Esta foto acima mostra a mudança de comando. É a tentativa de liderar e a “hora” de reorganizar as eleições municipais em Gaspar no ano que vem para o grupo de que está no poder de plantão. Na verdade, ela mostra um flagrante da chegada do deputado Federal e novo prefeito de Gaspar, Ismael dos Santos, PSD, de Blumenau. Ele chega ao Espaço Natureza, no Poço Grande, para um encontro com lideranças políticas fiéis ao que se anda perdendo pelo caminho.
O deputado Ismael parece querer acertar os ponteiros com o prefeito e fiel de congregação Kleber Edson Wan Dall, MDB. Este tem isto tem sido um exercício desafiador, para ambos. É um dos muitos retratos de Gaspar dos sete anos de governo da jovem promessa Kleber, inicialmente com Luiz Carlos Spengler Filho, PP, agora encostado na chefia de Gabinete, e com Marcelo de Souza Brick, Patriota, que nem existe mais, ou PL, sei lá, ou PP, talvez.
Marcelo foi, espertamente e ele se achando valorizado, atraído à coligação para não ser um candidato concorrente de Kleber em 2020. Sem time e orientação, Marcelo foi humilhado e rifado em 2022 para quem lhe atraiu para esta armadilha e os que regiam o jogo de Kleber e Ismael. O deputado, claramente, preferiu da Marcelo Rosa, União Brasil, de Blumenau a deputado estadual, a Kleber e ao próprio Marcelo. Agora diante de tanta esperteza e espertos, Marcelo voltou a ser a carta na manga dos que estão mandando na mesa deste jogo contra a cidade, os cidadãos e cidadãs ea favor de grupos políticos, religosos e familiares.
Marcelo, malhado, mas depois de ser usado e preterido, o que poderá acontecer a qualquer momento outra vez, já está sabendo onde está metido. Por outro lado, está obsequiosamente desmemoriado e de fatos recentes que quase o descartaram dessa mesma mesa do jogo do poder. E é esta “capacidade” de absorver pancadas e traições, servir a vários senhores, sob amnésia produzir discursos sucessivamente contraditórios e à conveniência das circunstâncias que Marcelo também tem trabalhado contra ele próprio. Este quadro dantesco, igualmente, tem preocupado os que enxergam nele uma saída honrosa para todos no grupo em que se meteu em 2020. Um espanto!
Depois de descartado, Marcelo voltou centro das atenções, exatamente porque o grupo de Kleber não está fazendo um governo ao mínimo daquilo prometeu nos planos – é só olhar os documentos que o candidato registrou no Tribunal Regional Eleitoral. Muitos menos devolvendo a comunidade resultados. O marketing planfetário e caro para transformar Kleber e a gestão de sete anos em “gloriosa”, misturando pautas de costumes (família, amigos, igreja…), está sendo engolido pela realidade. Tudo está impregnado de arrogância, interferências, vingança, propaganda, empreguismo, dúvidas e muita incompetência. Kleber errou a mão.
Se no início Kleber era refém de Carlos Roberto Pereira, ex-presidente do MDB, o que imitaria o de Blumenau onde partido não é nada em relação ao glorioso passado, agora, Kleber é o passageiro do prefeito de fato, irmão de templo, o deputado Federal, Ismael dos Santos, PSD, de Blumenau. Com estas amarras e à falta de luz própria, liderança e principalmente resultados, Kleber não conseguiu criar um sucessor, exatamente por não ter criado antes, uma marca de governo. E só voltou atrás, agora,ao permitir à reaproximação de Marcelo, devido às tantas dúvidas que gerou e à falta de nomes que sobressaissem em qualquer pesquisa pré-eleitoral no grupo que está no poder de plantão em Gaspar. Simples assim!
E é exatamente por causa das dúvidas e por continuar no centro do poder sem mesmo tê-lo na titulação, que Kleber quer continuar em 2025 no e próximo poder de plantão. É para acompanhar de perto e não ser engolido por quem o substituir na prefeitura e quando lá instalado, resolver abrir a caixa preta daquilo que pode ter permeado o que o governo de Kleber escondeu. Há duas CPI enterradas. Há problemas sérios no meio-ambiente, na área de planejamento e até no Samae.
Eu exagero? Então, convido a ouvir novamente, as quatro pílulas de chantagens e que estão explicitamente nos áudios com conversas cabulosas do seu faz tudo, o ex-secretário de Fazenda e Gestão Administrativa, o irmão de templo, presidente do PSDB de Gaspar, Jorge Luiz Prucino Pereira e que Kleber, Marcelo e a Bancada do Amém tiveram até que inventar uma CPI às pressas na Câmara, secreta, com o sabor do “desconheço” para enterrar o assunto. Como se isso levasse ao esquecimento coletivo.
Voltando.
Por quê esta foto acima é um dos muitos retratos da Gaspar que o marketing oficial de Kleber tenta encobrir inventando para o chefe e os seus, um suposto sucesso, mas que a realidade a revela ser bem o oposto, por isso, os eleitores e eleitores, quando pesquisados, deixam os mandatários e seus apoiadores com as calças na mão e ao mesmo tempo, temendo pela continuidade da dolce vita do atual poder de plantão?
Enquanto os municípios de Timbó, Rio dos Cedros, Pomerode, Ascurra – todos bem menores do que Gaspar – e Blumenau, no Vale Europeu, recebiam os prêmios “Band de Cidades Excelentes”, determinados pelo Índice de Avaliação de Gestão Municipal Áquila, e baseado em 67 indicadores a partir de fontes públicas, o prefeito e o vice de Gaspar, os da propaganda oficial de maravilhas, estando mesmo Vale Europeu, sem esse reconhecimento de excelência administrativa, teve que rumar para outro evento, e ver os pequenos jornais, já sem influência nas suas comunidades por interferências de políticos locais e dependências migalhas públicas, receberem prêmios concedidos entre eles próprios numa associação deles.
Até porque esta ida e presença providencial de Kleber e Marcelo no convescote dos pequenos jornais, onde tiveram que bater palmas para trabalho dos outros e não as receber como reconhecimento do que fizeram por sua cidade como aconteceu com Timbó, Rio dos Cedros, Pomerode, Ascurra e Blumenau, foi uma espécie de gratidão a quem, longe do ofício social, nunca expos às deficiências administrativas de Kleber, Luiz Carlos, Marcelo e o poder de plantão.
Igualmente, não seria prudente, neste momento de fraca avaliação e à beira de uma campanha eleitoral, ter mais um flanco desguarnecido: a imprensa que está a cargo do chefe de gabinete, Luiz Carlos Spengler Filho, PP, em tê-la amiga. Kleber e Marcelo escolheram o lugar certo, como se a cidade não soubesse a razão dessa escolha. Acorda, Gaspar!
TRAPICHE
Os leitores e leitoras deste espaço já leram – e só aqui, também por motivos óbvios – que o poder de plantão em Gaspar recebeu sinais preocupantes de que precisa se mexer, não só para não perder a corrida às próximas eleições, mas para não passar vergonha, mesmo que venha aglutinar novos parceiros.
Kleber Edson Wan Dall, MDB, depois de perder a corrida em 2012 com o engenheiro Rodrigo Boeing Althoff, então no Partido Verde, ganhou as eleições em 2016 com MDB, PP com o ex-vereador Luiz Carlos Spengler Filho, de vice, e o PSC, o braço visível das igrejas neopentecostais. Em 2020 o MDB e PP atraíram o PSD que deu o vice, Marcelo de Souza Brick, além do PSDB e o PDT que sempre esteve com o PT. Neste ano, este grupo, trabalha para atrair o PL. Ele até poderá até ficar com a cabeça de chapa, desde além de vitoriosos, todos possam roer o mesmo osso.
E para começar a reconstruir o que está fragilizado, o novo prefeito de fato de Gaspar, o deputado Ismael dos Santos, PSD, de Blumenau (na foto acima com o prefeito (E) e o vice (D). Foi recebido com almoço nesta segunda-feira. Conversou com algumas lideranças, principalmente apoiadores financeiros. Prometeu mais verbas por emendas parlamentares e deixou claro que será o tutor desses movimentos. Eles já se registram nas redes sociais. E começou de forma intencional no sábado e domingo nos templos das congregações neopentecostais daqui. A ausência notada em todos esses movimentos foi do ex-secretário, fervoroso fiel, bom de pregação, Jorge Luiz Prucino Pereira, PSDB.
Cada vez fica mais claro como se movem as peças aos olhos do público e no escuro dos poderosos este novo movimento. Cheio de questionamentos, sem resultados para entregar e até sem uma liderança para traduzir em expectativa de votos nesta nova empreitada para se perpetuar no poder, a pauta de costumes voltou à tona. O bicho papão a incompetência governamental do governo gasparense é o PT. Já os templos e à própria máquina governamental serão os propulsores na busca de votos que se desgarravam. Quem está como um patinho fora d’água neste novo ensaio é o presidente da Câmara, Ciro André Quintino, MDB.
O PL rejeita esta possibilidade de que esteja na mesma balaia, no tal do nós contra eles. Foi o PL que se escondeu, sem por o deno na ferida, sem contribuir, por anos seguidos, achando que esta postura de avestruz lhes daria para como Fenix: espertamente surgir das cinzas. Paga caro. O próprio governador Jorginho Melo, PL, tenta costurar saídas. O deputado, Ivan Naatz, PL, de Blumenau e que acaba de deixar a liderança do governo na Assembleia, em outra ponta, atua como fogo amigo em escolhas próprias de poder.
O PL de Gaspar faz a festa de encerramento deste ano neste sábado a partir do meio-dia na comunidade São Judas Tadeu, na Margem Esquerda. Convidou e promete a presença de Jair Messias Bolsonaro, PL. Se ele vier, será um golaço, sob todos os aspectos. E aí esrtá outro problema: o lugar é impróprio por ser pequeno. O que parece, de verdade? O anúnciou da vinda de Bolsonaro parece ser mera marquetagem para atrair curiosos e não exatamente os partidários. É para dar volume. É para impressionar. E marquetear.
O vereador Giovano Borges, PSD, convidou a comunidade do bairro Bela Vista para fazer o serviço básdico do básico, braçal até, que a prefeitura de Gaspar não faz que é simples roçação e capinação de ruas. Registrei. E com fotos da rede social do vereador. Pois os moradores de lá, identificaram poucos de lá e quase todos, eram comissionados indicados pelo próprio vereador ou o partido dele. Estavam em jornada dupla. Talvez para não perder a boquinha. Vida dura esta de viver a custa de cargos de políticos..
A Procuradoria Especial da Mulher, um consórcio marqueteiro de empoderamento da Câmara de Vereadores de Gaspar resolveu emitir uma nota de repúdio contra o fato de uma mulher estar sob medida protetiva e mesmo assim, a Polícia não foi capaz de impedir o assassinato dela. Ao postar a referida nota, a primeira a colocar um emoji da palmas à primeira nota de repúdio foi uma membro da própria Procuradoria.
Pensando bem. Se por um lado a aproximação do Republicanos com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, PT, incomoda Oberdan Barni, a tentativa do MDB, PP e Ivan Naatz, PL, de Blumenau, de neutralizar o PL de Gaspar também tem deixado sem chão o presidente da sigla Bernardo Leonardo Spengler Filho e os bolsonaristas que não tem onde amarrar a barca. Em igual desconforto está o presidente da comissão provisória do Novo, em relação a Gaspar, Ednei de Souza. Ele está desconfiado que aproximação estadual e regional do PSD na parceria com o Novo vá contra o seu discurso do Novo ser realmente novo.
Nem tudo está perdido. O suplente de vereador André Pasqual Waltrick, PP, rumou esta semana para Joinville para se encontrar com o deputado Federal parceiro dele, Darci de Mattos, PSD. De carona num daqueles Corollas novos e caros que a mesa diretora da Câmara botou à disposição para as nossas “vossas excelências”. André levou com ele o mais longevo dos vereadores, José Hilário Melato, PP. Foram fazer pedichos para Gaspar. Evitaram a famosa diária passeio para se falar com porteiros dos gabinetes e o caro voo para Brasília.
Depois de aprovar na Câmara à saída de Gaspar do Consórcio Intermunicipal do Médio Vale do Itajaí – CIMVI – que fica em Timbó, o vereador Alexsandro Burnier, PL, (foto ao lado) resolveu ir lá conhecer o que se faz, para entre outras coisas, ver o recebimento, tratamento e destinação do lixo orgânico e reciclável. É uma pena que não tenha feito isto antes.
E devia ter perguntado aqui e lá a razão pela qual – mesmo com solução ao alcance dos gestores públicos – Gaspar sempre teve problemas nesta área e que já levou prefeitos à Justiça.
Na conta de todos. O vereador Alexsandro Burnier, PL, criticou como a implantação do loteamento Seehaus, no bairro Figueira, vendido como de alto padrão, tido como mais sofisticado de Gaspar, nas enchentes deste outubro, ficou isolado e impactou na vizinhança, alagando imóveis até então livres disso em outras cheias similares. Pronto, os donos do empreendimento, que possuem vendedores super exclusivos, chamaram o vereador para uma “conversinha explicativa”. E parece que o vereador se encantou pelas explicações.
Até então, eu tinha evitado este assunto, até porque não é o único loteamento com este tipo de problema e isso está aos olhos de todos. Mas, para resolver o problema do Seehaus, como relatou Alexandro Burnier, PL, na tribuna da Câmara há duas terças-feira, num tom de quase desculpas por ter abordado o tema, será necessário, o poder público, ou seja, a prefeitura, o governo do estado e até o governo Federal, construir uma “barragem” com uma comporta regulada aqui no que é hoje o Trilho’s, no Centro da Cidade. Cumuéqueé?
Então se as autoridades (secretaria de Planejamento Territorial, Superintendência de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e muitos outros setores da prefeitura) e os empreendedores já sabiam do problema, tanto que o explicaram e apontaram à solução ao vereador, o normal e o sensato não seria antes de aprovar o empreendimento, construir esta “barragem” como parte, até, da compensação do empreendimento para com os vizinhos e à cidade? E agora, o custo disso ficará para todos os gasparenses, ou catarinenses e até os brasileiros do Amapá? Os empreendedores lavando as mãos e os riquinhos “blick auf die flut”?
Ora, se a prefeitura de Gaspar não cuida da barragem e motobomba do Bela Vista e ambas vivem de aflita ação voluntária dos moradores atingido – e políticos – e bombardeamento contra esses políticos exatamente pelos ameaçados; se a prefeitura não cuida do sistema que evita parcialmente as inundações da Margem Esquerda e se ainda não deu solução ao pessoal do Sertão Verde, vai dar aos que estão ilhados por causa do Seehaus? “Verrücktes zeug“.
O ex-promotor Odair Tramontin, vestido de pré-candidato a prefeito de Blumenau pelo partido Novo, definitivamente, entrou no modo político. Ele gravou um vídeo para as suas redes sociais em defesa daquele prédio mais alto de Blumenau e que um juiz federal, segundo ele, desprezando acordos e entendimentos do Ministério Público com os interessados, mandou por abaixo em 60 dias.
Outra vez, não vou discutir às razões e parte delas já expressei aqui, pois em caso diverso, o prédio da sede do clube Náutico América, do outro lado do Rio Itajaí Açú, deteriorado, está por quase 50 anos para ser derrubado e a Justiça não conseguiu ainda o que determinou. Possivelemente ainda será tombando como patrimônio arquitetônico O que chama a atenção desta vez? É que o ex-promotor Odair Tramontin diz que não está defendendo ricos, mas alerta que um dia poderá ser alguém que o acusa disso. É verdade. Basta ser pobre, contrariar interesses de poderosos com influência nas instituições, ou não ter o corpo fechado tanto nas promotorias como na jurisdição. Exemplos abundam. E vem de Brasília.
O PT está arrumando para a cabeça em Blumenau. Ele se ensaia para a disputa a prefeito no ano que vem com a deputada Federal, Ana Paula Lima. Primeiro se equilibra na corda bamba para se safar – pelo silêncio e nenhuma ação concreta na solução dos impasses – de que é parte do problema fomenta e supostamente é liderado pelos indígenas em fazer afogar, nas enchentes, os moradores, eleitores e eleitoras, nas cidades abaixo de Ibirama.
Agora, estourou a notícia de que a Universidade Federal quer colocar um curso de medicina, concorrendo com até então acreditado curso de medicina da Furb, exatamente quando se negocia a sua federalização. Esta intenção da UFSC mostra, muito claramente, que a federalização da Furb ou está enrolada, ou é uma embromação que passa de governo em governo, para somar votos, até ela falir de vez.
O deputado Federal, Ismael dos Santos, PSD, e novo prefeito de fato de Gaspar, disse que vai liberar uma verba R$5 milhões de emenda parlamentar, para iniciar o asfaltamento da Rua Vidal Flávio Dias entre a BR-470 lá perto da entrada do Belchior Central até um distrito industrial particular e que para a implantação dele, foi prometida tal obra há sete anos passados. A outra parte, que vai atender os moradores até a Capela Santa Catarina, dependerá se a prefeitura de Gaspar terá lastro na Caixa Econômica Federal para tomar o complemento como empréstimo.
Na foto dos convivas deste anúncio tardio com o papelinho na mão, faltou a vereadora Franciele Daiane Back, PSDB, do Distrito do Belchior e que até inventou uma comissão prol asfaltamento daquela via com moradores e empresários de lá. Acorda, Gaspar!
Para que serve a Bancada do Amém na Câmara de vereadores em Gaspar? O prefeito de Imbituba, Rosenvaldo da Silva Júnior, PSB, acaba de ser cassado por nove a quatro votos. E qual a principal razão? Não respondia os requerimentos dos vereadores sobre uma possível omissão na utilização de recursos. Ou seja, desrespeitava um outro poder e prerrogativa do vereaor, em nome do povo, pedir explicações. Aqui é a mesma coisa. Até no socorro judicial mandado de segurança o Executivo manda bananas.
Então qual é a diferença. É que lá não há a Bancada do Amém para proteger o prefeito. Ele não possui a tal sustentabilidade política fiel e incon dicional na Câmara. E mesmo assim, esticou a corda, por birra ou porque se explicando, estaria se complicando. No lugar dele, ficou o vice Antônio Clésio da Costya, PP, que escapou de ser cassado por um voto, mas está super-avisado: oito a cinco. O prefeito cassado diz que vai recorrer. O que significa isto? Que antes terá que responder os requerimentos dos vereadores. Entenderam como estão muito mal misturadas e dominadas as coisas em Gaspar?
Para o único vereador de oposição dos 13 de Gaspar, Dionísio Luiz Bertoldi, PT, o velho e incompreensível slogan do governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, não é mais Avança Gaspar, mas Avança Capim, de tanto que ele tomou a cidade por todo o lado, inclusive defronte a própria prefeitura onde estava a velha figueira, derrubado por uma rajada de vento.
Para as queixas do vereador e da população em geral, sem caixa, depois de correr com a empresa que fazia isto, a Ecosystem – e não explicou bem a razão disso, a prefeitura vai delegar o serviço a sub-prefeitura ainda com dinheiro em caixa chamada de Samae. Acorda, Gaspar!
11 comentários em “RETRATOS E RETALHOS. O PREFEITO DE FATO DE GASPAR VEIO À CIDADE. TENTA REORGANIZAR E AGLUTINAR O QUE ESTÁ EMBARALHADO E SEM LIDERANÇA. É O QUE MOSTRAM AS PRÓPRIAS PESQUISAS DOS QUE ESTÃO NO PODER DE PLANTÃO.”
PT MENOSPREZA OS RISCOS DE 2026, por Elio Gaspari nos jornais Folha de S. Paulo e O Globo
Nas eleições presidenciais, é comum que um candidato saia vitorioso muito mais pela fraqueza do adversário do que pelo vigor de sua proposta. Em 2022 e em 2018, as vitórias de Lula e de Bolsonaro deveram-se mais à vulnerabilidade do derrotado. No ano passado, houve mais votos contra Bolsonaro do que a favor de Lula. Na eleição anterior, havia acontecido o contrário com Bolsonaro. Ele prevaleceu, ajudado muito mais por um sentimento antipetista do que por suas ideias, que eram poucas e confusas.
O primeiro ano de mandato de Lula está para terminar, com um desempenho que cultiva a agenda negativa. A situação da economia e as amarras políticas dificultam-lhe a agenda positiva, mas uma certa autoconfiança típica de quem está no poder, mostra-se como fonte alimentadora do voto contra.
Dois episódios recentes:
Primeiro, a classificação dos crimes de guerra de Israel em Gaza como atos ‘terroristas”. Para um presidente que assumiu com áulicos sonhando em levá-lo ao Prêmio Nobel da Paz, da Venezuela à Ucrânia, Lula atravessou continentes para escorregar em cascas de bananas. Na guerra de Israel contra o Hamas, uma frase palanqueira, desperdiçou o prestígio adquirido pela diplomacia brasileira no Conselho de Segurança da ONU.
Num segundo caso, o governo transformou uma limonada em limão com o episódio dos acessos de Madame Tio Patinhas aos escalões do Ministério da Justiça.
Indo-se aos fatos: em março passado a senhora, mulher de um chefe do Comando Vermelho, visitou hierarcas e, na manhã de segunda-feira da semana passada, ela foi exposta. À tarde, o Ministério da Justiça mudou o seu protocolo de acesso a autoridades.
Houve um erro e foi corrigido. Seria o prenúncio de uma agenda positiva. Desde então, contudo, marchou-se heroicamente em busca de uma agenda negativa. Quem reclama é fascista, a madame tinha o direito de apresentar seus pleitos humanitários, inclusive com passagens pagas pela Viúva.
A segurança pública se tornou um assunto relevante na agenda nacional, e as mazelas da Bahia tisnam o desempenho dos governos petistas do Estado. Até agora o Planalto respondeu com planos ambiciosos e notoriamente fracassados. Talvez possam dar certo, mas chamar de fascista quem critica a ida de Madame Tio Patinhas aos gabinetes do Ministério da Justiça serve apenas para levar água ao monjolo da agenda negativa que já serviu de semente para o bolsonarismo.
AMERICANAS
Pode sair nos próximos dias um princípio de acordo da rede varejista Americanas com quase todos os bancos com a qual está encrencada.
Os três acionistas preferenciais, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, colocam R$ 12 bilhões na empresa e os bancos renegociam outro lote, de cerca de R$ 12 bilhões.
O Bradesco, um dos grandes credores, já tinha suspendido o litígio judicial.
TESTE DIPLOMÁTICO
A diplomacia israelense caminha para um teste. Depois de ter colaborado de alguma forma para o repatriamento de 32 brasileiros, seu governo levou uma cotovelada de Lula ao recebê-los em Brasília.
Estima-se que ainda haja cerca de 50 brasileiros querendo retornar, e o governo, que já trouxe de volta mais de mil cidadãos, vem oferecendo toda a ajuda possível, com apoio diplomático e transporte. (O Japão e a Inglaterra cobraram pelos voos.)
Resta saber qual será a extensão da boa vontade de Israel. Afinal, são pessoas que nada têm a ver com as extravagâncias verbais de Lula.
EREMILDO, O IDIOTA
Eremildo é um idiota e acha que os juízes deveriam ter 12 meses de férias.
O cretino entendeu que os magistrados federais são os únicos brasileiros que padecem de uma sobrecarga de trabalho. Nada mais justo que lhes fosse concedido pelo Conselho Nacional de Justiça o benefício de um dia de folga para cada três trabalhados. Imaginando-se um juiz federal que desempenha uma função adicional durante 90 dias, ele teria direito aos dois meses de férias regulamentares, mais um terceiro mês de descanso.
Eremildo encantou-se com um dispositivo do mimo: os dias de folga podem ser trocados por dinheiro.
Até aí seria um caso de pagamento de horas adicionais eventualmente trabalhadas. Contudo, os magistrados terão direito à remuneração mesmo durante os dois meses de férias regulamentares.
Ocorreu mais uma vez a Eremildo que os magistrados passem a reivindicar o pagamento de seus serviços pela pauta de Polichinelo.
Contratado para receber R$ 1 mil por dia, ou R$ 5 mil por semana e R$ 20 mil por mês, ele queria receber R$ 1 mil por dia, R$ 5 mil ao fim das semanas e R$ 30 mil no final dos meses. Como Polichinelo era um bobo, não havia pensado nas férias.
NOVEMBRO DE 1963
Hoje, há 60 anos, o povo de Dallas soube o percurso da caravana do presidente Kennedy. No dia 22 ela passará debaixo do edifício onde trabalha Lee Oswald. Jacqueline Kennedy escreveu para um amigo que irá com o marido ao Texas: “Vou detestar cada minuto.”
No Brasil, a falecida revista Manchete chegou às bancas com uma entrevista do presidente João Goulart na qual ele ameaçou:
“Não tenho a menor dúvida de que, a continuar como vamos, o caos poderá sobrevir — e a todos atingirá, indistintamente. (…) A palavra revolução deixou de ser um fantasma abstrato.”
Kennedy chegaria a Dallas na manhã do dia 22. Nesse dia aconteceriam três reuniões. Uma em Nova York, com a equipe da revista Life que investigava os negócios milionários do vice-presidente Lyndon Johnson. Outra no Senado, em Washington, onde uma comissão ouviria uma testemunha das malfeitorias de Bobby Baker, o faz-tudo de Johnson ao tempo em que ele era o poderoso líder da maioria Democrata na casa. (O vice sabia que estava sendo investigado. Na véspera da chegada do presidente a Dallas, disse a um assessor: “Meu futuro ficou para trás. Estou acabado.”)
A terceira reunião aconteceria num hotel de Paris. Nela, o chefe da seção de operações especiais da Central Intelligence Agency encontraria o major do Exército cubano Rolando Cubela, que pretendia matar Fidel Castro.
No dia 22 circulou no Departamento de Estado o primeiro projeto do Plano de Contingência para o Brasil, pedido em outubro pelo embaixador americano Lincoln Gordon. Era um documento classificado como Top Secret, e o responsável pelo Brasil na chancelaria, remeteu-o ao secretário de Estado Assistente para Assuntos Hemisféricos, observando que ele oferecia três alternativas, “com forte ênfase numa intervenção militar americana.”
Na véspera, Lee Oswald pediu a um vizinho que lhe desse uma carona para ir buscar em casa um suporte de cortinas de seu banheiro. Era o fuzil Mannlicher–Carcano com pontaria telescópica que havia comprado em março e que tinha usado sem sucesso em abril para matar um general reservista de extrema direita.
Leitor e leitora. Este artigo fala de Brasília. Mas, na verdade ele fala de Gaspar. Com exceção do judiciário e do MP que os políticos daqui mandam bananas quando não os atropelam a favor deles e contra a cidade e a sociedade.
UM CONGRESSO DISFUNCIONAL, por Ricardo Rangel, na edição da revista Veja, de 17 de novembro
No ano de 1215, nobres ingleses se rebelaram contra um rei que cobrava impostos escorchantes e crescentes e o obrigaram a assinar a Magna Carta. Criou-se o Parlamento, um conselho para fiscalizar o monarca e garantir que ele cumprisse a lei e não gastasse irresponsavelmente.
É função precípua do Parlamento, desde sua origem, manter o Executivo na linha. Mas Bolsonaro infringiu a lei incontáveis vezes, gastou muito mais do que poderia, desmontou as instituições e atentou contra a democracia — e o Congresso nada fez. As finanças se deterioram, Lula dinamita a responsabilidade fiscal, gasta de maneira temerária e avisa que quer gastar ainda mais — e o Congresso aplaude. Até porque ano que vem tem eleição. Os parlamentares não são só lenientes, como participam e se locupletam com entusiasmo. O Centrão (a turma que fez a festa no mensalão, no petrolão e no orçamento secreto) faz a festa com o Orçamento Secreto 2.0 — O Retorno: as emendas RP9 de antes agora são emendas RP2 e emendas Pix. E pau na máquina.
A outra função precípua do Congresso é, claro, criar leis. E ele cria muitas leis. Em setembro, por exemplo, instituiu a Semana Nacional do Empreendedorismo Feminino, a Semana do Migrante e do Refugiado e o Dia Nacional dos Desbravadores, declarou Carlópolis (PR) a Capital Nacional da Goiabada de Mesa e São Luís (MA) a Capital Nacional do Reggae. E por aí vai. Mas o Congresso existe não para legislar abobrinha, e sim para encaminhar as grandes questões nacionais. Quando o Executivo empurra (caso da reforma tributária), até sai, mas a regra é a procrastinação.
Segurança, aborto e o marco temporal das terras indígenas são temas importantes e estão na roda há décadas. Alguém viu debate sério e aprofundado a respeito no Congresso? Não, só lacração e video-selfie para publicar nas redes.
“NÃO ADMIRA QUE OS ELEITORES NÃO DEEM VALOR A SEUS VOTOS E ENCAREM POLÍTICOS COMO PARASITAS”
Os parlamentares enrolam e, quando o Supremo decide, chiam que é “interferência de um poder sobre o outro” (não, não é). E partem para o confronto, como na aprovação afobada do marco temporal após declarada sua inconstitucionalidade(!).
O Senado merece menção particular. O Senado moderno foi inventado nos Estados Unidos em 1787 com os objetivos de proteger a legislação da “inconstância” e das “paixões” — como escreveu o estadista James Madison — dos deputados e do público em geral e garantir uma análise cuidadosa, que impedisse leis inúteis ou nocivas. Nosso Senado faz o oposto exato disso.
Não admira que os eleitores não deem valor a seus votos e encarem políticos como parasitas. Em 2013, a indignação levou multidões às ruas e derivou para o vandalismo. No ano seguinte, começou a Lava-Jato, logo neutralizada. Em 2018, houve adesão maciça a um candidato visto como anti-establishment. Em 2022, o ressentimento quase reelegeu o golpista que tentou destruir a democracia brasileira.
Nossos políticos fecham os olhos e insistem nos velhos hábitos — enquanto o ressentimento do Brasil contra Brasília só cresce. A história mostra o que acontece quando o ressentimento chega ao ponto de ebulição. O 14 de julho de 1789, na França, é o exemplo mais emblemático.
PRESERVAR O IBGE, editorial do jornal Folha de S. Paulo
São justificáveis os temores suscitados por declarações recentes e um tanto obscuras do presidente do IBGE, Marcio Pochmann.
Durante palestra a servidores do órgão, o economista aventurou-se a filosofar sobre a produção das estatísticas do instituto, a seu ver moldada somente em experiências de países do Ocidente como Estados Unidos, Inglaterra e França.
Haveria que considerar, postulou, “o deslocamento do centro dinâmico do mundo para o Oriente” —e o exemplo que lhe ocorreu foi o da ditadura chinesa, notória pela divulgação de dados duvidosos.
Da mesma maneira tortuosa, Pochmann também anunciou o que parece ser uma nova era da divulgação dos números do órgão. “A comunicação do passado era aquela em que o IBGE produzia as informações, os dados, fazia uma coletiva e transferia a responsabilidade para o grande público através dos meios de comunicação tradicional. Isso ficou para trás.”
E completou: “Hoje cada um de nós tem a capacidade de comunicação, é um produtor de informação também, de análise, de opinião. Isso tem gerado uma sociedade complexa, inclusive pelo fato da difusão de fake news, de mentiras”.
O discurso poderia ser tomado como devaneio momentâneo ou falatório vazio —não fosse a muito conhecida trajetória de Pochmann.
Adepto fervoroso das teses econômicas mais exóticas da esquerda latino-americana, o presidente do respeitadíssimo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística chegou ao posto graças a sua fidelidade ao correligionário Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em administrações passadas do partido, de 2007 a 2012, teve passagem desastrosa pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplica (Ipea), quando comprometeu a credibilidade da instituição ao alinhá-la à agenda política do Planalto.
Uma conduta assim teria consequências muito mais funestas no IBGE —ao qual cabem estatísticas fundamentais como o tamanho da população, a expansão da economia e a situação do mercado de trabalho, que guiam políticas públicas e embasam as avaliações domésticas e globais sobre a governança do país.
Trata-se de órgão de Estado, não de governo, cujo trabalho deve seguir diretrizes transparentes e estar a cargo de um quadro de servidores qualificados. Até onde se sabe, tais condições têm sido respeitadas por governos de diferentes orientações. Que assim continuem.
A ARTE DE ENGOLIR SAPOS OU
A TENTATIVA DE SE MANTER NO
PODER DE QUALQUER FORMA
Como um bom combatente de boas batalhas, um jovem até então diferenciado e oposição ferrenha, Alexsandro até parecia despontar como uma promessa e juntamente com seus pares, parecia que daria liga e no entanto sucumbiu, acredito que foi picado pelo (bichinho) gostinho do poder, juntamente com seus pares os vereadores Bertoldi e o falecido Bornhausen.
Assim eram três contra a bancada do (amém) governo e de ferrenho opositor, o então jovem guerreiro, esta vendo seu discurso virar pó e de que forma: gradativamente, passou a ter que servir a Srs até então indesejados o vereador do PL do Bairro Bela Vista, criticava fortemente o seu ex. parceiro de vereança que no curto período que de passagem pela secretária da saúde, diga se de passagem fora PT, e PP e agora no MDB herdou votos da Ivete Hames e mesmo passando temporariamente na secretária da saúde arrumou sérios inimigos.
Dizendo isso da para ver que o jogo de cena ou cortina de fumaça como ele é, quase que ambos põem o governo ao chão, agora ambos sem credibilidade para vereança tentam se equilibrar como liderança assim de repente, mas liderança do que? Alexsandro tenta a fazer parte da bancada e em silêncio sepulcral suporta sem motivos o que teriam para se juntarem, tem de aceitar a seco a vinda do mesmo para seu partido o mesmo a quem me refiro é Jr Hostins no PL é uma forma de entrecruzar o sangue.
Para finalizar lamento o sofrimento do povo do Bairro Bela Vista que conta com três vereadores e só conseguem pendurar meia dúzia de comissionados, se não perceberam tirar água da bacia que é o bairro e jogar em um rio represado pela maré e enxugar gelo, chamar meia dúzia de comissionados para capinar um quarteirão é muito pouco para os lideres de uma comunidade, um litro de Raudap faria todo o serviço e custa só R$ 19,50, isso é que chamo um verdadeiro desperdiçar o herário público, é achar que sua comunidade é pobre de espirito se três vereadores não conseguem uma maquina para limpar um terreno a que servem?????
fora ………………………………..
GIOVANO
CLEVERSON
ALEXSANDRO
VESTIDO NOVO, por Carlos Alberto Sardenberg, no jornal O Globo
A jornalista iraniana Narges Mohammadi ganhou o Nobel da Paz deste ano. Não poderá recebê-lo. Está presa, condenada por “propaganda contra o Estado”, um crime de opinião. Não atirou bombas, nunca conspirou. Sua pena é de dez anos e nove meses, parte do tempo em confinamento solitário. Mais exatas 154 chicotadas. Não se sabe se foi chicoteada. O governo não presta qualquer informação.
No início deste mês, a representação do Irã na ONU foi designada para a presidência do Fórum Social do Conselho de Direitos Humanos. O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, é o responsável direto pela execução de dissidentes e adversários. No final do ano passado, a jovem Mahsa Amini morreu num presídio, para onde fora levada pelo crime de não usar corretamente o véu. Mulheres e homens iranianos protestaram nas ruas. Muitos foram mortos.
O Irã sustenta e financia o Hamas, com o fim declarado de varrer o Estado de Israel e matar os judeus. O Irã jamais seria admitido na União Europeia. A comunidade não acolhe ditaduras. Também não acolhe países cujas legislações incluem discriminação por sexo, raça, religião, posições políticas. Exige, sem concessões, o respeito aos direitos das mulheres.
O Irã foi recentemente admitido no Brics, na origem formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O presidente Lula saudou o presidente Ebrahim Raisi. O PT havia parabenizado Raisi por sua eleição — duvidosa, sem observadores internacionais.
O Prêmio Nobel da Paz de 2022 foi concedido ao Centro pelas Liberdades Civis, organização sediada em Kiev, fundada pela ativista ucraniana Oleksandra Matviichuk. Dividiu a honraria com outra organização por direitos humanos, Memorial, russa, e com o ativista Ales Bialiatski, preso na Bielorrússia. A Memorial é perseguida pelo governo de Vladimir Putin. A Bielorrússia apoia a Rússia.
As manifestações que a esquerda vem promovendo mundo afora defendem o Hamas e o Irã, apoiam a Rússia contra a Ucrânia, esta considerada cabeça de ponte do Ocidente “imperialista”. Atacam a União Europeia e, especialmente, os Estados Unidos e Israel. Estes são “terroristas” ou aliados deles. Por uma mistura de miopia, ignorância, preconceito e, sim, antissemitismo, a esquerda do Sul Global apoia as ditaduras e seus crimes. E ataca as democracias ocidentais.
Os Estados Unidos formam a maior democracia do mundo. Claro, cometem pecados e erros de política internacional. Mas corrigem lá mesmo. Foram os americanos que acabaram com a Guerra do Vietnã. O presidente Joe Biden diz que a guerra do Iraque foi um equívoco lamentável. Os americanos elegeram Barack Hussein Obama.
Israel é um Estado democrático, com eleições livres e regulares. Há liberdade de imprensa. Árabes podem frequentar suas mesquitas e se elegem para o Parlamento. Claro, comete pecados e erros — o maior deles, no momento, a ocupação da Cisjordânia com os assentamentos.
Ocorre que os israelenses há anos não conseguem formar uma maioria parlamentar consistente. Em grandes linhas, tomaram dois caminhos. Primeiro, com os sociais-democratas do Partido Trabalhista, tentaram a negociação com o Fatah (Autoridade Palestina). Chegaram a dois acordos (Washington e Oslo) que definiam os dois Estados. Nos dois casos, a Autoridade Palestina, primeiro com Arafat, depois com Abbas, não obteve aprovação entre os palestinos.
O Partido Trabalhista foi afastado, e os israelenses colocaram no governo a direita, que defendia a solução militar. Também não deu certo. Agora, as eleições acabam sempre empatadas. E Netanyahu tem conseguido formar gabinetes recrutando pequenos partidos religiosos e de direita.
O terrorismo do Hamas e o antissemitismo global reforçam essa direita.
Cito a ensaísta espanhola Pilar Rahola: “Israel encarna, na própria carne, o judeu de sempre. Um pária de nação entre as nações, para um povo pária entre os povos. É por isso que o antissemitismo do século XXI foi vestido com o disfarce efetivo da crítica anti-Israel. Toda crítica contra Israel é antissemita? Não. Mas todo o antissemitismo atual transformou-se no preconceito contra e na demonização do Estado judeu. Um vestido novo para um ódio antigo”.
A DAMA “PASSEIA” NA LUA CHEIA, por Demétrio Magnoli, no jornal Folha de S. Paulo
Flávio Dino rejeitou qualquer responsabilidade, direta ou indireta. Olímpico, qualificou as críticas como “um Redoxon em uma piscina olímpica”. Lula também não viu nada de especial na livre circulação de Luciane Farias, a “Dama do Tráfico”, pelas salas de reunião do Ministério da Justiça. No seu tuíte de solidariedade a Dino, resolveu fingir que as cobranças de explicações partem de “criminosos e seus aliados”. Como seu ministro, o presidente tenta evadir-se pela rota de fuga da retórica balofa.
As andanças de Luciane nos corredores do poder têm, em si mesmas, escassa relevância. Não se pode dizer o mesmo da arrogância das autoridades. Os políticos que se negam a admitir erros clamorosos são, também, incapazes de cartografar os tentáculos públicos do crime organizado. O verdadeiro perigo não está na tal “dama”, mas na incompetência estatal.
Dino não é bobo. Quando não sobe a um palanque imaginário de aldeia para vociferar sobre o “ouro roubado” por Portugal, ele diz as coisas certas. O combate ao crime organizado depende de informação. Suas ferramentas são inteligência policial e financeira. Não adianta exercitar a brutalidade policial nas periferias e favelas: é preciso sufocar as facções, cortando suas artérias vitais. Mas como realizar esse programa sem, ao menos, identificar uma agente óbvia do CV que usa a fantasia de defensora dos direitos dos presidiários?
A “dama” fez seu caminho até os gabinetes do poder à base de carteiradas, método infalível nas engrenagens do Estado brasileiro. Meses depois das várias reuniões com secretários do Ministério da Justiça, participou de um encontro no Ministério dos Direitos Humanos com passagens e diárias pagas pelo contribuinte. Silvio Almeida, o ministro responsável pelo encontro, não se deu por achado, imitando Dino tanto no conteúdo como na forma. Segundo ele, os críticos da zorra ministerial seriam “próceres do fascismo à brasileira”.
Fascismo é uma morfologia específica do Estado autoritário. Para Almeida, porém, é um amuleto mágico que o protege de qualquer crítica política. “Chame-os de comunistas e corra para o abraço”, ensina o manual bolsonarista de guerrilha nas redes. A versão modificada substitui apenas “comunistas” por “fascistas”. Falta, à turma que nos governa, vergonha na cara.
O termo “mexicanização”, no contexto do desafio posto pelos cartéis do narcotráfico, significa muito mais que a expansão territorial do crime organizado. De fato, o fenômeno singular é a infiltração das organizações criminosas nas instituições estatais. O crime não é forte porque tem armas, mas tem armas porque é forte –ou seja, por ter instalado casamatas nos órgãos de governo, nas Casas legislativas e nos aparelhos judiciários e policiais.
A infiltração avançou a passos largos durante o criminoso desgoverno bolsonarista. Hoje, sob um governo sem laços com o crime, nada indica uma reversão. Pelo contrário: os passeios da “dama” nas esplanadas de Brasília formam o pico emerso de uma montanha submarina.
Faça como o México –e colherá “mexicanização”. Num México atordoado pelos cartéis, sucessivos governos apelaram à suposta salvação oferecida pelo Exército. O resultado foi a infiltração do narcotráfico nas Forças Armadas e uma explosão de corrupção militar. Lula segue o péssimo exemplo ao decretar a GLO em portos e aeroportos. O gesto, um reconhecimento tácito da falência das forças policiais, não tem nenhuma chance de dar certo –e seu fruto menos desastroso seria o encerramento infrutífero da operação no fatídico 3 de maio.
Combate-se o crime organizado com ações integradas de inteligência. Na falta de inteligência, o governo esconde-se atrás de uma GLO improvisada e desvia a atenção de seus fracassos bombardeando as redes sociais com discursos histéricos. E, contudo, a “dama” passeia, na lua cheia.
ÉTICA TOGADA, editorial do jornal Folha de S. Paulo
A Suprema Corte dos EUA publicou um código de conduta para orientar a atividade de seus membros. É a primeira vez que a entidade adota esse tipo de norma, que já é prática recorrente nas demais instâncias do Judiciário americano. Trata-se de exemplo a ser observado com atenção no Brasil.
Segundo o texto, pretende-se dissipar a ideia de que a falta de um código continue a levar “ao entendimento equivocado de que os juízes da corte, ao contrário de todos os outros juristas no país, consideram-se sem restrições em relação a qualquer norma ética”.
Restringir recebimento e proibir solicitação de presentes são algumas das regras adotadas. Apesar de não estipular como serão feitas a fiscalização e a punição, a medida ainda se mostra necessária dados os casos controversos recentes.
Os magistrados Samuel Alito e Clarence Thomas foram criticados por viagens luxuosas na companhia de empresários. O segundo passou férias repetidas vezes com Harlan Crow, um bilionário doador do Partido Republicano.
A norma proíbe ainda que relações familiares, políticas e financeiras influenciem os julgamentos. O juiz Neil Gorsuch foi repreendido por não divulgar que havia vendido uma casa para o líder de um grande escritório de advocacia, e a juíza Sonia Sotomayor foi acusada de envolver funcionários da corte na venda de seus livros.
Exemplos como esses fizeram com que a corte, mesmo com profundas divisões ideológicas, adotasse de modo unânime o código.
Já o Brasil caminha em sentido oposto. Após debater uma proposta de resolução que controlaria a participação de magistrados em eventos patrocinados por entidades privadas, o Conselho Nacional de Justiça rejeitou a iniciativa.
Apesar das hipóteses legais de suspeição e impedimento, nota-se opulência recorrente em atividades da elite judiciária brasileira.
Em outubro, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, e membros do CNJ participaram de um encontro em resort de luxo na Bahia. Neste mês, evento num hotel suntuoso em Minhas Gerais foi bancado em parte com recursos públicos do Tribunal Regional Federal da 6ª Região.
Não basta que juízes sejam éticos —precisam parecer éticos. Ostentação e proximidade excessiva com agentes privados não combinam com a sobriedade e a imparcialidade que deveriam nortear a atuação do Judiciário
E O CORTE DE GASTOS, CADÊ? por Eliane Cantanhêde, no jornal O Estado de S. Paulo
Há vitórias e vitórias. A do ministro Fernando Haddad na questão do déficit fiscal em 2024 é basicamente retórica, de marketing, e pode ter os dias contados. O principal ministro do governo Lula ganhou uma (mais uma…) batalha, mas a guerra continua, porque o presidente suspendeu, mas não cancelou a possibilidade de revisão do déficit zero na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Agora, Haddad que se vire.
Como sempre, Lula está dividido entre o velho populismo e o pragmatismo responsável e causou o maior rebuliço ao dizer que não era “preciso” déficit zero e que, “para a Fazenda, dinheiro bom é no Tesouro, mas para ele, dinheiro bom é em obras”. Lindo para os leigos, grave para quem entende do riscado e sabe o quanto o tripé macroeconômico é importante para países, governos, populações – principalmente, a mais vulnerável.
A Haddad, cabe acalmar os ânimos e resolver a questão, não com discurso político, muito menos embates com o PT, mas sim com o debate técnico e a garantia de viabilidade para o déficit zero. Não vai ser fácil e a batalha final só será em dezembro ou em março de 2024. Para manter essa meta – fundamental até para o Brasil recuperar o grau de investimento das agências internacionais – o ministro precisa, muito, muitíssimo, do Congresso. Como? Aprovando rapidamente as medidas para aumentar a arrecadação federal.
Nos cálculos da Fazenda, o corte em subvenções pode gerar R$ 35 bilhões por ano; se o projeto dos Juros de Capital Próprio (JCP) for anexado ao das subvenções e passar, são mais R$ 10 bilhões; taxação de offshore e fundos especiais, mais ou menos R$ 20 bilhões; e a das apostas esportivas, que tem estimativa muito elástica, pode render de R$ 6 a R$ 12 bilhões, pelos cálculos do próprio setor.
Segundo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o esforço de final de ano começou com a aprovação da reforma tributária (que ainda depende da Câmara) e continua com as apostas esportivas na terça-feira, já no plenário. Ele e Arthur Lira, da Câmara, são aliados de Haddad a favor do déficit zero. Os adversários são do PT, liderados pelo chefe da Casa Civil, Rui Costa, a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, e o deputado Lindberg Faria, autor de projetos prevendo déficit de 0,75% ou 1%.
Ok, a Fazenda articula e o Congresso se compromete com a arrecadação, mas e o outro lado da moeda, o gasto? Lula, Costa, Gleisi, Lindberg, o PT e agregados torcem o nariz, mas com matemática e com economia não se brinca. Haddad ganhou tempo, mas precisa do apoio do Planejamento para os cortes e tem muita guerra pela frente, principalmente com o chefe Lula. É aí que mora o perigo.
DIFICULTAR A ABERTURA DE LOJAS NOS DOMINGOS AMEAÇA EMPREGOS, editorial do jornal O Globo
É um retrocesso a portaria do Ministério do Trabalho publicada na terça-feira — véspera do feriado da Proclamação da República — dificultando a abertura do comércio aos domingos e feriados, prática consolidada entre os brasileiros. O governo erra na forma e no conteúdo. Na forma, por tomar uma decisão controversa sem discussão ampla com a sociedade, como prova a gritaria geral de entidades empresariais. No conteúdo, porque a mudança, além de criar insegurança jurídica, deverá resultar em mais danos que benefícios.
A portaria revogou uma outra, editada pelo governo Jair Bolsonaro em novembro de 2021, que reduzia a burocracia para estabelecimentos comerciais funcionarem aos domingos e feriados. Com isso, voltou-se à situação anterior, com menos categorias autorizadas a trabalhar nesses dias sem necessidade de convenção coletiva e lei municipal. A nova norma atinge estabelecimentos como supermercados, farmácias, lojas em shoppings e aeroportos. É verdade que, em algumas cidades, como Rio ou São Paulo, a legislação municipal e a convenção coletiva já permitem esse tipo de trabalho. Mas não faz sentido criar novos obstáculos onde eles não existem.
A reviravolta deixou apreensivo o setor produtivo. Com razão. A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) foi clara ao dizer que a nova portaria afetará a atividade econômica e, por extensão, a manutenção e a criação de empregos. “A abertura do comércio aos domingos e feriados favorece não somente o consumo e a geração de empregos, mas também, e principalmente, o atendimento dos 28 milhões de consumidores que diariamente frequentam os supermercados”, afirmou. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) disse que as novas regras contribuem para gerar insegurança jurídica. A confusão é tamanha que não se sabe nem se as empresas que funcionaram no feriado de 15 de novembro poderão ser multadas, uma vez que as novas normas já estavam em vigor.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou ao Jornal Nacional, da TV Globo, que o ministério analisará um período de transição para que a mudança entre em vigor apenas em janeiro de 2024. Além de não resolver a questão, trata-se de uma demonstração de que o governo nem discutiu as consequências de uma medida que afeta a vida de milhões de brasileiros. Parece amadorismo.
A portaria atende, diz Marinho, a uma reivindicação dos sindicatos. Entidades de classe têm o direito de levar suas pautas ao Planalto, mas o governo precisa analisá-las sob a ótica do benefício para o conjunto da população. O comércio tem funcionado aos domingos e feriados sem maiores problemas. Estabelecimentos, trabalhadores e consumidores já estão adaptados à rotina. Não há por que mexer no que está dando certo apenas para satisfazer à agenda dos sindicatos.
Nascido e criado no movimento sindical do ABC paulista, o PT tem um vínculo histórico com o sindicalismo. Mas não custa lembrar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito para seu terceiro mandato por uma frente ampla. Seu ministério reúne os mais diferentes partidos, até alguns que apoiaram Bolsonaro na última eleição. As decisões de governo deveriam refletir essa pluralidade, deixando de lado os velhos cacoetes.
LEITURA CENSURADA, editorial do jornal Folha de S. Paulo
Jair Bolsonaro (PL) deixou o Palácio do Planalto, mas a estratégia de ideologização de temas culturais pela qual se elegeu e com a qual construiu o seu governo se mantém viva nas mentes de apoiadores do ex-presidente e de representantes da direita populista.
A educação é uma das áreas mais afetadas por essa lógica nefasta. Em vez de ser tratada como política pública de Estado, acaba sendo manipulada por interesses políticos que pouco ou nada contribuem para a melhoria do ensino.
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), por exemplo, há anos tem sido acusado, sem bases sólidas, de doutrinação ideológica. Por mais que o fenômeno possa ser observável pontualmente, setores radicais da direita exageram seu alcance para criar uma pauta conservadora que lhes renda votos.
No caso mais recente, o governo de Jorginho Mello (PL) em Santa Catarina mandou recolher nove obras literárias das bibliotecas escolares do estado. No ofício, não há justificativa para o ato autoritário, e a Secretaria de Educação se recusou a informar para esta Folha os critérios utilizados para a seleção.
Alega-se que os livros serão redistribuídos de acordo com a faixa etária dos alunos, mas note-se que os títulos não eram usados em sala de aula, apenas faziam parte de um acervo literário.
Na lista, estão obras de terror, de ficção científica, sobre bullying e até mesmo sobre neurociência e a história do nazismo.
Antes de censurar livros, o poder público deveria se preocupar com os estudantes que nem sequer conseguem lê-los ou entendê-los.
No Brasil, são muitos. Tivemos desempenho pífio no Pirls, prova internacional que avalia a alfabetização de alunos do 4º ou do 5º ano do ensino fundamental. Entre 65 países, ficamos na 60ª posição.
Pesquisa da ONG Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional, com base nos dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica de 2021, revelou que apenas 31,3% dos estudantes concluem o ensino médio com aprendizado adequado em língua portuguesa.
Em vez de manipular a educação pelo viés ideológico em busca de resultados nas urnas ou alaridos nas redes sociais, políticos deveriam se preocupar em alocar de forma sensata os recursos do setor, melhorar a formação de professores, incrementar a infraestrutura das escolas.
DESPERDIÇANDO O DEPOIS, por Willian Waack, no jornal O Estado de S. Paulo
A política externa de potências regionais médias com escassa capacidade de projetar poder, como é o caso do Brasil, precisa de sutileza, credibilidade e reputação. No caso do conflito em Gaza, o presidente brasileiro escolheu falar grosso, arruinar a credibilidade e buscar reputação com um dos lados envolvidos.
Israel está sendo criticado com veemência, contundência e palavras duras pronunciadas por países democráticos, que consideram inaceitável a matança de civis na operação militar contra o terrorismo do Hamas. Esses mesmos países, porém, não igualam Israel ao Hamas, como Lula insiste – por mais que denunciem o sofrimento imposto aos civis em Gaza.
Ao desprezar esse tipo de sutileza, Lula perde a credibilidade de uma política externa que pretende defender princípios consagrados. Ela sofre fortemente com relativismos frente ao conceito de democracia, como ocorreu com a Venezuela, ou quando se denuncia como crime de guerra a morte de crianças em Gaza, mas não quando a Rússia as deporta da Ucrânia.
Lula está assegurando uma boa reputação sobretudo entre correntes ideológicas para as quais o tal “mundo livre” não passa de ficção imposta pela hegemonia americana, da qual Israel é peça fundamental. Além de alguns países, como Irã e Rússia, dedicados a combater os Estados Unidos e suas alianças.
É fato que política externa é a do presidente, e a diplomacia (entre outras ferramentas) faz o que ele quer. A de Lula é em função de sua pessoa e do papel extraordinário que ele se atribui como uma espécie de “guardião da paz” no cenário internacional, embora haja uma evidente desconexão entre o peso que ele julga ter e o peso real do Brasil.
Em relação a si mesmo o presidente tem, como todo populista (de esquerda ou de direita), a convicção de saber melhor do que ninguém o que é bom ou desejável para o “interesse nacional”. Do qual se coloca como principal, se não único intérprete.
Há também um importante fator político doméstico embutido nas posturas de Lula frente ao conflito de Gaza, mas não só. Ele escolheu trazer para a polarização política brasileira o que já sempre foi um perigoso contexto de disputa de narrativas e guerra de informação. Seu cálculo político eleitoral se baseia na manutenção do embate com o que possa ser chamado de bolsonarismo.
Muito do que virá “depois” dependerá das operações militares israelenses neste momento, mas, do jeito que está a situação atual, pode-se antecipar um esforço diplomático considerável, com endosso americano, para algum tipo de arranjo político na direção de “dois Estados”. É essa oportunidade do “depois” que Lula está desperdiçando.