A vida como ela é, mas entre eles, e nós pagando a conta bem além da conta, nos traços da interpretação genial de Amarildo
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ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CXXVII
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Um espaço plural para debater as obscuridades e incoerências dos políticos, bem como à incompetência combinada com sacanagens dos gestores públicos com os nossos pesados impostos.
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36 comentários em “ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CXXVII”
Corretíssimo! o PCC está na fila há quanto tempo?
“PT decide que vai retirar segurança de Lula do GSI e reduz o poder da pasta”
(+em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/12/pt-decide-que-vai-tirar-seguranca-de-lula-do-gsi-reduzindo-poder-da-pasta.shtml)
Além do mais, o gagá heleno esvaziou a canção:
https://www.youtube.com/watch?v=6jx1tJ4vMtY
Mas bah, tchê!!! Venha e aprenda a morderrr churrrrrasco!!!
“Suárez está cogitando jogar no Grêmio”, diz dirigente do clube gaúcho”
(+em: https://www.band.uol.com.br/esportes/suarez-esta-cogitando-jogar-no-gremio-diz-dirigente-do-clube-gaucho-16570556)
. . .”Quando falamos de mordida, não podemos esquecer Suárez. Na Copa do Mundo de 2014, o uruguaio mordeu o italiano Chiellini. A arbitragem não viu o lance no campo, mas ele foi suspenso por nove jogos oficiais e banido por quatro meses de qualquer atividade ligada ao futebol. . .”
(+em:https://www.uol.com.br/esporte/amp-stories/mordidas-no-futebol-relembre-suarez-sheik-e-mais/
E o Uruguaio mais Gaúcho do Brasil, cantarolava assim:
https://www.youtube.com/watch?v=XUi0htNm2ho
Mesmo correndo risco, vou dar mais um PiTaco sobre o “affair” tebet/lula/mdb/petê. . .
“Tebet sofre veto do próprio MDB para virar ministra”
Lula (PT) reúne toda paciência do mundo e muita habilidade para tentar acomodar uma situação difícil: encaixar a senadora Simone Tebet. O MDB quer vários ministérios, mas não tem cacife para tanto. A maior dificuldade, no entanto, é o veto da parte do MDB que apoiou Lula já no 1º turno. A avaliação é que a senadora já está no lucro: disputou o Planalto para não ter que enfrentar Tereza Cristina, eleita com folga para sua vaga. E o apoio de Tebet no 2º não deu a Lula os votos imaginados.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/um-dos-mais-caros-do-mundo-congresso-custa-r38-milhoes-por-sessao)
. . .que tal:
Embaixadora da futura URCAL – união das republiquetas “CUmunistas” da américa latrina???
No lugar do real, o haddad que implantar a moeda única, talvez o “URCAL”. . .
E o marketeiro Bem-Te-Vi já tem até o mote da campanha: “Invista no URCAL e dê adeus ao seu capital”
Pensando bem…
(Cláudio Humberto, DP, 23/12/22)
…já houve um tempo em que apoio político em troca de cargos causava espanto e tinha outro nome.
Matutando bem…
(Matutildo, aqui e agora)
Mudou apenas o tempo e não causa mais espanto, porém o nome continua sendo o mesmo.
Da série: “a viúva é rica e os abastecedores dos seus cofres são mansos e sofrem de amnésia”
“Um dos mais caros do mundo, Congresso custa R$38 milhões por sessão
(Por Cláudio Humberto, DP, 23/12/2022)
Antes mesmo do indecoroso reajuste salarial de deputados e senadores, que vai chegar a R$46,3 mil em 2025, o parlamento brasileiro já figurava entre os mais caros do mundo, atrás apenas do Congresso dos Estados Unidos, país bem maior e muito mais rico, com meios para suportar esse custo. Por aqui, a média de cada sessão deliberativa das duas Casas Legislativas tem o custo de R$ 38.335.634,50. É um valor elevado para poucas sessões: em 2021 foram 100 no Senado e 161 na Câmara.
Marcha lenta
No Senado, mesmo com sessões remotas liberadas, nenhum mês teve mais do que 11 sessões deliberativas.
Jeitinho
A Câmara tem números um pouco melhores, mas há dias que várias sessões são iniciadas e imediatamente finalizadas. Ao todo, foram 161.
Nada produz
O parlamento brasileiro levou, em 2021, mais de R$10 bilhões, mais do que muitos estados receberam da União, como Mato Grosso (R$8,4 bi).
Custo unitário
Distribuído o orçamento por parlamentar, a conta fecha em R$10,2 milhões por deputado e R$ 58,4 milhões por senador.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/um-dos-mais-caros-do-mundo-congresso-custa-r38-milhoes-por-sessao)
Matutando bem diante do quadro acima. . .
Se, como alega o “pereba” marcelo ramos (Dep. Fed./PSD-AM), os salários dos parlamentares são de miseráveis, então os servidores do Congresso Nacional estão “se-locupletando-se”. . .
Previsivelmente, previsível!
“Relatório final da transição é peça de propaganda”
Geraldo Alckmin (foto), vice-presidente eleito, apresentou nesta quinta-feira (22) o relatório final da transição de governo. Com 100 páginas — 27 delas dedicadas apenas a reproduzir os nomes dos participantes –, o documento resume as conclusões dos 32 grupos de trabalho. Não se trata de um documento técnico, mas de outra peça de propaganda de Lula…
(+em: https://oantagonista.uol.com.br/brasil/relatorio-final-da-transicao-e-peca-de-propaganda-leia-a-integra/?utm_campaign=QUI_TARDE&utm_content=link-878635&utm_medium=email&utm_source=oa-email)
Leia a íntegra do RFTG em:
https://cdn.oantagonista.com/uploads/2022/12/Relatorio-final-da-transicao-de-governo-VF-22.02.22.pdf
Alguém aí esperava algo de útil, partindo de quem partiu???
“Residencial mais alto da América Latina é entregue em Balneário Camboriú”
Com 290 metros de altura, quase rompendo a barreira dos supertalls, o empreendimento da FG é o único certificado pelo CTBUH.
(+em: https://omunicipioblumenau.com.br/gustavo-siqueira-residencial-mais-alto-da-america-latina-e-entregue-em-balneario-camboriu/?utm_source=terra_capa&utm_medium=referral)
Ruy Castro e Lira Neto, dois dos maiores biógrafos do Brasil, lançam livros sobre o gênero e sobre como escrever a história de uma vida
“A arte da biografia”
(Por Nahima Maciel, CB, 22/12/22)
O biógrafo é o primeiro a se beneficiar de uma biografia, garante Ruy Castro. Ele aprendeu muito ao longo de três décadas dedicadas às pesquisas que renderam clássicos como Chega de saudade: A história e as histórias da Bossa Nova, O anjo pornográfico: A vida de Nelson Rodrigues, Carmem — Uma biografia e Estrela solitária: Um brasileiro chamado Garrincha. Agora, Castro decidiu levar aos leitores os detalhes de como tomam forma esses livros que escarafuncham a vida alheia de maneira a tentar compreender e traduzir personagens anônimos ou famosos. Em A vida por escrito — Ciência e arte da biografia, Castro conta como nasce e cresce uma biografia. O livro chega às lojas ao mesmo tempo que A arte da biografia — Como escrever histórias de vida, de Lira Neto, autor de Getúlio, Padre Cícero: Poder, fé e guerra no sertão e Maysa: Só numa multidão de amores.
Lira Neto garante que os dois lançamentos são apenas uma coincidência e não nasceram de encomendas. Tanto ele quanto Castro ministram aulas de escrita biográfica e os livros nada mais são do que a sistematização dos conteúdos trabalhados durante as oficinas. Neto mora em Portugal desde 2018 e, muito antes de se mudar, pensava em criar um curso para atender a pedidos de amigos e conhecidos. O jornalista e escritor propôs então o projeto à Universidade do Porto, que aceitou e viabilizou o programa no ano passado. “Foi um curso muito procurado, com alunos portugueses e brasileiros. O interessante e sintomático é que eram pessoas das mais variadas formações e das mais variadas faixas etárias e interesses”, conta.
Para Ruy Castro, é possível ensinar a escrever biografias, mas é importante ter claro os critérios que definem o gênero e o diferenciam das reconstituições históricas. “Nos cursos que costumo ministrar dou as dicas essenciais. Escrever biografias é uma técnica — logo pode ser ensinada (e aprendida)”, diz. “Na biografia, o personagem está em primeiro plano, e o tempo e o cenário são secundários; na reconstituição histórica, é exatamente o contrário. É preciso certa habilidade do escritor ao trabalhar com cada um desses dois gêneros.”
Lira Neto inicia o livro com o capítulo Como e por que sou biógrafo, uma pequena autobiografia na qual explica como acabou por se encantar pelo gênero. Repórter do jornal O Povo, em Fortaleza, ele decidiu largar a redação para se concentrar em escrever biografias em 2001 Na época, já havia publicado O poder e a peste: A vida de Rodolfo Teófilo, mas a maioria dos colegas e profissionais ao redor acharam que ele era louco. Viver de livros, no Brasil, já não é fácil. Imagina de biografias, trabalhos que consomem anos de pesquisa e levam tempo para serem publicados. Mesmo assim, o então repórter sabia que estava no caminho certo. “Resolvi escrever esse capítulo para dar uma dimensão da própria questão profissional, mostrando que é um ofício que exige muita ralação, mas que, com muita persistência e foco, acaba por produzir resultados. Era um pouco para mostrar que, além das dificuldades naturais de pesquisar e escrever, há uma dificuldade natural no Brasil de sobreviver disso”, explica.
Como introdução, Ruy Castro preferiu contar uma história real de como biografias podem salvar vidas. No primeiro capítulo, ele relembra de um empresário que pediu aos sequestradores O anjo pornográfico e conseguiu amenizar o cativeiro ao se tornar obcecado por ler e reler os detalhes da vida de Nelson Rodrigues. Nos outros capítulos, os autores se concentram em destrinchar suas próprias metodologias de pesquisa, as referências sempre presentes durante a confecção da biografia, a escolha do biografado, a apuração e os limites do trabalho biográfico.
1) A vida por escrito — Ciência e arte da biografia
De Ruy Castro. Companhia das Letras, 192 páginas.
R$ 64,90
2) A arte da biografia — Como escrever histórias de vida
De Lira Neto. Companhia das Letras, 188 páginas. R$ 64,90
Três perguntas para Ruy Castro
O que aprendeu sobre si mesmo e sobre os outros ao se dedicar ao ofício da escrita de biografias?
Ah, muita coisa. Com o Nelson, tornei-me mais brasileiro. Com o Garrincha, vi-me muitas vezes nele e aprendi sobre mim mesmo. Com a Carmen, acho que fiquei mais humano — além disso, o livro sobre ela foi escrito durante um brutal tratamento de câncer a que estava me submetendo (e desafio o leitor a perceber isso na escrita). O biógrafo é o primeiro a se beneficiar de uma biografia.
O que há de tão fascinante no passado?
Tudo — e pode ter certeza de que não tenho saudade de nada. Se nasci em 1948, como posso ter saudade dos anos 20, 30 ou 40? E só vivi bem os anos 50 porque era precoce. Mas também não tenho saudade dos anos 60, que vivi intensamente. O passado é a história, e é preciso que haja gente que o mantenha vivo, para não nos embrutecermos com o presente.
Existe uma biografia que você mais gostou de escrever ou que mais te surpreendeu?
Gostei de todas, mas a que mais gostei de escrever era a que estava escrevendo naquele momento. Sempre foi assim e acho que tem de ser assim. O compromisso com o trabalho, enquanto ele está sendo realizado, tem de ser total. Você praticamente se muda para a vida do biografado ou para dado lugar ou época que esteja reconstruindo.
Três perguntas para Lira Neto
Alguns autores como Pierre Bourdieu, dizem que a biografia é quase impossível porque é impossível tornar linear e simplificar a vida de uma pessoa. Como você lida com isso?
Há um questionamento clássico em relação ao gênero biográfico quando ele fala da ilusão biográfica, um argumento para mostrar que a biografia é um gênero fadado ao fracasso, que ninguém conseguiria atingir a gênese de uma existência. Eu tenho que ter consciência de que uma vida inteira não cabe num livro, mas você pode iluminar determinados episódios e documentos da vida de um determinado indivíduo para produzir uma narrativa que tente compreendê-lo e não só contar causos episódicos, ou pitorescos, ou anedóticos sobre aquele personagem. Mas entendo que narrar é analisar. Tentando fugir de uma dicotomia que é colocada entre a narrativa e interpretação, acho que, ao narrar, você interpreta, analisa. Então acredito na escrita de não ficção para dar conta de determinadas dimensões do biografado. É uma busca incessante.
E como o biógrafo deve lidar com a interpretação, com os vazios que podem surgir?
O biógrafo tem que ter a humildade de perceber que vai se defrontar com lacunas, com silêncios e silenciamentos, e essas lacunas têm que ser assumidas de forma muito clara para o leitor. O leitor tem que, a todo momento, saber que a documentação não diz tudo, que o conhecimento do passado é necessariamente falhado, não é uma questão própria só da escrita biográfica, é o próprio conhecimento da história, que é feito de pistas, vestígios, cacos deixados pelo tempo. Cabe a nós ter um olhar para tentar extrair da documentação exatamente esse passado. Essa memória do passado é uma memória construída, você vai ter sempre impressões parciais, produzidas por alguma fonte que é produzida por algum interesse. Por isso o biógrafo não pode ter a pretensão de dizer ‘tudo que escrevo é verdade”.
É preciso uma dose de obsessão para escrever uma biografia?
A obsessão é um ingrediente indispensável à tarefa do biógrafo. Não se faz uma biografia sem uma boa dose de obsessão porque você vai passar alguns anos convivendo com esse personagem. Você terá que sonhar com o personagem, se irritar com ele. Há um envolvimento emocional. Não há uma assepsia. Uma autópsia de um cadáver que você analisa clinicamente. É o contrário. Tem que trazer esse cadáver de volta à vida. Fazê-lo caminhar novamente. Fazer a estátua descer do pedestal e caminhar entre nós. Tirar o biografado do panteão e trazê-lo de volta à vida com toda a sua complexidade. E não se faz isso sem ser obsessivo.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/12/22/interna_cidades,377831/a-arte-da-biografia.shtml)
Os cacos do “pentiunvirato” bolsonaro
“Por onde anda?”
O presidente Jair Bolsonaro voltou a “sumir”. Nas redes sociais, os poucos registros do atual chefe do Executivo são sobre ações do governo federal, obras realizadas pelo país e redirecionamento para outros perfis oficiais. Enquanto isso, seus filhos, principalmente o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), o mais assíduo na internet, continuam ativos com críticas às eleições, ao Judiciário e aos opositores políticos. Em Brasília, correm os rumores de que o futuro ex-presidente teve uma nova crise de tristeza pela perda do cargo.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/12/22/interna_politica,377838/brasilia-df.shtml)
É bíblico:
Tudo que se planta, se colhe.
“Copa”
(Por Mariana Silveira, Sr. Redator, CB, 22/12/22)
O Correio está de parabéns por escolher Marco Paulo Lima para fazer a cobertura da Copa de 2022. Ágil, espirituoso e bem informado, o enviado ao Catar jogou nas 11, como se diz no jargão futebolístico: fez crônicas, análises, reportagens especiais e gravou vídeos áudios em todas as plataformas digitais e também para o jornal impresso. Dava gosto de acordar mais cedo para ouvir as análises de Marcão no Instagram do Correio. Vai fazer falta. Que venha 2026.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/12/22/interna_opiniao,377820/sr-redator.shtml)
E eu escrevi para o “Sr. Redator”:
Faço minhas as palavras da leitora Mariana Silveira em “Sr. Redator” de 22/12/22, sobre o Craque Marcos Paulo Lima.
E mais, o Genial Marcos Paulo Lima joga nas 12 e deve ser diário!
. . .”A alegria, as expressões de afeto na celebração do aniversário do líder cristão devem ser cultivadas no cotidiano do país. As divergências podem ser superadas por meio do diálogo, a fim de que prevaleça o bom senso.”. . .
“Mais Brasil. Zero de hostilidades”
(Visão do Correio (Braziliense), CB, 22/12/22)
No ranking mundial, o Brasil abriga a segunda maior população de cristãos, ou seja, mais de 80% dos brasileiros — atrás do Estados Unidos — e ocupa a primeira posição na América Latina. A três dias do Natal, quando milhões de pessoas no planeta celebram o nascimento de Jesus, o líder de católicos, evangélicos e até de outras denominações de fé, abre-se uma oportunidade para uma inflexão coletiva.
Ao longo de seus 33 anos de vida, o Rei dos Reis, um dos muitos nomes que lhe foram dados, pregou a paz e o respeito entre homens, defendeu o fim das desigualdades, condenou o ódio, os conflitos, as disputas sangrentas e quaisquer formas de embates prejudiciais à vida. Mais de dois mil séculos depois, vive-se em um mundo conflagrado. O legado de ensinamentos por um mundo de paz foi ignorado.
As disputas são ameaças constantes à vida. As diferenças sociais e econômicas conspiram contra o bem-estar de milhões, incitam a violência e nutrem o desrespeito entre todos. As desigualdades e as injustiças são preponderantes no planeta. Ações fratricidas são praticadas e fomentadas em nome do Rei dos Reis, configurando uma das inúmeras contradições da humanidade: as guerras religiosas. Ou seja, matar em nome de quem condenou todas as formas de violência.
No Brasil, esse cenário caótico foi banalizado. Ressentimentos por motivos fúteis — desde políticos até a cor da pele, passando pela condição socioeconômica dos indivíduos — resultam em violência. A alegria, as expressões de afeto na celebração do aniversário do líder cristão devem ser cultivadas no cotidiano do país. As divergências podem ser superadas por meio do diálogo, a fim de que prevaleça o bom senso.
Trata-se de uma opção que deve contagiar a maioria, para revisar as formas de relacionamento entre as pessoas. Uma construção incansável que leve a transformar em padrão a educação para uma cultura de paz. Impõe-se que rancores, decepções, frustrações e tantos outros sentimentos rasteiros sejam ignorados. Depois de quase três anos de dores e sofrimentos, provocados por um inimigo invisível (o novo coronavírus), que igualou ricos e pobres, pretos e brancos, e fez quase 700 mil vítimas, não faltam motivos para que os brasileiros direcionem suas energias e vigor, a fim de fazer emergir uma sociedade mais justa, igualitária e pacífica, seguindo orientação do grande homenageado deste domingo, 25 de dezembro. As mudanças não são resultado de milagres, mas da vontade coletiva. É hora de olhar para a frente, recuperar o fôlego e agir individualmente e em grupo para que todos possam usufruir de um país melhor.
O Brasil precisa renascer sem hostilidades, como ensinou o Mestre dos Mestres.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/12/22/interna_opiniao,377818/mais-brasil-zero-de-hostilidades.shtml)
Amém!
Matutando bem…como assimilar a síntese deste texto com a do imediatamente abaixo? Lembro-me de uma antiga charge: uma menino desfila com um banner: “Queremos a paz”. Outro, com um “Queremos a guerra”. Cena seguinte: o menino que queria a paz revoltou-se e, com seu banner, ameaçou o menino que queria a guerra. . .Para essa situação, o Excepcional Zé Ramalho já preconiza: https://www.youtube.com/watch?v=Nc2pvvcVYUA
Relevante tema que temos que colocá-lo em nosso radar, antes que. . .
““Quando todas as armas forem de propriedade do governo, este decidirá de quem são as outras propriedades.” (Benjamin Franklin)
“Como armar a liberdade”
(Circe Cunha, Coluna VLO, CB, 23/12/22)
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, já dizia Camões há cinco séculos. Com base nesse aforismo, é possível levar essa ideia para o campo do desarmamento da população. Se, no passado, até pelos impedimentos burocráticos e legais, era difícil o acesso ao porte de arma pelos cidadãos de bem, a população chegava a acreditar que bastavam as ações do aparato de segurança de Estado para conter a violência urbana. Esse mito foi desfeito com o passar dos anos e com o aumento surpreendente da criminalidade. O incremento nos índices de homicídios, na esteira do surgimento espantoso de grupos organizados e bem armados para a prática de crimes de toda a natureza, deixou visível que todo esse florescimento da bandidagem se dava à medida em que as leis e a própria justiça começaram a transferir e a debitar esse problema aos condicionantes sociais do país, transformando o delinquente numa vítima da sociedade e, portanto, digno de todo o tratamento e amparo do Estado.
A população que ganha o pão de cada dia honestamente a tudo assistia de forma passiva e passou a desacreditar na polícia e mesmo na justiça, quando via que bandidos recém detidos, eram logo postos em liberdade, sob uma variada gama de desculpas. Mesmo aqueles bandidos condenados, que logo estavam de volta às ruas, beneficiados por uma série infindáveis de recursos protelatórios. Certa de que já não poderia mais contar com a onipresença e a eficácia da polícia no combate aos crimes e desgostosa dos rumos tomados pela justiça, que parecia lavar as mãos para esse problema, mandando soltar bandidos até de alta periculosidade, a população teve que recorrer a processos de segurança pessoal, transformando suas residências em verdadeiros bunkers, cercados de câmeras e redes elétricas. Aqueles que podiam arcar com os custos de blindagem dos carros, não perdiam tempo e passaram a andar em carros forrados em aço e com vidros à prova de balas de fuzil. Condomínios fortemente policiados por empresas particulares se espalharam por todo o país. Quem podia, vivia em fortalezas que muito se assemelhavam a presídios de alta segurança.
Em pouco tempo ficou comprovado que, mesmo essas medidas de segurança, pouco ou nada podiam fazer para deter a onda de assaltos e assassinatos. Descrente nas autoridades e nas estratégias particulares de segurança, muita gente chegou à conclusão de que o preço da liberdade, e mesmo da vida, passava por uma medida extrema: armar-se pessoalmente contra a criminalidade.
A exemplo do que sempre ocorreu na maior democracia do planeta, os Estados Unidos, a população se convenceu de que era preciso abandonar o modelo passivo e passar a agir de modo proativo para defender-se a si próprio, seus entes queridos e sua propriedade.
Na verdade, a sociedade brasileira chegou à conclusão de que existe um preço a ser pago pela liberdade e pela preservação da vida. Esse preço, que os americanos sempre souberam, passa pelo porte e uso de armas de fogo. Com isso, surgiram, por todo o país, escolas de tiro e de uso defensivo e a correta utilização das armas de fogo. Diante de uma realidade que coloca o Brasil como um dos países mais violentos do planeta, e pela constatação de que nem a polícia, nem a justiça estão dando conta do recado, assegurando a paz social e provendo a segurança de todos, é que a sociedade aderiu, em peso, a ideia de possuir armas próprias.
Diante desse fato, qualquer medida de governos futuros que venha a promover políticas de desarmamento da população deve primeiro assegurar que essa medida foi previamente cumprida com o desarmamento do crime organizado e de todos os bandidos que andam soltos e impunes pelas ruas de nossas cidades.
Por outro lado, a população passou a observar, com mais atenção, os acontecimentos em outros países, nos quais a sociedade foi totalmente desarmada pelo Estado, tornando-se, em pouco tempo, presa fácil para o avanço de ditaduras sanguinárias. Mudaram os tempos, agora, mais do que nunca, é preciso estar alerta e, se possível, de arma em punho. Os inimigos e todos aqueles que querem sua vida e sua liberdade estão em toda a parte, armados até os dentes.
(Fonte: https://blogs.correiobraziliense.com.br/aricunha/como-armar-a-liberdade/)
OOOps. . .mais apressado do que o Papai Noel… onde se lê 23/12/22, leia-se 22/12/22.
E. . .durma com um barulho desses!!!
“Comparado à jogador de futebol, deputado é miserável”
O deputado Marcelo Ramos (PSD-AM) fez uma defesa apaixonada do salário dos parlamentares nesta terça-feira (20), quando a Câmara aprovou reajuste salarial para os parlamentares, entre outras categorias do serviço público federal.
“É verdade que, se eu comparar o salário de um deputado ou de um servidor da Câmara com salário de quem pede dinheiro na esquina, é completamente injusto. Mas se eu comparar com um jogador de futebol, que presta um serviço muito menos relevante para o Brasil, é muito desproporcional. Aí, parece que o miserável é aqui“, discursou o deputado.
Ramos destacou, durante suas intervenções nas várias votações, que não se reelegeu e que, portanto, não será beneficiado pelo aumento. Mas disse sentir orgulho “de cada centavo” que recebeu enquanto parlamentar. O deputado disse ainda que aumentar o salário dos parlamentares não eleva os custos da Câmara, porque quem define o tamanho dos custos é o Orçamento, num raciocínio difícil de compreender.
A Câmara aprovou todos os reajustes de salário votados nesta terça-feira. O Senado ainda precisa deliberar sobre o assunto.
(+em: https://oantagonista.uol.com.br/brasil/uma-defesa-apaixonada-do-salario-dos-deputados/?utm_campaign=QUA_TARDE&utm_content=link-878172&utm_medium=email&utm_source=oa-email)
E a pergunta que não quer calar:
Será que algum eleitor pediu para o “pereba” marcelo ramos escolher a carreira de político profissional?
Além do mais joga contra a torcida quando não entrega o jogo para se dar bem com os cartolas
Será que passa no SuTriFe?
“Senado aprova piso da enfermagem, que segue para promulgação”
O plenário do Senado aprovou, por unanimidade, nesta terça-feira (20), a proposta de emenda à Constituição que viabiliza pagamento do piso da enfermagem (PEC 42/2022). Na semana passada, o texto foi aprovado em dois turnos na Câmara dos Deputados.
Pela Lei 14.434, de 2022, os enfermeiros e enfermeiras têm direito a um piso de R$ 4.750. O valor é a referência para o cálculo dos vencimentos de técnicos (70%), auxiliares de enfermagem (50%) e das parteiras (50%).
A PEC direciona recursos do superávit financeiro de fundos públicos e do Fundo Social para financiar o piso salarial nacional da enfermagem no setor público, nas entidades filantrópicas e de prestadores de serviços com um mínimo de atendimento de 60% de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
. . .
(+em: https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/csa-brasil/senado-aprova-piso-da-enfermagem-que-segue-para-promulgacao)
Bastou dar uma brecada nos corruPTos. . .mas. . .
“Arrecadação federal atinge R$ 172,03 bilhões em novembro”
A União arrecadou R$ 172,03 bilhões em impostos em novembro, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (21) pela Receita Federal. É maior valor já registrado para meses de novembro desde 2013. Na comparação com novembro do ano passado, houve crescimento real de 3,25%, ou seja, acima da inflação, em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
. . .
(+em: https://diariodopoder.com.br/dinheiro/csa-dinheiro/arrecadacao-federal-atinge-r-17203-bilhoes-em-novembro)
. . .agora com os cofres abarrotados, eles estão de volta!!!
Ou seja: nadamos, nadamos e morremos na praia. . .
. . .”Sérgio Augusto, um dos craques do Pasquim, recebeu um telefonema de Brasília. Passou para o cartunista Jaguar, que ouviu tudo, desligou e sentenciou: “Estamos lascados!” “O que foi?”, perguntou Sérgio, assustado. “Acabou a censura”, respondeu Jaguar.”. . .
“Humor é amor”
(Por Severino Francisco, Crônica da Cidade, CB, 21/12/22)
Só o desejo de servidão voluntária pode explicar o apoio dos que clamam pela volta de uma ditadura, enrolados em uma bandeira. É um fenômeno a ser estudado, seriamente, pelos cientistas sociais e, principalmente, pelos psiquiatras. Agora, nós temos alguns memes hilários, que desmontam as insanidades dos autocratas de plantão, mas essas peças de humor efêmero das redes se perdem na nuvem virtual.
Falta um Pasquim para espicaçar o arbítrio de suas excelências. Quem aliviou o sufoco do regime de exceção de 1964 foi o hebdomadário editado por um time de jornalistas extremamente talentosos. As balas e bombas de efeito hilariante disparadas por aquela turma de guerrilheiros do humor fizeram mais estragos no regime despótico do que qualquer tiro de fuzil.
Na virada dos anos 1970, todas as semanas eu ia até a Banca da Rodoviária para comprar o Pasquim. Era um prazer indizível esperar a surpresa que o jornaleco desabusado trazia, muitas vezes, em linguagem cifrada, mas perfeitamente decodificável pelos leitores-cúmplices: “Quem tem jornal tem medo”.
No fim da ditadura, o general João Baptista Figueiredo, o último dos presidentes impostos pelo regime militar, provocou polêmica ao afirmar, perto da baia de cavalos, que ele tanto apreciava: “Prefiro cheiro de cavalo a cheiro de povo”. Três dias depois, o Pasquim estampava uma enorme foto de Sua Excelência ao lado dos animais, com a seguinte legenda: “Figueiredo e o cavalo. O cavalo é o da direita”.
Nos tempos em que lecionava em uma faculdade, evoquei o episódio para ilustrar o argumento de que o regime militar liquidou com a guerrilha política em seis meses, mas não conseguiu exterminar o humor libertário do Pasquim. Todos se divertiam muito com a blague, menos um rapaz sério e educado.
Levantou o braço e pediu a palavra: “Professor, eu sou sobrinho do general Figueiredo”. Fiquei paralisado de constrangimento, mas ele acrescentou: “Foi bom tocar no assunto, pois a minha família sempre tenta desfazer o equívoco da frase”.
A turma era gaiata e rechaçou as alegações do colega com muita verve. Animei-me a ponderar que o tio dele, com certeza, era uma pessoa honrada, mas nos inspirava receio, tanto que, na época, repetíamos o refrão: “Quem tem jornal tem medo, estamos com Figueiredo”.
O melhor documentário sobre o jornal foi realizado em Brasília, sob o título A subversão pelo humor, com direção de Roberto Stefanelli. Lá, é possível apreciar deliciosas histórias dos jornalistas boêmios que, sem saber, promoveram uma pequena revolução na imprensa brasileira. Vamos a elas.
Sérgio Augusto, um dos craques do Pasquim, recebeu um telefonema de Brasília. Passou para o cartunista Jaguar, que ouviu tudo, desligou e sentenciou: “Estamos lascados!” “O que foi?”, perguntou Sérgio, assustado. “Acabou a censura”, respondeu Jaguar.
Paulo Francis foi convocado para interrogatório em um quartel. Um coronel acusava o polêmico e irascível jornalista de ter supostamente assinado uma monção de protesto contra a prisão arbitrária do dono da Editora Civilização Brasileira, Ênio da Silveira. Francis negou veementemente. O coronel irritou-se argumentando que tinha nas mãos uma cópia do documento assinado por Francis.
Ao que o jornalista replicou com o célebre ar superior sobre o restante da humanidade: “Coronel, eu não assinei nenhuma monção; monção é um fenômeno atmosférico. O que assinei foi uma moção de protesto contra a prisão do meu amigo Ênio da Silveira.”
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/12/21/interna_cidades,377773/cronica-da-cidade.shtml)
Igualzinho. Quando os políticos pararem de gagarem e roubarem, acabará o jornalismo político
Acabou a censura, acabou o Pasquim. Ele a driblava e a ridicularizava com sacarmo, graça e inteligência
Duas curiosidades sobre o craque argentino
1) “O que representa a roupa que Messi usou ao levantar a taça da Copa.”
. . .
]Assim, quando levantou a taça, o camisa 10 argentino usava essa espécie de túnica. Ou seja, a imagem mais marcante do Mundial é marcada por essa roupa.
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(+em: https://www.uol.com.br/esporte/futebol/copa-do-mundo/2022/12/18/o-que-representa-a-roupa-que-messi-usou-ao-levantar-a-taca-da-copa.htm)
2) O alfaiate de Messi
(Por Marcos Paulo Lima, CB, 21/12/22)
Falamos com o dono da loja que confeccionou o bisht usado pelo camisa 10 antes de erguer o troféu do tri da Argentina. Grife existe desde 1955 e costurou às cegas, sem saber as medidas dos capitães candidatos a vestir a roupa.
Doha — Entre os labirintos de Souq Waqif, o mercado popular da capital do Catar, um dos caminhos leva a uma loja que virou parque de diversão dos torcedores argentinos. O estabelecimento chama-se Bescht Al-Salem. No interior está um discreto empresário nascido em Hadramout, no Iêmen. Asaad Haj surge por trás de um vidro. Na área privativa onde ele estava funciona uma ateliê. Os colaboradores dele tiveram uma missão inesquecível 10 dias antes da final da Copa do Mundo: confeccionar o bisht usado por Lionel Messi ao levar o troféu do tricampeonato alviceleste depois da vitória por 4 x 2, no Estádio Icônico de Lusail, na final das finais do último domingo. Segundo o proprietário, a roupa também pode ser chamada de najafi.
A loja virou ponto turístico. Havia uma romaria no corredor estreito na noite de segunda-feira e na manhã de ontem. A porta mal fechava e uma mano de D10S rapidamente a abria novamente. Peças do mostruário são usadas por fanáticos dispostos a vestir a túnica preta e dourada, tirar fotos, produzir vídeo e ostentar nas redes sociais o gesto do jogador eleito sete vezes melhor do mundo. “O movimento aumentou. Vendemos cerca de 50 depois da final para argentinos e outros fãs interessados no nosso produto”, contabiliza Asaad, em entrevista ao Correio.
Não é barato. “Nós oferecemos diferentes preços. Parte de 200 riales (R$ 300) e pode chegar a 4.500 riales (R$ 6.750)”, revela.
Na noite de segunda-feira, o torcedor Gonzalo Scarramberg foi até a loja para tirar onda. Queria uma foto com a túnica, robe, ou chambre, como a peça tem sido chamada no Brasil. “Não posso explicar a sensação de vestir isso. Para mim, é um sonho ter assistido, no estádio, o Messi ser campeão. Foi um jogo sofrido, mas para nós é algo inesquecível”, emocionou-se o argentino mais brasiliense de Doha. Gonzalo morou 10 anos na capital federal. O pai dele trabalhava como militar na embaixada do país vizinho no Brasil.
Asaad recebeu a encomenda da Fifa 10 dias antes da decisão. Imaginava que alguém usaria na decisão do título. O nome de quem pagou a conta é mantido sob sigilo. A cor do pedido indicou em qual turno do dia ela seria usada.
Há três cores de bisht: branca para o dia, marrom durante a tarde e preto à noite. Costuma ser usado em ocasiões importantes como o casamento ou alguma cerimônia religiosa do islamismo. Há fotos imponentes do emir Tamim bin Hamad al-Thani com a indumentária destacadas em uma das paredes da loja.
Drama na produção
Os colaboradores de Asaad viveram um drama na produção. Sabiam que o capitão de uma das duas seleções usaria a peça, mas não faziam a mínima ideia das medidas dos candidatos a receber o troféu das mãos do emir e do presidente da Fifa, Gianni Infantino. “Quando soubemos do duelo entre Argentina e Franca, nós ficamos preocupados. O Messi é baixo (1,69m) e o Lloris (goleiro da França) é bem alto (1,88m). Era preciso achar um meio-termo para não ficar grande demais para um capitão nem pequeno para o outro”, admite o empresário.
Souq Wakif tem de tudo. Dos produtos autênticos, caríssimos, às réplicas, imitações baratas ou falsificadas, mesmo. O antídoto de Asaad contra os incrédulos é uma fotografia fechada no emir do Catar no momento em que ele coloca o bisht em Messi. Ele mostra a logomarca da loja e a etiqueta colocada nas costas do camisa 10 da Argentina na premiação. Exibe com um sorriso de quem está encantado com a repercussão do trabalho.
O preço para a confecção do bisht depende do bolso de quem encomenda. A Fifa escolheu uma versão completa. No mesmo patamar, por exemplo, que o emir vestiria em noite de gala. Há opções em algodão, seda e nos tecidos mais nobres para agradar a clientela. O da final da Copa foi produzido de maneira artesanal, quase feito totalmente com as mãos.
Os compromissos são quase sempre fechados com total discrição. A Fifa e o Catar surpreenderam na cerimônia de premiação ao respeitar não somente a cultura, mas a liturgia dos momentos de glória dos povos árabes. “Não imaginávamos que causaria tanta surpresa, como aconteceu no Lusail Stadium. Não sabemos quem pediu para preparar. Talvez a Fifa, talvez alguém que desconhecemos”, driblou. No fundo ele sabe, mas não pode contar.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/12/21/interna_cidades,377781/o-alfaiate-de-messi.shtml)
Matutildo, à espera do “équiça”!!!
Foi-se o “Aspone” mais querido do Brasil
“Morre o ator Pedro Paulo Rangel, aos 74 anos.”
(+em: https://www.uol.com.br/splash/noticias/2022/12/21/morre-o-ator-pedro-paulo-rangel-aos-74-anos.htm)
“Os Aspones”: uma excelente série da Globo, exibida em 2004
Os funcionários Moira (Drica Moraes), Anete (Marisa Orth) e Caio (Pedro Paulo Rangel) trabalham numa repartição pública que reúne um arquivo do FMDO – Fichário Ministerial de Documentos Obrigatórios.
(+em: https://memoriaglobo.globo.com/entretenimento/humor/os-aspones/noticia/os-aspones.ghtml)
Gerou muita polêmica no setor público. E o porquê? Nem imagino!
Só porque ninguém é de ferro. . .
“Cantiga para não morrer”
(Ferreira Gullar, Tantas Palavras, CB, 21/12/22)
Quando você for se embora,
moça branca como a neve,
me leve.
Se acaso você não possa
me carregar pela mão,
menina branca de neve,
me leve no coração.
Se no coração não possa
por acaso me levar,
moça de sonho e de neve,
me leve no seu lembrar.
E se aí também não possa
por tanta coisa que leve
já viva em seu pensamento,
menina branca de neve,
me leve no esquecimento.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/12/21/interna_cidades,377787/tantas-palavras.shtml)
Corroborando com o preconizado pelo Herculano no meu PiTaco sobre a charge, temos a Coluna Brasília-DF, CB, 21/12/22:
Arthur pula fogueira
Errou quem imaginou que o presidente da Câmara, Arthur Lira, estaria totalmente enfraquecido, depois da derrota das emendas de relator, vulgo orçamento secreto, no Supremo Tribunal Federal (STF). Até aqui, ele não só negociou a ampliação de recursos destinados às emendas individuais como também pode ter garantido a própria reeleição no comando da Casa. A redução do período de validade da PEC da Transição, de dois para um ano, acoplada ao aumento de recursos para as emendas parlamentares, mantém Lira na posição de favorito para a Presidência da Casa. Obviamente, como a eleição é só em fevereiro, ainda tem muita água para passar sob a ponte. Porém, até aqui, não apareceu nenhum candidato forte para enfrentá-lo.
E sempre pode piorar: a desconfiança do Centrão em relação aos movimentos do futuro governo não se dissipou com o acordo para tentar votar a PEC da Transição. A certeza do momento é a de que a vida não será fácil depois da posse.
Procura-se um candidato
Até aqui, o senador Renan Calheiros não encontrou um candidato forte para concorrer com Arthur Lira para a Presidência da Câmara no ano que vem. Mas ele vai buscar. É a briga alagoana que, como o leitor da coluna já sabe há tempos, desembarcou com tudo em Brasília.
Noves fora…
O União Brasil de Luciano Bivar e Antonio Rueda já fechou com Arthur Lira. Os candidatos da esquerda não têm chances. O líder do MDB, Isnaldo bulhões (AL), está quieto e é visto com um nome óbvio demais. Eunício Oliveira, deputado eleito pelo MDB do Ceará, é uma das maiores apostas, uma vez que integra o grupo ligado a Renan. Mas ele só pretende entrar se for para vencer. Se houver um candidato contra Arthur Lira — e perder —, vai sobrar para Lula.
Menos um
O futuro governo pensou inclusive em tentar alguma aproximação com Marcos Pereira, presidente do Republicanos. Mas a nota da legenda contra a PEC da Transição foi um divisor de águas na relação com o partido.
Aguinaldo é Progressistas
Arthur Lira e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, presidente licenciado do PP, fecharam a indicação do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) para retomar a relatoria da reforma tributária. Aguinaldo é aliado de Lula, mas sua recondução ao posto de relator da tributária foi decidido sem ouvir o futuro governo nem o PT. É o PP entrando no jogo de 2023.
Vêm mais embates por aí
O estica-e-puxa em torno da PEC da Transição deixou a certeza de que o futuro governo não deseja terceirizar o poder como fez o presidente Jair Bolsonaro. É no Congresso que o bicho vai pegar.
Veja bem
Há muita gente apostando que Lula recorrerá sempre ao Supremo Tribunal Federal para “desmanchar” o que for decidido no Congresso. Só tem um probleminha, avisam alguns: quem brigou com o Congresso não terminou o mandato.
Professora Celina:
No dia seguinte da diplomação dos eleitos no DF, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF-foto) foi visitar a vice-governadora eleita, deputada Celina Leão (PP-DF), na Câmara dos Deputados. Celina foi direta: “Você me surpreendeu ontem (segunda-feira)”, disse Celina a Damares, referindo-se ao discurso da ex-ministra de Jair Bolsonaro, pregando a pacificação. “Aprendi com você, Celina paz e amor”, respondeu.
Por falar em paz e amor…
As apostas dos militares são as de que os acampamentos na frente dos quartéis serão desfeitos naturalmente, depois da posse de Lula. A conferir.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/12/21/interna_politica,377782/brasilia-df.shtml)
. . .”Quando uma pesquisa mostra que 32% dos eleitores são a favor de uma intervenção militar, não estão só os malucos e fanáticos que tentam contato com extraterrestres, adoram pneus e rezam ajoelhado na chuva à porta dos quartéis, sem medo de raios e trovoadas. “. . .
“Do iliberalismo de Bolsonaro à partidocracia do Centrão”
(Nas Entrelinhas, CB, 21/12/22)
Nas negociações em curso no Congresso para a aprovação da PEC da Transição, corremos o risco de pular da banha quente da frigideira para cair na panela com água fervendo. Explico: interromper o curso do projeto iliberal do presidente Jair Bolsonaro, porém ser aprisionado por uma partidocracia comandada pelo Centrão. Duas decisões judiciais tentaram interromper esse processo, aquela na qual o Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria de 6 a 5, aprovou o parecer de sua presidente, ministra Rosa Weber, e considerou inconstitucional o chamado orçamento secreto; e a liminar do ministro Gilmar Mendes que possibilita a edição de medida provisória extraordinária para a concessão do Bolsa Família no valor R$ 600 e mais R$ 150 por criança de até seis anos.
Entretanto, as duas decisões serviram para acelerar a aprovação da PEC. As do Supremo representaram uma invertida no todo-poderoso presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que estava chantageando o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva para que o relator da PEC, deputado Elmar Nascimento (União-BA), fosse nomeado ministro da Saúde. Mas há mais coisas entre o céu e a terra do que os aviões de carreira, como diria o humorista Barão de Itararé. O pacto perverso, fisiológico e provinciano do colégio de líderes com Lira falou mais alto. A própria bancada do PT, que se antecipou ao presidente eleito no apoio à reeleição de Lira, foi uma das forças interessadas em manter a PEC e aprová-la a toque de caixa. Negociaram um pagamento extra de R$ 16,3 milhões em emendas parlamentares para cada deputado e senador em troca da aprovação da PEC.
O empoderamento do Congresso durante o governo Bolsonaro, do ponto de vista do Orçamento da União, era funcional para o governo que se encerra, porque não havia programa de desenvolvimento. O eixo do governo era desmonte das políticas públicas universalistas e o retrocesso institucional. Por que se preocupar com as emendas, se a reeleição permitiria a venda da Petrobras e outras estatais para fazer caixa e daria a Bolsonaro, com a adoção de um regime iliberal, o poder de recorrer aos instrumentos de coerção do Estado para intimidar, não somente a oposição, mas o próprio Congresso? Agora, com a eleição de Lula, a situação é outra no Executivo; porém, teremos um Parlamento ainda mais fisiológico e conservador a partir do próximo ano.
O perigo nessa conjuntura é a consolidação da partidocracia em formação no Congresso, sob a hegemonia do Centrão e a liderança de Lira. Esse fenômeno surgiu com a formação de grandes legendas de massa e se consolidou na década de 70, em alguns países da Europa, que adotaram o financiamento público da política. Isso fortaleceu os principais líderes das siglas e sua burocracia, porém a participação da sociedade civil na vida política foi progressivamente bloqueada, a começar pelos próprios partidos. O fortalecimento da partidocracia se dá quando os recursos do financiamento público são gerenciados sem orçamento e controle público, sem critérios justos de distribuição dos recursos entre seus diretórios e candidatos.
Além disso, o fortalecimento do poder financeiro das cúpulas partidárias, em detrimento da difusão de sua política e incorporação da sociedade às suas atividades, também se dá por meio da distribuição de funções remuneradas e da ocupação de cargos públicos. Isso leva à formação de profissionais da política que se mantêm por si mesmo, que vivem da política, e não para a política, como Max Weber havia previsto na sua célebre palestra A política como vocação, na Universidade de Munique, em 1919. Num país de forte tradição patrimonialista, uma herança do nosso passado colonial e escravocrata, onde velhas oligarquias ainda têm grande peso no Parlamento, o resultado desse fenômeno é o distanciamento do Congresso das instituições da sociedade e a ojeriza do cidadão comum à política, aos partidos e a seus políticos de forma generalizada.
Desde 2013, existe um conflito latente entre o mundo da política e a vida real dos cidadãos, que se traduziu em grandes manifestações e na contestação geral ao nosso sistema político-partidário. Como não é um privilégio do Brasil, em todos os países, esse conflito tem resultado no fortalecimento da extrema direita e dos projetos iliberais. Bolsonaro perdeu o poder e o apoio momentâneo do Centrão, mas ninguém deve se iludir quanto à força que ainda tem na opinião pública e numa base eleitoral que se articula pelas redes sociais.
Quando uma pesquisa mostra que 32% dos eleitores são a favor de uma intervenção militar, não estão só os malucos e fanáticos que tentam contato com extraterrestres, adoram pneus e rezam ajoelhado na chuva à porta dos quartéis, sem medo de raios e trovoadas.
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva se equilibra numa corda bamba, embora tenha a legitimidade da eleição e o poder concentrado do governo nas mãos. O seu problema agora é a captura do PT pela lógica da partidocracia, como ocorreu no mensalão e nos escândalos da Petrobras, e que levou Lula à prisão. Como lidar com a força do Centrão sem ser tragado, como negociar com o Arthur Lira sem fazer concessões que possam comprometer o sucesso do próprio governo? Não será com um orçamento que inviabiliza programas de investimentos e as prioridades do governo. O que está se decidindo agora, na largada do novo governo, é estratégico. Pode levar Lula ao sucesso ou ao desastre.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/12/21/interna_politica,377785/nas-entrelinhas.shtml)
. . .”O resultado eleitoral foi quase empate, mas o discurso de Lula é de vencedor com ampla maioria.”. . .
“A esfinge”
(Por Alexandre Garcia, CB, 21/12/22)
O Presidente do Congresso já convidou os parlamentares para a posse dos novos presidente e vice, às 15 horas do próximo dia 1º. Faltam 11 dias, aí incluídas as festas de Natal, para Lula ter o ministério de 37 nomes decidido e anunciado, e apenas esta semana para aprovar em definitivo a PEC da gastança, que só vai valer para o ano que vem. E o eleitor de Lula ainda não foi informado exatamente qual é o programa de governo. Quando se alerta para o desequilíbrio fiscal, ele não fala em cortes. Mais de 900 pessoas aparecem como integrantes do governo de transição e de olho em cargos. Lula vai ter que acomodar ministros e cargos de confiança, na bacia das almas da partilha.
Cada vez que sai um anúncio, aparece um problema, como com a Ministra da Cultura, a cantora Margareth Menezes, que dizem ter-se anunciado. Segundo o TCU, irregularidades num contrato com o próprio Ministério da Cultura, ao tempo de Lula presidente, e deve para a Receita Federal e Previdência. Mercadante, já anunciado presidente do BNDEs, é presidente da Fundação Perseu Abramo. Precisa de um fura Lei das Estatais, para ter que esperar só 30 dias, em vez de três anos exigidos por lei. Só que a lei, aprovada às pressas na Câmara, parece que vai ser derrubada pelo calendário no Senado, perdendo a chance de quadruplicar a verba de propaganda das estatais. Aliás, fala-se num ministério para a propaganda do governo. Simone Tebet deve estar amuada porque o ministério que queria vai para o ex-governador do Piauí, Wellington Dias. Calheiros e Barbalho se esforçam para pôr Renanzinho no Planejamento. Lula dissera que não iria trazer de volta o passado, mas Luiz Marinho, Alexandre Padilha, Mercadante, Haddad, José Múcio e Mauro Vieira desmentem isso. A Petrobras está entre Dilma e a ex-presidente da Agência Nacional do Petróleo no governo de Dilma. Parece não haver novos talentos a revelar na equipe.
Vai ter Ministério dos Povos Originários para o PSol, no país de um índio preso por liberdade de expressão; Ministério de Portos e Aeroportos — sem explicar por que não vai haver um ministério para as rodoviárias, que são bem mais populares; voltam os Ministérios da Pesca, dos Esportes, das Cidades, das Mulheres e aparece o da Igualdade Racial. O que Paulo Guedes fazia, na Economia, vai ser feito por quatro ministros: Fazenda, Planejamento, Gestão e Desenvolvimento. Josué, o filho do ex-vice de Lula, José Alencar, foi convidado para Indústria e Comércio recriado, mas já pensou e ficou fora da partilha; o segundo convidado, do Grupo Ultra, não aceitou. Educação deve ir para o ex-governador do Ceará, Camilo Santana, que é agrônomo, tendo sido secretário de agricultura de Cid Gomes. Cada Ministério tem sua estrutura de Secretaria Executiva, Chefia de Gabinete, Assessoria Parlamentar, Controladoria, com toda a burocracia correspondente. Vai ficar bem caro para o contribuinte.
O PT olha desconfiado para os partidos que vão avançando sobre o novo governo; com a decisão do Supremo sobre emendas, Lula perde poder de barganha para liberação de verbas, com um Congresso majoritariamente de centro-direita; a esquerda raiz olha desconfiada para as concessões que vão ser feitas ao Centrão; as centrais sindicais e o MST estão com esperanças em risco; os economistas que apoiaram Lula estão com medo da gastança, desequilíbrio fiscal, inflação, juros mais altos e dívida pública em elevação; o agro, carro-chefe da economia, está parado em planos e investimentos, à espera de definições. O Ministro da Agricultura é dos que ainda não foram escolhidos. O mundo hoje é de escassez, diferente da época de abundância no primeiro governo Lula. O resultado eleitoral foi quase empate, mas o discurso de Lula é de vencedor com ampla maioria. Lula tem um vice ligadíssimo ao ministro Moraes, que se sente transbordante de poder. Imagino que Lula percebe que foi usado para impedir a reeleição de Bolsonaro. Agora está com essa gigantesca esfinge pela frente, a dizer-lhe: “Decifra-me ou devoro-te”.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/12/21/interna_politica,377797/a-esfinge.shtml)
Matutando bem. . .
Para conformar a Simone Tebet, que tal dar à ela o Ministério da Educação, prometido ao Engenheiro Agrônomo, e à ele, o Ministério da Agricultura?
Matutando mais ainda, é melhor eu não me meter com a PeTralhada. . .periga eles acatarem a sugestão e tudo dar errado!
Aí, viro boi de piranha. . .
. . .”O que se sabe, por vias oficiais e com valores subdimensionados, é que o BNDES tem cerca de R$ 12,1 bilhão a receber de 11 países, apenas por obras no setor de engenharia, todas elas realizadas em países ditatoriais.”. . .
“Nuvens carregadas sobre a economia de 2023”
(Circe Cunha, Coluna VLO, CB, 21/12/22)
Nessa altura dos acontecimentos, não chega a ser surpresa que o mercado, essa entidade invisível e desdenhada pelo próximo governo, já tenha acendido a luz vermelha com o anúncio das medidas que estão para ser implementadas na área econômica e com as indicações dos nomes para os dois principais postos dessas pastas, a saber, o Ministério da Fazenda e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). De nada adianta fazer cara feia para o mercado, pois ele, por seu moto próprio, não se deixa intimidar. Caso haja ainda uma queda de braços entre o mercado e o governo, quem sairá perdendo, como sempre, é a população, que é colocada no meio dessa disputa insana, sendo obrigada a arcar com as consequências e custos econômicos dessas querelas.
Quando se deixa ventilar a notícia de que quem irá dar a palavra final na área econômica será o próprio futuro presidente, aí é que a coisa desanda, pois já passa da hora de ter aprendido que populismo e arroubos autoritários nas decisões, com base em expectativas político ideológicas, não só não se ajustam a modelos matemáticos como também resultam em equações sem soluções e desastres certeiros nas finanças.
Negar que os indicadores, como a alta no dólar e a queda recorde nas bolsas, são apenas sinais passageiros e sem importância, também é apostar na incerteza e na boa vontade do destino. A reação do mercado, à quebra da Lei das Estatais e à PEC Fura Teto, tem sentido e sinaliza para um período de incertezas e de um possível retorno a políticas econômicas que não deram certo no passado e ainda deixaram um passivo que perdura até os nossos dias.
Temos, assim, dois nomes e duas medidas de anulações de leis econômicas sensatas, reunidas num mesmo momento e que, até para um leigo no assunto, apontam para o desastre iminente. Os aumentos nos juros, na inflação, no desemprego e na pobreza virão na sequência da insensatez. Obviamente que, para corrigir esses erros na largada, mais erros açodados virão, num ciclo perverso de medidas e que podem muito bem desaguar em decisões como o congelamento de preços e outras insanidades como as que vêm sendo praticadas agora em países do mesmo naipe ideológico, como a Argentina.
Alimentar expectativas otimistas, quando os mesmos erros são repostos em práticas, não faz sentido. A questão aqui é saber em que momento exato tudo irá desandar e desembocar numa outra recessão econômica. Preocupa, sobretudo, os economistas mais realistas e que não se deixaram encantar com sibilos das sereias, a nova administração indicada pelo futuro mandatário para o BNDES. É, nessa instituição, fundada em 1952, e vinculada ao Ministério da Economia, que agora se voltam as atenções para o ressurgimento de ideias toscas com o financiamento dos “campeões nacionais”, que tantos rombos deixaram nas contas públicas e tantos escândalos de corrupção produziram.
É preciso lembrar aqui que, entre 2008 a 2018, o BNDES acumulou, junto ao Tesouro Nacional, uma dívida de mais de R$ 650 bilhões. Justamente agora, que se anunciava a possibilidade de um cronograma para BNDES restituir essa dívida ainda em 2023. Parece que a medida foi posta de lado.
É sabido que o BNDES foi convertido de banco de fomento nacional para instituição de apoio a projetos fora das fronteiras do país, emprestando a de taxas milhões de dólares, a taxas camaradas, a países, tanto do continente como da África, sendo que a maioria desses empréstimos foram sequer pagos. Entre 1998 e 2017, o BNDES emprestou, para cerca de 15 países, mais de US$ 10,5 bilhões.
Somente Cuba e Venezuela devem, juntas, mais de R$ 3,5 bilhões ao banco e não apenas ignoram esses empréstimos, como já estão na fila, ao lado de Nicarágua e Argentina, em busca de novos empréstimos, tão logo o novo governo assuma. Essas e outras dívidas se transformaram, por seu volume e condições camaradas, em verdadeiras caixas pretas do banco.
O que se sabe, por vias oficiais e com valores subdimensionados, é que o BNDES tem cerca de R$ 12,1 bilhão a receber de 11 países, apenas por obras no setor de engenharia, todas elas realizadas em países ditatoriais. Segundo o economista Joaquim Levy, ex-presidente do BNDES, esses empréstimos podem ser classificados como desastrosos e poderiam servir de lição para o futuro, mostrando que emprestar dinheiro para ditaduras é um erro e uma aposta em prejuízos.
A falta de um regime fiscal confiável a partir de 2023, bem como o desmonte das Leis das Estatais e do limite de gastos, projetam um período sombrio sobre a economia do país. Nada do que não experimentamos antes e com os resultados que já sentimos na pele. De nada adiantarão falar em herança maldita para esconder um começo de governo pra lá de agourento.
A frase que foi pronunciada:
“A história nos lembra que ditadores e déspotas surgiram em tempos de grave crise econômica.” (Robert Kiyosaki)
(Fonte: https://blogs.correiobraziliense.com.br/aricunha/nuvens-carregadas-sobre-a-economia-de-2023/)
Sempre que vejo na TV o ex presidiário lula, agora travestido de presidente eleito, enxergo uma pequena nuvem negra sobre a caixa de merda que sustenta sobre o pescoço!
Mesmo sem rabo, pavãozinho suro conseguiu ser enrabado!!!
. . .”Senador Randolfe Rodrigues apresenta proposta para extinguir repasses de recursos federais que custeiam forças de segurança e auxiliam nas despesas das áreas de saúde e educação no DF. Com reação negativa, o parlamentar recua para “reavaliação”.”
“De olho no Fundo Constitucional”
(Por Ana Maria Campos, CB, 21/12/22)
Cobiçado por políticos de todo o país, o Fundo Constitucional do Distrito Federal volta e meia aparece na mira de alguma medida para extinção ou pelo menos redução. A verba que em 2023 chegará a R$ 22,9 bilhões entrou no foco do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) que apresentou uma proposta de emenda constitucional (PEC) decretando a distribuição dos recursos para todas as unidades da Federação, exclusivamente para as áreas de saúde e educação, de acordo com critérios do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE).
A reação dos políticos do Distrito Federal foi gigante. A senadora Leila Barros (PDT-DF) conversou com Randolfe, mostrando a gravidade da questão. O deputado distrital Chico Vigilante (PT) gravou um pronunciamento nas redes sociais em que considerou a proposta “criminosa, insana e inaceitável”. Chegou a dizer que romperia com o PT se o partido abraçar a causa.
A proposta não é inédita, mas chamou a atenção neste momento em que o Congresso discute remanejamento de recursos para ações sociais e especialmente por ter partido de Randolfe, que fala com a autoridade de quem foi um dos coordenadores da campanha do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
Mas Randolfe recuou. A assessoria do senador disse que ele retirou a PEC da tramitação para reavaliação. Contava até ontem com quatro assinaturas. Para andar na Casa, uma proposta de emenda constitucional depende de 27 assinaturas.
A obrigação federal de manter financeiramente as forças de segurança do DF está prevista na Constituição de 1988 e o Fundo Constitucional foi aprovado como lei no fim do governo de Fernando Henrique Cardoso, em dezembro de 2002. Foi uma luta dos políticos do DF, especialmente o então governador do DF, Joaquim Roriz.
O então deputado federal Pedro Celso (PT) foi o relator do projeto de lei. Uma emenda do então deputado Geraldo Magela (PT) estabeleceu que a correção do valor do fundo se dá pela variação da receita corrente líquida do governo federal. “Isso faz com que a correção quase sempre seja maior do que a inflação do ano”, afirma Magela.
Para Magela, a PEC foi um erro. “O senador Ranfolfe errou ao apresentar proposta para revogar o fundo. E fez isso sem consultar ninguém do DF”, diz o petista, que coordenou a campanha de Lula no Distrito Federal.
Antes da lei, cada repasse do governo federal para a capital do país exigia uma árdua negociação política e dependia da boa relação entre a Presidência da República e o Palácio do Buriti.
Hoje o Fundo Constitucional é mais do que nunca essencial. O governo do Distrito Federal não tem condições de manter, com arrecadação própria, as áreas de saúde, segurança e educação sem os repasses federais.
O Fundo Constitucional representa 40% do orçamento total do DF. São R$ 34,4 bilhões de arrecadação própria e R$ 22,9 bilhões do Fundo Constitucional, num total de R$ 57,3 bilhões, segundo o orçamento de 2023.
Na justificativa, Randolfe apresentou seu ponto de vista: “Não se desconhece a relevância do FCDF. Contudo, concebe-se que ele teve sua importância histórica nos primórdios da redemocratização do país, em que foi necessário o fortalecimento do aparato estatal no Distrito Federal, escolhido como o lócus para a capital do país e seus intrínsecos efeitos econômicos. Mais de 30 anos depois da previsão constitucional do fundo e passados 20 anos de sua instituição legal, inclusive para setores não inicialmente previstos pelo legislador constituinte, entende-se que ele cumpriu o seu papel de fortalecer a prestação de serviços públicos no Distrito Federal, que é hoje uma das unidades da Federação com maior renda per capita e com maior IDH, além de menores índices de criminalidades”.
Randolfe ressalta que o DF mantém um orçamento “folgado”, enquanto outros estados “se apertam ao extremo para garantir o fechamento das contas públicas”.
Para Chico Vigilante, a proposta inviabiliza as contas da capital do país. Pelas redes sociais, Vigilante disse: “Você tem noção exata, senador Randolfe Rodrigues, do mal que você quer causar à população do Distrito Federal? Essa proposta de emenda à Constituição, senador Randolfe, é um crime contra mais de três milhões de moradores da capital da República. É inaceitável essa sua proposta, senador Randolfe Rodrigues”.
O Fundo Constitucional do DF para 2023:
Segurança Pública: R$ 10.196.975.688,00
Saúde: R$ 7.144.401.762,00
Educação: R$ 5.630.274.890,00
Total: R$ 22.971.652.340,00
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/12/21/interna_cidades,377771/de-olho-no-fundo-constitucional.shtml)
O Fundo Constitucional é legal. Porém, imoral!!!
Cadê o princípio de isonomia, em relação às demais Unidades da Federação?
Atentem: a tripé básico, Segurança Pública, Saúde e Educação do DF, é custeado pela União. Ou seja: todos os cidadãos brasileiros “contribui” para o bem estar dos cidadãos de uma só Unidade da Federação.
E se você assistir ao noticiário local, será informado de que a Segurança Pública, a Saúde e a Educação, é um caos no Distrito Federal.
Se não é por falta de recursos financeiros, o que estará por trás da bagunça relatada nos noticiários?
Quem sabe não comenta. . .
Pensando bem…
(Cláudio Humberto, DP, 21/12/22)
…o STF acabou o “orçamento secreto”, mas não o gasto dos R$19,4 bilhões, que agora serão rateados entre os salivantes parlamentares.
Matutando bem…
(Matutildo, aqui e agora)
Se houver transparência e paridade na divisão do butim dos 19 bi, já será um avanço.
CaPTuradamente, caPTurado!
“País capturado”
O Brasil não “está quebrado”, como alega o PT, mas com certeza foi capturado pelo setor público, como tem dito o ex-ministro Delfim Netto: aumentaram ontem em 19,25% os salários de valores já siderais do Senado, onde há parlamentares ganhando menos que seus assessores.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/joesley-contrata-advogado-que-defendeu-lula-de-suas-delacoes)
Ele conhece bem “o caminho das togas”!
“Joesley contrata advogado que defendeu Lula de suas delações”
Após delatarem meio mundo na Lava Jato, os irmãos Joesley e Wesley Batista recrutam advogados de políticos poderosos. Eles se aproximaram de Frederick Wassef, da confiança da família Bolsonaro, e a investida mais recente é Cristiano Zanin, defensor de Lula na Lava Jato, inclusive das acusações do próprio Joesley. Agora, a tarefa de Zanin é abater a multa de R$10 bilhões da leniência da J&F no Ministério Público Federal, aliás, usada para reduzir a multa na negociação com a justiça americana.
(+em: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/joesley-contrata-advogado-que-defendeu-lula-de-suas-delacoes)
Sobre a charge: os PeTralhas já tem o lira sobre o taPeTe. Logo, logo irão puxá-lo!
Não se alegre. Vc sabe que é um jogo de forças. Lira sabe perder e reaver, com juros e correções. O tempo dirá isso com clareza. Entre Lira e Renan, Lula e o PT preferiram Renan e por motivos óbvios. Ele é no momento, mais perigoso pois tem o precedente da fidelidade. E fidelidade, lembra da mulher traída. E mulher traída é imprevisível… Lira ainda não é a mulher traída do PT, Lula e os seus. Mas, é vingativo. E vingança se faz com o tempo. E antes que ele construa a vingança Lula terá dado em compensação o que Lira perdeu agora