Pesquisar
Close this search box.

QUEM ERRA COM AS INFORMAÇÕES FUNDAMENTAIS, MAS DESENCONTRADAS DENUNCIADAS E LEVADAS A PÚBLICO NA ADMINISTRAÇÃO KLEBER E MARCELO? ELES PRÓPRIOS!

É impressionante como se acumulam no governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e Marcelo de Souza Brick, Patriota, ou PL, sei lá, mas talvez se inscrevendo do PP, tantas informações desencontradas, mal explicadas e até acobertadas. Elas deixam expostas e vulneráveis não só um projeto político, como também, os próprios políticos e agentes administrativos do poder de plantão, alguns deles, dependentes de boa fama. Afinal, eles ainda precisam de votos para continuarem atuando neste ambiente e que alguns deles fazem a única alternativa de vida.

O que impressiona ainda mais nestes casos, é à inércia de todo o sistema de governo para, ao menos, tentar estancar – diferente de silenciar -, ou então, reverter estes casos de graves de dúvidas entre os gasparenses, os quais verdadeiramente pagam a conta de tudo isso. A inércia e as dúvidas vão se tornando uma marca da atual gestão. 

E não vou tocar neste artigo, especificamente, naquilo que se esconde – e se silencia – na Câmara de Vereadores, numa CPI marota que o atual governo e a Bancada do Amém – onze dos 13 vereadores (MDB, PP, PSD, PDT e PSDB) -, montaram para esconder o que a cidade conheceu por meio de quatro áudio vazados, todos com conversas cabulosas do ex-secretário de Fazenda e Gestão Administrativa, ex-presidente da Comissão Interventora do Hospital e ainda presidente do PSDB de Gaspar, Jorge Luiz Prucino Pereira.

Vou pinçar, entre muitos, mas muitos exemplos, dois deles e bem recentes, não abordados ainda aqui, até porque a imprensa local – para não se incomodar e deixar os aplicativos se fartarem – não possui interesse nenhum sobre eles. Um deles está há onze dias sem resposta e abre a ilustração deste artigo. Ele foi exposto na sessão da Câmara de Vereadores do dia 30 de maio. Ou seja, é público e não foi rechaçado pelos atingidos.

O vereador Dionísio Luiz Bertoldi, PT, sucessivamente, por várias sessões seguidas na Câmara de Vereadores, desmanchou e deixou sem chão o governo de Kleber, Marcelo e a própria Bancada do Amém, nos questionamentos que fez e ainda faz, fartamente documentado, sobre a penúria do Hospital contra a cidade, mesmo o Hospital recebendo milhões para não produzir este péssimo resultado contra os doentes, os esperançosos de cura e na maioria, mais vulneráveis e dependentes do serviço público. Kleber, Marcelo, o líder de governo Francisco Solano Anhaia, MDB, e o secretário da Saúde, o vereador e advogado Francisco Hostins Júnior, MDB, constrangidos, sempre contra-argumentaram apresentando dados diferentes e que dizem eles serem oficiais, numa tentativa de descredenciar os de Dionísio.

Espera lá! Os dados não eram e não são de Dionísio. Ele não os inventou, como vem provando e desmoralizando.

Estes dados usados pelo vereador Dionísio são de uma fonte governamental: o site oficial do próprio Hospital de Gaspar. E os dados usados pelo governo para a contestação contra Dionísio , estavam, vejam só, escondidos dentro da prefeitura obrigada à transparência. 

Se há contradições nestes números, no fundo, eles são ou se tornaram aberrações contábeis ou contradições de simples apurações de procedimentos realizados pelo Hospital. Nem conciliação, a prefeitura, a controladoria – cujo titular, Ernesto Hostin, convidado a se explicar na Câmara, preferiu apenas mandar papelinhos – o Hospital e a secretaria de Saúde foram capazes de fazer para se ter um único número público, seja ele certo ou errado. 

Foi à divergência que alavancou as dúvidas, à controvérsia e os degastes administrativos, gestão e políticos. Nada mais.

O que significa isto? Que alguém está errando. Que alguém não está revisando. Que alguém não está agindo, corrigindo e até punindo à incompetênciaPor isso, na outra ponta, a do governo, os políticos não se deram conta – ou se deram não têm como estancar -, está pagando um preço alto e sendo exposto publicamente. 

Finalmente, é de se concluir que há falta de gestão e autoridade do próprio prefeito e do seu vice Marcelo, que acaba de virar, novamente, almas gêmea de Kleber depois de um distanciamento de mais de um ano feito e armado pelo grupo de Kleber. 

Se não for isso, o descontrole, o que é um fato ruim para todos, também pode se supor que há mesmo maracutaia. E é isto que está sendo percebido pela cidade, cidadãos e cidadãs, queiram aceitar, ou não, os gestores e políticos. Na verdade, é, que, ao invés de acertar o passo entre eles e suas equipes técnicas, estão lutando para esconder tudo o que já está embrulhado e misturado alimentando o imaginário popular contra os próprios políticos. Simples assim!

Quer ver mais um exemplo?

Este é mais recente e se estampou nesta terça-feira quando foi à primeira votação o PLC 7/2023. Ele, na verdade, é um remendo ao Plano Diretor que já deveria ter sido revisado em 2016, segundo o Estatuto das Cidades. Ou seja, é um erro de vício e recorrente dos “çábios” que orientam a administração de Gaspar.

Este PLC está criando uma Zona Especial de Interesse Econômico. O projeto inicial dizia que a ZEIE era no Gaspar Alto. Não é. É muitos quilômetros distantes dali. Fica no outro lado do Rio Itajaí Açú e da cidade, o Belchior Alto, no Distrito do Belchior. A área de exceção pedida inicialmente no PLC era para 2.414m2 de construção. E olha só o que aconteceu. Uma emenda do próprio Executivo, enviada às pressas para a Câmara, esclareceu que era de 9.242m2, ou seja, quase quatro vezes maior ao inicial. Meu Deus!

O que está acontecendo? Falta de controle? Falta de liderança? Falta de gestão? Falta de responsabilidade? 

Não. Parece se tratar de uma perigosa rotina, uma marca e contra Kleber, Marcelo e os vereadores amigos do poder de plantão. Eles se queixam quando se publica, ou se questiona sobre isto aqui e só aqui, eventualmente, nas redes sociais e, majoritariamente, nos aplicativos de mensagens que virou o grande veículo de comunicação de Gaspar. Mas, são estes mesmos políticos, gestores públicos e até técnicos da máquina pública municipal que também não estão fazendo a parte que lhes cabe para estancar esta sangria fática e de imagem. 

Fotos diárias de reuniões inócuas nas redes sociais não faltam do prefeito, vice, secretários e vereadores. O que falta de verdade e há muito, é resultado e números confiáveis – e de mesma fonte oficial.  Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Hoje, sexta-feira, não é ponto facultativo em Gaspar. Nem seria aqui. E o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, ao se vangloriar disso, mentiu sobre este assunto. Ontem, feriado dos Católicos, o de Corpus Christi, acostumado, Kleber, como se um ator fosse, apareceu dirigindo e numa gravação de vídeo. Ele esclareceu sobre este assunto aos gasparenses, naquilo que falhou, outra vez, a sua cara equipe de comunicação e marquetagem. 

Hoje, garantiu o prefeito, que tudo funcionará normalmente, incluindo os postos de saúde, creches e rede de ensino. E os que fizerem feriadão, como sempre, recorrerão ao tal banco de horas. 

O que estava de errado então na fala de ontem de Kleber Edson Wan Dall, MDB, aos munícipes? O prefeito jurou que desde que entrou na prefeitura em 2016 não se teve mais ponto facultativo. Kleber teria razão até o Carnaval deste ano. O dia 21 de fevereiro foi ponto facultativo sim, em Gaspar, para a festa pagã e o reinado momesco numa cidade sem identificação alguma com isto, a não pelas nas fantasias dos números e aparições deles nas redes sociais. O Decreto é o 10.810 desmente Kleber. E é dele próprio.

Eu mesmo publiquei um artigo com críticas a este ponto facultativo. E num dos raros momentos, a Associação Empresarial de Gaspar – Acig – e a CDL não pouparam queixas contra a decisão prefeito de Gaspar. Ora, segundo eles, se o comércio e a indústria funcionam, seus empregados precisam dos serviços públicos a pleno para dar suporte ao trabalho deles, como por exemplo, as creches abertas. Mais uma vez, os políticos de Gaspar apostando na memória curta do povo. Pena que eu velho, ainda estou com memória em dia e sou ajudado pelas minhas fontes.

O que dizem as fotos de encontros de pré-candidatos a prefeito em Gaspar na corrida eleitoral no ano que vem e que correm as redes sociais, bem como, os aplicativos de mensagens com avisos cifrados de supostas coligações onde os fracos se abraçam? Muito! Mostram, por exemplo, à falsidade do discurso, os jogos de interesses, à falta de mudança que se quer, todas reveladas nas pesquisas, bem como a união com as dúvidas.

As tarifas do Samae de Gaspar foram reajustadas em 7,08%. Esta é a notícia. A observação é de que ela veio antes de qualquer mexida na direção da autarquia para não gerar nenhum desgaste. A recomendação foi da Agir – Agência de Regulação Regional.

A Câmara de Gaspar vai gastar R$11.200,00 em flores sob a modalidade de dispensa de licitação. Esta é a notícia. A observação é que todos estão pagando esta conta.

Um exemplo de atraso. A cidade de Itajaí, depois de perder muito dinheiro na arrecadação com a interrupção das atividades portuárias por sua culpa, está comemorando à municipalização e à consequente autonomia para a gestão por 25 anos dadas por Luiz Inácio Lula da Silva, PT. Quem comemorou foi o privado porto de Navegantes. Ele continuará pequeno diante da eficiência e alta competitividade que possui, além da capacidade de investimento na atualização, que o município de Itajaí não possui. E a prefeitura de Navegantes terá seus impostos garantidos, sem meter a mão nesta cumbuca que não é para amadores, muito menos políticos e gente que quer se empregar no ambiente público.

O deputado Federal Ismael dos Santos, PSD, novo prefeito de fato de Gaspar, foi com o também deputado Federal e pastor de denominação neopentecostal,  Marco Feliciano, PL, de São Paulo, visitar e se “aconselhar” com o ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, PL. Está é a notícia. E a razão desse encontro, compartilhado pelo prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, MDB, dando-lhe os parabéns pelo “diálogo” com o capitão? A discussão sobre as “diferentes forças politicas que transitam no país”.

Resumindo: é tudo o que já escrevi sobre isto na série de quatro artigos sob o mesmo título: O DESENHO DAS ELEIÇÕES DE OUTUBRO EM GASPAR NÃO ESTÁ NEM NO ESBOÇO. HÁBEIS PINTORES ESTÃO ESPERANDO A HORA CERTA PARA ESCOLHER AS CORES. Antes dos partidos políticos convencionais onde os candidatos estarão inscritos para disputarem as eleições de outubro do ano que vem, virá o partido maior, que é, ou são as igrejas evangélicas. Quando ao ex-presidente ele inspira apenas os radicais.

Um retrato I. Quem passa pela Rua Anfilóquio Nunes Pires – a que vai aos bairros Figueira, Bela Vista ou a Blumenau e olha para o que foi a gloriosa Metalúrgica Turbina, percebe que seu prédio está abandonado e sendo tomado por moradores de ruas, migrantes e sem teto. Os vizinhos estão amedrontados e chamam a polícia, pois temem coisa pior. Foto acima.

Um retrato II. Este caso até pode ser de polícia. Todavia, a ida da polícia lá só poderá uma consequência da ausência do poder público e privado. A primeira vulnerabilidade começou com o gestor da massa falida. A segunda vulnerabilidade está na secretaria de Assistência Social que ainda não enxergou o problema e está postando festinha de São João nas redes sociais. A terceira vulnerabilidade revela um problema habitacional, onde este tema é decorativo no organograma da administração de Kleber Edson Wan Dall, MDB e Marcelo de Souza Brick, Patriota, ou PL, sei lá, e talvez PP.

História. Poucos registraram. Faleceu na semana passada aos 93 anos o engenheiro e empreendedor nascido em Blumenau, Álvaro Gayoso Neves. Ele com o também falecido Egon Stein, foi pioneiro no asfaltamento de uma rodovia em Santa Catarina, a Jorge Lacerda, ligando Itajaí a Blumenau, passando por aqui e Ilhota. Debitam-se a ambos, outras grandes obras de infraestrutura em Santa Catarina no século passado.

O governador Jorginho Mello, PL, está prestes a recuar do seu “carro-chefe” da propaganda da campanha eleitoral: a universidade gratuita. O seu projeto não consegue andar na Assembleia e sofre pressões de lobistas por todos os lados. Na outra ponta, Jorginho também começa a recuar sobre à obcessão para sepultar unilateralmente do tal Plano 1.000 do ex-governador Carlos Moisés da Silva, Republicanos. Resumindo: quis enquadrar o sistema e está sendo enquadrado, igualzinho como aconteceu com o antecessor.

Uma prova de que a secretaria de Educação de Gaspar está devendo na lição de casa. Estamos na metade do ano letivo e ela não conseguiu preencher todas as vagas de professores e assistentes para a normalidade escolar nas salas de aula. Na segunda e terça-feira haverá convocação para o preenchimento de vagas na educação especial, educação infantil, educação física, ciências e história.

Perguntar não ofende. Há alguma CPI em desenvolvimento na Câmara de Gaspar? Acorda, Gaspar!

Compartilhe esse post:

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
LinkedIn
Email

8 comentários em “QUEM ERRA COM AS INFORMAÇÕES FUNDAMENTAIS, MAS DESENCONTRADAS DENUNCIADAS E LEVADAS A PÚBLICO NA ADMINISTRAÇÃO KLEBER E MARCELO? ELES PRÓPRIOS!”

  1. Pingback: AO PASSAR O PANO NOS NÚMEROS CONTRADITÓRIOS DO HOSPITAL DE GASPAR, LÍDER NA CÂMARA ESCORREGA NUM PÂNTANO. INSINUA QUE À FALTA DE TRANSPARÊNCIA É UMA ORIENTAÇÃO GOVERNAMENTAL - Olhando a Maré

  2. A GLORIOSA VIDA DE KING, por Elio Gaspari nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

    Saiu nos Estados Unidos “King: A Life”, do jornalista Jonathan Eig. É uma excelente biografia do pastor Martin Luther King Jr. (1929-1968), o negro que ajudou a mudar a história do país. Hoje, ao lado de George Washington, ele tem o nome associado a um feriado nacional. Em apenas oito dos seus 39 anos de vida King passou da condição de pastor desconhecido da cidade racista de Montgomery à posição de maior líder popular dos Estados Unidos.

    Eig conta com minúcias a ascensão de King, sua formação religiosa, sua capacidade de organização e sua percepção da oportunidade. Ele surgiu em 1955, liderando um boicote aos ônibus da cidade, onde os negros deviam se sentar no bancos de trás. (Rosa Parks, a mulher que foi presa porque não quis sair do lugar, hoje tem estátua na Rotunda do Capitólio, em Washington.)

    A segregação racial tinha bases populares no Sul do país, mas estava apodrecendo. Um ano antes, a Corte Suprema havia declarado ilegal a exclusão de crianças negras em escolas públicas destinadas a brancos.

    King entrou no boicote com horas de atraso, valendo-se de uma militância já existente. Sua ascensão meteórica durou nove anos. Em 1963 ele fez o histórico discurso da Marcha de Washington (“Eu tive um sonho”). Esse era o tempo em que John Kennedy estava na Casa Branca. Em 1964 King recebeu o prêmio Nobel da Paz.

    King lapidou uma ideia gloriosa. Desafiou o racismo com uma mensagem pacifista, expondo o irracionalismo e a ilegalidade da segregação. Foi preso 26 vezes, esfaqueado e espancado. A cada agressão ele crescia e fortificava o movimento. Tinha algo de profeta, imune às manipulações dos Kennedy e de seu sucessor, Lyndon Johnson.

    Eig foi ajudado pela divulgação de documentos do Federal Bureau of Investigation e pelas gravações das conversas de Kennedy e Johnson. Esses acervos mostram que enquanto King crescia, o diretor do FBI, J. Edgar Hoover, movia-lhe uma obsessiva perseguição. Hoover era o símbolo de uma polícia disciplinada, eficiente e implacável. Pessoalmente, era o que à época se chamava de “solteirão de hábitos estranhos”. Apesar disso, grampeava os telefones de King, de seus assessores e de 15 hotéis onde se hospedou. Desses grampos saía um King sexualmente promíscuo. (Muito menos que Kennedy e menos que Johnson.)

    Depois de 1964, quando a luta contra a segregação havia triunfado, King tornou-se uma estrela apagada, sua luz continuava a ser vista, mas ela estava extinta. Reciclou sua plataforma combatendo a pobreza e a guerra do Vietnã, mas o chão faltava-lhe. Em abril de 1968 estava num hotel de Memphis prestigiando uma greve, foi à sacada, tomou um tiro na cabeça e morreu pouco depois.

    Quando o FBI comunicou a Hoover que King havia sido baleado, ele disse: “Tomara que esse filho da puta não morra. Se ele morrer, virará um mártir.”

    Hoover morreu em 1972, sem ver a glorificação de King nem a implosão da presidência de Richard Nixon com o escândalo do Watergate, em cuja exposição teve papel destacado um ressentido agente do FBI.

    O ato que tornou o nascimento de King um feriado nacional foi assinado em 1983 pelo presidente Ronald Reagan, que não gostava dele, nem de seu movimento.

    A PM CONVIDA

    A repórter Manoella Smith revelou que o cidadão que gravou com seu celular as cenas de um negro sendo amarrado pelo pé e pelas mãos por policiais militares de São Paulo, depois de ter sido apanhado roubando chocolates, foi levado a uma delegacia e lá ficou por quatro horas, até às cinco da manhã.

    O cidadão havia reclamado da cena e um PM perguntou-lhe se era formado em segurança pública. Como não era: “Fica no seu lugar.”

    Em seguida, o PM falou ao telefone. Voltou dizendo que ele deveria ir à delegacia, “por bem ou por mal.”

    (Em 1955, em Montgomery, a polícia tentava prender motoristas que davam carona aos negros que boicotavam os ônibus segregados.)

    A prática de levar à delegacia como testemunhas quem grava cenas de condutas impróprias da polícia é generalizada. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, foi militar e esteve no Haiti. Ele sabe que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.

    A Secretaria de Segurança de São Paulo justificou o episódio, dizendo que “o cidadão foi convidado a comparecer à delegacia.” Como repetia Danuza Leão: Fica combinado assim.

    Um dia, quem sabe, quando a polícia quiser levar para a delegacia quem grava uma cena, irão também aqueles que gravam esse mesmo convite e, no meio da madrugada, apresentem-se ao delegado dezenas de brasileiros.

    O FUTURO DE COLLOR

    Condenado a oito anos de prisão em regime inicial fechado, pelo Supremo Tribunal Federal, o ex-presidente Fernando Collor de Mello ainda dispõe de poucos recursos judiciais para continuar em liberdade.

    Um sábio que já viu de tudo acredita que antes de ir para a cadeia, Collor deixará o país.

    REPÚBLICA DE CURITIBA

    O senador Sergio Moro e procuradores da falecida República de Curitiba, que há alguns anos dominaram a cena política nacional, precisam contratar bons advogados.

    Em ponto muito menor, repetiram o que faziam larápios apanhados pela Lava-Jato, seguros da própria impunidade.

    JOIAS DAS ARÁBIAS

    A Polícia Federal informa: Todas as joias presenteadas pelos sauditas aos Bolsonaro valem R$ 5 milhões. Ao longo dos últimos meses repetiu-se que elas valiam R$ 16,5 milhões, sem que se soubesse de onde vinha a estimativa.

    A PF fez um serviço que muita gente deixou de fazer, mas se J. Edgar Hoover estivesse na sua direção, a maluquice teria sido desfeita há alguns meses.

    MAU COMEÇO

    O escândalo da rede varejista Americanas, com um rombo de pelo menos R$ 20 bilhões, dará um trabalho danado à Comissão de Valores Mobiliários. Pena que ela tenha começado tornando réu o ex-diretor-presidente da empresa, Sérgio Rial.

    A CVM tomou a decisão porque, nos dez dias em que Rial ficou no cargo, descumpriu as normas que regem os comunicados ao mercado. Tudo bem, mas não foi Rial quem depenou a empresa, também não vendeu ações da Americanas quando ela estava emborcando, nem mandou dinheiro para parentes que vivem no exterior. Rial tornou-se réu porque apitou durante as horas de silêncio.

    Fica uma esperança, a de que a CVM esteja entrando no caso com um rigor do tamanho da roubalheira.

    OS MIDDLETON QUEBRARAM

    Foi à garra a outrora bem-sucedida empresa dos pais de Kate Middleton, a princesa de Gales. Deixou 2,6 milhões de libras, cerca de R$16 milhões.

    Pelas regras do andar de cima, vai-se dar um jeito.

    Pelas regras do andar de baixo, em 1881 um ascendente da princesa estava na cadeia, quase certamente por dívidas.

  3. A LEGITIMIDADE DO MARCO TEMPORAL, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

    Observa-se um fenômeno esquisito nos dias de hoje. A ter em conta os termos do debate público atual, a defesa da Constituição de 1988 tornou-se sinônimo de retrocesso institucional e de agressão ao meio ambiente. Aqui, não se fala da fragilidade de argumentos e do completo irrealismo que é a bandeira pela inexistência de marco temporal na definição da ocupação tradicional da terra pelos povos indígenas. O assunto é ainda mais grave. Tenta-se excluir do debate público, como se fosse a priori uma aberração cívica, a posição em defesa do marco temporal tal como previsto pelo legislador constituinte.

    A causa aparentemente a favor dos indígenas – apenas aparentemente, pois deseja fazer da demarcação de novas terras uma eterna disputa, o que é prejudicial a todos – é profundamente antidemocrática. Não está interessada em respeitar o que determina a Constituição de 1988. Não está interessada em respeitar o que já reconheceu o Supremo Tribunal Federal (STF), em 2009, no grande julgamento sobre os processos de demarcação de terras indígenas. Não está interessada em respeitar o que tem dito, de diversas maneiras, o Congresso. Na verdade, contra tudo e contra todos, deseja impor uma específica compreensão sobre o assunto, desautorizando no grito toda e qualquer opinião diversa. Não é assim que funciona no Estado Democrático de Direito.

    É necessário ler a Constituição de 1988. “São reconhecidos aos índios (…) os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens”, diz o art. 231. O texto é contundente. Os indígenas não têm direito sobre qualquer terra que eventualmente venham a ocupar, e sim “as terras que tradicionalmente ocupam”.

    Ciente de que o tema poderia suscitar polêmica – e sendo seu intuito pacificar a questão –, a Assembleia Constituinte definiu que “são terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições”.

    A Constituição de 1988 não ignorou a questão indígena. Ao contrário, o texto é reconhecimento expressivo não apenas da história dos povos originários, mas da centralidade, para o Estado brasileiro, do presente e do futuro desses povos. O panorama programático da Constituição é a proteção efetiva dos direitos dos indígenas. E, não se deve esquecer, direitos não são realidades imaginárias, que cada um preenche arbitrariamente como bem entender. Seu conteúdo é definido democraticamente pela lei.

    Precisamente porque pretendeu assegurar respeito efetivo aos direitos constitucionais dos indígenas, a Constituição de 1988 definiu esses direitos. E definir – dar o contorno específico – é também fixar limites: onde começa e onde termina. A rigor, a pretensão de não fixar um marco temporal coloca os povos originários fora da institucionalidade democrática. Ao atribuirlhes um suposto status jurídico acima da Constituição de 1988, ela os exclui da cidadania efetiva, em atitude severamente paternalista.

    Não se promove avanço cívico e humanitário negando a Constituição de 1988. O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias estabelece, em seu art. 67, que “a União concluirá a demarcação das terras indígenas no prazo de cinco anos a partir da promulgação da Constituição”. Com nítido objetivo de efetividade e de pacificação, o texto constitucional fixou limitação temporal.

    A proteção dos povos originários não demanda, como alguns querem fazer acreditar, a criação indefinida de novas reservas. Isso negaria o que o legislador constituinte veio evitar: a proliferação de novos conflitos sobre o tema, transformando os povos originários em objeto de eternas contendas políticas. Os indígenas não são objeto. São cidadãos e, por isso mesmo, igualmente submetidos ao que dispõe a Constituição de 1988

  4. MAIORIAS COMPRADAS, por Carlos Alberto Sardenberg, no jornal O Globo

    Um governo de coalizão funciona bem se atendidas duas condições.

    Primeira: o governo precisa de um núcleo duro no Congresso, formado por um, dois, três partidos, não importa, mas que tenham uma identidade programática. Ok, identidade programática é demais. Mas algum programa comum em torno de temas nacionais é indispensável. Por exemplo: razoável entendimento sobre reforma tributária, controle das contas públicas, meio ambiente, exploração de petróleo, para citar os temas mais quentes no momento.

    Esse núcleo partidário governista não precisa ter a maioria no Congresso. Mas, segunda condição, deve ser forte o suficiente para atrair outros partidos e formar maiorias, ainda que caso a caso. A maioria para votar uma reforma tributária não será a mesma para definir um programa de meio ambiente.

    Partindo desses parâmetros, o governo Lula está bem perdido. Primeiro, porque não tem esse núcleo duro, nem no grupo de partidos que supostamente estão no governo, nem no próprio PT. Há divergências importantes em questões essenciais.

    A Petrobras, controlada pelo PT, quer porque quer explorar o petróleo da Margem Equatorial, área do litoral que vai do Amapá até o Rio Grande do Norte, onde se estima haver uma fortuna de 15 bilhões de barris, um novo pré-sal.

    O Ibama, controlado pela ministra Marina Silva, da Rede, aliada do PT, negou licença para a exploração inicial de um poço no litoral do Amapá. A Petrobras pediu reconsideração e manifestou confiança na obtenção da licença não em tempo curto, mas também não infinito. Resposta do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho: o pedido da petrolífera vai para o fim da fila. Está alinhado com Marina, que, a julgar pelo que tem dito, considera simplesmente inaceitável a exploração do óleo ao largo da foz do Amazonas.

    Desconfia-se que o presidente Lula, ao contrário, mostra olho gordo para os novos dólares do petróleo, que podem abarrotar cofres públicos e abrir espaço a investimentos na indústria de navios, sondas e até refinarias — algo que marcou seu primeiro governo.

    Houve enormes fracassos nessa política — as refinarias do Rio e de Pernambuco ficaram muito mais caras e nem estão concluídas, as do Ceará e Maranhão foram simplesmente canceladas, por inviáveis, depois de muito gasto em projeto e terraplenagem. Mas essa não é a interpretação de Lula. Ele acha que a política foi sabotada e já cansou de dizer que sonha em refazer a indústria petrolífera ampla. Para isso, o óleo da Margem Equatorial é essencial.

    Ao mesmo tempo, Lula tem de mostrar ao mundo credenciais ambientalistas e está empenhado nisso. Pensando bem, tem um jeito de conciliar isso tudo. Muitos países compromissados com políticas ambientais continuam explorando e usando petróleo, como a Noruega. Mas usam o dinheiro para subsidiar programas de novas energias sustentáveis e carbono zero. Exemplo: subsidiar a troca de veículos a combustão (carros, ônibus, caminhões) por elétricos. Ou ainda: subsidiar transporte público sustentável.

    Ora, na sua desorientação, o governo Lula lança um programa de subsídio a veículos a gasolina, etanol e diesel. Ficamos assim: num momento em que o ministro Fernando Haddad tenta convencer o Congresso e a sociedade a eliminar incentivos e renúncias tributárias, o governo cria mais um incentivo para a velha indústria automobilística.

    Não é coisa pequena. Neste momento, o Congresso se prepara para votar a reforma tributária — e um dos temas mais sensíveis é justamente definir que setores e empresas terão regimes especiais.

    Já sabemos, nesse caso, o discurso do governo. O programa está trocando veículos velhos por novos, menos poluentes. Mas a combustão. Nem uma palavra, nem um programa para os elétricos? (A propósito, Elon Musk andou procurando país para uma nova fábrica da Tesla. Não entrou nos radares de Brasília.) Também disseram que o programa apoia a indústria nacional. Mas o subsídio vale para carros importados da Argentina e do México.

    Não estranha que, assim, a formação de maiorias no Congresso se dê pela pior maneira: venda de cargos e de emendas.

  5. TV CATEQUESE, por Dora Kramer, no jornal Folha de S. Paulo

    Aos 43 anos de existência, assentado na Presidência pela quinta vez, titular de nove ministérios, o PT se dá conta de que precisa de emissoras de televisão e rádio para expandir sua rede de comunicação.

    Pede as concessões agora que volta a contar com trânsito livre e total influência no poder. E faz isso sob a alegação de que necessita daqueles instrumentos para promover o “debate” e a “educação política” no país.

    Pelo visto, a TV Brasil, os espaços garantidos às legendas nos veículos de comunicação mediante renúncias fiscais, as redes sociais, as transmissões das falas de seus parlamentares nas TVs Câmara e Senado são insuficientes.

    É preciso mais para a consecução do projeto de construção de hegemonia política e, sobretudo, social. A ideia é clara. “Divulgar nossa ideologia”, nas palavras do secretário de comunicação do PT, Jilmar Tatto. Fazer proselitismo, pois. “Educar” segundo sua visão de mundo.

    A vocação expansionista do partido, vemos, não guarda limites. Bem como não há cerimônia no uso do Estado para a operação de ações privadas. A proposta é inédita, não se tem notícia de pleito semelhante de alguma outra agremiação partidária.

    Nada as impede de pleitear o mesmo, mas a vantagem no atendimento por parte das instâncias encarregadas de conceder os canais é uma evidência inegável. Note-se que o plano não foi apresentado em governos adversários. Mas a isonomia de condições é apenas um ponto.

    Há o dinheiro. Ora, não é o mesmo PT que acaba de se aliar à PEC da Anistia sob o argumento de que a situação financeira dos partidos, o próprio inclusive, não os permite pagar as dívidas (cerca de R$ 40 milhões) devidas à Justiça Eleitoral?

    A montagem de uma televisão demanda volume enorme de recursos, os quais o PT não esclarece de onde vai tirar. A trajetória no campo da metodologia de arrecadação financeira não conta uma boa história a respeito disso.

  6. A FALTA QUE A REFORMA POLÍTICA FAZ, por Eliane Cantanhêde, no jornal O Estado de S. Paulo

    O presidente Lula está numa encruzilhada, ou melhor, em mais uma encruzilhada, porque ele precisa fazer, não uma reforma, mas uma mexida ministerial, cedendo os anéis para tentar salvar os dedos, o que é delicado e perigoso. Se demitir um ministro de sua escolha pessoal para entregar o cargo a um nome do presidente da Câmara, Arthur Lira, a conclusão será imediata: quem manda é Arthur Lira.

    Ao risco concreto. O União Brasil é um partido artificial, com 59 deputados, nove senadores e três ministérios (toma lá), que não dá segurança, muito menos votos no Congresso (não dá cá) para o governo, e a ministra Daniela Carneiro (Turismo) não é nenhuma Brastemp, Juscelino Filho (Comunicações) é um problema ambulante e Waldez Góes (Integração) nem é do partido. Mas…

    Daniela foi escolha pessoal de Lula, como retribuição a ela e ao seu marido, Wagner Carneiro, de Belford Roxo (RJ), que o apoiaram em 2022 num ambiente claramente bolsonarista. Como trocá-la pelo deputado Celso Sabino (PA), apadrinhado por Lira e bolsonarista assumido? Lula perde, Lira ganha.

    E Juscelino, vai ser seis por meia dúzia? Ele não tem o menor prurido em usar diárias e avião da FAB para ir a leilões de cavalo e em escancarar o Ministério das Comunicações para o próprio sogro “despachar” com empresários, o que lembra os dois pastores do MEC na era Bolsonaro. Aliás, também “furo de reportagem” do Estadão.

    Essas encruzilhadas expõem a dificuldade de Lula em acomodar imenso leque partidário e transformar apoio contábil em real. E a deterioração dos partidos, do Congresso e do equilíbrio entre Poderes, além da falta que uma reforma política séria faz. É hora de recuperar a bandeira da reforma política e a proposta do então ministro da Justiça de Lula, Tarso Genro: uma comissão externa ao Congresso, com notório saber jurídico e mandato exclusivo para refazer as regras políticas.

    Fosse Lula ou qualquer outro, a queda de braço com Congresso, Centrão e Lira seria assim, resvalando para a imoralidade e uma nova Lava Jato depurada. O presidente se envolver em mensalões e petrolões, como Lula fez antes; implodir pontes, como Dilma; ou transferir o poder ao Centrão, como Bolsonaro; só aumenta o fundo do poço.

    Se Lula ceder agora, vai ter de ceder o tempo todo. Se preferir fazer do limão uma limonada, deve liderar uma real reforma política, buscando um movimento que costuma funcionar bem: a pressão de fora (da sociedade) para não ficar refém da pressão de dentro (do Congresso) e recuperar a política. Antes que seja tarde demais. Se é que já não é.

  7. LULA PRECISA DE REFORMA PARA ALÉM DE AGRADO A LIRA, por Vera Magalhães, no jornal O Globo

    As dificuldades enfrentadas por Lula no início de sua gestão decorrem menos dessa ou daquela peça que não esteja funcionando na engrenagem do governo e mais da cisão na sociedade, que permanece passados quase seis meses da posse.

    Não será uma mexida ministerial para contentar esse ou aquele grupo de deputados que fará o presidente se aproximar do eleitorado evangélico, como se constata depois da vaia destinada a ele na Marcha para Jesus, nesta quinta-feira.

    A reforma tem de ser mais profunda e passar pela compreensão das forças que regem a sociedade e de formas de dialogar com elas, sem necessariamente trair compromissos históricos e aqueles professados na campanha. Pelo contrário: talvez a definição clara de princípios e prioridades para este mandato trate de amalgamar um apoio para além da vazia e cada vez mais instrumentalizada divisão do Brasil grosseiramente em “esquerda” e “direita”.

    Quando Lula e o PT estavam mais à esquerda do que hoje e não tinham governado o país ainda, conseguiram atrair evangélicos, empresários, a maioria do agronegócio, industriais e segmentos do mercado financeiro. Por que não agora? Porque houve o impeachment, Jair Bolsonaro, a polarização foi alimentada pelos dois lados, e hoje todos os setores parecem estar viciados em analisar todo e qualquer problema complexo sob lentes redutoras meramente ideológicas.

    O que Alexandre de Moraes fez em seu voto sobre o marco temporal foi tirar o assunto desse ringue emburrecedor e trazê-lo para o campo do Direito, combinado com o bom senso. Disse o óbvio: a Constituição não estabeleceu marco temporal algum ao reconhecer o direito dos indígenas ao seu território. Porém esse direito tem de ser cotejado com demandas muitas vezes legítimas, seja de fazendeiros estabelecidos, seja para os casos em que municípios estão consolidados, e simplesmente desalojá-los não é uma possibilidade factível.

    É para isso que governos, parlamentares e juízes existem: para compatibilizar o que dizem as leis e as demandas concretas dos indivíduos e dos grupos sociais. Esse deveria ser o olhar a guiar Lula e o PT para uma reaproximação não oportunista com os evangélicos. Não apenas por uma necessidade eleitoral, que existe, mas porque, para governar um país complexo como o Brasil, é necessário ter o que propor a um contingente de mais de 30% da população, sem preconceitos ou sem cometer o erro de achar que todo evangélico é bolsonarista ou de extrema direita.

    Qual pode ser o antídoto para o antilulismo que Bolsonaro foi bem-sucedido em inocular entre os neopentecostais? Uma agenda social sólida, que congregue transferência de renda, educação, oportunidade de trabalho e respeito a uma compreensão de mundo diferente daquela mais difundida entre o público mais progressista, que historicamente vota no petista.

    Foi um erro não contemplar, entre mais de cem cadeiras no Conselhão, um órgão consultivo, ao menos uma liderança evangélica — um representante católico, o padre Júlio Lancellotti, está merecidamente entre os conselheiros. Da mesma maneira, depois do que se viu na campanha eleitoral, é inexplicável que o governo e os partidos de esquerda não tenham previsto que a extrema direita usaria a discussão do PL das fake news para mais uma safra de mentiras para indispor Lula e a esquerda com o público evangélico.

    É muita dissociação do que acontece para além da bolha lulopetista. Se essa miopia prosseguir, não será trocando Daniela do Waguinho por Celso do Lira que a tal governabilidade virá. Sem que haja um programa claro do governo e um canal permanente para entender as demandas da sociedade — mesmo quando elas forem antagônicas à agenda do PT e de Lula —, cada votação custará bilhões, e todo pretexto será válido para pedir a cabeça de ministros. Não há paz para governar nessas bases.

  8. O Morro Bateias pede SOCORRO.

    Outrora ponto de muitas nascentes que se juntavam pra formar os muitos cursos d’água que abasteciam as cidades Gaspar, Brusque e Guabiruba.
    Talvez por esta razão, pela abundância dos nossos MANANCIAIS, não tenhamos lhe dado o devido RESPEITO..

    Então deixamos que muitas empresas que exploram os serviços de terraplanagem e britagem começassem a corroer esta enorme caixa de água.
    E fizemos mais: permitimos o plantio de EUCALIPTOS, espécie que absorve grande quantidade de água, em cima deste reservatório natural das águas das chuvas.

    Em muitas partes do mundo, essa montanha seria tratada como um santuário 🙌🌈
    Águas que possibilitaram a permanência das muitas famílias que aqui chegaram, e com elas, as muitas lavouras do arroz irrigado..
    Lindas lembranças dos anos 80/90/2.000…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Não é permitido essa ação.