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ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CLXXII
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Um espaço plural para debater as obscuridades e incoerências dos políticos, bem como à incompetência combinada com sacanagens dos gestores públicos com os nossos pesados impostos.
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17 comentários em “ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CLXXII”
Hospedando os ParasiTas, a traíra do PanTanal quebrou a mandíbula que estava à serviço dos PeTralhas!
“Tebet contradiz Lula e afirma que Venezuela não tem democracia Declaração se deu 1 dia após petista dizer que conceito é relativo e que Venezuela “tem mais eleições do que o Brasil”.
Declaração se deu 1 dia após petista dizer que conceito é relativo e que Venezuela “tem mais eleições do que o Brasil”.
. . .
(+em: https://www.poder360.com.br/governo/tebet-contradiz-lula-e-afirma-que-venezuela-nao-tem-democracia/?utm_source=terra_capa&utm_medium=referral)
Portanto, menos passagens & diárias” e mais foco na gestão!
“Piso da enfermagem: STF forma maioria para pagamento no setor público.”
(+em: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2023/06/30/stf-julgamento-piso-enfermagem.htm)
Uma rápida bolsonarada!
Depois de passar 7 mandatos aspirando o baixo clero da Câmara dos Deputados, foi alçado à presidente da República pelas mãos do Bispo. Porém, não aprendeu que “colhe-se apenas o que se planta”.
E sairá muito bem na foto, se não puxar, no mínimo, 580 dias de cadeia!
Será que agora as “rachadjinhas” da famiglia bolsonaro virão à tona?
Se é ilegal falar ao celular enquanto “se-dirige-se” um veículo, interagir com um chatbot enquanto passeia de bicicleta elétrica será legal?
“As tecnologias baseadas em inteligência artificial avançam.”
A fabricante americana de bicicletas elétricas Urtopia anunciou a integração do ChatGPT ao sistema de reconhecimento de voz de suas bikes. Com a novidade, os ciclistas poderão interagir com o chatbot enquanto pedalam. Os modelos da Urtopia custam a partir de US$ 3,6 mil.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/economia/2023/06/30/interna_economia,386034/mercado-s-a.shtml)
Aquecendo os motores!
“CMW aquece economia local”
Em 2023, o Capital Moto Week celebra 20 anos e promete ter a maior edição da história: investimento de cerca de R$ 17 milhões (aumento de 200% em relação a 2017); público superior a 800 mil pessoas; mais de 370 mil motos e 100 shows de rock nacional (sendo 49 bandas da capital federal). A expectativa é de movimentar R$ 60 milhões em 55 setores da cadeia econômica do DF. São 12 mil empregos diretos e indiretos e 400 empresas contratadas para o evento. De acordo com os organizadores, 40% do público vem de outras cidades, estados e países.
“Turismo de eventos”
estimativa, para este ano, é receber 330 mil turistas para curtir os 10 dias de festival e chegar a 98% de ocupação no setor hoteleiro. “Esses números demonstram claramente que investir recursos em festivais, em eventos no âmbito da economia criativa, fomentam o turismo e trazem um retorno positivo para a cidade”, afirma o organizador do festival, Pedro Franco.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2023/06/30/interna_cidades,386018/capital-s-a.shtml)
(+sobre o CMW2023 em: https://www.capitalmotoweek.com.br/)
. . .”O presidente atravessou a rua para escorregar numa casca de banana porque esse conceito de democracia relativa foi utilizado pelo presidente Ernesto Geisel, quando tentou institucionalizar o regime militar por meio de uma abertura lenta, gradual e segura, durante a qual sofreu derrotas eleitorais desastrosas para o regime.”. . .
““Adeus, Lênin”, a sátira se aplica a Cuba, Nicarágua e Venezuela”
(Luiz Carlos Azedo, Nas entrelinhas, CB, 30/06/23)
Em 1989, pouco antes da queda do muro de Berlim, a sra. Kerner (Katrin Sab) entra em coma e, assim, permanece durante o processo de unificação da Alemanha. Vivia no regime comunista da antiga República Democrática Alemã (RDA), o lado oriental, e acorda na ordem democrática e capitalista da antiga Alemanha Ocidental.
Berlim Oriental é outra cidade, muito diferente, o que preocupa seu filho, Alexander (Daniel Brühl), que temia o impacto das mudanças na saúde da veterana militante do Partido Socialista Unificado Alemão (PSUA), comunista. Isso faz com que procure esconder de sua mãe as mudanças em curso. Porém, quando ela sai do coma, as coisas se complicam.
O filme Adeus, Lênin, o líder comunista da Revolução Russa de 1917, é uma comédia dramática alemã de 2003, dirigido por Wolfgang Becker, que fez muito sucesso nos cinemas e, ainda hoje, merece ser visto. Becker usa como plano de fundo personagens reais como Erich Honecker, líder comunista que governou a RDA de 1971 a 1989; Mikhail Gorbatchov, protagonista da perestroika a partir de 1985 e da autodissolução da antiga União Soviética (URSS), em 1991; e Helmut Kohl, chanceler da Alemanha reunificada. O anti-herói é o primeiro astronauta alemão, Sigmund Jähn, um dos tripulantes da espaçonave soviética Soyuz 31, que se tornara motorista de táxi depois da reunificação — ou seja, um símbolo da derrocada do “socialismo real” no Leste Europeu.
Em 1989, Alexander é um jovem de Berlim Oriental que vive com a mãe, a irmã e uma sobrinha, após seu pai abandonar a família e fugir para o Ocidente. Christiane era uma professora dedicada à construção do “homem novo” e se considerava casada com o socialismo. Por essa razão, sofre um ataque cardíaco quando seu filho é preso num protesto contra o regime comunista. Passa oito meses em coma e, quando acorda, o mundo era outro.
Como outra parada cardíaca lhe seria fatal, o sentimento de culpa faz com o filho crie um mundo paralelo, cenográfico, no qual velhas embalagens de alimentos são exumadas e vídeos caseiros são produzidos para reviver as glórias do antigo regime. Wolfgang Becker faz a crítica aos que ficam prisioneiros do passado, mas, ao mesmo tempo, enaltece a lealdade do filho que tenta, a todo custo, evitar novos sofrimentos da mãe.
O apadrinhamento do Foro de São Paulo, que se reúne em Brasília até domingo, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, lembra um pouco o jovem Alexander de Adeus, Lênin. Esse paralelo não tem nada a ver com a narrativa da extrema direita, que demoniza a esquerda e chama todo mundo de comunista.
A reunião não ocorria há três anos, é legitima e pode ter um papel positivo na política latino-americana, dependendo de suas conclusões. Com delegações da sociedade civil e de governos de 23 países da América Latina esperados em Brasília, o evento começou ontem no Hotel San Marco, no Setor Hoteleiro Sul.
O problema é que a política de boa vizinhança adotada por Lula em relação aos países do continente também representa o endosso aos regimes autoritários de Cuba e da Nicarágua, além da Venezuela, de Nícolas Maduro, que Lula classificou como uma “democracia relativa”, ontem, durante entrevista à Rádio Gaúcha. O presidente atravessou a rua para escorregar numa casca de banana porque esse conceito de democracia relativa foi utilizado pelo presidente Ernesto Geisel, quando tentou institucionalizar o regime militar por meio de uma abertura lenta, gradual e segura, durante a qual sofreu derrotas eleitorais desastrosas para o regime. Mas endossou a repressão à oposição.
Déjà vu político
Lula deu a declaração ao ser questionado sobre o motivo de setores da esquerda insistirem em defender o regime de Maduro. Em maio, havia defendido o presidente venezuelano e seu “bolivariano”, com o argumento de que as acusações sobre a Venezuela ser uma ditadura fariam parte de uma “narrativa”. A declaração repercutiu mal dentro do próprio encontro de presidentes e foi rebatida pelos do Uruguai, Lacalle Pou (um conservador) e do Chile, Gabriel Boric (um socialista).
“A Venezuela tem mais eleições do que o Brasil. O conceito de democracia é relativo para você e para mim. Gosto de democracia porque me fez chegar à Presidência da República pela terceira vez”, disse Lula, para espanto generalizado.
A frase é duplamente infeliz porque revela, aí sim, uma narrativa falsa em relação à realidade política do regime de Maduro, que se mantém no poder por meio de fraudes eleitorais, e uma visão instrumental da democracia, como via de acesso ao poder pessoal, em vez de um valor universal.
É preciso aguardar as conclusões do Foro de São Paulo para saber se o encontro será um “aggiornamento” ou um “déjà vu” politico. O galicismo tem tudo a ver com a situação, porque descreve a sensação desencadeada por um fato presente, que se parece estranhamente com uma situação específica já presenciada: li este livro? Vi este filme?
O cérebro possui a memória imediata, que a gente logo esquece; a de curto prazo, que dura horas ou dias; e a de longo prazo, que dura até anos. O déjà vu ocorre quando os fatos que estão acontecendo são armazenados diretamente na memória de longo ou médio prazo, sem passar pela imediata, o que nos dá a sensação de já terem ocorrido.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/06/30/interna_politica,386047/nas-entrelinhas.shtml)
A geringonça perfeita!
“Enquanto isso, em Lisboa…”
Uma turma que compareceu ao “Gilmarfest”, ou “GilmarPalooza”, apelido carinhoso do XI Fórum Jurídico de Lisboa, ganhou a alcunha de “inimigos do fim”. O seminário se encerrou na quarta-feira, mas as festividades, não.
Ontem, por exemplo, um jantar reuniu o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa; o ex-presidente Michel Temer; o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); dois ex-presidentes da Casa, senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), hoje presidente da Comissão de Constituição e Justiça; o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM); o do União Brasil, Efraim Filho (PB); o embaixador do Brasil em Portugal, Raimundo Carreiro; os ex-deputados Fábio Ramalho e Marcelo Itagiba.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/06/30/interna_politica,386020/brasilia-df.shtml)
. . .”Regulamentar a IA é tarefa complexa que exige equilíbrio delicado. É essencial proteger os direitos individuais e a segurança pública, mas também é importante não sufocar a inovação.”. . .
“Os desafios da regulamentação da inteligência artificial”
(André Leão, Graduado em engenharia de redes de comunicação, é CEO das empresas Usionline, Imports Research, Muscle Formula, BocaBoca e LinkData, CB, 30/06/23)
A inteligência artificial (IA) tornou-se uma força incontestável. Com aplicações desde a produção de texto até o reconhecimento facial, essa tecnologia tem o potencial de transformar a maneira como vivemos. No entanto, apesar de seus benefícios inegáveis, a IA também traz desafios significativos, especialmente quando se trata de regulamentação.
A União Europeia tem feito esforços para estabelecer um caminho regulatório para a IA. O Parlamento Europeu aprovou um projeto que pretende regulamentar o uso de IA de acordo com o nível de risco percebido. A lista de riscos altos inclui aplicações de IA em infraestruturas críticas, educação, recursos humanos, segurança pública e gestão de migração. Além disso, a norma proíbe o uso generalizado de sistemas automáticos de reconhecimento facial em locais públicos embora o uso desses dispositivos possa ser autorizado para suporte no combate ao crime, com detalhes específicos ainda a serem negociados.
No entanto, a questão da propriedade intelectual continua em grande parte sem solução. A IA tem a capacidade de criar obras originais, levantando a questão de quem deve possuir os direitos autorais. Vejamos três exemplos nos quais a propriedade intelectual gerada pela IA é um território incerto:
1. Obras de arte: Existem várias instâncias de IA criando obras de arte originais. No entanto, quem deve deter os direitos autorais dessas obras permanece um enigma. É o desenvolvedor do algoritmo? Ou é a própria IA? Até agora, não há consenso sobre isso.
2. Conteúdo gerado: Sistemas de IA, como o ChatGPT e o DALL-E, podem produzir textos, imagens, códigos e áudios. O projeto de lei da UE estabelece requisitos especiais para esses sistemas, incluindo a obrigação de informar aos usuários que o conteúdo foi produzido por uma máquina, não por um humano. No entanto, a questão dos direitos autorais desse conteúdo não está claramente definida.
3. Música: A IA tem sido usada para compor músicas. Assim como as obras de arte e o conteúdo gerado por IA, a propriedade intelectual dessas composições é território legalmente indefinido.
4. Desenvolvimento de software: Com o avanço da IA, ela pode ser usada para desenvolver software. Isso levanta questões semelhantes sobre a propriedade intelectual do software gerado.
Regulamentar a IA é tarefa complexa que exige equilíbrio delicado. É essencial proteger os direitos individuais e a segurança pública, mas também é importante não sufocar a inovação. A abordagem da UE de regulamentar a IA com base no nível de risco percebido é um bom começo. No entanto, as negociações ainda estão em andamento, e a norma deve entrar em vigor apenas em 2026.
No que diz respeito aos direitos autorais, existem várias abordagens possíveis. Uma opção é transferir a autoria para o desenvolvedor ou para o usuário da IA. Outra opção é aplicar o conceito de Uso Justo, que permite o uso limitado de material protegido por direitos autorais sem a permissão do proprietário desses direitos para fins como crítica, comentário, reportagem de notícias, ensino e pesquisa. Há também a possibilidade de que as obras criadas por IA permaneçam em domínio público, permitindo a experimentação até que os termos dessa atividade amadureçam e haja um debate robusto entre especialistas, governos, mercado e desenvolvedores sobre o impacto dessa nova força criativa.
Em última análise, a questão da regulamentação da IA é uma jornada, não um destino. Como afirmou o comissário europeu Thierry Breton, é essencial agir rapidamente e assumir responsabilidades. O caminho à frente está repleto de perguntas e desafios, mas é uma viagem que devemos fazer para garantir que a IA seja usada de forma responsável e ética. O desenvolvimento tecnológico precisa ser ponderado com a proteção dos direitos autorais e a privacidade dos dados, garantindo um sistema homogêneo em nível internacional.
No final, é a reflexão coletiva e o diálogo que nos guiarão no caminho para uma regulamentação justa e eficaz da IA. Seja qual for o caminho que escolhermos, é importante lembrar que a IA é uma ferramenta e cabe a nós determinar como ela será usada.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/06/30/interna_opiniao,386016/os-desafios-da-regulamentacao-da-inteligencia-artificial.shtml)
A ruminante pelegada em seu elemento!
. . .”Para desgastar o governo de Zema, até mesmo a deputada Beatriz Cerqueira (PT), principal representante dos professores na Assembleia de Minas, apoiou a iniciativa.”. . .
“PT de Minas obstrui projeto que concederia 12,8% de aumento a professores”
(Redação O Antagonista, 29/06/23)
O PT de Minas, sob orientação de lideranças nacionais do partido, comandou um processo de obstrução que impediu a aprovação do projeto de lei do governador Romeu Zema (foto) que concederia reajuste de 12,84% aos professores do Estado.
Mais do que isso, eles impediram a votação do PL que regulariza as dívidas do Estado com a União, o que pode inviabilizar não só o aumento da educação, como a possibilidade de recomposição da inflação das demais categorias e até mesmo coloca em risco a capacidade do Executivo de manter os salários em dia.
Para desgastar o governo de Zema, até mesmo a deputada Beatriz Cerqueira (PT), principal representante dos professores na Assembleia de Minas, apoiou a obstrução que, na prática, retirou a possibilidade de aprovação do reajuste da própria categoria que defende.
O Estado tinha até esta sexta-feira para fazer a adesão, sob pena de ter que pagar de uma só vez R$ 15 bilhões à União. A oposição capitaneada pelo PT decidiu obstruir a votação da proposta.
O potencial desembolso dos R$ 15 bilhões pode fazer as contas do Estado entrarem em colapso novamente, pondo fim a qualquer possibilidade de reajuste e ameaçando o retorno dos atrasos nos pagamentos do funcionalismo.
(Fonte: https://oantagonista.uol.com.br/brasil/pt-de-minas-obstrui-projeto-que-concederia-128-de-aumento-a-professores/?utm_medium=email&_hsmi=264620726&_hsenc=p2ANqtz–mw1ZmV1RsqV9AqH6-Hasw5xG-LrETnggO1-V4jCx3J20xR6pzQryJZeLSftaDdl0GiJ-dzVJpSFbR8S42KK9i00HzMA&utm_content=264620726&utm_source=hs_email)
Comprovadamente, comprovado, lula é mais barato preso!
“A prisão do ex-presidente Lula na sede da Polícia Federal (PF) do Paraná custou cerca de R$ 5,7 milhões aos cofres públicos.”
(+em: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/lula-custo-da-prisao-pf-curitiba/#:~:text=A%20pris%C3%A3o%20do%20ex%2Dpresidente%20Lula%20na%20sede%20da%20Pol%C3%ADcia,a%20R%24%20300%20mil%20mensais.)
“PF gastou R$ 9,8 milhões até aqui em diárias e passagens com segurança de Lula”
(+em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2023/06/pf-gastou-ate-aqui-r-98-milhoes-em-diarias-e-passagens-com-seguranca-de-lula.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsfolha)
Análise do Censo com bom senso!
“O que o Censo nos diz”
(Roberto Fonseca, CB, 30/06/23)
A divulgação dos resultados iniciais do Censo 2022 surpreende e nos faz pensar sobre o que o futuro nos reserva. Se o crescimento populacional abaixo do esperado pegou a todos de surpresa, por outro lado, temos a confirmação de um cenário que analistas alertavam há tempos e que se intensificou com a pandemia de covid-19: o processo de interiorização do país.
Quando se compara, por exemplo, as grandes cidades — que têm mais de 750 mil habitantes — com as médias, aquelas que têm acima de 100 mil moradores, as maiores cresceram duas vezes e meia menos. Além disso, um terço das capitais teve redução populacional em comparação com 2010: Salvador, Natal, Belém, Porto Alegre, Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Vitória e Fortaleza. Os fatores apontados são vários, mas os principais são a violência, o alto custo de vida e o processo de “desmetropolização”, com as indústrias migrando para municípios menores.
A diferença de 10 milhões de habitantes entre o esperado e o constatado pelos recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, também liga o sinal de alerta para o impacto negativo que deve ocorrer na economia no médio e no longo prazo. Sem o crescimento demográfico desejado, serão necessárias reformas estruturais que aumentem a produtividade do país. Caso contrário, nossa economia vai encolher naturalmente com os ajustes que os empresários farão na produção, afinal, somos menos do que imaginávamos. Lei da oferta e demanda.
Outro ponto é a pressão que existirá no sistema previdenciário nacional. Com as famílias cada vez menores, haverá menos gente para entrar e bancar o sistema de aposentadorias e pensões. É fato que a revisão das regras previdenciárias não é um tema prioritário para o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva — o petista, inclusive, é um forte crítico do texto aprovado no Congresso no primeiro ano do governo Bolsonaro —, mas especialistas em contas públicas alertam que rediscutir o assunto será necessário e deverá ser feito muito em breve.
A diminuição do tamanho das famílias, por sua vez, pode ter um efeito positivo. Filhos, em menor número, geralmente significam educação e saúde de melhor qualidade, um bônus que normalmente eleva a renda do núcleo familiar. Ou seja, os desafios serão muitos. Se não somos 213 milhões de brasileiros como se pensava, a nova realidade dará a chance de repensar o país.
O problema é que o Brasil não costuma aproveitar as chances que surgem.
Mas ainda há tempo.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/06/30/interna_opiniao,386021/o-que-o-censo-nos-diz.shtml)
O piNçador Matutildo, piNçou:
“A diminuição do tamanho das famílias, por sua vez, pode ter um efeito positivo. Filhos, em menor número, geralmente significam educação e saúde de melhor qualidade, um bônus que normalmente eleva a renda do núcleo familiar.”
E o Bedelhildo. . .
Aí é que reside o perigo! Mais pessoas com Educação, significa menos incautos votantes!
Nem muito para a esquerda e nem muito para a direita!
“Foro de São Paulo, alvo da extrema direita, começa esvaziado”
(+em: https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2023/06/5105680-foro-de-sao-paulo-um-alvo-da-extrema-direita.html)
Síntese: uma dúzia de gatos vermelhos dentro e meia dúzia de gatos escaldados fora!
Foi-se um autêntico merecedor do Nobel da Paz!
“Alysson Paolinelli, o adeus e o legado”
(Silvestre Gorgulho, Jornalista, foi secretário de Cultura de Brasília, CB, 30/06/23)
O Brasil está mais triste com a despedida do ex-ministro Alysson Paolinelli (10/7/1936 —29/6/2023). A 11 dias de completar 87 anos, o ex-ministro da Agricultura parte deixando um legado de sonhos e de conquistas na área da educação e da agropecuária brasileira. Ex-aluno, professor e diretor da Escola Superior de Agricultura de Lavras (Esal), hoje Universidade Federal de Lavras, Alysson Paolinelli foi por três vezes secretário da Agricultura de Minas (governos Rondon Pacheco, Hélio Garcia e Eduardo Azeredo), comandou o Ministério da Agricultura no governo Geisel (1974-1981) e ainda participou da Constituinte como deputado federal por Minas Gerais.
Aliando educação, ciência, gestão e respeito ao meio ambiente, Paolinelli comandou uma equipe que plantou nova história da agropecuária em terras tropicais. O Brasil colheu a liderança mundial nas tecnologias de produção de alimentos da agricultura e da pecuária. Nasceu o agronegócio para valer. Competitivo e transformador.
O segredo? Aparelhou o Brasil para deixar a mentalidade de colônia e resolver seus problemas com as próprias mãos. Além das culturas tropicais tradicionais, tipo cana-de-açúcar, café e cacau, a partir de 1974 o Brasil entrou, com cara e coragem, na produção de alimentos então ligados às áreas de clima temperado do planeta: conseguiu o milagre de, em solo tropical, produzir trigo, milho, soja, frutas, hortaliças, gado de corte e de leite.
O milagre da transformação foi um investimento pesado em ciência, tecnologia, inovação, formação de recursos humanos e conhecimento. Assim, aos poucos, o país virou líder mundial nas tecnologias de produção de alimentos nos trópicos, que hoje salva os países situados nas regiões equatoriais do planeta — quase sempre os mais pobres.
Por que a gestão Alysson Paolinelli foi um divisor de águas? Primeiro, porque colocou as pessoas certas nos lugares certos e deu a elas condições de trabalho. Depois, após o fortalecimento do sistema de pesquisa agropecuária e crédito, incentivou a iniciativa privada a ocupar o espaço empreendedor. Enfim, o Brasil entendeu que, diferente do setor industrial e de serviços, o trabalho com a terra (produção de alimentos) tem características distintas de um lugar para outro. Não adianta trazer vaca holandesa sem adaptações que carrapato mata. Semente de trigo tem que ser adaptada e melhorada.
Fabricar um produto industrial é relativamente fácil. Paga-se royalties e faz igual. Ou, importa-se um carro, coloca-se uma equipe de engenheiros especializados, desmonta-o e reproduz cada peça. Na agricultura é diferente. Uma coisa é fazer agricultura em países de clima temperado, com terras férteis, onde a neve elimina a maioria das pragas e, ainda, irriga o solo no degelo. Outra coisa é fazer agricultura em terras tropicais. O solo precisa ser corrigido, as sementes adaptadas, há de fazer fixação de nitrogênio no solo, controle biológico de pragas, adaptar condições de plantio e de colheita. Não há como copiar.
O cientista Norman Borlaug, Prêmio Nobel da Paz-1970, fortaleceu a paz no mundo ao desenvolver pesquisas para produzir cereais em quantidade, qualidade e preços compatíveis. Com fome não há paz. Mas suas pesquisas foram em clima temperado do planeta. Paolinelli fez o mesmo na área tropical. Como Borlaug, Alysson Paolinelli não era filósofo, nem líder comunitário e muito menos ativista. Era um brasileiro que acreditava na ciência e lutava para melhorar a produtividade.
Em 1979, ao visitar a Embrapa Cerrado, em Planaltina-DF, o próprio Norman Borlaug declarou: “O Brasil dá uma lição ao mundo ao fazer uma Revolução Verde Tropical, transformando as terras do cerrado em polo de produção agropecuária. A conquista de uma tecnologia tropical é exemplar que salva o Brasil e salvará a África”.
Na mesma trilha de Borlaug, Paolinelli foi por duas vezes indicado oficialmente ao Prêmio Nobel da Paz por “ter provocado uma revolução verde ao desenvolver tecnologias agrícolas nas áreas tropicais e fazer do cerrado grande produtor de alimentos, o caminho salvador para os países pobres que estão nas savanas africanas”. Aqui e lá, as novas tecnologias conseguem domesticar áreas inóspitas e fazer delas celeiro de alimento para seu povo.
No adeus a Alysson Paolinelli, um momento de agradecimento e de louvor à capacidade de ainda ter brasileiros que pensam grande e dão provas de amor à pátria. Bem lembra o economista-agrônomo Eliseu Roberto de Andrade Alves, um dos fundadores da Embrapa: “Alysson Paolinelli foi um gigante na implantação dos projetos concebidos pelo grupo que pensou a Embrapa. Paolinelli foi gigante em levar o Brasil a fazer uma revolução verde tropical. E foi gigante ao deixar sua mensagem de fé, provando que o país que não investe em ciência condena seu povo a sobreviver com o suor de seu rosto”.
A revolução verde tropical brasileira salvou o mundo da fome. Com fome, não há paz.
Alysson Paolinelli, obrigado.
Descanse em paz.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/06/30/interna_opiniao,386019/alysson-paolinelli-o-adeus-e-o-legado.shtml)
Por ter trabalhado por longos anos na área do agronegócio, tive a oportunidade de conviver reservadamente de muitos breves momentos com ele. A visão dele não era utópica, era real e por isso, somos referência mundial nesta área. “Não há poesia. De um lado há fome, de outro, precisamos de tecnologia para atender à demanda e não esgotar as fontes naturais de produção de alimentos”, disse-me com clareza exemplar nas projeções que me mostrava.
“. . . e opositores, que consideram um absurdo regulamentar leis para animais, “sendo que o Brasil ainda tem tantos problemas para resolver”.. . .
“Famílias multiespécies”
(Visão do Correio (Braziliense), CB, 30/06/23)
Em meio a tantas configurações familiares, a comunidade formada por seres humanos e animais de estimação é designada como “família multiespécie” e também prevê vários direitos para os pets — a exemplo da participação no testamento do tutor e da pensão alimentícia. A temática é controversa e angaria defensores, que alegam que esses animais têm a mesma sensibilidade que os humanos, e opositores, que consideram um absurdo regulamentar leis para animais, “sendo que o Brasil ainda tem tantos problemas para resolver”.
O termo famílias multiespécies é utilizado para animais de companhia, ou seja, aquele integrante que realmente faz parte da família e da convivência harmoniosa da casa, com um vínculo afetivo comprovado. Fato é que dados recentes mostram que o Brasil concentra cerca de 150 milhões de pets (2021), o que comprova a tese de que muitas pessoas têm optado por “filhos irracionais” a uma prole racional.
O mais recente Censo Pet, realizado pelo Instituto Pet Brasil (IPB), apresenta outros dados relevantes: a marca de 149,6 milhões de pets em 2021 correspondeu a um aumento de 3,7% em relação ao ano anterior. Os cães continuam liderando o ranking, com um total de 58,1 milhões, seguidos pelas aves canoras (que cantam), com 41 milhões, e pelos gatos, com 27,1 milhões. Na quarta posição, os peixes, com 20,8 milhões, e os pequenos répteis e mamíferos em quinto lugar, com 2,5 milhões de representantes.
O Projeto de Lei 179/2023, entregue este ano à Câmara dos Deputados, pretende regulamentar a família multiespécie. O projeto propõe que os animais sejam considerados filhos por afetividade e fiquem sujeitos ao poder familiar. Se o texto for aprovado, os pets também passarão a ter acesso à Justiça para defesa de seus interesses ou reparação de danos materiais e existenciais. Nesses casos, caberá ao tutor – ou, na falta dele, à Defensoria Pública e ao Ministério Público – representar o animal em juízo.
A medida ainda prevê outros direitos, como a limitação de jornada de trabalho, o repouso e a inatividade por tempo de serviço, economicamente sustentada, para os animais submetidos a labuta.
E quantos casos foram registrados nos últimos anos envolvendo maus-tratos desses animais, muitos deles de estimação. A Lei Sansão, aprovada em 2020, tomou corpo, condenando e aumentando a pena para quem cometer violência contra eles, superando a Lei de Crimes Ambientais, caso seja regulamentada. Por enquanto, a lei vigente prevê a pena de detenção, de três meses a um ano, e multa para os casos de maus-tratos contra os animais.
Enfim, a judicialização da causa animal é uma forma de reforçar o trabalho desenvolvido por associações e organizações não governamentais de defesa da fauna brasileira, além de consolidar o conceito de família multiespécie.
No momento, a proposta foi despachada para análise pelas comissões da Câmara dos Deputados e aguarda parecer do relator na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família (CPASF).
(Fonte http://impresso.correioweb.com.br/cadernos/opiniao/capa_opiniao/)
“Brasil, país das passagens & diárias” ou “Brasil, país dos milionários jetons”? Você decide!
“Poderosos ministros do TSE têm jeton de R$10 mil”
Empoderados por decisões que afetam a vida dos políticos e do País, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não ganham fortuna de marajá para exercerem suas funções, mas levam uma bela grana acrescida aos vencimentos. Cada um recebe jeton de R$10 mil mensais, 3% dos belos salários de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). São distribuídos R$340,2 mil para participarem das sessões da corte, este ano. Cada sessão rende ao ministro o jeton no valor de R$1.249,53.
Mordida do leão
Os dados, contados de fevereiro a maio, são da transparência do TSE. Com os descontos, somados, os ministros botaram no bolso R$258,4 mil.
Lanterninha
André Mendonça foi o ministro que menos recebeu, R$2.428,33. Os pagamentos foram em fevereiro (R$1.178,80) e maio (R$1.249,53).
Jetons definidos
As regras para pagamento dos jetons estão fixadas até 2025. Neste ano, R$1.249,53 por sessão; R$1.320,26 em 2024 e R$1.390,99 em 2025.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/canada-destroi-mais-que-o-brasil-desde-2020)
Janja demite Moro e nomeia a lambisgoia das araucárias senadora!
“Mourão alfineta Janja com pergunta sobre primeira-dama”
(Rodrigo Vilela, DP, 30/06/23)
O senador Hamilton Mourão (Rep-RS) não deixou passar em branco as postagens da primeira-dama Janja, quando se encontrou com a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) e com a deputada federal Gleisi Haffmann (PT-PR). Janja chamou a parlamentar de “futura senadora”.
A publicação da primeira-dama foi entendida por muitos como uma referência ao processo na Justiça Eleitoral envolvendo o senador Sérgio Moro (União-PR), que poder o mandato.
Havendo perda do cargo antes da metade do mandato, os paranaenses serão chamados para nova eleição. Gleisi deve disputar o cargo.
Na questão, estilo vestibular, o ex-vice-presidente traz no enunciado a antecipação de Janja de possíveis resultados de processos judiciais e provoca os seguidores para que escolham uma alternativa correta.
Nas opções, Janja estaria “extrapolando” o seu papel ou “pressionando e buscando interferir” no resultado. Há ainda a alternativa de atuação do Judiciário “em prol do Executivo” e até “Todas as alternativas anteriores estão corretas”.
(+em: https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/xwk-brasil/mourao-alfineta-janja-com-pergunta-sobre-primeira-dama)