Este momento mágico é uma foto oficial da Fifa World Cup com a seguinte expressão “Wow”. Originalmente ela é mais ampliada. Os criativos das redes sociais, fechou-a e realçaram sobrepondo nela traços da suposta ergonometria e esforço à plasticidade dos movimentos que fez o camisa nove Richarlison, da Seleção Brasileira de Futebol, para marcar o segundo gol. E escreveram: “Perfection”. Como contestar o que está na cara, deu resultado e nos fez mais alegres na tarde de quinta-feira? Mas, há os que…
- By Herculano
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ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CXXVII
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Um espaço plural para debater as obscuridades e incoerências dos políticos, bem como à incompetência combinada com sacanagens dos gestores públicos com os nossos pesados impostos.
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48 comentários em “ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CXXVII”
Pensando bem…
(Cláudio Humberto, DP, 02/12/22)
…enquanto a Copa rolava, a Câmara aprovava a regulamentação da pouca vergonha, legitimando o lobby até para “influenciar” licitações.
Matutando bem…
(Matutildo, aqui e agora)
Na verdade, visa “se-regulamentar-se” apenas o que já é prática corriqueira, objetivando mais transparência.
+ sobre o relevante tema, em:
https://www.camara.leg.br/noticias/923489-camara-aprova-projeto-que-regulamenta-o-lobby
É bom lembrar que o então senador Marco Maciel apresentou sob o PLS 203/1989 proposta semelhante que, sob o PL 6132/1990, encontra-se dormitando em algum escaninho da Câmara dos Deputados.
+em: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=21283
Também pudera! No interior está infestado de cocô!!!
“Repelente”
A vida de quem trabalha na área externa do CCBB é bem diferente das ótimas instalações da equipe de transição. Longe do conforto da sede, seja com a imprensa ou com a segurança, os mosquitos são implacáveis.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/prostracao-de-bolsonaro-desaponta-seus-aliados)
De volta ao passado
“Passando o chapéu”
Na reunião de quinta com Lula, sindicalistas levaram na pauta, além do aumento real do mínimo, a pretensão esperta da volta da excrescência do imposto sindical. O pleito foi barrado antes por Geraldo Alckmin.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/prostracao-de-bolsonaro-desaponta-seus-aliados)
Alguém aí duvida que a excrescência do imposto sindical retornará?
A pelegada está faminta!
Parabéns, Catarinenses!
“A voz do povo”
Virou sensação na Câmara, esta semana, o caminhoneiro valente Zé Trovão (PL-SC), eleito deputado federal, apesar de censurado e da tornozeleira. Todos queriam selfie com ele, até a turma do cafezinho.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/prostracao-de-bolsonaro-desaponta-seus-aliados)
Vergonha.
“Prostração de Bolsonaro desaponta seus aliados”
(Por Cláudio Humberto, DP, 02/12/22)
É crescente o desapontamento dos apoiadores de Jair Bolsonaro com seu estado de prostração, sem articular palavra, como que se esperava de quem, embora oficialmente derrotado, saiu das urnas com um raro capital político de líder da oposição, com mais de 58 milhões de votos. Ao contrário, a atitude do presidente é de desinteresse no próprio legado. No jantar organizado pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, terça (29), ele parecia não querer estar ali. Chegou calado e foi embora assim.
(+em: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/prostracao-de-bolsonaro-desaponta-seus-aliados)
Em respeito aos 58 milhões de eleitores do capitão zero zero, o parafraseador Matutildo, parafraseia Abraham Lincoln:
“É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é um derrotado do que falar e acabar com a dúvida.”
Deutschland raus
Parte da imprensa brasileira está se vangloriando da saída da Alemanha da Copa do Qatar, alegando até uma praga do 7 a 1.
Pura babaquice! Quem carrega a praga do 7 a 1 somos nós e, principalmente o esclerosado felipão!
Já a Imprensa Alemã considerou uma vergonha para a Nação.
No entanto, vergonha mesmo foi o papelão da arbitragem e da Espanha no jogo contra o Japão (com o devido respeito à Terra do Sol Nascente).
Mas, futebol é assim mesmo! Jogo é jogado, lambari é pescado e resultado é manipulado!
“Me-lembrei-me” da placa exposta sobre a arquibancada do Estádio ARS na Rua das Palmeiras: “Salve Torcida Farroupilha”
“Empresário Bertolucci compra Ferroviária e fecha reforços para o Paulistão.”
. . .adquirindo 92% de ações que eram de Saul Klein e seu braço esportivo, a MS Sports.
(+em: https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/2022/11/30/empresario-bertolucci-compra-ferroviaria-e-fecha-reforcos-para-o-paulistao.htm)
Seguramente, o grupo de funcionários da antiga empresa Estrada de Ferro Araraquara (EFA), que fundou a AFE em 12 de abril de 1950, não estão descansando em paz.
Matutando bem. . .os fundadores do Palmeiras Esporte Clube, tiveram prejuízo maior: até a sua sede foi tomada e sua memória apagada!
+ sobre o meu saudoso Palmeirinhas de grandes jogadores, em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Blumenau_Esporte_Clube_(1919)#:~:text=Em%201944%2C%20ap%C3%B3s%20lei%20federal,nome%20de%20Blumenau%20Esporte%20Clube.
Neto do Tancredo sai do sarcófago
“PSDB deve ser oposição a Lula para sobreviver, diz Aécio”
– Deputado aponta erro do partido ao não lançar candidato próprio à Presidência e diz que PT é enraizado no atraso. . .
(+em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/12/psdb-deve-ser-oposicao-a-lula-para-sobreviver-diz-aecio.shtml)
Porteira aberta!
Depois que a quadrilha do lula retomou o “pudê”, ou seja: voltou à cena do crime, o aécio também tem o direto ao seu quinhão!
Daqui para frente, é bom que nós burros de cargas, conheçamos o dicionário dos presidiários:
https://livrozilla.com/doc/1421727/termos-e-g%C3%ADrias-utilizados-por-detentos-
Força, Rei Pelé!
“Pelé fala em ‘visita mensal’ ao hospital e agradece Qatar por mensagem.”
(+em: https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/2022/12/01/pele-fala-em-visita-mensal-ao-hospital-e-agradece-qatar-por-mensagem.htm)
Vale lembrar:
Pelé, primeiro e único Rei do Futebol Mundial!!!
Pelé, primeiro e único Rei do Futebol Mundial!!!
Pelé, primeiro e único Rei do Futebol Mundial!!!
PeTê X PeLê
“Lira busca driblar impasse na Câmara entre PT de Lula e PL de Bolsonaro”
(+em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/12/lira-busca-driblar-impasse-na-camara-entre-pt-de-lula-e-pl-de-bolsonaro.shtml)
Huuummm. . .será que vem aí o PeTêLê?
Huuummm. . ….e, “se-juntarem-se” à eles os dois KarmannGhias (um do PCB e outro do PCdoB) abarrotados de comunistas, teremos o PeTêLêCo. . .
Como profetiza o José Simão: “nóis sofre, mais nóis goza”! Já a desnorteada Martaxa Suplício, diria: “relaxem e gozem!”
PiNçadas e PiTacos do Matutildo em “drops” da Coluna Brasília-DF, CB, 01/12/22)
1) O sonho do PSD
O PSD de Gilberto Kassab, futuro secretário de Governo do Estado de São Paulo, mira o Ministério da Infraestrutura. É onde o partido terá mais facilidade com a transição, uma vez que a atual equipe foi montada pelo governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
M) O Engenheiro Kassab continua sendo o único presidente de Partido com visão macro e joga em qualquer time e posição.
2) Efeito Eduardo
Depois das imagens do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no Catar durante o jogo do Brasil contra a Suíça, o bloqueio das estradas praticamente acabou.
M) Golaço contra do edu bananinha!
3) Abre teu olho, 03
A agenda de Eduardo Bolsonaro apresentando que ele estava presente à sessão não-deliberativa, levada às redes sociais pelo deputado André Janones (Avante-MG), corre o risco de ir parar no Conselho de Ética. Já tem gente estudando o assunto.
M) Como sempre teclo, o principal problema do capitão zero zero são os filhos zero e tantos.
4) Por falar em Bolsonaro…
O tratamento que o presidente da República recebeu no PL, no jantar coincidentemente marcado para o trigésimo dia pós-derrota, serviu para consolidar a posição de Jair Bolsonaro como presidente de honra do PL.
M) Presidente de honra é figura decorativa e o capitão zero zero, por sua formação, quer ser protagonista. Vem aí o PLdoB!
5) Os curingas de Lula
Pelo menos quatro nomes podem ir para qualquer ministério do novo governo: Aloizio Mercadante, Fernando Haddad, Alexandre Padilha e Jaques Wagner. Todos do PT. Já os aliados têm endereço certo.
M) Quarteto PeTralha é decadente, retrógrado e mofado. Parecem mais os reis da canção do Ivan Lins
https://www.facebook.com/ivanlinsoficial/videos/ivan-lins-cartomante/2718507241724795/
Huuummm. . .”Já os aliados têm endereço certo”: a porta dos fundos!
6) Por falar em aliados…
O ex-governador de São Paulo Márcio França (foto) desfilou pelo Centro Cultural do Banco do Brasil sendo chamado de ministro pelos colegas.
M) Um ministeriozinho qualquer para contemplar os socialistas, né picolé? E, talvez, uma parreira para amparar os baraços do chuchu?
7) “Novos amigos”
O casamento do União Brasil com o futuro governo será de “papel passado, no civil e no religioso”, dizem os petistas. Com o senador eleito Sérgio Moro (PR) e tudo mais.
M) “Cumpanhêru” Moro!!! Saudades dos 580 dias de cana!!! Graças à eles que conheci a “janja boca de garoupa”!!!
8) Enquanto isso, no TSE…
Ao antecipar a diplomação de Lula para o próximo dia 12, o Tribunal Superior Eleitoral espera diminuir a tensão na porta dos quartéis. Resta saber se vai funcionar, uma vez que Bolsonaro continua calado. Há quem diga que a depressão do presidente ainda não passou, mesmo após um mês da derrota.
M) Se, 12 de dezembro, no calendário gregoriano, é o 346º dia de 2022, então. . .BINGO! 3+4+6=13. . .
Venenosamente, venenosos
“Baiacu oceânico encontrado no Reino Unido tem toxina 1.200 mais vezes mortal que o cianeto. Raro e perigoso. ”
(Por José Matias-Pereira, Lago Sul, CB, 01/12/22)
Enquanto isso. . .em Pindorama, inicia-se a era “lula” e “janja boca de garoupa” tão venenosos quanto o baiacu inglês.
Que venha 2026, com renovações!
O tal PeLê já está “se-pintando-se” para a guerra
“Gol contra em mudança de jogo”
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, tomou uma atitude inimaginável aos olhos dos antigos aliados da política. Ele sempre dizia que não se briga com quem paga o seu salário. No caso dos partidos, o contracheque é emitido pela Justiça Eleitoral, por meio dos fundos partidário e eleitoral. Quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) instituiu a verticalização das coligações partidárias por meio de uma interpretação da Constituição, Valdemar foi aconselhado a atacar a medida judicialmente. Mas não quis briga com os ministros do TSE. Agora, agiu diferente. Ao questionar a credibilidade das urnas eletrônicas, menina dos olhos do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, Valdemar desafiou o dono da chave do cofre dos partidos. Resultado: uma multa de R$ 22,9 milhões por suposta litigância de má-fé e um bloqueio imediato de R$ 13,6 milhões.
“Bolsonarista de verdade”
Para políticos do PL, o presidente Jair Bolsonaro vai travar uma guerra interna pela presidência da legenda. O presidente quer no controle do PL o filho 01, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), ou algum bolsonarista-raiz. Mas Valdemar Costa Neto não vai aceitar um golpe dentro de sua legenda. Ainda mais agora. Com 99 deputados eleitos, o PL vai ser o dono da maior bolada dos fundos partidário e eleitoral.
“Queda de braço”
Uma queda de braço entre os aliados de Bolsonaro e de Valdemar Costa Neto no PL deve ocorrer no Distrito Federal. Se depender do atual presidente do partido, o controle permanece nas mãos do ex-governador José Roberto Arruda e da deputada federal Flávia Arruda, embora os dois estejam sem mandato a partir de 2023. Mas Bolsonaro prefere a deputada Bia Kicis (PL-DF), aliada leal, reeleita como a mais votada no DF.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/11/30/interna_cidades,376875/eixo-capital.shtml)
Huuummm. . .será que vem aí o PLdoB?
. . .”O único tirano que aceito neste mundo é a voz interior, suave e serena.”. . .
“Conversa com Gandhi”
(Por Severino Francisco, Crônica da cidade, CB, 30/11/22)
Bomba! No momento em que se rediscute projetos para flexibilizar a posse de armas, esta coluna conseguiu uma entrevista mediúnica exclusiva com o grande líder pacifista Mahatma Gandhi. Fala, mestre!
Qual a sua visão de democracia e por que ela é importante?
Minha noção de democracia é um regime em que o mais fraco deve ter as mesmas oportunidades que os mais fortes. A democracia disciplinada e esclarecida é a melhor coisa do mundo.
Como enfrentar os inimigos da democracia?
O único tirano que aceito neste mundo é a voz interior, suave e serena.
Nós estamos vivendo um momento de muita intolerância. O que fazer?
A lei de ouro do comportamento é a tolerância mútua, já que nunca pensaremos todos da mesma maneira, já que nunca veremos senão uma parte da verdade e sob ângulos diversos.
Como se livrar de uma agenda do ódio que domina o nosso país?
Eu me considero incapaz de odiar qualquer ser humano no mundo. Por meio de um longo caminho de disciplina e devoção deixei de odiar a quem quer que fosse. Olho por olho, e o mundo acabará cego.
Um dos efeitos da corrupção que nos assola não é desvalorizar o trabalho?
Nada desmoraliza tanto uma nação como aprender a desprezar o trabalhador. A pureza de espírito e a ociosidade são incompatíveis.
As máquinas libertam ou aprisionam o homem?
Para serem bem usadas, as máquinas têm de ajudar e atenuar o esforço humano. O uso atual das máquinas tende cada vez mais a concentrar a riqueza nas mãos de uns poucos em total menosprezo a milhões de homens e mulheres, cujo pão lhes é arrebatado da boca.
Como enfrentar o culto da violência?
Eu sou contra a violência porque parece fazer bem, mas o bem só é temporário; o mal que faz é que é permanente. Creio que a não violência é infinitamente superior à violência.
A não violência é uma filosofia dos fracos?
A não violência exige muito mais coragem do que a violência. Não estou pedindo que se pratique a não violência por ser uma nação fraca. Quero que se pratique a não violência por estar consciente de sua força e poder. A força da não violência é infinitamente maior do que todas as armas inventadas pela engenhosidade do homem. Essa força da não violência só é ativa se temos um amor a Deus.
As suas ideias são belas, mas elas são viáveis?
Aqueles que querem praticar o bem não são egoístas, não têm pressa. Sabem que é preciso muito tempo para impregnar as pessoas com o bem. A força não provém da capacidade física. Provém de uma vontade indomável.
Como resolver a questão da pobreza no mundo?
Há riqueza bastante no mundo para as necessidades do homem, mas não para a sua ambição.
Que mensagem o senhor deixaria aos governantes neste momento tão conturbado?
Dai-me um povo que acredita no amor e vereis a felicidade sobre a Terra. O amor é a força mais sutil do mundo. O amor é a força mais abstrata, e também a mais potente que há no mundo.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/11/30/interna_cidades,376873/cronica-da-cidade.shtml)
. . .”Os constituintes cuidaram de registrar a origem do poder logo no primeiro artigo, como a anunciar que a Constituição tem origem no povo e serve para impor limites ao Estado, que está a serviço do povo.”. . .
“O poder original”
(Por Alexandre Garcia, CB, 30/11/22)
Nunca se valorizou tanto o parágrafo único do primeiro artigo da Constituição: “Todo o poder emana do povo, que o exerce através de seus representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”. Democracia vem do grego: demos é povo e kratos é poder. É o regime em que o povo é origem do poder. O povo transfere seu poder pelo voto, mas mantém seu poder original.
Quem foi escolhido pelo voto está representando o povo. Autoridade sem voto recebe poder de modo indireto, através de mecanismos criados pelos representantes eleitos. Os constituintes cuidaram de registrar a origem do poder logo no primeiro artigo, como a anunciar que a Constituição tem origem no povo e serve para impor limites ao Estado, que está a serviço do povo.
O supremo poder é do povo. O povo é o alfa e o ômega — início e fim — em uma democracia. Na democracia, vale a vontade da maioria do povo, expressa por plebiscito, referendo ou eleição. O último referendo foi em 2005, em que 64% dos eleitores decidiram que é livre o comércio de armas. No entanto, há quem insista em contrariar essa vontade expressa de uma maioria de quase dois terços.
Já a última eleição mostrou o vencedor com pouco mais da metade dos votos válidos. No segundo e decisivo turno, se abstiveram, votaram em branco e anularam o voto quase 38 milhões de eleitores. O vencedor teve 60 milhões de votos e vai governar para 215 milhões de brasileiros.
A pequena diferença entre os dois candidatos exigiu esclarecimentos sobre o sistema digital de voto, e as dúvidas se mantiveram, servindo como gota que transbordou um cálice cheio de violações sucessivas à Constituição nos últimos anos.
Medidas
Duas medidas poderiam evitar a inquietação que hoje paira sobre o país. Se o Supremo Tribunal Federal (STF) não tivesse derrubado a decisão de mais de 70% dos congressistas sobre o comprovante impresso do voto, estaríamos tirando dúvidas e conferindo as apurações com a transparência estabelecida pelo artigo 37 da Constituição. E se os presidentes do Senado — Davi Alcolumbre e Rodrigo Pacheco — tivessem atendido a requerimentos de senadores para investigar violações da Constituição — que atingiram o devido processo legal, a liberdade de expressão, a autonomia dos poderes —, já se teria dado um basta precoce nos avanços extraconstitucionais de guardiões da Constituição.
Ministros do Supremo se tornaram legisladores, constituintes e políticos — é o argumento mais comum dos requerimentos que dormitam à espera de agendamento no Senado.
Hoje se teme o risco de convulsão por causa da inação do presidente do Senado, ao tempo em que ministros do Supremo agem cada vez mais além de seus limites. Sobre a censura, há silêncio dos que pensam estar sendo beneficiados por ela. Sentindo que o Senado não os está representando, esse povo apela aos quartéis, formando um crescente pedido de ajuda. Esse povo exerce a alternativa da democracia direta, prevista no primeiro artigo da Constituição. Se os representantes nada fazem, nem dão satisfação — ao contrário, silenciam ou ironizam —, essa gente desapontada com as instituições fermenta seu poder legítimo que é o poder original.
A falta de repostas não resolve, só agrava. Há uma corda cada vez mais esticada.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/brasil/2022/11/30/interna_brasil,376907/o-poder-original.shtml)
. . .”No Brasil, até hoje, os processos envolvendo a Copa de 2014, que abarrotam os tribunais de todo o país, também não resultaram em nada.”. . .
“De costas para a Copa”
(Circe Cunha, Coluna VLO, CB, 30/11/22)
Ao contrário do que se via em edições passadas, a Copa do Mundo de Futebol, patrocinada por uma entidade (Federação Internacional de Associações de Futebol/FIFA) pra lá de enrolada com escândalos de corrupção, não tem merecido, ao menos por parte dos brasileiros despertos para as agruras atuais do país, a atenção e o apoio que possuía em tempos idos.
Hoje, a impressão que fica, em muitos, é que essa Copa no Catar se transformou num evento “prá lá de Marrakech “, distante e perdido no tempo. Hoje, a maioria dos torcedores que ainda dedicam seu tempo a assistir as disputas do ludopédio internacional, observam esses jogos com um misto de desconfiança e de saudosismo. Desconfiança porque sabem, através das redes sociais, como foi construído todo esse palco fake para hospedar os jogos. Segundo consta, mais de cinco mil trabalhadores, vindos de países pobres da Ásia e de outras partes da África, mão de obra que muito bem poderia ser classificada como escravos modernos, perderam a vida durante a construção das obras para sediar essa Copa. Trata-se aqui de trabalhadores anônimos e sem importância maior para o evento mundial.
Também chegam notícias de que os Árabes encheram as malas dos cartolas com milhões de dólares e muitos quilos de ouro para assegurar certas facilidades para esse espetáculo. Investigar as movimentações suspeitas em mais essa Copa, no país anfitrião, que é reconhecidamente uma ditadura fechada e retrógrada, não irá avançar um milímetro sequer. No Brasil, até hoje, os processos envolvendo a Copa de 2014, que abarrotam os tribunais de todo o país, também não resultaram em nada. Onde quer se ande pelas cidades do Brasil, ainda é possível ver os gigantescos e abandonados estádios de futebol, construídos com sobrepreço e desvios de toda a ordem, verdadeiros elefantes brancos ou monumentos à corrupção e à impunidade.
São, por fatos como esse, que o torcedor, que antigamente vestia a camisa do clube, hoje, vendo o que ocorre nos bastidores desse esporte, ficou desiludido com o futebol. Felizmente hoje, parte da antiga torcida acordou para as manobras e mutretas que escondem esse esporte. Usado como estratégia ufanista de muitos ditadores, que recorriam ao futebol como meio de iludir e distrair o povão das agruras e da violência dia a dia, o futebol perdeu seu colorido.
Agora, em dias de jogos da seleção brasileira, mais do que observar a partida, é preciso ficar de olho no que ocorre, ao mesmo tempo, nos bastidores da política. Alguns entendidos nessas manobras alertam para a possibilidade de a final dessa Copa coincidir com votações de projetos importantes para o país, como aquele que coloca um ponto final na possibilidade de abrir-se processos de impeachment contra autoridades togadas e outros próceres da República. Olho vivo é preciso! Nessa Copa, a melhor posição diante da TV é ficar de costas para os jogos e com a atenção voltada para dentro do campo político, onde ocorrem os jogos de Estado que nos interessam e que trazem consequências na vida cotidiana de todos.
A frase que foi pronunciada:
“Os caras roubam os clubes, acabam com o dinheiro, e vêm botar a culpa na Lei Pelé.” (Pelé)
(Fonte: https://blogs.correiobraziliense.com.br/aricunha/de-costas-para-a-copa/)
E o piNçador Matutildo, piNçou. . .
“Alguns entendidos nessas manobras alertam para a possibilidade de a final dessa Copa coincidir com votações de projetos importantes para o país, como aquele que coloca um ponto final na possibilidade de abrir-se processos de impeachment contra autoridades togadas e outros próceres da República.”
. . .e corroborou com a tese:
Ontem, por exemplo, no Senado, havia sido pautada uma sessão extraordinária para aprovarem a nova lei dos agrotóxicos, que segundo especialistas, é uma ode ao extermínio de vidas em massa. Foi brecada, pelo que consta, pelo valoroso Ministério Público.
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Acabei de receber um link para a matéria jornalística intitulada “O bobo da corte e o medo”.
Uma teoria sobre como a posse de informações comprometedoras pode reorganizar a política – mesmo sem ameaça explícita.
(Por Paula Schmitt, no Poder 360)
Vale a pena ler de novo:
https://www.poder360.com.br/opiniao/o-bobo-da-corte-e-o-medo/
“drops” da Coluna CH, diário do Poder, 30/11/22, e “matutildadas” do Matutildo:
1) “‘Pragmatismo’ leva Lula a se reaproximar de Lira”
O presidente eleito Lula busca reaproximação com o deputado Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, porque tem experiência e até um histórico que recomendam não perder tempo com brigas inglórias. Até porque o PT e aliados, não têm votos para derrotar a candidatura de Lira à reeleição na Câmara, no início de fevereiro. A aliança ainda põe o Centrão com um pé na base governista. Lula não esquece: governos do PT se deram muito mal quando tentaram impor um presidente da Casa.
M) Gato escaldado tem medo de água fria. . .
2) Empresas gastam R$181 bi para pagar impostos
Empresas brasileiras gastam R$181 bilhões por ano para atenderem o complexo sistema tributário. São mais de 4.600 normas no total. Desde a promulgação da Constituição, em 1988, foram criadas 390 mil normas tributárias, média de 37 novas ao dia. O tema foi discutido em almoço da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, que acabou com o triste aviso do deputado José Neto (PT-BA), no evento, de que o novo governo promete ainda mais regras e não a desburocratização dessa área.
M) Não tem perigo dessa geringonça funcionar. . .
3) Repeteco à vista
Somando quase 70 pessoas com passagens na polícia, a equipe de transição, espécie de prévia do futuro governo, sinaliza um futuro sombrio para os lulistas com repeteco de Mensalão, Petrolão etc.
M) E o pior é que, a quadrilha agora já sabe o caminho das pedras. . .
4) Impacto bilionário
O aumento de 50% aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo para o funcionalismo público estadual (começando pelo governador) vai custar R$1,7 bilhão aos pagadores de impostos.
M) Seguramente o efeito cascata atingirá as demais Unidades da Federação. . .
5) O escolhido de Lula
Ao desembarcar em Brasília na companhia de Fernando Haddad, Lula demonstrou que se o campeão em derrotas eleitorais deve virar mesmo ministro da Fazenda. Ou ocupará cargo muito importante no governo.
M) Nóis pega a teoria econômica, nóis faiz pikadinho dela e nóis manda para o tio Sam. . .
(+em: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/pragmatismo-leva-lula-a-se-reaproximar-de-lira)
Sabem nada! Inocentes!
“Lira é hostilizado por bolsonaristas ao chegar a jantar de PL com Bolsonaro.”
(+em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/11/lira-e-hostilizado-por-bolsonaristas-ao-chegar-a-jantar-de-pl-com-bolsonaro.shtml)
Para quem trocou o Moro pelo centrão do ex presidiário lira. . .
Alô, gal. AH!
Se gritar pega ladrão/só fico eu com o centrão. . .
Quando eu escrevo e há anos, que político é um bicho camaleão e para o seu bolso e perpétuo poder, e o eleitor um trouxa que se enxerga não distingue merda de peido…
“Teimosia”
(Por Sergio Vaz, Tantas Palavras, CB, 29/11/22)
Não adianta
quebrarem minhas pernas,
furar meus olhos
ou falar pelas costas.
O que sustenta meu corpo
são as minhas ideias.
Braços descruzados,
tenho um cérebro com asas
e sou todo coração.
Se me proibirem de andar sobre a água,
nado sobre a terra.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/11/29/interna_cidades,376831/tantas-palavras.shtml)
PiNçadas do piNçador Matutildo, da Coluna CH, no Diário do Poder, hoje (29/11/22):
1) Tutti buona gente
Levantamento preliminar mostra que há quase setenta investigados por crimes de corrupção e correlatos, na equipe de transição do governo. Gente que foi presa, sofreu buscas, cumpriu pena ou continua impune.
Veja mais sobre a quadrilha da transição (ou seria transação?) em:
https://noticias.r7.com/brasilia/governo-de-transicao-de-lula-tem-ao-menos-67-pessoas-investigadas-28112022
2) Briga de foice
Maurício Tomalsquim é o preferido de Lula para o Ministério de Minas e Energia, mas sofre rejeição no grupo de trabalho na Transição. O serpentário petista quer o senador Jean Paul Prates (PT-RN), proibido pela Lei das Estatais de assumir a presidência da Petrobras.
3) Fisiologismo, o retorno
A reunião da Transição com o MDB, até há pouco um “partido golpista”, confirma uma velha regra de Brasília: manda quem tem a caneta. E a cúpula desse partido, como todos os demais aliados, tem sede de tinta.
4) Jogada esperta
Lula usa uma velha jogada: mandou protocolar a PEC da Transição para “botar o bode na sala” e servir de roteiro nas tratativas com o Congresso. E nada impede que o texto venha a ser canibalizado nas negociações.
5) Gente ordinária
A Copa do Mundo consagra craques como Richarlison, pelos gols que fez, ou Neymar, pela falta que faz. E muita gente ordinária que, por razões ideológicas, comemora a contusão do nosso maior craque.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/lula-teme-oposicao-dura-e-evita-aproximacao-com-governadores)
. . .”É crucial, pari passo, estimular Forças Armadas com perfil profissional inconteste, que as afaste das armadilhas da política partidária, ao tempo em que se estimule junto ao cidadão comum conhecê-las por dentro, dirimindo fantasmas.”. . .
“Uma ponderação sobre as relações civis e militares”
(Por Otávio Rêgo Barros, General de Reserva, foi chefe do Serviço de Comunicação do Exército, CB, 28/11/22)
“Para abolir a guerra há que remover suas causas que residem na imperfeição da natureza humana.” (Liddell Hart)
Uma discussão sobre o papel das Forças Armadas se instalou para além dos muros dos quartéis. O momento político foi o catalisador. Formou-se um torvelinho de opiniões divergentes, desamparadas de conhecimento qualificado, que bruma grupos da sociedade.
Há uma incompreensão da população, em especial formadores de opinião, diante da obrigação do profissional das armas em ser pragmático no planejamento e execução de suas tarefas. Ela espera que emoções definam as decisões dos homens e mulheres das armas e que essas decisões sejam tomadas de afogadilho no talão da bota (expressão militar que indica a escolha da opção de combate sem muito pensar) como se pressa fosse sinônimo de eficácia.
O soldado tem o dever de se posicionar publicamente e com serenidade sobre fatos que afetem o seu papel legal, a sua missão, a estrutura de meios e o desempenho dos recursos humanos. Seu porta-voz, a figura do comandante, vestido da couraça envelhecida por anos de labuta, não pode se permitir que seu julgamento seja deformado por conveniências emocionais ou políticas.
Ele atua consciente de que a responsabilidade do militar perante o Estado é de natureza tríplice e precisa estar clara na consciência de seus tutores, a sociedade, bem como dos detentores do poder político. O militar exerce uma função representativa, uma consultiva e uma executiva. Essas etapas, quando bem definidas, fortalecem a política de defesa de uma nação.
A função representativa trata das reivindicações da segurança militar dentro da máquina de Estado. A consultiva versa sobre as linhas de ação propostas pelo Estado na ótica castrense.E a executiva põe em prática as decisões do Estado relativas à segurança nacional. As forças exercidas essas funções, controladas por um sistema de freios e contrapesos institucionais, naturais em um ambiente democrático, buscam o equilíbrio entre o lícito interesse corporativo do militar e o necessário controle pela sociedade.
As relações entre civis e militares também são influenciadas pelas exigências de segurança externa e interna e pela natureza dos valores latentes na população. Nessas circunstâncias, o desconhecimento pela sociedade do tema ofende o senso natural de sobrevivência do povo.
Não fosse bastante ter que imergir no estudo de tema áspero e de difícil entendimento pelo cidadão, mais recentemente, o artigo 142 da CF/88, que elenca as missões “pétreas” nas Forças Armadas, vem sofrendo ataques. A compreensão dessas tarefas deveria ter “transitado em julgado e, portanto, não caber recursos”. Todavia, ainda encontramos grupos que acolhem uma tese difusa na qual as Forças Armadas poderiam assumir um papel de poder moderador.
A teoria, defendida em ambientes inelásticos, personalistas ou eivados de interesses políticos, vem trazendo muita ansiedade na sociedade. Admito a necessidade de reflexão sobre a missão constitucional das Forças, incorporando-se um dinamismo modernizador ao conceito, que aclare possíveis imperfeições no texto. Não obstante, não se promovam modificações por contenciosos de momento.
A simbiose entre o civil e o militar só se concretizará se houver humildade para reconhecer erros pretéritos e resiliência para ultrapassar obstáculos futuros pelos personagens que dominam os lados opostos dessa ponte em perene construção. É crucial fortalecer a segurança das instituições sociais, econômicas, tecnológicas e políticas contra ameaças externas (das quais a médio prazo estamos libertos) e contenciosos internos indicadores de divisionismo (ardentes nos últimos tempos).
É crucial, pari passo, estimular Forças Armadas com perfil profissional inconteste, que as afaste das armadilhas da política partidária, ao tempo em que se estimule junto ao cidadão comum conhecê-las por dentro, dirimindo fantasmas.
Os cenários de guerra modernos não são mais westfaliano, quando se subordinavam à confrontação entre Estados-nação.
Atualmente, viceja a “guerra de quarta geração”, sem fronteiras, inimigos sem rosto e objetivos não palpáveis. O centro de gravidade é a vontade de lutar. A opinião pública é o objetivo a ser conquistado.
Por tudo isso, cabe tão somente à sociedade, mudando sua postura, a intransferível responsabilidade de avaliar adequações que possam ser necessárias ao papel das Forças Armadas. Fortalecê-las como instrumento independente de Estado, peça importante da estabilidade interna e da dissuasão externa. O momento político é catalisador de desafios, ao mesmo tempo gerador de oportunidades.
Paz e bem!
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/11/28/interna_opiniao,376772/uma-ponderacao-sobre-as-relacoes-civis-e-militares.shtml)
. . .”Esse pessoal na porta dos quartéis é massa de manobra, exatamente como foram os que desfilaram em 1964.”. . .
“Os arrependidos”
(Por André Gustavo Stumpf, Jornalista, CB, 28/11/22)
Os mais antigos vão se lembrar das multidões que tomaram as ruas das grandes cidades em 1964. Defendiam a família, a propriedade e atacavam o comunismo que, segundo as lideranças da época, estava às vésperas de dominar o Brasil. Essas marchas, apoiadas pela grande imprensa, abriram o caminho para que os militares colocassem seus tanques na rua e determinassem a falência dos governos civis. João Goulart deposto, conseguiu fugir do país. Dezenas de parlamentares foram cassados, buscaram asilo em embaixadas amigas ou encontraram meios para sair do território nacional.
Os líderes civis entendiam que os militares iriam permanecer por pouco tempo nas funções político-administrativas da nação. A eleição de Castello Branco para a Presidência da República foi realizada por intermédio de voto indireto, no Congresso Nacional. Juscelino Kubitschek votou a favor de Castello Branco, no maior erro de sua vida política. Passados alguns anos, com a adoção da tortura, censura e desrespeito aos direitos políticos dos cidadãos, os mesmos integrantes das marchas com Deus pela família contra o comunismo voltaram às ruas do país. Dessa vez para gritar slogans em favor da liberdade, do fim do estado policial e da censura no teatro, na televisão, na música e nos jornais. E exigir que os militares voltassem para os quartéis. Os arrependidos perceberam a extensão do erro.
Militares são treinados para cumprir missões. Missão dada é missão cumprida. Não são sutis. O chamado Comando Supremo da Revolução passou a prender gente à vontade. Sem prestar atenção às conexões familiares, nem aos sobrenomes. As famílias de classe média começaram a ser afetadas pelo rigor militar. Uma tentativa de reforma do sistema educacional jogou os jovens contra o regime. E a coisa desandou. Mais passeatas, mais repressão, mais prisões, mais torturas, mais desaparecidos. Até que o governo chegou ao paroxismo do AI-5, o ato que instituiu a ditadura pura e simples no país. Pequeno grupo, incentivado pelo PC do B, radicalizou com a guerrilha do Araguaia. O Exército perseguiu e matou quem se jogou nessa aventura no Centro-Oeste do país.
Naquele momento os generais não tinham o controle total do Exército, que era dividido em alas e correntes políticas. Uma delas, o pessoal de informações em conjunto com o da repressão, tinha efetiva influência no poder. Pessoas desapareciam num piscar de olhos. Chegaram a influir na imprensa. A resposta veio da forma de uma abertura política lenta, segura e parcelada de forma a controlar à esquerda e à direita. Foi o trabalho desenvolvido pelo governo Geisel e completado na administração Figueiredo.
Aquele movimento de 64, com pessoas protestando na rua, foi desmontado em 1984 também com pessoas nas ruas pedindo eleições diretas para Presidência da República. Somente em 1985, um presidente civil chegou à Presidência, 21 anos depois daquelas marchas com Deus, Pátria e Família pela liberdade.
Em tempos recentes, o pessoal que votou em Lula descobriu as ilicitudes cometidas durante os governos do Partido dos Trabalhadores e votou em massa no candidato Jair Bolsonaro. O presidente eleito em 2018 pegou carona, em 2013, nos primeiros movimentos de rua que pipocaram no Brasil sem controle da esquerda. Eles revelaram grupos violentos, os black blocs orientados pelas redes sociais, que conseguiram sensibilizar as igrejas neopentecostais e abrir espaço para o surgimento de uma extrema direita radical no Brasil. O governo Bolsonaro também foi radical na implantação da ideias reacionárias de seu guru Olavo de Carvalho. Promoveu farto desmatamento da Amazônia, cortou verbas das universidades, desmontou a proteção social e esqueceu da saúde do brasileiro. Transformou o país num pária internacional.
Os arrependidos descobriram o erro que haviam cometido e tornaram a eleger em 2022 o Lula que haviam repudiado em 2018. Agora, de novo, radicais movimentam as ruas das principais capitais brasileiras e se aglomeram na frente dos quartéis do Exército pedindo o golpe de Estado. Os generais ficam envaidecidos por serem lembrados como pais da Pátria. A sucessão de erros e arrependimentos deve ensinar ao brasileiro que é muito difícil, trabalhoso e demorado recolocar o país nos trilhos constitucionais depois que arbitrariedades passam a ser cometidas em nome da defesa do país, da família, da pátria, ou pior, em nome de Deus.
Os brasileiros conhecem os passos dessa estrada. A história torna evidente o tamanho do equívoco. Esse pessoal na porta dos quartéis é massa de manobra, exatamente como foram os que desfilaram em 1964. Quem não se lembra de seus erros está condenado a repeti-los.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/11/28/interna_opiniao,376771/os-arrependidos.shtml)
E o piNçador Matutildo, piNçou. . .e. . .
“Quem não se lembra de seus erros está condenado a repeti-los.”
. . .arrematou:
Se há tantos novos erros à serem cometidos, porque repetir os velhos erros?
“. . .importante legado do governo Michel Temer, blinda empresas públicas da gestão de políticos oportunistas. . .”
“Lei protege estatais proibindo políticos na direção”
(Por Cláudio Humberto, DP, 28/11/22)
Políticos como senador Jean Paul Prates (PT-RN), que se assanha para presidir a Petrobras, terão de “combinar com os russos”, como ponderava o craque Mané Garrincha. Entenda-se por “russos” nada menos que a lei 13.303/16, a Lei de Responsabilidade das Estatais, um dos mais importantes legados do governo Michel Temer, que blinda empresas públicas da gestão de políticos em geral, oportunistas ou não, sendo conhecidos larápios ou figurões sem passagens na polícia.
Ignorância
Petistas tipo Prates e Gleisi Hoffmann prejudicam estatais antes mesmo da posse de Lula, com palavras reveladoras de ignorância e preconceito.
Políticos fora
A Lei 13.303 estabelece regras necessárias para nomeação de dirigentes e conselheiros dessas empresas e suas subsidiárias.
Proteção a saques
A lei protege as estatais dos parlamentares ou dirigentes partidários, como aqueles que saquearam a Petrobras, nos governos do PT.
Três anos fora
Quem atuou em campanha eleitoral também está proibido de presidir estatais por três anos, o que também afasta Prates da Petrobras.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/lei-protege-estatais-proibindo-politicos-na-direcao)
Conheça a Lei 13.303/2016, que “Dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios” em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13303.htm
E como andará o comando das empresas públicas nos municípios da nossa Região?
Adenor em pauta
Afinal, qual a pronúncia correta do apelido do técnico da Canarinho?
a) Tite
b) Tchite
c) Tchitche
d) Titche
e) Titchi
f) Tchitchi
g) Todas acima
Na mesma reportagem, ouço várias pronúncias diferentes.
Brasil! Onde todos falam errado mas todos se entendem! (José Simão?)
A Coluna Brasília-DF, no CB de hoje, dá as tintas:
O “X” do mercado
O mercado colocou esta semana mais um ingrediente na negociação da PEC da Transição, além de prazos e valores do estouro — pontos que já estão criando problemas. A ideia agora é saber de onde vem o dinheiro. Até aqui, todas as declarações de políticos com assento no governo de transição tratam da necessidade de ampliar recursos nas mais diversas áreas, mas não dizem de onde sairão as verbas para fazer frente às despesas.
Entre os economistas está claro que, sem regra fiscal e clareza sobre a evolução das contas públicas, não dá para aprovar no curto prazo tudo o que vem sendo dito pelo futuro governo. Se não houver algo relativo ao financiamento das despesas, as resistências vão crescer. No Congresso, tem muita gente dizendo que é melhor garantir os R$ 600 e pagar esse valor do que incluir outras propostas e não ter recursos para bancar.
Melhor que nada
A preços de hoje, os parlamentares tendem a aprovar R$ 80 bilhões de extra teto, valor suficiente para garantir o Auxílio Brasil de R$ 600 (programa que deve voltar a se chamar Bolsa Família). E apenas por um ano.
Encantador de serpentes
A esperança dos políticos que atuam na transição é a de que a presença de Lula em Brasília ajude a aumentar o valor e o período. Uma ideia dos petistas é partir da proposta de Tasso Jereissati, que permite a ampliação do teto em R$ 80 bilhões. Assim, partem para a negociação como um piso e se torna mais fácil conseguir mais recursos.
Noves fora…
Lula, porém, terá que descer do palanque para negociar com os congressistas. A frente Parlamentar Evangélica, que se sentiu “perseguida” com as falas de Lula sobre responsabilizar pastores que não apoiarem a vacinação, é maior que qualquer partido. Nesta Legislatura são 112. Na próxima, 136.
Santo de casa…
Para a reforma tributária, petistas estão dispostos a investir na proposta do economista Bernard Appy, que tramita na Câmara como a PEC 45. Appy foi secretario-executivo do Ministério da Fazenda e chegou a assumir o cargo como interino, em 2007.
… não fez milagre
Quando deixou a pasta, depois de ocupar ainda a Secretaria de Política Econômica e a de reformas, foi assessor de Lula para a reforma tributária. À época, porém, seu projeto terminou não sendo encaminhado ao Congresso. A proposta foi apresentada em 2019 pelo atual presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP).
Sem coincidências
O PT se prepara para declarar logo o apoio a Arthur Lira (PP-AL) no mesmo dia em que está prevista a apresentação da PEC da Transição. É uma jogada ensaiada, para ver se consegue tirar de cena qualquer cobrança direta do Centrão em favor do Orçamento secreto (emendas de relator), que deve ficar mais transparente em 2023, por obra do Supremo Tribunal Federal (STF) e dos próprios parlamentares.
Acabou, mas continua
Circula nos grupos de WhatsApp bolsonaristas um aviso de manifestação/paralisação para bloquear a passagem de todos os veículos de carga nas estradas brasileiras em 1º de dezembro, a próxima quinta-feira. Entre as reivindicações, está a “anulação das eleições”, “dissolução do STF” e “Lula inelegível”. Só tem um probleminha: Lula já está eleito e cabe a quem perdeu se preparar para a próxima eleição, em 2026.
Por falar em manifestações…
O Exército continua “sentado na Constituição”, como relatam alguns generais. O silêncio do presidente Jair Bolsonaro na “Aspirantada 2022” foi lido como um sinal de que não há espaço para manobras de radicais.
A vida é feita de escolhas
Viralizou nas redes a postagem do senador Marcos do Val (foto) reclamando do salário de R$ 33 mil. Do Val reclama que, antes de entrar para a política, recebia em dois dias o que recebe hoje em um mês.
Vale lembrar: candidatura e exercício de mandato não são obrigatórios.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/11/27/interna_politica,376743/brasilia-df.shtml)
E o piNçador Matutildo pinçou. . .
“Até aqui, todas as declarações de políticos com assento no governo de transição tratam da necessidade de ampliar recursos nas mais diversas áreas, mas não dizem de onde sairão as verbas para fazer frente às despesas.”
e sugeriu:
que tal retirar as verbas para fazer frente às despesas extremamente necessárias à Nação, dos pornográficos fundos eleitoral e partidário e do famigerado “orçamento secreto”?
Hein, nababos tupiniquins?
. . .”Viemos de lugares distantes um do outro, somos brasileiras de povos diferentes, mas sabemos que pertencemos à mesma raça, a humana.”. . .
“No Planalto, de olho no planeta”
(Por Célia Xakriabá, Doutora em antropologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é deputada federal eleita e Sônia Guajajara, Deputada federal eleita, foi coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), CB, 27/11/22)
Os xakriabá são originários do cerrado mineiro; os guajajara brotaram da Amazônia maranhense. Viemos de lugares distantes um do outro, somos brasileiras de povos diferentes, mas sabemos que pertencemos à mesma raça, a humana. Também temos a noção de que o Brasil faz parte de algo muito maior: daquela que nos acolhe e de quem devemos cuidar, a Mãe Terra. Por isso, nossos mandatos de deputadas federais serão cumpridos no Planalto, mas de olho no planeta. Essa é a principal missão da Bancada do Cocar. Queremos ajudar a botar a boiada de Bolsonaro de volta para o curral.
Na ditadura, todo cidadão brasileiro sentiu na pele o que é ser tutelado (sic) pelo Estado. Para nós, doeu bem mais: enquanto a Comissão Nacional da Verdade afirma que 434 civis foram assassinados pelos militares, entre nós foram pelo menos 8.350 entre 1946 e 1988, sendo que antes de 1964 essas mortes foram causadas mais por omissão do Estado e a partir daquele ano, por ação direta. Antes do golpe, a Amazônia permanecia praticamente intocada; a partir dele, a devastação cresceu em níveis aterradores.
Embora nos mantivéssemos a uma distância segura da política institucional e seus vícios — à exceção da brilhante atuação do Cacique Xavante Mario Juruna na Câmara Federal, entre 1981 e 1985 — a redemocratização fertilizou o solo do movimento indígena. Ainda em 1987, a Terra Indígena Xakriabá, que fica no município de São João das Missões (MG), foi homologada. O preço que pagamos foi alto: os conflitos com invasores se arrastavam há anos, mas em 12 de fevereiro daquele ano, 15 grileiros invadiram a aldeia Sapé e assassinaram as lideranças Rosalino Gomes de Oliveira, Manuel Fiúza da Silva e José Pereira Santana enquanto dormiam.
Com o início dos trabalhos da Assembleia Constituinte, a geração que nos precedeu foi à luta para que nossos direitos fossem garantidos definitivamente. Entre os principais nomes dessa mobilização estava o Cacique Aritana Yawalapiti, levado pela covid-19 em 5 de agosto de 2020, devido à brutalidade de mais um governo autoritário — não só em relação aos indígenas, mas também com a população brasileira em geral, como ocorrera no século passado. A Constituição de 1988 não garantiu apenas nosso direito às nossas terras e o de preservarmos nossos costumes, como nos concedeu cidadania plena.
O prazo estabelecido para que todas as terras indígenas fossem homologadas era de cinco anos, em seu curto mandato o presidente Collor homologou 121. Foi um início animador, mas logo percebemos que nem mesmo o que está escrito em nossa lei máxima vale. As demarcações seguiram em câmera lenta e as invasões se intensificaram. Decidimos, então, nos organizar para valer. A despeito de sermos 305 povos e falarmos 274 línguas diferentes, temos muitas demandas em comum.
Em 2004, montamos em Brasília, pela primeira vez, o Acampamento Terra Livre (ATL) e no mesmo ano foi criada a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), que reúne associações de todas as regiões brasileiras. Ainda assim, em 2016, mais da metade da Terra Indígena Arariboia, lar da maioria dos guajajara, foi consumida por um incêndio criminoso, entre vários outros crimes.
Com a chegada ao poder de um presidente abertamente hostil às nossas causas e apenas uma representante no Congresso — Joênia Wapichana, a primeira deputada federal indígena da história e que valia por uma aldeia inteira, é verdade —, percebemos que era a hora de aldearmos a política institucional definitivamente. Não é de hoje que o mundo inteiro reconhece nossa importância para a preservação da natureza, o combate às mudanças climáticas e, consequentemente, a própria sobrevivência da humanidade. Somos vozes cada vez mais ativas nas Conferências do Clima, como a COP27, da qual participamos.
Bolsonaro é reconhecido pela comunidade internacional como um dos maiores inimigos do meio ambiente. Minas Gerais e Maranhão, nossos estados natais, ajudaram a derrotá-lo nas urnas. E nós vamos colaborar para reverter no Congresso as barbaridades que perpetrou contra a Amazônia e outros importantes biomas brasileiros, que são fundamentais para o futuro da raça humana. Somos guerreiras e sábias. Temos disposição para a luta e conhecimento ancestral de sobra para isso.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/11/27/interna_opiniao,376741/no-planalto-de-olho-no-planeta.shtml)
À julgar pelos 13 anos dos PeTralhas no poder, de tristes lambanças, estaremos caminhando na direção do o abismo
. . .”A pouco mais de um mês de o ano acabar, com uma Copa do Mundo no meio do caminho, é fundamental que se saiba em que direção o país caminhará pelos próximos quatro anos.”. . .
“Copa do Mundo e o novo governo”
(Visão do Correio (Braziliense), CB, 27/11/22)
Os últimos quatro anos foram desafiadores para o Brasil, com muitos conflitos entre poderes e problemas agravados pela pandemia, guerras no mundo e outros fatores. Chegou agora o momento de o país virar a chave e retomar a normalidade. Cabe ao futuro governo, com transparência e diálogo, reconstruir as pontes para a civilidade e o desenvolvimento econômico.
Não por acaso, a sociedade tem cobrado ações rápidas da próxima administração, seja na política, seja na economia. O Brasil precisa de horizonte depois de tanta incerteza. A pouco mais de um mês de o ano acabar, com uma Copa do Mundo no meio do caminho, é fundamental que se saiba em que direção o país caminhará pelos próximos quatro anos. Discursos sem consistência, promessas vazias, tentativas de desqualificar os críticos em nada contribuem para o debate qualificado que se espera. Muito pelo contrário. Só alimentam a desconfiança e o clima de tensão que nem o futebol espetacular apresentado pela Seleção Brasileira em sua estreia no Mundial do Catar foi capaz de diminuir.
Cobranças fazem parte do jogo democrático e devem ser vistas com naturalidade, inclusive as dos agentes financeiros, que anseiam por sinais contundentes do que será a política econômica até 2026 e quem a conduzirá. Os atropelos enfrentados pelo Brasil na última década deixaram marcas profundas na imagem do país. Espera-se fortemente que os erros não se repitam, para que, enfim, a população, sobretudo a mais vulnerável, possa saborear o que é o bem-estar social, artigo que tem se tornado escasso num mundo marcado por conflitos, radicalização, autoritarismo e inflação resistente.
A expectativa é de que, se fizer as escolhas corretas, o Brasil se torne um espelho para parte do globo. O resultado das últimas eleições foi visto por líderes mundiais como um importante freio em um movimento que relembra alguns dos piores momentos da história — o fascismo. Agora, é preciso que o país recupere o crescimento econômico sustentado, promova a ascensão social e reforce sua democracia. Há bilhões de dólares esperando os primeiros sinais positivos para que os fluxos de investimentos à maior nação sul-americana sejam retomados.
A contagem regressiva em relação ao Brasil já começou. Da mesma forma em que todos os olhos estarão voltados para as próximas partidas da Seleção no campeonato mundial, não haverá um só momento de descuido com o futuro governo. A torcida brasileira, que voltou a vestir o verde e amarelo com orgulho, sem conotações políticas, torce pela conquista da taça, mas também para que o país volte a sentir orgulho de suas escolhas. Nesse campo, não será o bom futebol o fator determinante e, sim, as decisões que serão tomadas pelos novos governantes.
Como alerta, fica a prévia da inflação de novembro, que subiu 0,53%, puxada pelos preços dos alimentos e dos combustíveis. Mais: dentro de duas semanas, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, fará sua última reunião do ano. Será um desastre se as desconfianças atuais resultarem em um novo aumento da taxa básica de juros (Selic), que está em elevadíssimos 13,75% ao ano. Ainda há tempo de virar esse placar.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/11/27/interna_opiniao,376736/visao-do-correio.shtml)
“Não Levem Nossos Engenheiros”
(Por Danilo Sili Borges, Crônicas da Madrugada, Novembro/2022)
Imagine a CBF, isso mesmo, a Confederação Brasileira de Futebol, entrando judicialmente contra os grandes clubes estrangeiros – Barcelona, Real Madrid, Paris Saint German …. – para impedi-los de contratar nossos melhores talentos futebolísticos.
Essa pretensão de proteger o nosso esporte favorito, salvaguardando os nossos clubes, fere o direito do trabalhador de alugar sua força de trabalho a quem lhe oferecer as melhores condições. Nas legais relações atuais, desde cedo, os clubes amarram os jovens talentos a contratos de modo a se ressarcirem pelo que investiram na sua preparação e na projeção da sua imagem. A exportação de atletas é fonte de receita significativa para muitos clubes brasileiros. Atletas e clubes ficam muito satisfeitos.
Se nos ressentimos de não ver os melhores craques vestindo as camisetas dos nossos preferidos, sabemos que a experiência que adquirem em mercados futebolísticos competitivos lhes acrescentam habilidades que os tornam ainda mais virtuosos e de grande utilidade quando convocados à seleção brasileira.
Além do futebol, os brasileiros são muito bons em muitos outros campos. Alguns, dos mais sofisticados, por estarem “na ponta” do desenvolvimento tecnológico, entre eles a indústria aeronáutica, que além da aviação comercial, abrange a militar e atividades aeroespaciais.
No ranking das maiores indústrias aeronáuticas do mundo, pelo critério de receita anual, a Embraer ocupa a 28ª posição. Se considerarmos apenas o setor de aviação comercial, está em 4º lugar. As duas maiores fabricantes de equipamentos aeronáuticos são, por qualquer critério, a americana Boeing e a europeia Air Bus, revezando-se nas duas primeiras posições. O Brasil conta com um florescente grupo de empresas no segmento aeroespacial onde se destacam, além da Embraer, a Avibras, a Akaer, a AELSistemas, a Dafran entre outras.
A Boeing, uma espécie de Real Madrid da atividade aeronáutica, está sendo acionada judicialmente para ser impedida de contratar engenheiros brasileiros, pelas nossas empresas do setor, por meio de duas entidades delas representativas: a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE) e a Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB), sob a alegação de que engenheiros, altamente qualificados, das suas afiliadas estão sendo cooptados pela Boeing, pondo em risco a sobrevivência dessas empresas e ameaçando a soberania nacional. São diversas as alegações, sendo a mais impactante o argumento do sigilo de informações estratégicas para a segurança nacional.
Estima-se que em curto período, inferior a um ano, a Boeing levou para seus quadros mais de 200 engenheiros brasileiros. A complexa ação judicial pretende limitar o número dessas contratações pela empresa estrangeira, além de condená-la a pagar valores investidos para a especialização dos engenheiros, custeados por entidades nacionais.
Corre na mídia especializada, que a Boeing está renovando o seu quadro de engenheiros, com idade média elevada e em fase de aposentadoria, com jovens profissionais brasileiros. Fico feliz, não por perdê-los, é claro, mas pelo reconhecimento de suas qualidades.
Há complexos temas a serem considerados, desde o direito de o empregado escolher livremente para que empresa quer trabalhar, até os da segurança nacional, por serem esses profissionais detentores e desenvolvedores de equipamentos e de estratégias em áreas de altíssima sensibilidade, sob contrato anterior.
Na página de abertura do blog que edito, Conversa de Engenheiro, consta a frase:” O desenvolvimento de um país e do exato tamanho da sua engenharia”. Tamanho aqui, significando importância.
O reconhecimento da engenharia aeronáutica nacional não surgiu do nada e tem uma trajetória exemplar, na qual despontam patriotismo, visão de futuro, desprendimento pessoal, que merece ser conhecido. Foi a partir da criação de uma escola de engenharia, o ITA, Instituto Tecnológico da Aeronáutica, que se construiu todo o complexo tecnoindustrial dessa área do qual o país pode se orgulhar.
Dezenas de histórias de empresas de base tecnológica que se desenvolveram no país pela visão clara e patriótica de seus idealizadores, tanto ao abrigo do Estado, quanto no âmbito da iniciativa privada e que hoje levam o nome do Brasil ao reconhecimento internacional podem ser contadas. Dentre elas está a Vale, uma das maiores mineradora do mundo, nascida estatal, como Companhia Vale do Rio Doce, em 1942 pelas mãos do notável engenheiro e político Israel Pinheiro – que também foi, como presidente da Novacap, o construtor de Brasília.
Da iniciativa privada, com origem familiar, trago, para exemplificar, a catarinense WEG, com presença mundial em diversos segmentos, dos mais simples aos mais sofisticados, da eletromecânica, presença mundial, 38 mil colaboradores, sendo 3,8 mil engenheiros.
Há uma empresa brasileira que se faz presente, com sua altíssima tecnologia, diariamente em bilhões de lares pelo planeta, sem que sua marca ou rótulo apareça. Fundada em 1973, foi o jovem Ministro da Agricultura, Alisson Paulinelli, que tornou a Embrapa o impulsionador do setor agropecuário nacional de importância global, a começar pela formação de seu quadro técnico, que nos levou ao domínio da produção em áreas tropicais e do cerrado, então consideradas improdutivas ou de baixa rentabilidade. Milagres da ciência, da educação, da tecnologia e da seriedade com que os desafios foram enfrentados.
A receita do sucesso e do desenvolvimento, quer empresarial, quer nacional, não muda: abordagem séria das questões, com perspectiva de longo prazo, planejadas estrategicamente, visão de estadista, em oposição aos procedimentos, calcados em imediatismo tático, objetivando o poder político por si mesmo.
O Brasil tem jeito e tem bons exemplos!
(Fonte: https://www.cronicasdamadrugada.net/2022/11/nao-levem-nossos-engenheiros_27.html)
Prova de fogo
“Lula entre o presidencialismo de coalizão e o de cooptação, que rima com mensalão”
(Cláudio Humberto, DP, 27/11/22)
O fracasso de Gleisi Hoffmann, Aloizio Mercadante e outros menos votados, na articulação política para viabilizar a PEC da Transição, forçará Lula a entrar em campo tão logo receba alta médica. Até porque ele está também atrasado na montagem do governo e da base de apoio no Congresso. Seu desafio será adotar o “presidencialismo de coalizão” sem reincidir no “presidencialismo de cooptação”, que gerou o Mensalão.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/coalizao-ou-cooptacao-podem-rimar-com-mensalao)
Se tomarmos como base aquela máxima do Severino Francisco replicada anteriormente:
“Não é a ocasião que faz o ladrão, o provérbio está errado. A forma exata deve ser esta: “A ocasião faz o furto; o ladrão nasce feito”.”
Então, teremos um governo de cooPTação, seguido de mensalão e coroado com o PeTrolão, ambos na versão 4.0!
Valha-nos, Deus!
Sempre escrevi. Elegemos presidente e não olhamos para quem escolhemos para o Congresso. É ali o ninho da bandidagem que acaba com o Brasil. São mais de 600 bocas famintas.
Matutildo e a prova dos 9 dos números mágicos do Congresso Nacional:
Senadores: 81 – se 8 + 1 = 9 então, noves fora, igual a ZERO. . .
Dep. Fed.: 513 – se 5+1+3 = 9 então, noves fora, igual a ZERO. . .
“Turma da boquinha”
(Cláudio Humberto, DP, 27/11/22)
Grande parte da transição é formada de políticos derrotados nas últimas eleições. Rejeitados nas urnas, foram premiados com boquinhas provisórias, enquanto cavam “um lugar ao sol” no futuro governo. Se na transição são pouco mais de 300 vagas, no governo serão 25 mil cargos.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/coalizao-ou-cooptacao-podem-rimar-com-mensalao)
Realmente, CUmunistinha adora uma boquinha:
Até o ex ministrim tapioca está lá. O tal orlando silva, que não reelegeu-se deputado federal. Ficou “trocentos” anos fazendo política estudantil em curso superior público e não conseguiu obter o diploma.
“Senador apresenta proposta”
(Caderno Política, CB, 26/11/22)
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) protocolou no Senado uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia em R$ 80 bilhões o limite de gastos para 2023.
Considerada uma alternativa à PEC da Transição, que vem sendo discutida pelo governo eleito com o Congresso Nacional, a “PEC da Sustentabilidade Social” já recebeu 20 assinaturas. A proposta precisa de 27 signatários para começar a tramitar.
A avaliação nos bastidores é de que a apresentação do texto pressiona o governo eleito, em um momento em que a PEC da Transição “travou” no Parlamento.
Até agora, o governo petista apresentou um anteprojeto que representa um aumento de gastos de cerca de R$ 200 bilhões, mas a proposta ainda não foi protocolada. “Se o governo eleito não correr, podem aprovar um texto que não é o que ele quer”, disse uma fonte.
No texto que acompanha a proposta, Jereissati explica que a intenção é que o valor seja adicionado à base de cálculo que definirá o teto de gastos nos próximos anos, aumentando o espaço de forma permanente.
“Essa previsibilidade é benéfica para o planejamento do governo federal e para os agentes econômicos, contribuindo para geração de empregos, renda e controle da inflação”, afirma o documento.
A proposta também permite a exclusão do teto de gastos de projetos socioambientais financiados por doações e de instituições federais de ensino custeadas com receitas próprias primárias.
No último dia 19, o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) também apresentou uma PEC para garantir o Bolsa Família. Nela, o parlamentar sugere que o extrateto seja de R$ 70 bilhões. Para ele, a PEC do novo governo é “genérica” e “abrangente”, o que levaria a um aumento do custo da dívida do país.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/11/26/interna_politica,376719/senador-apresenta-proposta.shtml)
Deu no Brasília-DF, CB, hoje:
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“O ex-prefeito e ex-ministro da Educação Fernando Haddad desfilou na reunião da Febraban, em São Paulo, como o favorito para comandar o Ministério da Fazenda, mas, em Brasília, onde as decisões políticas ocorrem, o que está ocupando espaço é a proposta apresentada pelo senador Tasso Jereissati, que amplia o teto de gastos em R$ 80 bilhões. Se o futuro governo não correr, é por aí que a negociação se dará, e o extrateto ficará limitado a esse valor.”
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(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/11/26/interna_politica,376707/brasilia-df.shtml)
. . .”Outro dia, Lula da Silva, nosso presidente eleito, tomou a iniciativa de ir ao Egito para a Cúpula do Clima. Embarcou no jato particular de um empresário. O detalhe incômodo é que este último, enroscado na Lava Jato, fez acordo de delação e devolveu 200 milhões ao erário.”. . .
“O público e o privado”
(Por José Horta Manzano, Empresário e blogueiro, CB, 26/11/22)
Monsieur Pierre Maudet é um político suíço. Talentoso, aos 33 anos já era prefeito de Genebra. Poucos anos depois, chegou ao posto máximo de seu cantão, o de presidente do Executivo colegiado. Muitos já vislumbravam para o jovem prodígio um posto de primeira grandeza no plano federal.
Em 2015, ele aceitou convite do príncipe herdeiro de Abu Dabi para passar três dias no emirado. Durante a visita, Maudet encontrou-se com dirigentes do país, inclusive com o emir. O episódio passou despercebido até que, três anos depois, o MP de Genebra abriu inquérito sobre o passeio. Queria saber se a viagem era privada ou de cunho político.
Monsieur Maudet jurou que tinha sido viagem de lazer com despesas pagas do próprio bolso. Mas nosso mundo digital não perdoa: tudo fica gravado e a verdade acaba vindo à tona. O inquérito prosseguiu e acabou descobrindo que o político estava mentindo: ele tinha viajado a convite do emir — e com todas as despesas pagas, inclusive o voo em primeira classe.
A carreira do promissor político estancou. Foi expulso do partido. O Tribunal Federal, última instância judiciária do país, acaba de confirmar sua condenação definitiva. Ele é culpado de ter aceitado favores indevidos, pouco importando a existência ou não de contrapartida aos mimos recebidos.
Outro dia, Lula da Silva, nosso presidente eleito, tomou a iniciativa de ir ao Egito para a Cúpula do Clima. Embarcou no jato particular de um empresário. O detalhe incômodo é que este último, enroscado na Lava Jato, fez acordo de delação e devolveu 200 milhões ao erário.
A imprensa sentiu o cheiro de queimado. Indagado, o presidente eleito não se mostrou constrangido e informou com candura: “Não pedi o avião, foi ele quem me ofereceu. Não foi empréstimo, foi carona.” Em outros tempos ou em outras terras, esse passo em falso teria potencial de ofuscar a totalidade do mandato, podendo até justificar o impedimento do recém-eleito.
Mas não estamos em outros tempos nem em outras terras. Em nosso leniente Brasil, em geral dá-se um jeito. Assim mesmo, há momentos em que fica difícil dar jeitinho. Os destituídos Collor e Dilma estão aí para provar. Assim como os condenados na Lava Jato. E também os bolsonaristas enredados na justiça. Lula que tome cuidado.
O novo presidente vai governar num cenário diferente do de mandatos anteriores. Em vez de parlamentares bonachões, terá diante de si uma oposição do tipo “quatro pedras no bolso e faca entre os dentes” — uma espécie de PT ao quadrado, feroz, pronto a agarrar qualquer pretexto para tocar trombone e bater panela. Não terá a vida fácil.
Com razão ou não, a imagem de Lula no papel de chefe de quadrilha está cristalizada na mente de muitos eleitores. A justiça julgou, penas foram purgadas, mas o estigma ficou. Se todo homem público tem de escolher com atenção as pedras em que pisa, Lula tem de tomar cuidado redobrado, que há muita gente de olho em seu primeiro escorregão.
Na equipe de transição, já há um grupo de trabalho para o combate à corrupção. A preocupação com o tema é louvável. A ideia deveria ser levada adiante, quiçá com a criação de uma secretaria permanente. No entanto, por mais que uma secretaria cuide de apontar e coibir casos de corrupção, ela será sempre constituída de funcionários subordinados ao governo. No frigir dos ovos, temos funcionários do governo que tentam controlar o próprio governo. Como se sabe, certas verdades costumam ser edulcoradas para agradar ao chefe.
O ideal será que essa secretaria seja complementada por um Observatório da Corrupção, organismo independente, composto de conselheiros maduros e de ilibada reputação. Podem ser juristas, ex-juízes, ex-parlamentares, professores, cientistas, empresários, gente de bom senso. É vital que não sejam remunerados. Farão trabalho voluntário e serão apenas ressarcidos de despesas. Só um controle externo como esse tem o poder de chegar direto à Presidência, sem preocupação de agradar ou desagradar ao chefe. O Observatório da Corrupção seria o órgão adequado para convencer o presidente a não mais mesclar o público com o privado, como na viagem ao Egito. Contra uma oposição feroz, todo cuidado é pouco.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/11/26/interna_opiniao,376705/o-publico-e-o-privado.shtml)
Ideia genial o “Observatório da Corrupção”. Porém, será que “eles” não dariam um jeitinho de infiltrar em seu quadro os mesmos de sempre?
Seguramente, nenhum “zé ninguem” classificou sua seleção para a Copa. Ou não?
“Messi, o ditador e a Arábia”
(Por Marcos Paulo Lima, CB, 26/11/02)
O triunfo épico da Arábia Saudita contra a Argentina na primeira rodada do Grupo C da Copa do Mundo deixou o planeta bola em uma encruzilhada. Seletiva, a mesma plateia que hoje aplaude a virada por 2 x 1 no Estádio de Lusail sofre de uma terrível amnésia coletiva.
Em maio de 2022, Lionel Messi foi nomeado embaixador do Turismo da Arabia Saudita pelo controverso príncipe e ditador Mohammed bin Salman. Imediatamente, as críticas se voltaram contra o atacante argentino. O jogador eleito sete vezes melhor do mundo virou vilão. Foi acusado de aceitar dinheiro para limpar a imagem da Arábia Saudita.
Dono da propriedade privada mais cara do mundo nas proximidades de Paris, batizada de Luís XIV, o ditador é acusado de ser o mandante do assassinato de um jornalista árabe opositor do regime. Um relatório da CIA, a polícia secreta dos Estados Unidos, o acusa de ser o mandante.
Note a contradição. Eleito anfitrião da Copa do Mundo em 2010, o Catar é apedrejado neste momento pelo desrespeito aos direitos humanos. As mesmas línguas e mãos afagam o feito da Arábia Saudita no futebol. Alguns dirão que os bravos jogadores não têm nada a ver com isso.
Há quem separe futebol e política. Não. Pai de Mohammed bin Salman, o rei da Arábia Saudita aproveitou o triunfo contra a Argentina para decretar feriado. Veja como o esporte mais popular do mundo pode, sim, ser usado para virar a cabeça e o coração de pessoas inocentes e conscientes.
Como explicar a uma criança?
Mais rápida do que os dois gols da virada saudita, minha filha Isabela, de 10 anos, dispara um áudio para o meu celular com uma pergunta difícil: “Papai, que jogo é esse em que a Arábia Saudita vence a Argentina?” Não a deixo sem resposta, claro. Principalmente porque, antes de embarcar para Doha, ela indagou qual era na minha opinião a pior seleção da Copa. Cravei sem rodeios: Arábia Saudita.
Recorro à sabedoria luxemburgueana. Digo que essa é a magia do futebol. Esse esporte fascinante permite a uma seleção frágil, sem a camisa pesada da Argentina e muito menos um craque como Lionel Messi, protagonizar a maior surpresa da Copa do Mundo até agora.
Como explicar a um adulto?
Lembrei depois da partida que o técnico da Arábia Saudita não é um “Zé Ninguém”. Hervé Renard levou a Zâmbia (2012) e a Costa do Marfim (2015) ao título da Copa das Confederações. Mais rodado do que Lionel Scaloni, deu nó no argentino. Compactou a marcação, obrigou a Argentina a jogar em 15 metros e destruiu o plano de jogo argentino.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/11/26/interna_opiniao,376701/messi-o-ditador-e-a-arabia.shtml)
Qualquer semelhança do primeiro parágrafo com o Brasil atual é pura lógica!
“Só a educação pode salvar o país da corrupção”
(Circe Cunha, Coluna VLO, CB, 26/11/22)
Sempre se ouvia do filósofo de Mondubim: “Ladrão de tostão é também ladrão de milhão”, ou “Ladrão endinheirado não morre enforcado”. Em homilia famosa, intitulada Sermão do Bom Ladrão, Padre Antônio Vieira já alertava no século 17, para esse problema, que de alguma forma encontraria no Brasil colônia um paraíso para seu pleno desenvolvimento: “os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com mancha, já com forças roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor nem perigo: os outros se furtam, são enforcados, estes furtam e enforcam.”
Foi a partir do estabelecimento do marco civilizatório por essas bandas, em pleno período colonial que a miscigenação das raças e etnias, necessárias para o processo de colonização dessas vastas porções de terras no novo mundo, associadas a um tipo específico de exploração intensa das riquezas, feitas por mãos escravas, num tempo em que leis e direitos só beneficiavam as classes dominantes, que a corrupção encontrou terreno fértil para prosperar.
Da formação original do Brasil até o nosso tempo, não há período algum onde essa praga não tenha fincado suas unhas. Acreditem: há mais de cinco séculos esta terra tem sido saqueada sem descanso. Espantoso é notar que o país tenha sobrevivido a essa rapinagem sistemática por tanto tempo, e mesmo no século 21, quando veio à tona o maior e mais volumoso caso de corrupção de todos os tempos, ainda se avistam pelas classes políticas mais e mais recursos públicos que podem ser saqueados sem cerimônia, sob o olhar complacente dos tribunais.
A solução para esse mal histórico, poderia encontrar alguma saída mais segura e duradoura através de um processo intenso de educação de qualidade para todos. Haveria alguma relação visível entre o modelo de educação pública seguido pelo Brasil nos últimos tempos e o alto grau de comprometimento das grandes empresas nacionais em práticas de corrupção, mostrado pelas investigações correntes do tipo Lava-Jato?
Se à primeira vista estas questões parecem dissociadas umas das outras, observadas mais de perto o que se verifica contudo, é que, na origem dos modelos do comportamento reprováveis seguidos pelas empresas e por suas lideranças, se acham enraizados também, posturas e arquétipos herdados lá trás, ainda nos primeiros anos de escola. Não que o modelo de educação tenha contribuído, de forma ativa para formar cidadãos insensíveis às boas práticas. Mas o modelo de educação, seguido em nossas escolas, de alguma forma tem sido, para usar uma expressão corrente, leniente nos assuntos relativos à formação ética, deixados de lado e suplantados por outros aspectos de natureza mais informativos.
Em outras palavras, nossas escolas, têm dado relevo e ênfase apenas aos conteúdos relacionados na grade curricular, relegando a segundíssimo plano a parte formativa relacionada diretamente ao comportamento humano e baseado nos princípios da ética e das boas práticas. Ensinam matemática, mas fecham os olhos para os deslizes de comportamento dos alunos no dia a dia, e ainda acabam por estimular estas más condutas, ao não exercerem, de fato, a autoridade e a disciplina, assuntos que nos dias correntes se transforam em verdadeiros tabus. A falsa crença de que liberdade sem limites serve aos propósitos de uma escola moderna, tem mostrado seus resultados. O crepúsculo paulatino da autoridade do professor, como indutor principal do processo educativo, acabou por ceder lugar a um modelo de escola onde os alunos passaram a ser considerados soberanos e únicos atores de seus destinos. A partir desse ponto, já se prenunciavam tempos difíceis à frente. As revelações trazidas à tona pela sequência de investigações da polícia e do Ministério Público e posteriormente a implementação com a Lei Anticorrupção de 2014, estão forçando agora as empresas brasileiras a se ajustarem à um novo tempo onde a transparência e as boas práticas, não só nas relações humanas, mas inclusive com o próprio meio ambiente são elementos fundamentais para se manterem vivas no mercado.
Essa adoção tardia do modelo de compliance nas empresas, obrigando-as a agir em conformidade com as normas da ética e da transparência, reflete o descaso com que nosso sistema de educação e ensino tem tratado do assunto. É possível que o corrupto de hoje, flagrado e algemado pelas autoridades, exposto a humilhação pública tenha sido outrora um bom aluno em matemática ou biologia. Mas é quase impossível que tenha sido educado para respeitar o próximo e o que pertence a cada um.
O que operações como a Lava-Jato demonstraram na prática, é que nossas elites dirigentes e todos aqueles que se vêm hoje implicados em rumorosos casos de corrupção, podem ter frequentado escolas de ponta, mas não aprenderam nada, não esqueceram nada. Mesmo que se acredite que a formação histórica e atípica do Brasil, tenha favorecido a germinação das sementes da corrupção o fato é que ao longo de sua evolução, jamais houve um esforço sincero, vindo de cima da pirâmide social, capaz colaborar para o fim dessa prática.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/11/26/interna_opiniao,376706/visto-lido-e-ouvido.shtml)
A grande imprensa não está dando atenção
“Amor e ódio”
O silêncio do presidente Jair Bolsonaro diante da situação atual não tem sido bem compreendido por seus apoiadores. Alguns porraloucas mais fanáticos já começam a chama-lo de traidor, pelo seu comedimento.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/estatais-empregam-446-mil-com-regalias-bilionarias)
Depois de quase 30 dias longe da Capital Federal, passei ontem no Setor Militar Urbano. Confesso que “me-assustei-me” com a enorme estrutura do gigante acampamento de manifestantes.
Algo me diz que essa situação não terá um final feliz!
Deu no Brasília-DF, CB, hoje:
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Generais em ação
Os generais Fernando Azevedo e Silva, ex-ministro da Defesa, e Edson Pujol, ex-comandante do Exército, convocaram militares da reserva para uma conversa de bastidor na semana que vem. A ideia é pôr um fim nas especulações de ruptura institucional para não deteriorar a imagem do Exército. Ambos deixaram os cargos no primeiro escalão por não ceder às investidas para que as Forças Armadas atuassem politicamente.
Azevedo deixou o cargo de ministro em março de 2021, por resistir às pressões do presidente Jair Bolsonaro. Ao sair, editou uma nota em que afirmou ter preservado as Forças Armadas como instituições de Estado. E Pujol, que deixou o comando do Exército logo depois, pelo mesmo motivo, chegou a dizer, certa vez, que os militares não querem fazer parte da política e nem que a política entre nos quartéis.
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(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/11/26/interna_politica,376707/brasilia-df.shtml)
“PT já estuda alternativa à reeleição de Pacheco”
(CH, P, 26/11/22)
Há quase um mês tratando da votação da PEC fura-teto, lideranças do PT já perceberam a incapacidade de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) de liderar o Legislativo e começam a estudar alternativas para disputar a Presidência do Senado, cuja eleição será em fevereiro. A gota d’água foi Pacheco ter prometido aprovar a PEC até o fim de novembro e não ter conseguido sequer articular a apresentação da proposta, até agora.
O problema
Se criar atrito com PSD de Pacheco, que tem 11 senadores, o PT pode estar entregando o Senado ao PL, que tem a maior bancada, com 14.
Opções de peso
Se escolher entre os seus, o PT tem opções de senadores com grande tempo de Casa a ex-governadores. Todos mais capazes que Pacheco.
As opções
Nomes como Wellington Dias, Humberto Costa, Paulo Paim e Jaques Wagner agradam, mas o PT tem a 5ª maior bancada e precisa de apoio.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/estatais-empregam-446-mil-com-regalias-bilionarias)
À julgar pela foto dos sorridentes proxenetas (no link acima) penso que o “pavãozinho suro”, vulgo randolfe rodrigues, está pretendo a presidência do Senado, como alternativa ao pacheco e ao retrógrado quarteto PeTralha acima citado.
Amor de “πk” sempre fica
“Esqueceu rápido”
No grupo de Relações Exteriores da transição, Cristovam Buarque foi demitido com humilhação do MEC no primeiro governo Lula. Jantava em Lisboa com o embaixador Paes de Andrade quando um aspone de Lula ligou comunicando a demissão. Trancou-se no lavabo e caiu no pranto.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/estatais-empregam-446-mil-com-regalias-bilionarias)
De olho num ministériozinho qualquer para chamar de seu.
Para a próxima gestão, “se-multiplique-se” por 13
“Estatais empregam 446 mil com regalias bilionárias”
(Por Cláudio Humberto, Diário do Poder, 26/11/2)
O Relatório de Benefícios das Empresas Estatais Federais (Rebef) de 2022 revela o quadro das empresas no fim do governo Bolsonaro, e os números impressionam. As 44 estatais empregam 445,97 mil pessoas com benefícios e regalias que somam cerca de R$16 bilhões anuais, que incluem os comuns como alimentação, transporte e saúde, e os nunca sonhados pela maioria dos trabalhadores normais, como babá e cultura, além de planos de saúde que são mantidos mesmo após aposentadoria.
SUS ignorado
Só no plano de saúde de empregados, cônjuges e dependentes são gastos R$8,56 bilhões ao ano, equivalente a mais da metade do total.
E o INSS?
Além dos altos salários, quase todas as estatais têm previdência complementar para empregados e os gastos chegam a R$7,21 bilhões.
Sobrando
Metade das estatais pagam salários iguais ou superiores ao teto, com destaque para a Petrobras, única a passar de R$100 mil (R$103 mil).
A realidade
Já o trabalhador de salário mínimo depende do SUS, se aposentará pelo INSS e jamais terá direito a essas regalias que seus impostos sustentam.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/estatais-empregam-446-mil-com-regalias-bilionarias)
Matutando bem:
Se multiplicar as bene$$e$ por 2 significa duplicar, por 3, triplicar, então por 13 será “lulopetecar”?
. . .”O que restou, talvez, de mais proveitoso dessa experiência frustrada, foi o aprendizado de que honestidade e eficiência na gestão do Estado não são atributos exclusivos desse ou daquele matiz ideológico, mas advém unicamente da escolha livre e sensata de brasileiros conscientes da importância do voto.”. . .
“Retrovisor embaçado”
(Circe cunha, Coluna VLO, CB, 25/11/22)
Vinte anos terão passado desde que o primeiro ex-operário subiu a rampa do Palácio do Planalto. Com Lula, chegaria também ao poder o primeiro governo de orientação esquerdista. Dessa experiência histórica, desejada por muitos que ainda creditavam esperanças de igualdade plenas nessa vertente política, ficou, ao lado de uma grande decepção, a constatação de que o país havia retornado ao fundo do poço, depois de ser brevemente resgatado pela engenharia econômica do Plano Real.
De lá para cá, o Brasil foi do céu ao inferno num átimo. O que restou, talvez, de mais proveitoso dessa experiência frustrada, foi o aprendizado de que honestidade e eficiência na gestão do Estado não são atributos exclusivos desse ou daquele matiz ideológico, mas advém unicamente da escolha livre e sensata de brasileiros conscientes da importância do voto.
Num balanço rápido, o que temos, além do encarceramento da cúpula que governou o país, e da mais profunda depressão econômica já vivida pelos brasileiros, são dúvidas e incertezas sobre os destinos do país. Das inúmeras consequências negativas dessa experiência que se quis “revolucionária” nos moldes dos anos 1960, ficaram os 14 milhões de brasileiros de todas as idades que vagam pelas cidades em busca de empregos, o desmantelamento das instituições, a descrença geral nas elites dirigentes e, talvez, a mais nefasta de todas as heranças, que é a desesperança dos jovens no futuro do país.
Experiências vindas de outras partes do globo em outras épocas ensinam que qualquer país que assiste à debandada de sua força jovem, sofre muito mais para recuperar sua pujança e encontrar os trilhos da história. Pesquisas da época apontavam que, se pudessem, 62% ou quase 20 milhões dos jovens brasileiros iriam embora do país em busca de novas oportunidades e qualidade de vida. O que havia, em números expressivos, era o retrato sem retoques de um processo de profunda desilusão que tomou conta das nossas novas gerações.
Essa situação se agravou ainda mais quando a mesma pesquisa do Datafolha demonstrava que a população adulta, que fincou raízes econômicas no país — nada menos do que 43% — expressava desejo de também deixar o Brasil. Para muitos nacionais, esse desejo não ficou apenas na intenção. O número de pedidos nos consulados e embaixadas de países, como Estados Unidos, Canadá, Portugal e outros, não paravam de crescer e somavam milhares de pessoas que, voluntariamente, almejavam ir embora, em busca de uma nova vida em um lugar mais tranquilo e promissor.
Essa vontade manifestada por milhões de brasileiros de deixar tudo para trás, virando estrangeiro, num país longínquo, é, sem dúvida, a mais patente e perniciosa consequência advinda da experiência vivida pelos nossos conterrâneos, a partir de 2003, e que ainda hoje rende seus frutos amargos e dissolutos.
A frase que foi pronunciada
“O óbvio dos óbvios. Uma democracia não pode ser instaurada por meios democráticos: para isso ela teria de existir antes de existir. Nem pode, quando moribunda, ser salva por meios democráticos: para isso, teria de continuar saudável enquanto vai morrendo. O assassino da democracia leva sempre vantagem sobre os defensores dela. Ele vai suprimindo os meios de ação democráticos e, quando alguém tenta salvar a democracia por outros meios — os únicos possíveis –, ele o acusa de antidemocrático. É assim que os mais pérfidos inimigos da democracia posam de supremos heróis da vida democrática.” (Olavo de Carvalho)
Repita!
Passeando pelo Instagram, percebe-se que o monitor ativa com algumas palavras-chaves o título: “O vencedor da eleição presidencial foi declarado. Veja os resultados oficiais no site do TSE”. (Fonte: Tribunal Superior Eleitoral)
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/11/25/interna_opiniao,376650/visto-lido-e-ouvido.shtml)
Antológico! Como alguém diria. . .