Esta foto acima foi a gota d’água numa imensa lagoa de contenção de rejeitos – como aquelas que se romperam lá em Minas Gerais e fizeram centenas de vítimas. A risada de todos dizem muito. E as viúvas que não estão nesta foto, agora, culpando esta gota pelo transbordamento? Pudera. Não cuidaram da lagoa, barragem e da manutenção dela.
A direita raiz e o bolsonarismo incondicional em Gaspar, traduzido no vice-presidente do PL, Márcio Cezar, foram às lágrimas e ao inconformismo contra o presidente do PL gasparense, Rodrigo Boeing Althoff, ex-candidato a prefeito, que até hoje não exerceu o mandato que recebeu nas urnas de ser oposição consciente ao que está exposto aos daqui com a reeleição de Kleber Edson Wan Dall, MDB, na armação que se fez com Marcelo de Souza Brick, quando no PSD.
Esta foto é de um encontro casual no final da semana passada, em evento bem sucedido lá no núcleo de turismo do Gasparinho, que só existe devido a um punhado de abnegados micro-empreendedores rurais, diga-se.
Retomando.
Eu teria evitado esta foto, no lugar de Rodrigo. Mesmo que causal e entre amigos. Ainda mais num mundo digital plugado e com todos com os nervos à flor de pelo no ambiente político pré-eleitoral no Brasil, estado e incerto por aqui.
A não ser que tenha sido intencional para distribuir recados. Se não foi, vale lembrar que há cascas de bananas – quando não minas terrestres – espalhadas por todo o canto na busca de espaços e apoios eleitorais. A ingenuidade, lembro, não permeia estes senhores e senhoras da foto. E a pesquisa DataFolha de sábado contra a reeleição de Bolsonaro foi a senha que faltava para adicionar na casca de banana, alguma maionese.
E este, não é o primeiro nem será o único sinal de que as coisas estão desandando no reino onde o bélico presidente Jair Messias Bolsonaro, PL, caminha celeremente para a derrota, a persistir o atual quadro de negacionismo – não só da ciência, mas como funcionamento das urnas que o elegeu inúmeras vezes -, aluguel incondicional do seu governo para o guloso e inescrupuloso Centrão – incluindo o dono do PL, o Valdemar da Costa Neto -, inflação alta, desemprego alto, rachadinhas e todo tipo de encrencas diárias que ele inventa para se estabelecer como mais um aloprado inconsequente no poder de plantão.
Rodrigo até poderia ser algum dia PL, mas não o PL de Bolsonaro. Rodrigo poderia até ser um conservador – o que eu pessoalmente duvido -, mas nunca foi exatamente de direita.
Ele nasceu no PV – que hoje é uma federação com o PT para eleger e ser governo com Luiz Inácio Lula da Silva – e mais do que isso, Rodrigo foi um comissionado do governo petista de Pedro Celso Zuchi – o da foto – e é, um concursado do IFSC, reconhecidamente um ninho da esquerda raiz.
Então, o PL, os direitistas e os bolsonaristas estão reclamando desta foto do Rodrigo onde estão João Pedro Sansão – pré-candidato a qualquer coisa e também a nada -, com Ana Paula Lima, candidata a deputada Federal e com Pedro Celso Zuchi, candidato a deputado Estadual?
Rodrigo apenas estava muito à vontade, no ambiente onde sempre esteve e nunca saiu de verdade. Rodrigo ensaia, ensaia, ensaia ser candidato a deputado estadual ou federal. Este ensaio tem nome: oportunidade. Ele só irá a qualquer coisa, se tiver certeza que não precisar ir pedir votos, que não terá concorrentes e ter ao mesmo tempo uma taxa elevada de sucesso.
É balela, a argumentação dele de que não quer prejudicar Kleber – que já está fora do páreo, ou Marcelo, ou o seu então amigo, Ivan Naatz na corrida estadual. Rodrigo não quer, verdadeiramente, tirar votos de Zuchi. Só isso.
Nem um cuidado mínimo sequer ele teve, sabendo que qualquer foto deste tipo, como a de cima, neste momento, principalmente, ele sendo presidente do PL, traria embutida uma mensagem indesejável no público do PL, da direita e do bolsonarismo, ainda que não fosse o que ele verdadeiramente desejasse transmitir.
A culpa é do Rodrigo? Não!
É dos conservadores, bolsonaristas e direitistas de Gaspar que não souberam criar os seus espaços e escolher as suas companhias, inclusive dentro do próprio PL. Neste caso, a direita está matando a própria direita, se ainda há vida nela.
Márcio Cézar parece que acordou. E tarde. E sem musculatura para reverter o que lhe incomoda.
Quer um exemplo? O que estava fazendo o campeão de diárias, vereador Ciro André Quintino, MDB, em Brasília, na semana passada, além de gazetear a única sessão da Câmara na semana?
Enquanto um empresário – que nunca foi de direita – do partido estava oferecendo serviços para se dar bem econômica e empresarialmente na campanha, Ciro se aconselhava para ter o PL de Gaspar para si, com a promessa de ajuda dos novos ricos do pedaço; eles querem assumir o lugar do saudoso ex-prefeito e ícone do MDB, Osvaldo Schneider. Tudo escondidinho do eleitor, mas tramado entre paredes. Impressionante!
Então.
O PL em Gaspar errou desde o início. E escrevi sobre isso várias vezes. Fui massacrado. Aliás, atitude muito comum para quem está no poder e por si só perigosa, pois neste caso, ela é sinalizadora. Esse pessoal nem chegou lá ainda e já escolhe quem humilhar, só porque aponta para a realidade que eles não enxergam ou não a querem ver contada aos que não são do seu círculo íntimo de armações?
O PL de Gaspar – com anuência de Jorginho Mello – salvou interesses, fez perigosas concessões e se enfraqueceu naquilo que era a sua bandeira principal.
Errou muito mais, na minha opinião, quando deixou de focar de forma dura e diretamente nas mazelas da gestão no seu quintal, a sua aldeia, a Gaspar. Lavou as mãos.
E a omissão tem um preço. O PL de Gaspar perdeu à essência de ser um grupo com objetivos locais antes de qualquer coisa ideológica. Sem o debate da sua cidade ele, verdadeiramente, nunca foi grupo, além daquele barulhento do Telegram e do Whatsapp. E esse papel deveria ter sido liderado por alguém, como Rodrigo. Se ele não fez isso, se Márcio não cobrou, todos contribuíram para o estouro da barragem
O PL, enquanto grupo aqui na cidade, falou de algo abstrato para muitos daqui como direita, armas, conservadorismo, Bolsonaro, que aliás, depois de ser poder, desfez-se, infelizmente, de quase tudo daquilo que discursava na eleição de 2018. E a primeira vítima desse processo de desintegração foi o ex-juiz Sérgio Moro, o símbolo anti-corrupção e que da noite para o dia virou traíra quando botou a Lei para alcançar todos, inclusive os do entorno do presidente.
E voltando a nossa aldeia.
Enquanto isso, por aqui passou o boi na presidência do partido e a boiada na cidade que está com várias fraturas expostas, mas que o PL fingiu, até ontem, pelo menos, não vê-las. Afinal, perguntar não ofende: quem é o líder do PL em Gaspar que aglutina, emociona e desperta confiança no eleitorado sedento por novidades?
Então os do PL raiz vão ter que conviver com fotos que o desmoralizam. Ora, nem projeto de cidade possuem. E estão lavando a minha alma mais uma vez. Acorda, Gaspar!
TRAPICHE
Impressionante. Todos os dias o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, publica fotos de reuniões de planejamento. Pelamordedeus! Está na hora de parar de planejar e executar. Ninguém aguenta mais à falta de resultados concretos para a cidade, cidadãos e cidadãs.
Gazeteiros. A Câmara de Gaspar se reúne em sessão ordinária só uma vez por semana. A sessão dura entre uma e duas horas, no máximo.
Além de Ciro André Quintino, MDB que estava em Brasília, na última sessão de 1h20min saíram cedo: José Hilário Melato, PP, Francisco Solano Anhaia e Zilma Mônica Sansão Benevenutti, ambos do MDB.
Pergunta para ser esclarecida pelos “çábios” da Câmara de Gaspar e do novo site: é sessão ordinária, ou reunião ordinária? Mais uma dos que desmoralizaram os poderes apelidando-os.
Quer mais uma do PL, da direita e do bolsonarismo. A vice-governadora Daniela Cristina Reinehr, PL, brigada com Carlos Moisés da Silva, Republicanos, foi a porta-voz e portadora da honraria – e merecida na área da agricultura e psicultura – a Ofélia Gampigotto. Ofélia é uma petista de carteirinha. Então…
Muito preocupante. Estes dias registrei que o caminhão com 12 mil quilômetros rodados e doado pelo governo Federal a prefeitura de Gaspar foi dar na oficina com problemas graves.
O vereador Amauri Bornhausen, PDT, que já foi diretor de Obras e Serviços Urbanos, relatou que se gasta muito com oficina para os maquinários da prefeitura. Em 2016, foram R$ 695 mil; 2017, R$202 mil; 2018; R$ 464 mil e em 2019, R$ 519 mil.
Outra da briga da tecnologia contra o velho sistema. O sorteio das relatorias dos Projetos na Câmara de Gaspar, diante de tanta modernização digital anunciada e comemorada, continua sendo no papelinho, enrolado – para ser segredo – colocados dentro da velha caixinha de madeira. Hum!
A desculpa do amarelo é dormir com os pés descobertos.
Segundo o líder do governo, Giovânio Borges, PSD, o prefeito Kleber Edson Edson Wan Dall, MDB, e do vice Marcelo de Souza Brick, Patriota, não consegue construir, ou abrir mais vagas de creches, porque está gastando uma babilônia com a Dorvalina Fachini, no bairro Sete de Setembro, uma obra Federal construída no tempo do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT.
Que aquilo, é aquilo mesmo, que foi construído irresponsavelmente, sem os cuidados e parâmetros técnicos, todos em Gaspar estão carecas de saber.
E eu era o único que desnudava tudo isso sob tempestades e perseguições petistas, bem como aproveitamento, repito, aproveitamento políticos dos que hoje estão no poder de plantão e também não querem que eu continue a desnudar a mazelas dos que prometeram consertar tudo o que estava errado na cidade.
Contudo, tudo isso faz mais de uma década. Então por quê não se vira esta página? Porque rende discurso, coloca-se o bode na sala e tapa-se o nariz do cheiro daquilo que todos conhecem.
Então, perguntar não ofende ao mesmo líder do governo Kleber: o que o prefeito Kleber e seu procurador geral, Felipe Juliano Bráz, fizeram para denunciar e culpar quem errou e se ressarcir o município daquilo que se gastou e se gasta a mais para manter minimamente em pé aquela creche que é uma obra federal?
Se não fez nada disso foi feito e depois de tanto tempo, se é verdade que aquilo traz perigo e come dinheiro infinito dos gasparenses, Kleber é tão culpado quanto Zuchi. E o Giovâno está fazendo papel de bobo para Kleber na Câmara. Simples assim!
Por derradeiro: não seria o caso e mais barato desmanchar e fazer outro prédio na Dorvalina Fachini? Ou ambos, Zuchi e Kleber, precisam daquilo estragado, comendo dinheiro novo e bom, para fazer discursos, culparem-se mutuamente, contra a cidade e os que precisam daquela creche funcionando mínima, segura e adequadamente? Meu Deus!
Perguntar, mais outra vez, não ofende: de que tanto ri, depois de ser enganado e embrulhado o vice-prefeito Marcelo de Souza Brick, Patriota pelo MDB, Kleber, Ismael dos Santos e até o PP de Gaspar? Olha só o que escreveu um leitor sobre o hilário e que corre no escurinho da cidade.
“Eu fui ouvir um podcast da cidade e só fiquei com uma pergunta na cabeça que gostaria muito de fazer ao mentor do vice-prefeito, pq ele mesmo não pensa. O cara é vice de forma barganhada e não conquistada, aí é posto de lado como um saco de batatas e ele sai rindo como um boneco de posto”.
“É convidado para uma entrevista e o atrativo da conversa é o shampoo da esposa, será que seu mentor não tem vergonha da criatura ou é só para rir mesmo. O cara não tem discurso, sem propósito, sem rumo, ou a borduna o deixou desorientado, olha porque o cara levou uma sarrafada, o rufo da tarrafa tá nas costas ainda”.
Amanhã tem mais. E será do MDB. Acorda, Gaspar!