades municipais”, diz a CGU no relatório.

    O órgão do governo federal também aponta que 43% das obras patrocinadas com dinheiro de emendas de comissão ou de relator nesses municípios não foram iniciadas. De um total de 98 obras, diz a CGU, 42 não estavam iniciadas no momento da vistoria, 9 estavam paralisadas (9%), 36 estavam em execução (37%); e apenas 11 foram concluídas (11%).

    O informe também aponta falta de transparência na utilização desses recursos. “A maioria dos municípios não possui ferramentas capazes de assegurar a publicidade e transparência dos dados, de modo a permitir o controle institucional e social do orçamento público e, com efeito, promover a eficiência da gestão pública e o enfrentamento da corrupção”, afirma o relatório.

    O documento foi elaborado a partir de uma determinação feita no dia 1º de agosto, quando Dino determinou que a CGU apresentasse os dados dos dez municípios mais beneficiados.

    O ministro também deu 90 dias para que o órgão apresentasse uma auditoria de todos os repasses de emendas parlamentares para ONGs e demais entidades do terceiro setor de 2020 a 2024.

    A decisão ainda define que ONGs e entidades do terceiro setor devem estabelecer procedimentos objetivos para a contratação de empresas e seguir os “deveres de transparência e rastreabilidade” ao usar o dinheiro das emendas parlamentares.

    No mesmo dia, Dino publicou outra decisão determinando auditoria da CGU em todos os repasses de emendas Pix —modalidade de emenda individual que acelera a destinação de recursos diretamente para os caixas da prefeituras de aliados dos parlamentares nos estados.

    O ministro condicionou a execução das emendas Pix ao atendimento de requisitos de transparência e rastreabilidade.

    No último dia 21, integrantes das cúpulas do STF, Congresso e governo Lula (PT) firmaram um acordo para aliviar a tensão sobre as ações que miram a transparência das emendas parlamentares. Relator dos processos, Dino concedeu mais dez dias de prazo, na quinta-feira (29), para os três Poderes apresentarem propostas de mudanças nas regras de distribuição destas verbas.

    (Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2024/09/vistoria-da-cgu-em-emendas-aponta-obras-atrasadas-e-falta-de-prioridade-de-projetos.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsbsb)

  24. Miguel José Teixeira

    Há algo mais sobre os ombros além da suprema toga!

    . . .”Participação de ministros da Suprema Corte brasileira denota uma total subserviência dos magistrados aos atos do Poder Executivo”. . .

    “No churrasco de Lula com o STF, a picanha é o povo”
    (Wilson Lima, O Antagonista, 09/09/24)

    Em uma democracia saudável, seria absolutamente inaceitável um chefe de Poder Executivo – ainda mais com as características tirânicas de Lula – sentar-se em um convescote de final de semana com integrantes do STF. No Brasil do ‘passapanismo’, porém, todo tipo de absurdo passou a ser considerado normal. Todo mesmo.

    Após ter feito uma homenagem a Alexandre de Moraes no desfile cívico-militar de 7 de setembro, Lula convidou o magistrado e outros colegas de tribunal como Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Cristiano Zannin e Luís Roberto Barroso – presidente do STF – para um churrasco vespertino no Palácio da Alvorada.

    O cardápio foi a base de costela e feijão tropeiro. O clima? Descontraído, com piadas e indiretas ao ato realizado na avenida Paulista, que pediu o impeachment de Xandão. Teve ministro que comentou, segundo o Estadão: “Alexandre, já já começam as suas homenagens.”

    Como registrou o jornal no final de semana, o “convescote no Alvorada evidencia a aliança entre o STF e Lula, que tem feito desagravos a Moraes, alvo preferencial dos bolsonaristas”.

    Atente-se a esse termo, caro leitor (a): aliança. Essa aliança foi selada ainda no final do ano de 2022, quando o STF derrubou, a pedido dos partidos satélites do PT, o tal orçamento secreto para, em teoria, garantir uma governabilidade mais substancial ao atual presidente da República. Obviamente não funcionou. Depois seguiu com a abertura de investigações sensíveis aos adversários do Lula (mesmo aqueles que não tinham foro privilegiado) e culminou, ao menos até agora, com a suspensão do X do bilionário Elon Musk.

    Voltando ao churrasco dos poderosos, é execrável ver ministros da Suprema Corte brasileira em um momento de confraternização extemporâneo com integrantes do Poder Executivo. Estamos diante de um desvirtuamento abominável do princípio da separação dos três poderes. E não me venham os integrantes do STF argumentar que em uma democracia saudável os poderes dialogam. Há uma diferença entre diálogo e submissão. E o que se viu no final de semana foi um ato de subserviência completa da Suprema Corte em relação aos caprichos do Poder Executivo.

    Os juízes que se proclamam independentes, parece que não são tão independentes assim.

    A política é feita de símbolos e a confraternização entre o STF e o Planalto mostra que, na realidade, a picanha tão prometida em 2022 é, na verdade, o povo brasileiro.

    Ps: em uma democracia sadia, um convescote como esse seria criticado por toda a imprensa. Mas isso é assunto para outra coluna.

    (Fonte: https://oantagonista.com.br/analise/no-churrasco-de-lula-com-o-stf-a-picanha-e-o-povo/?utm_campaign=oa_mkt_coluna_-_resumo_da_manha_909&utm_medium=email&utm_source=RD+Station)

  25. Miguel José Teixeira

    . . .”A lógica dos neofundamentalistas da política brasileira é essa. Não há espaço para deuses no monoteísmo político de Banânia.”. . .

    “A briga de Marçal e Bolsonaro: como no filme, só pode haver um”
    (Ricardo Kertzman, O Antagonista, 09/09/24)

    Praticamente nove em cada dez brasileiros (89%) acreditam em Deus, segundo a pesquisa Global Religion 2023, produzida pelo instituto Ipsos no ano passado. Isso coloca o Brasil no topo de um ranking de 26 países pesquisados.

    O mesmo levantamento mostrou que 70% dos brasileiros acreditam em Deus exatamente como descrito nos livros religiosos – Bíblia, Corão, Torá etc. -, e que 19% acreditam em “uma força superior”; não especificamente em Deus.

    Porém, se 89% dos entrevistados no Brasil disseram acreditar em Deus – ou em um poder superior equivalente -, diminui para 76% o número de fieis que afirmam seguir e praticar uma religião cotidianamente, sempre segundo o estudo.

    Teocracia x Democracia
    Não surpreende, portanto, o crescimento contínuo – já há décadas – das bancadas religiosas nos parlamentos brasileiros, notadamente a chamada “Bancada Evangélica”, no Congresso Nacional. A fé, além de montanhas, move votos.

    A cada frustração com o Estado e a cada expectativa não correspondida pelos “políticos tradicionais”, a despeito de tanto investimento pessoal (trabalho duro) em uma vida melhor, o brasileiro caminha em direção à crença em um salvador.

    Neste momento, a política e o império das leis – ou seja, a própria democracia -, passam a ser relativizados em prol de religião e crença. Se a primeira opção mostrou-se incapaz, talvez a segunda (teocracia) funcione, arrisca o eleitor desiludido.

    Messias e fundamentalismo
    Não são à toa, portanto, os messiânicos de turno (Bolsonaro), e nem tão de turno assim (Lula), já que velhacos na exploração da fé e da esperança como política. E o mais novo Messias, Pablo Marçal, vem com um elemento extra: o culto à prosperidade.

    “Enquanto ele tiver chances, eu vou apoiá-lo, porque sei que foi Deus que o levantou. Não é sobre Pablo e Bolsonaro, e, sim, a libertação e a prosperidade de um povo“, profetizou o candidato à Prefeitura de São Paulo, na Avenida Paulista, em 7 de setembro.

    Marçal expõe sua fortuna – adquirida de maneira pouco transparente e comum -, que promete ser acessível a todos: basta querer e orar que Deus a trará! Ao mesmo tempo, investe na mais virulenta agressividade, tornando todos verdadeiros inimigos.

    Só pode haver um
    E quando digo todos, não é exagero meu. Marçal “abre fogo” também contra expoentes do mesmo espectro ideológico e religioso, pois um monoteísta que se preza só admite a si mesmo como o único deus – no caso, Deus.

    Uma franquia famosa de Hollywood – fotografia e trilha sonora impecáveis -, Highlander (1986-1994), contava a história de um imortal que ultrapassava os séculos. Connor Macleod, a cada cabeça que decepava, gritava: “There can be only one”.

    A lógica de Marçal, ou melhor, de todos os neofundamentalistas da política brasileira, é essa mesma: só pode haver um! Não há espaço para deuses no monoteísmo político de Banânia. A ver qual deles prevalecerá. Que Deus – e não o deles! – nos ajude.

    (Fonte: https://oantagonista.com.br/analise/a-briga-de-marcal-e-bolsonaro-como-no-filme-so-pode-haver-um/)

  26. Miguel José Teixeira

    Em Brasília. . .dezénove horas!

    Comenta-se nos corredores do “pudê” que o assunto principal no supremo regabofe palaciano, pós desfile do dia 7, foi o maduro!
    Assim sendo, ficam as perguntas:
    Por que maduro faz parte desse triângulo amoroso?
    Será que maduro sabe o que se passa sob a suprema toga em relação à soltura do lula?
    Será maduro o X da questão?

    “Pra ser sincero”
    . . .
    “Somos suspeitos
    De um crime perfeito
    Mas crimes perfeitos
    Não deixam suspeitos”
    https://www.facebook.com/SintaaMusicaa/videos/pra-ser-sincero-humberto-gessinger/1815425118676764/
    . . .

    1. Miguel José Teixeira

      E o meu questionamento, para adicionar lenha na fogueira é:
      Porque o PT correu e reconheceu a vitória do maduro, quando todos sabem que foi uma grande farsa?

    1. E os eleitores e eleitoras divididos, disputando, brigando, engalfinhando, e até gente processada, pagando caro, e até presa e esquecida por causas políticas, enquanto no escurinho do poder, os poderosos dividem o banquete entre eles próprios, com os nossos pesados impostos e contra o futuro do país. Por isso, nem Lula e nem Bolsonaro servem. Eles só se servem no atraso, atiçando torcidas

  27. Miguel José Teixeira

    Bom negócio

    O ex-ministro Gustavo Krause conta em seu livro “Poder Humor” que Ibrahim Abi-Ackel era ministro da Justiça do general João Figueiredo quando recebeu a atriz Ruth Escobar. Ele tentava fazê-la desistir de montar peças teatrais em presídios e argumentou:
    – “⁠Penso em sua segurança. Mesmo que agora não haja problema, dentro de dez anos um desses bandidos, já em liberdade, pode até estuprá-la.”
    Determinada a levar adiante o projeto, Ruth Escobar ironizou a possível ameaça, arrancando risadas:
    – “⁠Pois, ministro, um estupro, se for daqui a dez anos, até que pode ser um bom negócio…”

    (Poder sem pudor, Coluna CH, DP, 09/09/240

  28. Miguel José Teixeira

    Pensando bem…
    (Coluna CH, DP, 09/09/24)

    …a importunação sexual do ex-ministro fez todos esquecerem, por instantes, o País sob censura e o caso da influencer amiga de Lula.

    Matutando bem…
    (Matutildo, aqui e agora)

    É o velho truque: um escândalo encobre o outro!

  29. Miguel José Teixeira

    O almoço pós desfile de 7 de setembro, enterrou de vez essas propostas!

    “CPI do Abuso de Poder no STF está na gaveta há 284 dias”
    (Cláudio Humberto, Coluna CH, DP, 09/09/24)

    O requerimento de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as acusações de abuso de autoridade de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chegou neste domingo (8) aos 284 dias parado na gaveta da Câmara dos Deputados. O pedido de instalação da CPI soma 176 assinaturas, numero de sobra para instalar a CPI, e foi apresentado à Mesa Diretora pelo deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) em novembro de 2023.

    Novo pedido
    Gustavo Gayer (PL-GO) protocolou novo pedido de CPI do Abuso do STF no último dia 29 de agosto, após as novas denúncias.

    ‘Vaza jato’ inspirou
    Novos pedidos de CPI e impeachment foram protocolados após a “vaza jato” revelar os métodos de Alexandre de Moraes contra adversários.

    Sempre tem mais
    Segundo Gayer, é preciso investigar “abusos aumentam diuturnamente” e as denúncias especialmente em torno do “inquérito das fake news”.

    Meio milhão a favor
    O abaixo-assinado promovido pelo partido Novo pela instalação da CPI do Abuso de Autoridade do STF/TSE tem mais de 535 mil assinaturas.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/cpi-do-abuso-de-poder-no-stf-esta-na-gaveta-ha-284-dias)

  30. Miguel José Teixeira

    . . .”Os elefantes brancos adquirem visibilidade com a alternância de poder entre grupos clientelares rivais, o que leva a ondas de novas iniciativas.”. . .

    “A teoria dos elefantes brancos: por que há tantas obras inacabadas em nosso país?”
    (Marcus André Melo, Professor da Universidade Federal de Pernambuco e ex-professor visitante do MIT e da Universidade Yale (EUA),, FSP, 08/09/24)

    Por que há tantas obras inacabadas em nosso país? Já faz parte da nossa paisagem como uma segunda natureza estradas que ligam nada a lugar nenhum; obras prontas que se mostram inviáveis ou com defeitos insanáveis: estaleiros, refinarias, cidades da música. A variável explicativa central é a corrupção.

    Mas não dá conta de explicar muitos casos, onde não há evidências de desvios. Ou de imperícia técnica.

    Uma explicação foi proposta por James Robinson e Ragnar Torvik em um paper intitulado sugestivamente “White Elephants”. Robinson é um cientista político e coautor com Daron Acemoglu de “Por que as Nações Fracassam?” e “O Corredor Estreito: As Origens do Poder, da Prosperidade e da Pobreza”. Os autores enumeram inúmeros elefantes brancos em vários continentes e formalizam o argumento.

    Os elefantes brancos para os autores são produtos de uma falha política de mercado: de uma incapacidade de agentes políticos de lidar com o problema da credibilidade de suas promessas ao eleitorado. Do ponto de vista da sociedade, a melhor alternativa é quando os agentes políticos prometem bens públicos tais como educação pública e/ou infraestrutura com retorno social elevado. Mas nas novas democracias os incentivos para a oferta de bens públicos são bem menores do que a oferta de bens com benefícios concentrados para indivíduos (transferências) e firmas (isenções) (o que examinei aqui na coluna).

    Projetos inviáveis ou economicamente deficitários representam uma forma de transferência de renda para grupos ou localidades. Sinalizam para um setor do eleitorado alinhado com o agente político responsável um compromisso crível de transferir renda. Mesmo sendo deficitários, geram empregos para setores alinhados com seus patrocinadores, e os custos socializados.

    A volatilidade que os leva a ficarem inacabados ou funcionando com elevado custo social é produto de incentivos particularistas.

    Em democracias funcionais, os partidos políticos agregam interesses universalistas e têm mais incentivos para ofertar bens públicos, e para alinhar responsabilidade fiscal com gasto.

    Os elefantes brancos adquirem visibilidade com a alternância de poder entre grupos clientelares rivais, o que leva a ondas de novas iniciativas. Quando esta dinâmica se combina com a pequena corrupção, temos quadras esportivas inacabadas, viabilizadas por emendas orçamentárias; quando o faz com a grande, temos refinarias, estaleiros e siderúrgicas inacabadas e/ou deficitárias. Em muitos casos as obras foram embargadas por evidências de irregularidades.

    Os órgãos de controle até as identificam, mas se subordinam à lógica majoritária, vale lembrar que o TCU é órgão ancilar do poder Legislativo, e não é parte do Judiciário. E, portanto, é vulnerável ao alinhamento entre Executivo e maiorias legislativas. Como ocorreu em 2005 e 2010, quando o TCU recomendou o bloqueio de verbas orçamentárias para obras com irregularidades, mas o presidente Lula logrou vetar a lei orçamentária, e liberar recursos. Houve novas paralisações, e as mesmas obras estão sendo retomadas atualmente. E mais, o STF acaba de determinar que as obras inacabadas tenham prioridade.

    (Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcus-melo/2024/09/a-teoria-dos-elefantes-brancos-por-que-ha-tantas-obras-inacabadas-em-nosso-pais.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newscolunista)

  31. Miguel José Teixeira

    . . .”Segundo pesquisa na Holanda, algumas atividades cerebrais são dolorosas. Uma surpresa, porque vinda de um país de grandes pensadores.”. . .

    “Pensar dói?”
    (Ruy Castro, FSP, 08/09/24)

    Pesquisadores da Universidade Raboud, na Holanda, analisando cerca de 5.000 participantes de 358 tarefas cognitivas, chegaram à conclusão de que pensar dói. Não ria. A análise foi feita com o auxílio de um programa especial da Nasa, o que lhe dá mais autoridade do que a de pesquisadores limitados a só usar o cérebro. Pelo que entendi, certas atividades cerebrais, como fazer cálculos matemáticos, ler Gertrude Stein ou tomar decisões que envolvam um sim ou não de vida ou morte, provocam sensações orgânicas que podem ser classificadas como dolorosas.

    Segundo o estudo, quanto maior o esforço mental, maior o desconforto físico. Não é preciso pensar muito para se chegar a este óbvio, por definição, ululante. O estudo não considera a hipótese de todo esforço mental ser relativo —para muitos, calcular uma reles raiz quadrada será uma tarefa intransponível, enquanto, para outros, discutir a Conjectura de Poincaré com Alfred North Whitehead pode ser tão simples como falar de futebol no botequim. O estudo, pelo menos, admitiu certa possibilidade de diferença entre as pessoas, citando estudantes universitários e militares —imagino que cada um numa ponta do
    espectro cognitivo.

    O que me espanta é que a conclusão de que pensar dói tenha vindo de uma instituição da Holanda, país admirado por produzir pensadores em tantos ramos. Eram holandeses Erasmo de Roterdão (1466-1536) e Spinoza (1632-1677), dois pilares da filosofia, atividade cuja única ferramenta é o pensamento. E não há registro de que Erasmo e Spinoza sofressem de lumbago ou dor de dentes por pensar.

    Holandeses foram enormes pintores como Van Gogh, Rembrandt, Hieronymus Bosch, Vermeer e De Kooning, e pintar envolve decidir em um segundo se se dá esta ou aquela pincelada. E alguns dos jogadores mais cerebrais da história do futebol eram holandeses —Cruyff, Van Basten, Gullitt, Neeskens, Bergkamp—, a provar que nem sempre o cérebro precisa estar na cabeça.

    Os holandeses inventaram também a fita cassete, o CD e o DVD, e temos de lhes ser gratos por isso. Mas depois os desinventaram —e pensar nisso, sim, dói.

    (Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2024/09/pensar-doi.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newscolunista)

  32. Miguel José Teixeira

    Enquanto isso. . .a “shesheika do lula” é galhardoada com a Medalha da Saúde!

    “Fila para consulta médica no SUS dura mais de 1 mês em ao menos 13 capitais; tema vira alvo de promessas eleitorais”
    (Bernardo Lima, Brasília, O Globo, 09/09/24)

    Cuiabá tem o maior tempo médio de espera, com 197 dias para o paciente ser atendido; e Maceió, o menor, com 7,75 dias
    . . .
    (+em:https://oglobo.globo.com/saude/noticia/2024/09/09/fila-para-consulta-medica-no-sus-dura-mais-de-1-mes-em-ao-menos-13-capitais-tema-vira-alvo-de-promessas-eleitorais.ghtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsdiaria)

  33. Miguel José Teixeira

    Definitivamente a toga PeTezuelana está gravemente enferma!

    . . .”Juíza condena cientistas por criticarem postagem que associava diabetes a parasitas.”. . .

    “Vence a pilantragem dos influencers da saúde”
    (Reinaldo José Lopes, Jornalista especializado em biologia e arqueologia, autor de “1499: O Brasil Antes de Cabral”, FSP, 07/09/24)

    Aviso aos navegantes: na internet deste Brasil varonil, existe um vasto ecossistema de “influenciadores da saúde” dedicado a vender soluções estapafúrdias para doenças que deveriam ser tratadas com medicina de verdade. Para nossa sorte, também existem divulgadores científicos que costumam desmontar esses absurdos com precisão e bom humor.

    Que bom, né? Mas o Judiciário do estado de São Paulo resolveu multar uma dupla dessas divulgadoras pela ousadia de criticar abertamente um sujeito que afirmou que diabetes é causado por… parasitas. E que recomendava um suposto “protocolo de desparasitação” como forma de resolver o problema.

    Em tempo: na imensa maioria dos casos, tendências genéticas e/ou má alimentação –em especial, é claro, o excesso de açúcar– são as responsáveis pelo aparecimento do diabetes. Dieta e, em certos casos, medicamentos ou o uso da insulina são as únicas abordagens recomendadas para tratá-la. Atribuir a doença a parasitas é delírio puro e simples.

    Foi por dizer o óbvio acima que o duo NuncaVi1Cientista, formado pela bióloga Ana Bonassa (especialista no metabolismo do diabetes, inclusive) e pela farmacêutica Laura Marise, ambas com doutorado em suas respectivas áreas, está sendo penalizado. Elas terão de pagar R$ 1.000 em danos morais ao responsável pelas postagens descabidas. Como temos visto por aí (olá, Pablo Marsauron!), a pilantragem compensa.

    O valor pode até ser modesto, mas o precedente aberto pela decisão da juíza Larissa Boni Valieris, da 1ª Vara do Juizado Especial Cível, parece-me absolutamente assustador. E reparem que o vídeo original publicado pelas divulgadoras (agora apagado por ordem judicial) não continha uma única acusação de delito. Limitava-se a reproduzir a página de uma rede social do nutricionista que replicou os disparates, informava que ele tinha bloqueado o pessoal do NuncaVi1Cientista quando avisaram-no de que ele estava espalhando bobagem e explicava como o diabetes realmente funciona.

    A juíza Valieris, entretanto, apegou-se à interpretação de que reproduzir a rede social de uma pessoa sem autorização em outro perfil era injustificável. Não importa que o perfil com ideias perigosas para a saúde pública fosse aberto para quem quisesse ver. Segundo ela, deve ser observada “a inviolabilidade à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem das pessoas”. “Verifica-se, pois, a ocorrência do dano moral, haja vista a situação de vergonha e tristeza a que fora submetido o autor [do processo], em razão da conduta do réu em publicar, sem autorização, seus dados em vídeo junto a rede social de amplo alcance”, escreve ela na sentença.

    Do meu ponto de vista, seria interessante que o Judiciário brasileiro começasse a levar em conta a vergonha e a tristeza de familiares que vêm seus entes queridos deixando de lado tratamentos eficazes para se entupirem de “água alcalina” ou chazinhos duvidosos, colocando sua vida em risco porque acreditaram num rostinho carismático da internet.

    Seria ainda mais interessante que o Judiciário aprendesse que muito ajuda quem não atrapalha, ao menos permitindo que pessoas que realmente entendem do que estão falando possam desmontar os argumentos dos picaretas sem temer assédio jurídico.

    Sonhar não custa nada.

    (Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/reinaldojoselopes/2024/09/vence-a-pilantragem-dos-influencers-da-saude.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newscolunista)

    Só pra entisicar. . .
    Será que isso faz parte de um complô contra o paciente assim como a recente distribuição de Medalhas Oswaldo Cruz feita pelo lula?

  34. Miguel José Teixeira

    “Instruções para votar – sugestões para corpo e ânimo nas eleições por vir”
    (Julián Fuks, escritor e crítico literário, Colunista de Ecoa/UOL, 07/09/24)

    Em quase toda sociedade digna de tal nome, dá-se em algum momento a estranha circunstância de ter de eleger seus governantes. Tal ritual pode ganhar formas bastante diversas, mas há consenso de que se realiza com maior excelência pelo peculiar exercício do voto — ato a um só tempo simples e complexo, cujos resultados por vezes se mostram razoáveis, por vezes previsíveis e banais, por vezes misteriosos e até devastadores. Diante de tão grande variação, talvez valha repassar ainda uma vez suas diretrizes elementares.

    Para votar, não é preciso mais que um dedo e o sentimento do mundo. Convém que o eleitor se aproxime à zona, à sala, à urna, com as pernas firmes e a coluna ereta, os ombros nem altos nem baixos demais, e os músculos da face suficientemente relaxados, denotando lucidez e paz. Que respire em profundidade uma, duas, três vezes, absorvendo a importância do instante presente, talvez suspirando ante a iminência do futuro. Que estenda então o dedo em direção à urna, de preferência o indicador — o dedo médio pode insinuar uma revolta discreta, o dedo mínimo, uma esnobe ojeriza ao processo todo.

    Antes de escolher um candidato, escolha bem a sua víscera. Convém que não se vote sob influência excessiva do estômago, do intestino, do fígado, do rim. O coração pode parecer um órgão propício para reger tal ato, e de fato em inúmeras ocasiões sua interferência se mostrou benquista, mas não se pode desconsiderar que também esse músculo está sujeito a oscilações e equívocos. Há poucas dúvidas entre estudiosos de que o cérebro é o órgão mais indicado para essa finalidade. Se acontecer de coração e cérebro estarem alinhados numa mesma decisão, pode-se votar com convicção plena. Em caso de desalinho, prefira-se o cérebro.

    Quanto às emoções específicas que definem o voto, cumpre não estar movido inteiramente por rancores, raivas, amarguras, aborrecimentos, cóleras, melindres, malquerenças, desgostos. O ódio por si mesmo e pelos outros, que tão logo se traduz em ódio pelo país e deriva na escolha de candidatos destrutivos e odiosos, é um erro comum a ser evitado ao máximo — pelos sabidos riscos que traz ao bem-estar social e à vida em comunidade. Resultados melhores são obtidos por meio de afetos mais amenos e delicados, como a responsabilidade, o respeito, a solidariedade, o cuidado, a compaixão, a empatia, o interesse legítimo pelo bem do próximo.

    Não vote com medo, não vote angustiado, não vote espantado, não vote em desespero, não vote em desequilíbrio, não vote confuso, não vote perdido, não vote desamparado. Se ocorrer de estar acometido por algum desses males no momento da votação, tenha o cuidado de suspendê-los por um átimo e de deixá-los a alguns metros de distância da urna, com os demais pertences indesejados. Não vote com seus pertences, aliás, não vote em defesa de seu patrimônio, não vote em defesa de sua honra, não vote em defesa de seus pares. Aceda ao sigilo da urna munido apenas de sua clareza, sua razão e sua serenidade.

    Para esta última orientação, não há um consenso absoluto, mas ainda assim ela merece registro e reflexão ponderada. Não vote com desalento ou negatividade excessiva, algum otimismo pode encontrar de fato uma função inesperada. Tendem a ser melhores os resultados quando o voto se rege a um só tempo por um olhar franco e alguma esperança no futuro. Convém mirar em algo melhor do que a realidade tangível, para que o desejo, ainda que inalcançável, exerça o seu efeito benfazejo sobre a concretude da vida.

    Se alguma das orientações elementares expostas acima parecer uma afronta ao candidato em mente, recomenda-se refazer a mente e escolher outro candidato.

    (Fonte: https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/julian-fuks/2024/09/07/instrucoes-para-votar—sugestoes-para-corpo-e-animo-nas-eleicoes-por-vir.htm)

    Tábua de salvação. . .
    Caso todas as recomendações acima falhem, vote no candidato com a menor chance de “se-eleger-se”, assim, no futuro, você não precisará arrepender-se diante das K-H-das habituais dos eleitos.
    Pelo contrário, poderá estufar o peito e bradar: meu candidato era o melhor! Pena que não “se-elegeu-se”!

  35. Miguel José Teixeira

    . . .”A situação do livre empreendedorismo no Brasil pode escalar para um patamar ainda mais complicado, quanto mais se estreitarem as relações do Brasil com as economias representadas nos BRICS, principalmente quando a China passar a dar as cartas abertamente dentro desse clube.”. . .

    “Sem rasgar seda”
    (Circe Cunha e Manoel de Andrade – Mamfil, Visto, lido e ouvido, Blog do Ari Cunha, CB, 06/09/24)

    Um dos pilares mais importantes a sustentar e dar impulso ao livre empreendedorismo, ao contrário do que muitos imaginam, não está na economia, propriamente dita, mas na política. É na política e, mais precisamente, nas liberdades plenas de expressão e de manifestação que estão contidas as condições necessárias para o deslanche das atividades empresariais. Pontuado aqui sobre aquelas atividades empresariais que não usam o governo como muletas para seus negócios, ou a ele se associam para burlar princípios básicos da ética pública.

    O que temos visto, lido e ouvido, nesses últimos anos, é uma sucessão enorme de escândalos envolvendo empreiteiras, frigoríficos, e outras empresas nas negociatas do governo, sempre com prejuízos para os pagadores de impostos e lucros fabulosos para os envolvidos nessas operações escusas. A certeza da impunidade serve ainda para impulsionar essas atividades fora da lei, mostrando, aos maus empresários e todos aqueles que caem nessa cantilena das sereias, que esse é o caminho mais fácil para o sucesso. Obviamente, para a grande parcela dos empresários, que quer distância dessas facilidades promíscuas, a vida, aqui no Brasil, está repleta de desafios de toda a ordem, a começar pelo grande volume de encargos, que acabam roubando parte do lucro suado. O nome de uma empresa é seu grande capital. A questão aqui é que é preciso refletir muito quando se observa, que por suas características políticas próprias, perseguem ainda a ideia anacrônica de que o Estado, no caso o governo, é o principal indutor da economia e que o estatismo é a solução para a economia do país. O estatismo resolve os problemas dos políticos e não da política nacional de desenvolvimento.

    Dias atrás, um frentista, desses que sentem cada instante o cheiro de gasolina e álcool, ensinou, a um freguês engravatado e cheio de certezas, que o preço alto dos combustíveis não está necessariamente em nenhum arranjo de mercado ou algo parecido, mas reside no simples fato de que a empresa que produz esse produto não passa de um enorme cabide de empregos. Políticos e apaniguados que nada entendem do setor de petróleo. Difícil contestar.

    A situação do livre empreendedorismo no Brasil pode escalar para um patamar ainda mais complicado, quanto mais se estreitarem as relações do Brasil com as economias representadas nos BRICS, principalmente quando a China passar a dar as cartas abertamente dentro desse clube. Deixar de lado os Estados Unidos, onde as leis estão acima de todos, e as empresas não estão submetidas as vontades de governo, para se juntar a países onde os líderes políticos pairam sobre todos, inclusive acima das leis, será ruim para nossas empresas.

    Na China e na Rússia, assim como em todas as ditaduras, as empresas estão submetidas às diretrizes de governo e agem em acordo com essas diretrizes, dentro e fora do país. A notícia de que os BRICS estão prestes a lançar uma moeda própria, cujo objetivo vai além da economia, visando, sobretudo, desafiar politicamente o dólar americano e, com isso, resolver os problemas de bloqueio enfrentado pela Rússia, favorecendo ainda a China em sua ânsia de cominar os EUA, é ruim para nosso país. Entramos nessa disputa, matizada com as cores do comunismo, acreditando que sairemos fortalecidos economicamente, mesmo à custa de destruir as empresas nacionais. Mais do que um bloco econômico, o BRICS é um bloco político que visa destruir a maior economia livre do planeta, que são os EUA, substituindo o livre empreendedorismo regidos por leis justas, por empresas estatais, eivadas de corrupção, controladas por agentes do governo em nome de um partido único.

    A ideia da nova moeda, chamada provisoriamente de moeda digital emitida pelo banco central (CBDC), será debatida agora durante a cúpula do bloco que será realizada na China. É preciso lembrar que moedas trazem consigo a assinatura e o seguro de políticas fiscais e monetárias, além, é claro, de desafios gigantescos de ordem cultural e geopolítica. O governo brasileiro insiste em desconhecer que geografia é destino, ao pretender amarrar os destinos do Brasil a nações do lado do planeta e que nada possuem em comum com o nosso país. Basta responder com sinceridade as perguntas feitas pelo nosso presidente Lula sobre a rota da seda.

    A frase que foi pronunciada:
    “Nós vamos dizer: O que é que tem para nós? O que eu tenho com isso? O que eu ganho? Porque essa é a discussão.”
    (Lula sobre a reunião sobre a Nova Rota da Seda)

    (Fonte: https://blogs.correiobraziliense.com.br/aricunha/sem-rasgar-seda/)

    Matutando bem. . .
    Lula só pensa nele!
    Tão relevante quanto as respostas para as 4 perguntas é atentar para a forte presença do “eu” em duas delas. . .

  36. Miguel José Teixeira

    Periga, com sua “esperteza”, lula acabar elegendo alguém do baixo clero!

    . . .”A conclusão é que Lula quer rachar centro e oposição para, com minguados votos, ser o fiel da balança.”. . .

    “União vê sabotagem de Lula a Elmar na Câmara”
    (Cláudio Humberto, Coluna CH, DP, 08/09/24)

    Aliados próximos a Elmar Nascimento (União-BA) e caciques do União veem o DNA de Lula nos movimentos de Marcos Pereira (Rep-SP) ao lançar Hugo Motta (Rep-PB) à presidência da Câmara. Mandachuva no União, ACM Neto entrou em campo assim que o paraibano foi anunciado e atuou em Brasília para barrar migração de apoio ao paraibano, traições não serão perdoadas ou esquecias. A conclusão é que Lula quer rachar centro e oposição para, com minguados votos, ser o fiel da balança.
    . . .
    (+em: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/uniao-ve-sabotagem-de-lula-a-elmar-na-camara)

    Só pra manquejar. . .
    Se ela não estivesse na disputa pela Prefeitura de Blumenau. . .

  37. Miguel José Teixeira

    . . .”Todo sistema será burlado, mas é possível minimizar esse e outros riscos com revisão constante de políticas e gestão eficiente.”. . .

    “O MEI virou uma granada no bolso do Brasil”
    (Hamilton Carvalho, pesquisa problemas sociais complexos. É auditor tributário no Estado de São Paulo, doutor e mestre em administração pela FEA-USP e ex-diretor da Associação Internacional de Marketing Social. Escreve para o Poder360 semanalmente aos sábados).

    Expectativa: A criação da figura do MEI (Microempreendedor Individual), em 2008, vai permitir a formalização de milhões de brasileiros como o pipoqueiro da esquina, dando-lhes, inclusive, direitos previdenciários.

    Realidade: Como bem sintetizou o pesquisador Bruno Carrazza, dados do IBGE indicam que a carteira assinada virou coisa do passado para a multidão de trabalhadores agora contratados como MEI, tendência que tem tudo para continuar. O programa perdeu o foco, o leite deixou de chegar apenas às crianças. Mas o mais preocupante de tudo é a granada de pelo menos R$ 700 bilhões que se colocou no bolso da Previdência Social.

    Na prática, o que acontece é a manifestação de uma das chamadas leis de Wiener, em referência ao aviador Earl Wiener, conhecido em seu meio por uma série de “leis” com bastante aplicação para a prevenção de acidentes. Uma das principais diz que, quando se resolve um problema, outro é criado e você apenas espera que ele seja menos crítico.

    Só que no reino das políticas públicas brasileiras, essa esperança é vã, por vários motivos, a começar pela ignorância de como a realidade, complexa, tende a engolir boas intenções com o tempo. Prevalece a crença de que ela, na realidade, vai sempre se conformar aos motivos grandiosos que inspiram nossas leis.

    Além do mau uso do dinheiro público, isso resultam em políticas públicas que alimentam o pântano de baixa produtividade da economia brasileira, incluindo os jacarés que se beneficiam desse estado de coisas. Pior, é comum que as medidas contribuam para criar ou vitaminar outros problemas cabeludos.

    Construa um rodoanel e você criará mais trânsito, poluição, ocupação irregular de áreas de preservação etc. Adote o financiamento público de campanhas e engordarás poderosas oligarquias partidárias, reduzindo ainda mais a qualidade da democracia. Crie uma exceção no sistema e outros segmentos vão correr para explorar as brechas criadas.

    Ah, as brechas… Como disse sabiamente Janet Napolitano, ex-governadora do Estado norte-americano do Arizona, mostre-me um muro de 15 metros que eu lhe mostrarei uma escada de 16. No caso do MEI, os trabalhadores contratados são a escada e a precarização do mercado de trabalho, mais um dos efeitos indesejados, manifestação da lei famosa do aviador Wiener.

    No fundo, ignoramos que não existe isso que se chama de consequências não previstas. Elas são apenas consequências, simples assim.

    Prevenção
    Se toda política pública corre o sério risco de ser desvirtuada, então o que fazer?

    Em tese, é possível identificar problemas já antes de seu nascimento, recorrendo-se a 5 questões básicas, ilustradas no quadro abaixo com alguns exemplos:

    5 medidas para minimizar o desvirtuamento de políticas – respostas a perguntas básicas ajudam na checagem da efetividades de políticas públicas:

    1) É uma exceção, uma condição especial dentro do sistema?
    – Repense-a ou se prepare, pórque ela será burlada.

    2) Cria uma situação mais benéfica em apenas uma parte do sistema?
    – Essa parte será sobrecarregada: é preciso ampliar medidas eficientes no sistema como um todo.
    Ex.: municípios que desenvolvem um bom sistem de saúde ou educação atraem gente de outras localidades, sobrecarregando o sistema.

    3) Estima sair da rotina para fornececer informações, fazer pagamentos ou ter comportamentos novos?
    – Provavelmente, a maior parte do público alvo não implementará a nova medida.
    Ex.: 60% dos MEIs não recolhem o imposto previdenciário.

    4) Ataca sintomas em vez de causas?
    – O problema vai ressurgir mais forte depois de um tempo, mas (que sorte!) só depois do seu mandato.
    Ex.: construção de vias de rodagem é reconhecidamente um imã para mais trânsito.

    5) Haverá muitos recursos envolvidos, pouca transparência e governança fraca?
    – Espera o florescimento de redes de corrupção.

    Mas e depois? O sistema envolvido precisará de acompanhamento constante porque as instituições e sistemas de incentivos ao redor sempre mudam. Sempre. A explosão de contratação de MEIs, por exemplo, veio na esteira da reforma trabalhista, promulgada 10 anos depois do início do programa.

    Nessa linha, deveria ser crime de responsabilidade, porque envolve recurso público escasso, não avaliar as políticas públicas periodicamente, com rigor e método. Os objetivos originais estão sendo atingidos? Há distorções? Que ajustes são necessários?

    O Brasil, porém, gosta de tiros no pé, com anestesia, claro, porque a dor nunca é sentida na hora. No caso do MEI, em vez de ajustes, caminhamos para o aumento no limite anual de faturamento, como quer o Congresso. Se Earl Wiener fosse vivo e morasse por aqui, certamente criaria mais uma lei: no país, toda brecha será inevitavelmente alargada.

    (Fonte: https://www.poder360.com.br/opiniao/o-mei-virou-uma-granada-no-bolso-do-brasil/)

    Matutando bem. . .
    Nossas “otoridades”, conhecedoras das 5 questões/respostas/exemplos formuladas pelo autor do texto, vão direto para o item 5!

  38. Miguel José Teixeira

    . . .”Poucas pessoas de fato se animaram a participar do 7 de setembro na Esplanada dos Ministérios. A organização previa reunir até 30 mil pessoas nas arquibancadas. Mas, pelas imagens, o público ficou bem longe disso.”. . .

    “Sem Janja, 7 de setembro lulista vira ato de desagravo a Xandão”
    (Wilson Lima, O Antagonista, 07/09/24)

    Sem a presença da primeira-dama Janta, o segundo 7 de setembro da gestão Lula foi transformado em uma espécie de ato de desagravo ao ministro do STF Alexandre de Moraes.

    No ano passado, a primeira-dama adotou uma postura considerada desnecessária por integrantes do Alto Comando das Forças Armadas ao utilizar um vestido vermelho – cor do PT – no desfile do Rolls-Royce. O destile também teve outros simbolismos, como a presença do Zé Gotinha em carro aberto e a adoção do grito de guerra “democracia”, “democracia”, em alusão aos atos de 8 de janeiro.

    Com Janja fora do país – ela viajou ao Catar para participar de evento promovido pela xeica Mozha bin Nasser al-Missned, na segunda-feira -, os desfiles de 7 de setembro foram mais mornos, mas isso não significa que o governo Lula não tenha tentado adotar um tom mais político à manifestação.

    Um ponto, no entanto, chamou a atenção: a presença do ministro do STF Alexandre de Moraes na tribuna de honra. Ele esteve ao lado do presidente do Tribunal, Luís Roberto Barroso. A presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Cármen Lúcia, por exemplo, não esteve no evento.

    Ao convidar Moraes para o evento, o Palácio do Planalto quis demonstrar que apoia todas as ações até o momento adotadas pelo magistrado – inclusive a suspensão do X. O simbolismo ganha um contorno ainda maior pelo fato de que a tarde deste sábado será marcada por protestos justamente pelo impeachment de Moraes.

    O problema para o governo é que o ato de desagravo ao Xandão foi esvaziado. Poucas pessoas de fato se animaram a participar do 7 de setembro na Esplanada dos Ministérios. A organização previa reunir até 30 mil pessoas nas arquibancadas. Mas, pelas imagens, o público ficou bem longe disso. E quem foi estava com bandeiras e camisas do PT ou de movimentos sociais como o MST.

    Sem povo e sem emoção, o ato de desagravo a Xandão teve seu simbolismo apenas para os detentores de Poder. Ou seja: nada que abalasse, de fato, a República no Dia da Independência.

    (Fonte: https://oantagonista.com.br/analise/sem-janja-7-de-setembro-lulista-vira-ato-de-desagravo-a-xandao/)

  39. Miguel José Teixeira

    . . .”Sob a regência do grande estadista Silas Malafaia, ladeado por homens do mais alto grau de honestidade e espírito público, como Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro, e de pensadores como Nikolas Ferreira e Carla Zambelli, a multidão de patriotas deu o tom: “Cabeça de ovo, supremo é o povo”.”. . .

    “Cabeça de ovo, supremo é o povo”; agora ele cai”
    “Ricardo Kertzman, O Antagonista, 07/09/24)

    Não confio muito em livros, ou filmes, que retratam momentos cruciais da história humana como representações fidedignas de fatos reais. A própria Bíblia – ou a Torá ou o Corão, tanto faz o livro sagrado -, justifica minha percepção.

    Quem narra algo o faz a partir da própria ótica, interpretação e interesse. Um quadro, um texto, uma música ou qualquer expressão audiovisual de um fato é criada não necessariamente pela realidade, mas pela interpretação desta pelo autor.

    As histórias da Revolução Francesa, por exemplo, são sem dúvida alguma fascinantes, mas sempre me pergunto: foi assim mesmo? De igual sorte, a crucificação de Cristo, o “grito de independência do Brasil”, a valentia sempre elegante de Napoleão.

    Fato ou Fake
    O surgimento da fotografia, em 1826, e sua evolução para os filmes, décadas depois, até os atuais drones equipados com câmeras 8K, transformaram fantasia em realidade, pero no mucho, já que edição, trilha e locução podem, igualmente, alterar os fatos.

    Contudo, não há – ou haverá – Photoshop, Canva, Movie Maker ou o mais genial aplicativo de áudio e vídeo, que transformem em drama apoteótico a dantesca cena de alguns milhares de bolsonaristas na Avenida Paulista, neste sábado, 7 de setembro, pedindo o impeachment do ministro do Supremo, Alexandre de Morais.

    Sob a regência do grande estadista Silas Malafaia, ladeado por homens do mais alto grau de honestidade e espírito público, como Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro, e de pensadores como Nikolas Ferreira e Carla Zambelli, a multidão de patriotas deu o tom: “Cabeça de ovo, supremo é o povo”.

    Xandão já era
    Olha, eu pensava que enviar sinais de celular para ETs e cantar o hino nacional para um pneu de trator eram o ápice da genialidade revolucionária desse pessoal. Hoje, sei que são superáveis por si mesmos. Não têm limites. Estão de parabéns!

    Vou dizer uma coisa: não há Supremo, não há Senado, não há Rodrigo Pacheco, não há nada nem ninguém “neff paíff” (como diria aquele outro gigante da política tupiniquim) que resista a um brado tão profundo, tão valente e tão simbólico assim.

    Anotem aí: agora vai. Xandão já era!

    (Fonte: https://oantagonista.com.br/analise/cabeca-de-ovo-supremo-e-o-povo-agora-ele-cai/)

  40. Miguel José Teixeira

    E o desfile em Brasília?
    Registrada a baixa presença do público.
    Talvez, pela secura do clima!
    Talvez, pela falta de credibilidade dos organizadores!
    Talvez, estratégicamente, para as “otoridades” não correrem risco. . .

    E o palanque oficial?
    Mais concorrido que as arquibancadas para o “povo”.
    Toda a cúpula da ímpia falange de “democratas a$$ociado$” lá compareceu.
    Exceto, alguns “chapinha$ miúdo$”, tipo, lira janja, anielle. . .

    E a honória ausência?
    Do tricampeão de F1 travestido de chover do anfitrião!

  41. Miguel José Teixeira

    Efeito PuTin?

    “Pesquisas mostram queda na vantagem de Kamala Harris sobre Donald Trump”

    As pesquisas eleitorais desta semana mostram uma leve queda na vantagem de Kamala Harris sobre Donald Trump. Em alguns levantamentos, a democrata está apenas alguns pontos à frente do republicano, e em outros, os dois estão empatados tecnicamente.

    Nos EUA, o presidente e o vice não são eleitos diretamente pelo voto popular, mas pelos representantes do Colégio Eleitoral. Para ser eleito, um candidato precisa conquistar 270 dos 538 delegados. Portanto, ganhar a maioria dos votos populares não garante a vitória.
    . . .
    (+em: https://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2024-09-07/vantagem-kamala-harris-trump-cai.html)

  42. Miguel José Teixeira

    Condenado novamente na Pandora
    (Ana Maria Campos, Eixo Capital, CB, 07/09/24)

    O ex-governador José Roberto Arruda, o ex-secretário da Casa Civil José Geraldo Maciel e o empresário José Celso Gontijo foram condenados em ação de improbidade administrativa da Operação Caixa de Pandora. O juiz Daniel Eduardo Branco Carnacchioni, da 2ª Vara de Fazenda Pública do DF, considerou procedente ação proposta pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) em relação à empresa Call Tecnologia e Serviços Ltda, para prestação de serviços de tecnologia da informação ao Distrito Federal. A empresa, segundo delação premiada de Durval Barbosa, prestava serviços de call center ao GDF mediante pagamento de propina. Eles foram condenados a pagar de forma solidária o montante de R$ 257 mil e a suspensão dos direitos políticos por 10 anos. Durval também terá de arcar com o valor arbitrado pelo magistrado a título de reparação de danos aos cofres públicos. O valor chegará a um montante bem maior porque, segundo a sentença, devem ser acrescidos encargos monetariamente pelo INPC e acrescido de juros de mora de 1% ao mês, desde a data do prejuízo real (data inicial de distribuição das propinas).

    Recurso
    Cabe ainda recursos contra a condenação da 2ª Vara de Fazenda Pública do DF e a inelegibilidade prevista na Lei da Ficha Limpa só se aplica se a sentença for confirmada em segunda instância. Nas ações criminais, os réus da Operação Caixa de Pandora têm obtido vitórias pelo entendimento na Justiça Eleitoral de que as gravações realizadas pelo delator Durval Barbosa foram ilícitas.

    (Fonte: https://blogs.correiobraziliense.com.br/cbpoder/condenado-novamente-na-pandora/)

    Sacaram?
    “. . .as gravações realizadas pelo delator Durval Barbosa foram ilícitas.”

    Pois é. . .
    Será que os atos praticados por essa “ímpia falange de democratas a$$ociado$” eram lícitos?

    Das cenas marcantes do episódio, não sei qual a mais repugnante!
    1) O então governador arruda do DF, fragrado recebendo a pacoteira de recursos públicos.
    2) Um parlamentar e sua gang fazendo a oração da propina.
    3) Uma “véinha safada” pedindo para que a grana fosse colocada direto na sua bolsa,m alegando que: “tenho nojo de pegar em dinheiro sujo”
    4) Ou, um membro da quadrilha do arrudão, alojando maços de dinheiro em suas meias.

  43. Miguel José Teixeira

    Acredite, se quiser!

    . . .”Conforme a assessoria da primeira-dama, ela foi convidada “em reconhecimento à voz ativa de Janja em relação ao conflito na Faixa de Gaza e suas consequências para a população civil, principalmente crianças e mulheres.”. . .

    “Janja falta ao 7 de Setembro para ir a evento no Qatar”
    (Mariana Haubert, Poder360, 07/09/24)

    A primeira-dama Jania Lula da Silva faltou ao desfile cívico-militar pelo Dia da Independência, realizado neste sábado (7.set.2024), em Brasília. Ela foi convidada para participar da 5ª Celebração do Dia Internacional para Proteger a Educação de Ataques, que será realizada em Doha, no Qatar, na 2ª feira (9.set.2024).

    Janja foi convidada pela xeica do Qatar, Mozha bin Nasser al-Missned. O evento é realizado pela organização Education Above All. Ela discursará no painel “Educação em Perigo: o custo humano da guerra”. No país, terá reuniões bilaterais com autoridades ainda não divulgadas e visitará uma escola para crianças refugiadas.
    . . .
    (+em: https://www.poder360.com.br/poder-governo/janja-falta-ao-7-de-setembro-para-ir-a-evento-no-qatar/)

    Só pra PenTelhar. . .
    Depois do encontro da esbanjatriz da PeTezuela com a xeica do Qatar o mundo não será mais o mesmo!

  44. Miguel José Teixeira

    O “VoaBrasilParasiTeClass” em franca ascensão!

    “Conta só cresce”
    O governo Lula (PT) conseguiu torrar mais de R$40 milhões com viagens nos últimos dez dias. No total, já são R$1,06 bilhão com diárias e passagens pagas a servidores federais somente em 2024.
    (Coluna CH, DP, 07/09/24)

  45. Miguel José Teixeira

    Será que o “silvinho” “açediô” a esbanjatriz?

    “Lula soube do assédio em 2023, mas demorou a agir”
    (Cláudio Humberto, Coluna CH, DP,07/09/24)

    A demora do governo de reagir ao escândalo sexual envolvendo o ex-ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos) pode render ao presidente até acusação de crime de prevaricação, dizem opositores. O Planalto sabe de tudo desde 2023, segundo fontes do governo e o próprio Lula (PT) admitiu nesta sexta (6), durante entrevista. Só agiu após o vazamento da importunação sexual que vitimou até ministra de Estado, crime federal. A falante Anielle Franco (Igualdade Racial), porém, que vê crime até na expressão “buraco negro”, ficou calada para “não prejudicar o governo”.

    Movida pela notícia
    A Comissão de Ética, que virou caricatura sob a tutela de Lula, só agiu empurrada pelo escândalo, e a Polícia Federal resolveu abrir inquérito.

    Perigo ambulante
    Outras acusam o ex-ministro de importunação sexual, como a professora Isabel Rodrigues, que gravou vídeo corajoso expondo o ataque sofrido.

    Aviso prévio
    Foto de Janja com Anielle foi vista como aviso prévio da demissão. Mas a primeira-dama não postou uma palavra sequer de crítica ao ex-ministro.

    Casa de ferreiro
    Lula e Janja têm dificuldades de condenar casos assim, como quando um dos filhos do presidente foi acusado de espancar a ex-mulher.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/lula-soube-do-assedio-em-2023-mas-demorou-a-agir)

    Só pra PenTelhar. . .
    Dizem as más línguas que “silvinho” também estava no Expresso 2222, num certo carnaval em Salvador!

  46. Miguel José Teixeira

    Os senhores imaginam de quem seja esse invejável currículo acadêmico?

    2021 – Pós-Doutorado em Economia pela Universidade de São Paulo (USP)
    2013 – 2015- Pós-Doutorado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP)
    2008 – 2011- Doutorado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP)
    2004 – 2006 – Mestrado em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie
    2004 -2011 – Graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP)
    1995 – 1999 – Graduação em Direito Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie

    Pois é. . .esse exemplar currículo acadêmico pertence ao defenestrado ministrim do lula, o “açediadô” sílvio luiz de almeida!

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