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KLEBER VAI ASSUMIR A FECAM E JÁ PLANTOU JORGE PEREIRA COMO SEU BRAÇO DIREITO OPERACIONAL NA ENTIDADE. PREMIDADO E RECONHECIDO PELO AMIGO, JORGE VAI EXPORTAR A EXPERIÊNCIA DA SUA GESTÃO EM GASPAR. MAS, DIANTE DA REPERCUSSÃO NEGATIVA, TUDO PODE MUDAR

Não tem jeito. O prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, MDB, vice da Fecam – Federação de Consórcios, Associações de Municípios e Municípios de Santa Catarina – vai assumir a titularidade da entidade no dia 31 de julho no lugar do atual presidente Fabrício de Oliveira, PL, prefeito de Balneário Camboriú. Já estava combinado. Esta é a notícia atual e ao mesmo tempo, velha no fim de feira do segundo mandato dos dois prefeitos.

Qual a novidade que tomou conta das redes sociais e principalmente do escurinho dos aplicativos de mensagens contra o governo de Kleber e principalmente do seu vice, Marcelo de Souza Brick, PP, vestido de candidato à sucessão de Kleber, num enrosco difícil de entender e até de ser bem sucedido? 

O amigo, o irmão de templo neopentecostal, presidente do PSDB – local um ente político praticamente extinto na política da cidade -, ex-secretário interino de Planejamento Territorial – de onde partiram as principais dúvidas de áudios cabulosos -, ex-presidente da Comissão Interventora do Hospital de Gaspar – um monstruoso saco sem fundo do Fundo Municipal de Saúde – e ex-secretário manda tudo na secretaria de Fazenda e Gestão Administrativa de Gaspar, Jorge Luiz Prucino Pereira, acaba de ser nomeado por Fabrício para ser o coordenador administrativo da Secretaria Administrativa da Fecam como começou a exibir o site da Fecam no meado da semana passada. E a notícia se espalhou rapidamente. E não pegou bem na cidade.

Na imprensa nada. No ambiente político, a notícia veio como uma bomba contra o próprio candidato Marcelo, quase rifado e recriado na última hora para a sucessão do próprio Kleber. O ato da nomeação de Jorge Pereira para ser o principal braço operacional da Fecam na gestão do amigo Kleber, mostrou, mais uma vez, que os políticos de Gaspar que estão no poder de plantão, também não estão nem aí para o que os eleitores e eleitoras pensam deles, principalmente naquilo que não consegue se explicar e ser transparente à sociedade.

Mas, desta vez, poderá ser diferente.

Todos os políticos daqui no poder de plantão parecem acreditar, ou de verdade, estarem de  “corpo fechado”, e de há muito tempo, em todas as instituições de fiscalização, investigativas e processuais. Até os adversários, que deveriam estar publicamente assustados com a audácia, estão quietinhos em público. No escurinho, estão estimulam suas bocas alugadas para trombetear estes fatos escandalosos. Por isso, resolvi esperar até agora à reação dessa gente valente e esperta que usa as mãos dos outros para dar o tapa.

Retomando.

Nestes links, vocês leitores e leitoras, há muitos outros no blog que podem ser consultados para se saber mais detalhes do que representa esta nomeação de Jorge Pereira para Fecam e o mundo político-administrativo gasparense como um todo.

Na verdade, trata-se de um prêmio. E um cala-boca aos que cobram explicações de Kleber, Marcelo e da Câmara, por sua Bancada do Amém, onde estão dez fiéis ao governo dos 13 vereadores dela. A mesma Câmara que há poucos dias flertou com a indecente possibilidade de punir um vereador com suposta falta de decoro parlamentar por ele ter, vejam só, a coragem de fiscalizar atos do Executivo, uma das premissas do exercício do parlamentar. A Câmara correu, fez uma interrogação à meia boca e enterrou tudo para o escândalo não prosperar contra os próprios políticos do governo…

KLEBER NEGA TRANSPARÊNCIA. ESCOLHEU A SANGRIA DA DÚVIDA ÀS VÉSPERAS DAS ELEIÇÕES. A CIDADE INTEIRA OUVIU O ÁUDIO-VÍDEO. OS VEREADORES DA BANCADA DO AMÉM, SURDOS, AINDA NÃO!;NOVO ÁUDIO REVELA SUPOSTA CORRUPÇÃO NO NÚCLEO DE DECISÃO E PODER GOVERNO DE GASPAR. E PODE RESPINGAR EM BLUMENAUSECRETÁRIO DE GASPAR PEGO EM CONVERSAS CABULOSAS PEDE PARA SAIR. ALEGOU QUE FEZ ISSO QUE SUA FAMÍLIA ESTARIA SOFRENDO AMEAÇASCPI OU CIRCO NA CÂMARA DE GASPAR? HÁ MEIO SÉCULO CHACRINHA, O VELHO GUERREIRO, DEFINIA NO PALCO: “EU NÃO VIM PARA EXPLICAR. VIM PARA CONFUNDIR”ENQUANTO A PREFEITURA DE GASPAR ARMA NA CÂMARA A CPI DO NADA, ELA CONTINUA PRODUZINDO CORTINAS DE FUMAÇAS PARA ESCONDER A INÉRCIA E A “CURA” DA DOENÇA CRÔNICA DO HOSPITALA CPI DO NADA MONTADA AS PRESSAS NA CÂMARA DE GASPAR, PROCURA UM SABOR EXÓTICO PARA SURPREENDER QUEM JÁ SABE QUE ELA CHEIRA A CARVÃO POR DESCUIDO DOS APRENDIZES PIZZAIOLOSA CPI NÃO VAI APURAR NADA. VAI INOCENTAR. E QUANTO MAIS FAZ ISSO, ELA DERRETE A IMAGEM FRÁGIL DO GOVERNO DE KLEBER E MARCELO ASSIM COMO DOS PARTIDOS QUE ARMAM O FAZ DE CONTA. É O QUE MOSTRA PESQUISAO QUE MAIS ASSUSTA? AS DOCUMENTAÇÕES E GRAVAÇÕES REVELADORAS CONTRA OS POLÍTICOS, OU O LONGO E CONTINUADO SILÊNCIO DA SOCIEDADE ORGANIZADA, DOS ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO E DA IMPRENSA?ONDE ESTÁ O EX-SECRETÁRIO JORGE LUIZ PRUCINO PEREIRA? QUEM O AMEAÇOU? POR QUE ELE NÃO DENUNCIOU E PEDIU PROTEÇÃO POLICIAL? A CIDADE AGUARDA RESPOSTAS HÁ UM MÊSDESCONHEÇO…”, “DESCONHEÇO…”, “DESCONHEÇO…” A IMPRESSIONANTE FALTA DE MEMÓRIA NA CPI DA PIZZA DO EX-FAZ TUDO DA ADMINISTRAÇÃO DE KLEBER E MARCELO. ELA “QUER” ESCLARECER O TEOR DOS GRAVES ÁUDIOS CABULOSOS QUE CIRCULAM PELA CIDADE DO EX-SECRETÁRIO DO PREFEITOA CÂMARA DE GASPAR SERVIU A PIZZA DA CPI COM SABOR “DESCONHEÇO”. A CIDADE JÁ A TINHA PROVADO O GOSTO NO DIA DA SUA CRIAÇÃO EM 28 DE MARÇO. TUDO PARA ASSAR CONVERSAS CABULOSAS NO GOVERNO KLEBER E MARCELOQUANDO O GOVERNO DE KLEBER E DO MDB VIU QUE PODIA ESTICAR A CORDA CONTRA A CIDADE? QUANDO SE ABAFOU O ESCÂNDALO DOS ACESSOS E MUDANÇAS NOS LANÇAMENTOS DE IPTU PARA O BEM DE UNS E PREJUÍZOS DE TODOS

Se há outros artigos e notas, estes que listei acima servem aos que perderam a memória e aos que estão olhando este assunto pela primeira vez

Resumindo: quase uma dezena de áudios editados – de supostas horas de gravações – e ares de chantagens. Neles, o centro das atenções eram o então todo novo poderoso Jorge Luis Prucino Pereira e o ex-secretário de Planejamento Territorial, Jean Alexandre dos Santos, PSD, egresso do MDB. A Câmara, em salvação a Kleber, inventou uma CPI (foto abertura).

Para isso, usou um áudio escolhido a dedo, onde nele não se tinha dinheiro público envolvido. E inocentou todos os envolvidos direta e indiretamente nos demais áudios. Foi uma CPI secreta, onde até teve depoimento em que pifou a gravação dele, mas se validou tal situação

Jorge Pereira já tinha pedido para sair do governo Kleber, pois segundo ele, se sentia ameaçado, inclusive, estranhamente, na segurança da sua família. Mesmo assim, não denunciou ou procurou proteção policial. E Jean, por outro lado, ficou e continuou com a presidência do Samae. Agora chegou a vez de Jorge ser recompensado na indicação estadual para a Secretaria Administrativa da Fecam e salário de mais de R$14 mi mensal. 

Por outro lado, neste final de semana, como continuava no centro das atenções, Jorge e Kleber já consideravam bater em retirada da nomeação de Jorge, para com isso, “livrar” Kleber do olho do furacão da mídia estadual neste assunto e ficar, por extensão, exposto aos órgãos de controles e fiscalização não exatamente sobre a Fecam, mas sobre o passado dele como prefeito em Gaspar.

Tardiamente, Jorge, Kleber e os “çábios” que os acompanham,  “descobriram” que a Fecam é algo um pouco maior do que Gaspar. A conferir. Muda, Gaspar!

TRAPICHE

Em homenagem ao MDB de Gaspar, seu passado glorioso e vitorioso de cinco prefeitos – um deles não completou o mandato -, deixo de publicar a imagem da Convenção que escolheu no sábado a ex-vereadora – e já uma vez candidata a prefeita – Ivete Mafra Hammes como candidata a vice na chapa que será liderada pelo atual vice-prefeito, Marcelo de Souza Brick, PP. Foi sem ânimo e sem prestígio. Velório.

Se completou o que pregava o ex-presidente da sigla, Carlos Roberto Pereira e que comandou as campanhas as três campanhas do atual prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB. Ele queria imitar o MDB de Blumenau, que foi referência nacional e hoje nem vereador mais possui por lá. Aqui, talvez não se chegará a tanto nestas eleições. Entretanto, os tempos de glória jamais voltarão. E isso foi uma desconstrução feita de sucessão de erros, arrogância, imprudência, descomprometimento e falta de liderança da nova geração.

O turismo de referência em Gaspar na tela da NDTV (Record) mostrou em “Destino SC” o quanto a política pública está distante deste segmento por aqui. O destaque foi A Vila D’Itália que o atual governo não consegue pavimentar a rota, apesar da promessa e da aprovação do empréstimo para tal pela Câmara. O segundo, foi um resort particular na Cascanéia, no Distrito do Belchior, na Rota das Águas. Este sim, com acesso asfaltado.

O deputado Jerry Comper, MDB, de Ibirama, pode estar com os dias contados como titular da secretaria de Infraestrutura e Mobilidade. É que o governador Jorginho Melo, PL, está de “namoro” com outro deputado do MDB: Antídio Aleixo Lunelli, de Jaraguá do Sul. Ele deve ser indicado para a secretaria da Agricultura. Como o MDB não está com essa bola toda para ter dois representantes no governo do PL, para um entrar, outro precisa sair. Lunelli vai com isso, estadualizar o seu nome e se relacionar com a poderosa agroindústria.

A pergunta em Gaspar é: se o PP tem candidato a prefeito com Marcelo de Souza Brick o que faz a cúpula do PP coordenar a campanha de Paulo Norberto Koerich, PL, com o União Brasil e o PRD? Esta confusão já levou a algumas baixas, entre elas, do ex-prefeito Luiz Fernando Poli, hoje filiado ao União Brasil onde é vice-presidente do diretório de Gaspar.

Na prestação de contas do pessoal do CTG Coração do Vale na semana passada, voltou à tona a vontade de ter uma sede própria para os eventos estaduais e nacionais já consolidados. O que significa isso? De que é temerário apostar nos políticos -seja quem vencer as eleições de seis de outubro – em solucionar à precariedade jurídica da atual Arena Multiuso prefeito Francisco Hostins.

Plano Diretor retalhado. Após quase oito anos do governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB e Marcelo de Souza Brick, PP, sem que tenha sido revisado – vencido em 2016 – como manda o Estatuto das Cidades, o Plano Diretor teve, mais uma vez, interesses aprovados na Câmara a toque de caixa. Estudo para a atualização do Plano Diretor já existe desde o governo de Pedro Celso Zuchi, PT. Ele contratou á Iguatemi, de Florianópolis, esta revisão por preço bem alto e nada saiu do papel de forma coordenada desde então.

Na semana passada se votou na Câmara o Projeto de Lei que se vai exigir menos vagas em determinados estacionamentos de estabelecimentos por metro quadrado – principalmente o de igrejas e escolas – num contrassenso à mobilidade urbana. Num outro PL se, “descobriu-se” que se pode construir prédio de até oito andares à beira da BR-470. Antes o limite era quatro andares. Mas, tem mais. Muito mais.

Em briga de rua ninguém ganha, nem mesmo os que a assistem e torcem pela desgraça dos briguentos. Na Câmara de vereadores de Gaspar, o vereador Dionísio Luiz Bertoldi, PT, mais uma vez, tascou a lenha contra a Avenida Gaspar, recém entregue pela empreiteira Progresso Ambiental, de Blumenau. Na avenida entregue há dois anos, já ficaram entalados, numa corcova de camelo que surgiu – entre outros defeitos -, três caminhões longos. Um perigo. Já abordei isso aqui várias vezes.

Ao defender o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e Marcelo de Souza Brick, PP, o líder na Câmara, Francisco Solano Anhaia, MDB – que já foi petista -, bem lembrou de uma lambança vizinhada Avenida muito semelhante por causa do solo – e que ocupou por muitos anos espaços aqui – feita pelo governo de Pedro Celso Zuchi, PT: a construção do CDI Dorvalina Fachini, no Bairro Sete de Setembro. O que se gastou para deixá-lo em pé, daria para construir outro CDI igual. E ainda a coisa não está estancada.

Primeiro, o governo, técnicos e “çábios” do governo Kleber Edson Wan Dall, MDB, não aprenderam nada com o erro do governo de Pedro Celso Zuchi, PT. Pior, o líder do governo na Câmara intimida e acha que erro se paga com outro erro, ou um erro anula o outro. Francisco Solano Anhaia, MDB, não quer que esta ferida da Avenida Gaspar seja exposta, para que não seja “forçado” expor outra chaga que não se curou do adversário, a construção defeituosa do CDI Dorvalina Fachini. Em ambos os casos, quem está pagando caro por tudo isso, são os impostos de todos os cidadãos e cidadãs e que poderiam estar em outras necessidades ou prioridades. Basta lembrar que menos de um quilômetro desta avenida custou mais de R$12 milhões aos cofres municipais.

E no caso da Avenida Gaspar, não só a empreiteira deve consertar o que já se estragou no prazo da garantia, mas principalmente, a empresa fiscal da obra, a Sotepa. Ela ganhou mais de R$700 mil para cuidar de que nada errado saísse. E constatado o problema na garantia, teria que recomendar tecnicamente á sua correção. É solidária nos prejuízos e defeitos.

O governador Jorginho Melo, PL, age mostrando que está com medo do seu futuro. Em Joinville trabalha para enfraquecer o prefeito Adriano Silva, Novo, e com ampla amproação até o momento. Em Chapecó, quer impedir que Jair Messias Bolsonaro suba no palanque de João Rodrigues, PSD, com ampla aprovação, de quem Bolsonaro é amigo pessoal. Em Blumenau está embolando o meio de campo no seu PL. Jorginho, experiente político, parece que desaprendeu. O que fará ele forte será um governo de resultados inovadores, marca de Santa Catarina desde Celso Ramos. Jorginho, preferiu até agora, perder tempo com a implantação do coronelismo político a partir de familiares e de iluminados em Florianópolis, achando que com isso vai ter o domínio dos eleitores e eleitoras do estado. Vai pagar caro ao insistir nesta opção. E pode ser já em seis de outubro.

Campanha política é assim: desinformação. O deputado estadual, Egídio Maciel Ferrari, PL, de Blumenau, como defensor da causa animal, mandou para Gaspar uma emenda parlamentar de R$200 mil para ser aplicada prioritariamente nesta área bem fragilizada na estrutura governamental em nossa cidade. Nas redes sociais, a secretária de Assistência Social, Andréa Lídia Schramm, tenta desconstruir esta realidade. Para ela, todos os recursos são da prefeitura, independente da origem deles. Muda, Gaspar!

Até domingo, a pesquisa que o PL que domina o Republicanos mandou fazer na semana passada para rifar Oberdan Barni, em Gaspar, não tinha aparecido por aqui. Os do PL, principalmente empresários que criaram Kleber Edson Wan Dall, MDB, e até já ajudaram o PT de Pedro Celso Zuchi, bem como a cúpula do PP, a qual estranhamente coordena a campanha do PL gasparense, por outro lado, faziam pressão para que a pesquisa instrumentalizasse essa conversa forçada do deputado Federal, Jorge Goetten, de Rio do Sul – novo presidente do Repulicanos de Santa Catarina colocado lá por Jorginho Melo, PL, para a desistência do Oberdan. Por enquanto, a Convenção do Republicanos está mantida, para referendar os vereadores, Oberdan e Aurino Amaral como vice.

Em Blumenau, a última cartada perdida por Jorginho Melo, PL, aconteceu no domingo. O PSD vai dar o vice para Odair Tramontin, Novo. É o vereador Carlos Wagner, o Alemão da Alumetal. Se por um lado Jorginho ganhou do prefeito de fato de Gaspar, o deputado Federal Ismael dos Santos, PSD, de Blumenau, facilidades para levar o palanque do PL às igrejas neopentecostais, por outro lado força o governo do estado a cuidar do desprezado assunto da Barragem Norte, tanto afeta a segurança do Médio Vale do Itajaí nas enchentes. O PSD está também coligado com o Novo em Joinville e é hoje o adversário mais estruturado no campo conservador a ser batido por Jorginho. E Jorginho patina.

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5 comentários em “KLEBER VAI ASSUMIR A FECAM E JÁ PLANTOU JORGE PEREIRA COMO SEU BRAÇO DIREITO OPERACIONAL NA ENTIDADE. PREMIDADO E RECONHECIDO PELO AMIGO, JORGE VAI EXPORTAR A EXPERIÊNCIA DA SUA GESTÃO EM GASPAR. MAS, DIANTE DA REPERCUSSÃO NEGATIVA, TUDO PODE MUDAR”

  1. BANHO DE SANGUE E GUERRA CIVIL NA VENEZUELA? por Rubem Barbosa, no jornal O Estado de S. Paulo

    Na eleição presidencial da Venezuela, que será realizada no próximo domingo, a oposição tem chances reais de vitória contra o regime autoritário de Caracas. As pesquisas mostram vitória tanto da oposição como de Nicolás Maduro (certamente manipuladas).

    O governo Maduro dificultou por todas as formas a indicação de um candidato competitivo de oposição. Dissidentes foram presos arbitrariamente, eleições foram fraudadas, eleitores foram cooptados com a distribuição de alimentos, 15 prefeitos contra o governo foram destituídos e 50 cabos eleitorais da oposição, nos últimos meses, foram presos. Por mudança de regras, apenas 1% dos 4,5 milhões de venezuelanos exilados, que poderiam votar no exterior (cerca de 25% do eleitorado nacional), poderá votar.

    A oposição venezuelana, sempre dividida, conseguiu, inicialmente, unir-se em torno de María Corina Machado, que havia sido inabilitada pela Justiça Eleitoral de apresentar-se como candidata. Sua substituta, Corina Yoris, professora de 80 anos, por dificuldades técnicas colocadas pelo governo, não pôde inscrever-se, sendo substituída por Edmundo González, diplomata, sem participação política.

    A eleição ocorre depois de conversações dos EUA, Brasil e países europeus com Maduro para realização de um pleito transparente e justo em troca da suspensão de algumas sanções econômicas impostas por Washington. Maduro aceitou os entendimentos e assinou com a oposição um acordo em Barbados em outubro, comprometendo-se a realizar uma eleição democrática. Pouco depois, rompeu o acordo com a desculpa de que os EUA não ajudaram a Venezuela a recuperar o acesso às contas internacionais congeladas, e as arbitrariedades continuaram. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, apresentou a Maduro e aos líderes da oposição a ideia de que o vencedor da eleição estendesse ao opositor alguma forma de anistia.

    A situação às vésperas do pleito torna-se ainda mais confusa quando se observa que o governo Maduro retomou as conversas com os EUA, desconvidou a União Europeia a mandar observadores para a eleição e segue com os preparativos para eventual ataque à Guiana.

    Os problemas com a cúpula do regime – investigação internacional por corrupção e abusos de direito, além de acusações dos EUA de narcoterrorismo – poderão dificultar eventual saída de Maduro, que conta com o apoio de grupos radicais (liderados pelo poderoso deputado Diosdado Cabello) e, até agora, das Forças Armadas.

    Em vista das incertezas que cercam o resultado eleitoral, é possível considerar quatro cenários:

    1) Vitória de Maduro: pelas informações disponíveis e pesquisas de opinião pública até aqui, a vitória de Maduro só poderá acontecer pela manipulação da apuração e dos resultados eleitorais, aceita pelo Conselho Eleitoral, controlado pelo governo. Com poucos observadores internacionais independentes – Carter Center, Tribunal Superior Eleitoral (TSE) brasileiro –, essa atitude geraria forte reação internacional, imposição de novas sanções econômicas à Venezuela e nova onda de refugiados para o exterior.

    2) Vitória da oposição: as pesquisas indicam ampla vitória de González, pela maciça participação da população, urbana e rural, votando contra o governo. Esse resultado pode ensejar uma reação antidemocrática de Maduro ao se recusar a aceitar a vitória da oposição, durante o período de transição de seis meses até a posse do novo governo, gerando grave crise institucional. Para acalmar a cúpula do governo, González poderia oferecer garantias confiáveis de segurança e uma possível anistia a Maduro e a algumas autoridades do regime para fazê-los desistir do poder. Sem anistia, dificilmente haverá transição. González não se pronunciou sobre essa questão, afirmando em artigo nesta semana que, se vitorioso, promoverá a reconciliação nacional.

    3) Suspensão da eleição: o governo Maduro denunciou supostos “planos violentos e desestabilizadores”, com a interferência de agentes externos, especialmente dos EUA, e a ameaça de guerra civil, fatos que, junto com uma ação militar contra a Guiana, podem ser invocados para adiar a eleição.

    4) Contestação da eleição: com as ameaças do governo e as denúncias da oposição de prisões e restrições violentas ao voto livre e democrático, é muito provável que qualquer resultado da eleição seja contestado por um dos lados, o que torna incerto o reconhecimento do vencedor no período de transição.

    A reação do governo Maduro à voz das urnas pode representar um forte constrangimento ao governo do PT. Lula da Silva sempre apoiou Hugo Chávez e Maduro, classificando o regime atual de democrático, mas procurou influir junto ao governo de Caracas para garantir legitimidade das eleições pela transparência e lisura. Lula teria apoiado a proposta de anistia apresentada pelo presidente da Colômbia e teria insistido para que a União Europeia enviasse observadores para acompanhar a eleição e a apuração. Maduro agora fala em “banho de sangue e guerra civil” em caso de derrota na eleição. Lula declarou que vai reconhecer o resultado da eleição e que “se assustou com” a ameaça de Maduro. O governo brasileiro vai manter o apoio a Maduro se o resultado for contestado? A repercussão internacional poderá respingar na credibilidade do governo Lula e deixar exposta a baixa influência do Brasil na região.

  2. EFICIÊNCIA DO ESTADO DEVE ESTAR NO TOPO DA AGENDA, editorial do jornal O Globo

    Se a Constituição estabelece como teto salarial do funcionalismo os vencimentos de um ministro do Supremo, atualmente em R$ 44 mil, como explicar que no ano passado 93% dos juízes, desembargadores e ministros de tribunais superiores, além de 91,5% dos procuradores, tenham recebido rendimento médio mensal acima do limite? A justificativa para uma distorção tão grande, sem falar no atropelo da Constituição, está baseada num artifício. São criados auxílios, gratificações e benefícios de diversas naturezas, dá-se a eles o carimbo de “verbas indenizatórias” e finge-se que tudo é legal e moralmente defensável. Não é.

    A captura do Estado por corporações de servidores públicos privilegiados perdura no Brasil há séculos. Por estar no nosso cotidiano desde os tempos coloniais, dá a impressão de ser imutável ou invencível. Tal entendimento é um engano. Bastaria uma decisão do STF para acabar com artimanhas que aumentam salários acima do teto. Ou a aprovação do Projeto de Lei dos Supersalários, estagnado no Congresso.

    Esse é apenas um dos itens da reforma administrativa necessária para conferir ao Estado brasileiro a agilidade necessária a prestar serviços de qualidade. Ele não é inchado. É caro e ineficiente. Ambos os problemas têm conserto. O Brasil dispõe de estudos e de massa crítica para resolvê-los.

    A reforma administrativa deve ser encaminhada sem preconceitos, defende o economista Bruno Carazza no livro “O país dos privilégios”. Nem todo funcionário público é privilegiado. Servidores federais e estaduais ganham mais que seus equivalentes no setor privado. Mas os municipais, que atendem a população diretamente, em geral ganham menos. Outro equívoco é achar que o setor público é grande demais. Levando em conta todos os níveis da Federação, o Estado brasileiro emprega 12% da força de trabalho, percentual inferior ao dos Estados Unidos (15%) e ao da média nos países ricos (18%). O problema está no custo. A massa de servidores custa ao brasileiro 13% do PIB, ante 8,7% nos Estados Unidos ou 7,6% na Alemanha. Isso é resultado não do tamanho do funcionalismo, mas de distorções e privilégios.

    A meta deve ser um Estado eficiente. Por isso a reforma administrativa precisa combater promoções automáticas — como a proposta na PEC do Quinquênio em tramitação no Congresso —, avaliações de faz de conta, remuneração desvinculada da produtividade, falta de punição a quem apresenta desempenho insatisfatório e a estabilidade para os comprovadamente incompetentes. Os próprios servidores comprometidos e produtivos são vítimas do ambiente que desincentiva a eficácia.

    “A seleção de candidatos precisa ser mais bem regulamentada, e as centenas de carreiras devem ser racionalizadas em número mais restrito, de perfil mais generalista, embora sem perder suas especialidades básicas”, escreve Carazza. “A trajetória do servidor até o topo da carreira também deveria ser alongada, acompanhada de ciclos de capacitação e aperfeiçoamento, bem como de avaliações de desempenho para alcançar a progressão por mérito.” A estabilidade faz sentido em algumas carreiras, mas a maioria funcionaria melhor com regras semelhantes às da CLT. Em todas, deveria ser ágil a demissão por insuficiência de desempenho. A balança pesa há muito tempo a favor dos interesses individuais dos servidores, em detrimento da sociedade. Isso precisa mudar. E logo.

  3. UMA NOVA CORRIDA PRESIDENCIAL COMEÇA NOS EUA, por Lourival Sant’Anna, no jornal O Estado de S. Paulo

    O cronômetro foi zerado. Uma nova corrida presidencial começa, com a desistência de Joe Biden e o endosso de sua vice, Kamala Harris. Dificilmente o nome dela será desafiado no Partido Democrata. A escolha do vice na chapa de Harris é o novo capítulo que determinará os rumos da disputa.

    A desistência de Biden elimina o duplo ônus, para os democratas, de sua presença na cédula eleitoral: a rejeição que ele sofre do eleitorado, comparável somente à de Trump, e o seu desempenho desastroso em aparições públicas.

    Agora, o mesmo ônus, por razões diferentes, fica exclusivamente com os republicanos: a conduta divisiva de Trump, que frustra muitos independentes e republicanos moderados, e a forte rejeição a seu nome.

    Harris tem ao mesmo tempo popularidade mais baixa do que Biden e chances maiores de derrotar Trump. O índice de aprovação da vice é de 29% e o do presidente, 34%. Em contraste, segundo pesquisa da CNN do início do mês, Harris teria 45% de intenções de votos, ante 47% de Trump. Com Biden, a vantagem de Trump era maior: 49% a 43%.

    Os números não parecem animadores, mas é preciso considerar dois fatores: Harris não tinha tido ainda a oportunidade de encabeçar a campanha como candidata a presidente; e não é a maioria nacional que define a eleição, mas o Colégio Eleitoral.

    Harris vem da Califórnia, onde os democratas têm incontestável maioria. Ela ampliará suas chances de vencer se trouxer para sua chapa alguém que governa um dos Estados-pêndulo, que dão a vitória ora a democratas ora a republicanos, e por isso são os que efetivamente decidem as eleições presidenciais.

    Por essa lógica, os candidatos mais fortes são os governadores da Pensilvânia, Josh Shapiro, do Michigan, Gretchen Whitmer, e da Carolina do Norte, Roy Cooper, além do senador Mark Kelly, do Arizona. Uma medida do drama dos democratas é que, de 7, o número de Estados considerados em disputa subiu para 14. Outro cotado para vice é o governador Andy Beshear, do Kentucky, onde a vitória dos republicanos é garantida.

    Trump foi buscar em JD Vance um candidato a vice que encarna os sentimentos dos trabalhadores sem diploma universitário do chamado Cinturão da Ferrugem, que inclui a Pensilvânia, o Michigan e Ohio, seu Estado de origem. Seu livro autobiográfico Hillbilly Elegy, um bestseller, descreve a decadência da indústria nesses Estados por causa da globalização.

    A nomeação de Harris não deve ser seriamente desafiada dentro do Partido Democrata por vários fatores. Primeiro, porque, como a vice escolhida por Biden há quatro anos, ela é o nome natural para substituir e suceder o presidente. Como integrante da chapa de Biden, torna-se menos controversa a transferência para ela das doações de campanha e dos votos dos delegados eleitos nas primárias.

    Por ser mulher e negra, a contestação de seu nome poderia assumir uma conotação racial e de gênero. Além disso, sua rejeição seria explorada pelos republicanos como mais uma evidência do fracasso do governo democrata, do qual afinal ela faz parte.

    Sua vitória no dia 5 de novembro é menos garantida. As dificuldades dos democratas não se restringem à decrepitude de Biden. Eles são eleitoralmente vulneráveis em dois dos três principais temas dessas eleições: a economia e a imigração. O terceiro tema é o direito ao aborto, que deixa os republicanos mais vulneráveis.

    Os índices econômicos dos Estados Unidos são bons: inflação de 3%, desemprego de 4% e crescimento de 2,5%. Entretanto, esses números destoam da experiência dos americanos, sobretudo os de renda mais baixa, originalmente a base eleitoral dos democratas. Depois do recorde de mais de 9% inflação em 2022, os preços dos alimentos e combustíveis estacionaram em um patamar alto. A taxa básica de juros alta para combater a inflação, atualmente na faixa de 5,25% a 5,50%, elevou as parcelas das hipotecas e, consequentemente, os alugueis.

    Trump explora uma certa nostalgia dos americanos com a vida pré-pandemia sob o governo dele, quando sentem que tinham mais poder aquisitivo. Ele oferece ainda tarifas de importação mais altas para atrair mais empregos industriais e impulsionar a exploração do petróleo e gás, com o duplo benefício de gerar mais receitas e supostamente baixar o preço dos combustíveis.

    O ex-presidente cita estatísticas sem base nos fatos, segundo as quais 20 milhões de imigrantes ilegais, incluindo criminosos saídos das prisões, ex-pacientes de hospícios, terroristas, traficantes e estupradores, teriam invadido os Estados Unidos sob o governo Biden. Como no caso da economia, mesmo que os números digam o contrário, é um discurso que atrai votos.

    Harris estará mais à vontade no tema do aborto. A revogação da jurisprudência que garantia o direito ao aborto no nível nacional frustrou muitas eleitoras independentes e republicanas moderadas. A vice-presidente tem vocalizado essa frustração e proposto uma lei federal para garantir os direitos reprodutivos das mulheres. Vance, em contrapartida, opõe-se ao aborto até mesmo em caso de estupro, enquanto Trump delega a decisão aos Estados.

    Há mais dúvidas do que certezas em relação a esse novo capítulo da corrida presidencial americana. Fora da sombra de Biden, Harris construirá um novo discurso. As pressões sobre Biden para renunciar também à Casa Branca – afinal, se ele não pode fazer campanha, como pode governar? — poderiam levar Harris a disputar o cargo na condição de presidente. E a escolha do vice também terá impacto.

    A única certeza, neste momento, é a de que os democratas se livraram de um enorme peso.

  4. POUCO A COMEMORAR, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

    O País recebeu com alívio alguns números apresentados pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, mas há poucos motivos para comemoração. A violência persiste na sociedade. Serão longas ainda as batalhas para que o Brasil vença a criminalidade. Os dados sobre homicídios mostram que há muito a ser feito.

    Em 2023, foram 46.328 assassinatos, uma taxa de 22,8 casos para cada 100 mil habitantes – queda de 3,4% ante o indicador do ano anterior. Trata-se do menor registro da série histórica do levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, iniciada em 2011. A taxa de homicídios no País, porém, é quatro vezes maior que a mundial, além de superar a de países vizinhos. Isso, por si só, expõe a dificuldade do Brasil no combate ao crime.

    Para Renato Sérgio Lima, presidente do Fórum, “a boa notícia é que na maior parte dos países as mortes vêm caindo e, entre as grandes causas, há um componente demográfico importante, já que a população está envelhecendo”. A parcela de homens jovens – sobretudo os negros – concentra as vítimas de mortes violentas. Até a idade da população virou uma esperança para refrear as estatísticas.

    Enquanto São Paulo (7,8 por 100 mil) e Santa Catarina (8,9) trazem os menores índices do País, as maiores taxas foram registradas no Amapá (69,9) e na Bahia (46,5), onde o Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV) disputam territórios para consolidar novas rotas de envio de cocaína por via marítima para o exterior. Nesses Estados, o crime organizado e a letalidade policial escancaram um cenário de embate constante com consequências trágicas.

    As polícias do Amapá e da Bahia, na avaliação de Lima, atuam de forma tumultuada. Não à toa, no topo do ranking, os dois Estados alcançam as taxas de letalidade policial de 23,6 e 12 mortes por 100 mil habitantes, respectivamente, revelando uma distância superlativa em relação a Rondônia (0,6) e Minas Gerais (0,7).

    Além de migrar pelo País, o crime também migrou para o mundo virtual, para infortúnio dos cidadãos. Os bandidos têm preferido dar golpes virtuais a cometer crimes nas ruas, aproveitando-se do Pix, de aplicativos e de jogos online. Enquanto houve queda em furtos e roubos – inclusive de celular –, há alta no número de estelionatos, o que impõe às polícias o dever de aperfeiçoar seus recursos tecnológicos.

    A violência contra as mulheres também preocupa. Houve crescimento nos números de estupro, importunação sexual e feminicídio. A tipificação de novos crimes, como stalking (perseguição), e campanhas para reduzir a subnotificação explicam parte da alta, mas o aumento generalizado acende o alerta de que ações para reverter esse quadro devem ser prioritárias.

    O anuário mostra um crime organizado que se antecipa facilmente à inteligência dos órgãos de investigação e repressão e aos sistemas de defesa privados. Há claramente uma migração da delinquência para o ambiente virtual – que, se reduz a letalidade dos criminosos, por outro lado aumenta substancialmente os prejuízos e dá ainda mais poder financeiro às quadrilhas, contrastando com a excruciante lentidão do Estado.

  5. Eis a pergunta que não quer calar…Se Oberdan Barni tem 1% nas pesquisas que dizem as más línguas do PL. Por que será que estão batendo em “cachorro morto”?
    Oberdan é o único que não tem rabo preso, que pode falar o que quiser. Ele não tem interesse próprio como o Governador Jorginho Mello e como os que se dizem ser do PL de Gaspar. Que de PL não tem nada, estão somente querendo se fazer em cima do nome de Bolsonaro, bando de hipócritas. Oberdan está dando a cara a tapa por nosso povo e nossa gente, não irá permitir ser derrubado por pessoas mesquinhas, ele irá lutar até o fim por nosso povo e nossa gente.

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