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ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CXXIV

É assim que funciona a ideologia, os políticos e o tal Centrão no Brasil. Depende com quem está a caneta do Orçamento e das nomeações. Há alguma dúvida? E nós os eleitores e eleitoras pagando esta pesada conta.

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37 comentários em “ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CXXIV”

  1. Miguel José Teixeira

    Extratos da Brasília-DF (Denise Rotenburg), CB, 12/11/22)

    1) “Primeiro embate”

    O movimento do ex-ministro Guido Mantega, pedindo o adiamento da eleição do futuro presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) — que tem entre os candidatos o brasileiro Ilan Goldfajn —, expôs desnecessariamente a disputa que até aqui estava velada entre a equipe do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, e os petistas. Na avaliação de outros partidos que compõem o conselho político, esse pedido de Mantega mostrou que o PT é capaz de criar uma crise à toa. Arriscou enfraquecer a candidatura de um técnico brasileiro e, de quebra, o partido ainda perdeu a oportunidade de se mostrar disposto a um governo amplo, sem ficar nessa disputa por espaços. Há quem jure que foi esse problema fez com que Alckmin voasse para São Paulo, ontem, a fim de conversar com Lula.

    O pedido de Mantega a governos estrangeiros desgostou, ainda, a comunidade judaica, da qual Ilan Goldfajn faz parte. Como disse certa vez José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça do governo Dilma Rousseff, à coluna, “não se preocupe porque nossa capacidade de gerar problemas para nós mesmos é infinita”.

    E o piNçador Matutildo piNçou:

    Nesses anos todos que ouço, vejo e leio à respeito do “porra-louca” josé eduardo cardozo, é a primeira vez que faz sentido, algo atribuído à ele, sobre os PeTralhas:

    “não se preocupe porque nossa capacidade de gerar problemas para nós mesmos é infinita”.

    E o emeNdador Matutildo emeNda:

    Infinita também, é a capacidade dos PeTralhas em saquear os cofres públicos!

    2) “A discreta senadora”

    Citada como uma das pré-candidatas a presidente do Senado, a senadora eleita Tereza Cristina (PP-MS, foto) sai com esta quando alguém a aborda sobre esse tema: “Pato novo não mergulha fundo”.

    3) “… esquecem os conselhos antigos”

    No Congresso, muitos senadores dizem que é preciso agir com mais humildade, parcimônia e refletir sobre um famoso ditado do reeleito senador Romário (PL-RJ). Certa vez, o craque do tetra mandou o seguinte recado: “Entrou no ônibus agora e quer sentar na janela”. Melhor seguir o conselho do Baixinho para não ficar mal com o presidente eleito, que detesta protagonismo exagerado.

    4) “É 15h e ponto!”

    Uma das perguntas da primeira-dama Janja à equipe de transição foi a respeito do horário da posse, se não poderia ser mais cedo. Foi explicado a ela que esse horário é tradicional, por causa da posse dos governadores, a fim de dar tempo para que deputados e senadores e outros interessados cheguem a Brasília para a posse presidencial.

    E o ateNto Matutildo ateNtou:

    A “janja boca de garoupa” além de entrar no ônibus agora e já querer sentar na janela, “se-esquece-se” que pata nova não mergulha fundo!

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/11/12/interna_politica,376096/brasilia-df.shtml)

  2. Miguel José Teixeira

    Penso que o adenor deveria “olhar” mais para os torneios de várzea. Mas “situdisch”. . .

    “Os elos olímpicos da Copa”
    (Por Marcos Paulo Lima, CB, 12/11/22)

    Há quem faça discurso esbravejando com dedo em riste que o torneio de futebol nos Jogos Olímpicos não serve para nada. Não, mesmo?! Os mais atentos e detalhistas perceberão a blasfêmia esmiuçando a lista dos convocados de quatro potências finalistas em Pequim-2008, Londres-2012, Rio-2016 e Tóquio-2020. Há elos inquestionáveis entre a maior competição esportiva do planeta e a Copa do Mundo — com início daqui a oito dias, no Catar.

    Como diria o presidente eleito, nunca antes na história deste país o torneio olímpico de futebol foi tão útil para a formação da Seleção principal como na relação dos eleitos por Tite para a caça ao hexa. Dos 26, 12, subiram ao pódio para receber medalha em ao menos uma das últimas três edições.

    Neymar, Danilo, Alex Sandro e Thiago Silva participaram da campanha de prata em Londres-2012. O Brasil perdeu a final para o México por 2 x 1. A experiência ajudou Neymar a assumir o protagonismo na campanha do ouro inédito nos Jogos do Rio-2016. Foi dele o último gol na decisão por pênaltis contra a Alemanha. Aquele elenco também contava com o goleiro Weverton, o zagueiro Marquinhos e o atacante Gabriel Jesus.

    Há 15 meses, mais um lote de convocados por Tite para a Copa conquistou o bicampeonato em Tóquio-2020. O evento foi disputado em 2021 devido à pandemia. O volante Bruno Guimarães e os atacantes Antony, Richarlison e Gabriel Martinelli estavam no grupo campeão sob a braçadeira do capitão Daniel Alves diante da Espanha, no Estádio Internacional de Yokohama por 2 x 1. Todos os 13 nomes citados se apresentarão a Tite neste fim de semana, em Turim, na Itália, para uma semana de pré-temporada no JTC Continassa — o Centro de Treinamento da Juventus.

    Quantas vezes você ouviu que o Brasil derrotou a seleção C, D ou E da Alemanha na final dos Jogos do Rio-2016? Fake! O técnico Hansi Flick convocou seis jogadores medalhistas de prata na Cidade Maravilhosa: Ginter, Süle, Klostermann, Gnabry, Brant e Goretzka estão de malas prontas rumo ao Catar. Os germânicos também pinçaram Raum, destaque do país em Tóquio-2020. Outra prova de que há link entre Olimpíada e Copa na escola alemã.

    Vice em Tóquio-2020 no amargo revés por 2 x 1 diante do Brasil, a Espanha levará sete medalhistas de prata ao Catar. Luis Enrique recrutou o goleiro Unai Simon, além dos homens de linha Pau Torres, Eric Garcia, Soler, Pedri, Asensio e Olmo. Os campeões mundiais de 2010 devem ostentar no Catar a menor média de idade do torneio: 25,6 anos.

    Nem mesmo a Argentina abre mão dos remanescentes da geração dourada responsável pelo bi olímpico nos Jogos de Pequim-2008. Messi de Di María eram meninos na China. Ambos desembarcarão em Doha no papel de tios da turma responsável por tirar o país da fila de 36 anos. A Copa prova que o torneio olímpico de futebol tem, sim, seu valor.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/11/12/interna_opiniao,376079/os-elos-olimpicos-da-copa.shtml)

  3. Miguel José Teixeira

    Extra! Extra! Extra!

    A Bem-Te-Vi-Press, acabou de receber a informação de fontes seguras da Alemanha, que o coordenador do gabinete paralelo de transição, o ex presidiário zédirceu, acabou de convidar o derrotado PuTin para ministro da defesa tupiniquim.

    O coroinha do belzebu, vulgo gilberto carvalho, acha mesmo que é a solução para os problemas de Pindorama!

    À conferir na coluna daquelezinho!

  4. Miguel José Teixeira

    Pau que bate no MSV baterá no MST?

    “Anota aí”
    (Cláudio Humberto, DP, 12/11/22)

    “O direito de ir e vir é sagrado”, disse o vice-presidente eleito e ex-tucano Geraldo Alckmin (PSB) ao caracterizar como “grave” o desrespeito a esse direito. Vai precisar repetir isso quando a manifestação for do MST.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/projeto-criminaliza-censura-e-bloqueio-de-parlamentares-nas-redes-sociais)

  5. Miguel José Teixeira

    Da série “a viúva é rica e os abastecedores dos cofres são mansos e sofrem de amnésia”

    “Fundo Constitucional garante ao DF mais R$ 7 bilhões em 2023”
    (Eixo Capital, Cidades, CB, 11/11/22)

    O governo do DF conta com um incremento e tanto para o orçamento de 2023: o Fundo Constitucional do DF cresceu 41,09%, saindo de R$ 16,2 bilhões para R$ 23 bilhões. São quase R$ 7 bilhões a mais nos cofres públicos, graças a uma variação positiva da receita corrente líquida da União.

    Os recursos serão distribuídos da seguinte forma: R$ 10,2 bilhões para a segurança pública; R$ 7,1 bilhões para a saúde; e R$ 5,6 bilhões para a educação. A maior parte do aumento será destinado às áreas de saúde e educação, que terão aumento de 64,05% e 72,18%, respectivamente, enquanto a segurança ficará com 17,8% desse crescimento.

    Os dados foram apresentados por técnicos da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Administração do GDF.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/11/11/interna_cidades,376030/eixo-capital.shtml)

    E as demais 26 Unidades da Federação, como ficam?

  6. Miguel José Teixeira

    . . .”Esse comportamento dúbio da ANS tem levado muitos brasileiros a desconfiarem que, a exemplo de outras agências reguladoras, faz o jogo imposto pelo poderoso lobby das operadoras de saúde, até porque são elas, e não o poder público, que dão razão à sua existência.”. . .

    “Entre a cruz e a espada”
    (Circe Cunha, Coluna VLO, DP, 11/11/22)

    A saúde, lembra a Constituição em seu art. 196, “é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. Mais adiante, no art. 199, logo em seu parágrafo primeiro, diz: “As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos”.

    A entrada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), como reguladora dos planos de saúde — um setor que lucra no Brasil algo em entorno de bilhões de reais por ano —, não tem, na visão dos milhões de segurados desses planos privados, como conter os aumentos absurdos nas mensalidades, nem tampouco estancar os abusos praticados por essas empresas na cobertura de assistência.

    Esse comportamento dúbio da ANS tem levado muitos brasileiros a desconfiarem que, a exemplo de outras agências reguladoras, faz o jogo imposto pelo poderoso lobby das operadoras de saúde, até porque são elas, e não o poder público, que dão razão à sua existência. Em qualquer país, mesmo naqueles que professam a mais radical interpretação do liberalismo econômico, a atuação das operadoras dos planos de saúde jamais ocorreria da forma como se encontra hoje no país.

    A transformação da saúde humana em mera mercadoria, pelos planos de saúde, só é páreo, no quesito desumanidade, para os hospitais públicos nos quais brasileiros são amontoados em corredores infectos à espera de um mínimo de atendimento. Na dúvida, entre pagar o que exigem ou a morte, muitos brasileiros, sobretudo os idosos, são obrigados a se render aos abusos nas mensalidades, principalmente quando inscritos nos planos individuais. Se a situação é ruim para quem possui plano individual, para as empresas, obrigadas por lei a disponibilizarem planos de saúde para seus funcionários, a coisa não é melhor. O custo crescente dos planos empresariais com saúde chega a consumir mais de 11% da folha de pagamento das empresas, lembrando ainda que hoje os planos empresariais são 66% do mercado.

    Os abusos no aumento das mensalidades têm feito com que mais de 2,5 milhões de pessoas abandonem os planos de saúde. O problema é que, quando a doença ameaça a existência de um indivíduo, dinheiro é última coisa a se pensar. Nessa encruzilhada entre o público e o privado, o cidadão se depara ainda com desvios de toda ordem, quer na forma de malversação dos recursos públicos com corrupção, sobrepreços e outras ilegalidades, quer nas manipulações feitas pelos planos privados, encarecendo a toda hora a prestação desses serviços.

    A tudo a ANS, tolhida em suas funções originais, quer pela pressão de políticos ou de operadoras dos planos, observa distraída, com cara de paisagem. Nesse comportamento esquizofrênico que obriga a agência a caminhar no limbo entre o quer as operadoras e o que determina a legislação, o Código de Defesa do Consumidor e as milhares de ações na Justiça, resta aos brasileiros a certeza de que os reajustes, solicitados nas mensalidades dos planos pela Agência diante da inflação menor no período, serão concedidos.

    Esse problema deixou a esfera administrativa e política e entrou para a esfera da investigação policial. Nesse sentido, a questão, por sua dimensão escandalosa chegou ao Congresso que concluiu, no relatório da CPI sobre os poderes da ANS, que deveriam ser ampliados. Assim, o órgão poderia fiscalizar e denunciar aos órgãos competentes de defesa do consumidor as empresas que não são registradas na agência como operadoras de planos privados de assistência à saúde, mas que atuam no mercado, muitas vezes, induzindo o usuário ou o consumidor a erro. Outra questão abordada no relatório final se refere à migração ou à adaptação dos contratos, que deveria ocorrer de forma coletiva, em cada plano de saúde, visando o menor reajuste das contraprestações e o menor prazo de carência possíveis, para garantir a livre escolha do usuário entre permanecer no contrato original ou adaptar seu contrato com a incorporação de novas coberturas. A ANS não tem meios para controlar a higidez do setor de saúde suplementar, se sua atribuição legal restar limitada à relação entre as operadoras e os usuários. A eficácia desse controle será ampliada se a agência puder intervir para equacionar o sem-número de conflitos que se dão entre aquelas e os prestadores, conflitos estes que, em última análise, redundam em prejuízos maiores para os usuários, dizia o relatório final.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/11/11/interna_opiniao,376023/visto-lido-e-ouvido.shtml)

  7. Miguel José Teixeira

    Duas do efeito pós amnésia geral

    1) “Toledo: Faria Lima precisa tomar calmante, pois Lula fala conforme o público”
    . . .
    “A ‘Faria Lima’ precisa tomar um calmante porque se for oscilar toda vez que o Lula der uma declaração de manhã de um jeito e, à tarde, de outro, ela vai ficar pirada. O Lula fala conforme o público”, explicou Toledo.”
    . . .
    (+em: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2022/11/10/toledo-mercado-chantageia-histeria-e-causa-e-consequencia-da-fala-de-lula.htm)

    2) “Kotscho: Lula precisa falar menos e esquecer Bolsonaro”
    . . .
    “O rebuliço que deu quinta-feira nos nossos sensíveis mercados por conta de declarações de Lula sobre o balanço necessário entre política fiscal e política social devem servir de alerta para o presidente eleito: a campanha acabou, os palanques foram desmontados, o golpe flopou e o Brasil já respira outros ares mais limpos. Agora, tem que ser bola pra frente, vida nova, nada de ficar olhando no retrovisor.”
    . . .
    (+em: https://noticias.uol.com.br/colunas/balaio-do-kotscho/2022/11/11/lula-precisa-falar-menos-e-esquecer-bolsonaro-agora-e-bola-pra-frente.htm)

    Alguma novidade nisso?

    Alguém aí, em sã consciência, não conhecia esta marca registrada do belzebu de Garanhuns?

  8. Miguel José Teixeira

    Pensando bem…
    (Cláudio Humberto, DP, 11/11/22)

    …a cada anúncio, fica maior a sensação de que será um governo que não vale a pena ver de novo.

    Matutando bem…
    (Matutildo, aqui e agora)

    A não ser a cena em que o enxame de marimbondos PeTralhas atacar os “santos novos”…

  9. Miguel José Teixeira

    Extratos de Brasília-DF, CB, 10/11/22:
    . . .
    Ainda não acabou
    Depois do relatório da Defesa, que não detectou fraude nas urnas eletrônicas que pudesse comprometer o resultado da eleição, falta o relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), dos técnicos destacados pelo ministro Wagner Rosário. A peça da CGU sai do forno nos próximos dias.

    Dever de casa
    Além da análise do processo de votação, a CGU prepara um relatório completo para entregar à equipe de transição. Já está em mais de 400 páginas, tratando do combate à corrupção no atual governo. “Eu posso afirmar com todas as letras que, no atual governo, houve redução da corrupção no país”, diz ele, referindo-se ao tema que será detalhado no parecer.

    Tem que manter isso aí
    Wagner Rosário criou um sistema chamado Sara para prevenir corrupção em contratos governamentais. O projeto está em fase de implantação. Permitirá, por exemplo, saber o histórico das empresas que concorrem a licitações, para saber se tem condições técnicas ou se trata de “laranja”.
    . . .
    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/11/10/interna_politica,375984/brasilia-df.shtml)

  10. Miguel José Teixeira

    . . .”Já se fala na utilização do robô e da inteligência artificial na prolação de sentenças. Conseguirá ser imparcial?”. . .

    “Robotização de sentenças”
    (Por Almir Pazzianotto Pinto, Advogado, foi ministro do Trabalho e presidente do Tribunal Superior do Trabalho. Criador do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, CB, 10/11/22)

    Isaac Asimov, bioquímico e escritor da nacionalidade russa, radicado na América do Norte, professor na Universidade de Boston, publicou, em 1950, a primeira edição do clássico Eu, Robô. Em 10 esplêndidos contos, o livro relata a evolução do robô, até assumir o governo do planeta.

    No Brasil, os primeiros robôs foram importados pela indústria automobilística, sob forte onda de protestos dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo. A necessidade de se manter competitiva, em situação de manifesta inferioridade diante de fabricantes americanos, europeus e japoneses, que já se valiam de tecnologia mais avançada, a Volkswagen do Brasil foi a primeira indústria a trazer robôs, os quais seriam utilizados, ainda em caráter experimental, sobretudo em serviços insalubres como solda e pintura de veículos.

    Incapaz de entender a necessidade de modernização, o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Bernardo deflagrou campanha contra a robotização como se vê no livro Imagens da luta — 1905-1985, onde se lê à página 220: “Além das demissões e da recessão, outro desafio enfrentado foi o processo de automação na indústria automobilística e novas formas de gestão das empresas. Na Volks, a luta do Sindicato contra o CCQ (Círculo de Controle de Qualidade) foi importante e, também, passou a ser assumida pela Comissão de Fábrica, que tomava posse pela primeira vez. A primeira manifestação contra a robotização ocorreu em janeiro de 1982, na porta da Volks, onde os trabalhadores queriam ter controle sobre a implantação das novas tecnologias” (Edição do Sindicato, Aloízio Mercadante Oliva, 1987). Em 1982, a vanguarda do sindicalismo corporativo-fascista dava paradoxal e reacionária demonstração de atraso.

    A história do desenvolvimento industrial e científico revela, todavia, ser insano e impossível criar obstáculos à marcha do progresso. A robotização industrial é fato. O país mais desenvolvido, neste terreno, é a Coreia do Sul. Seguem-se Suécia, Alemanha, Japão, Estados Unidos da América. O Brasil, como de hábito, caminha à retaguarda. Permanece nos últimos lugares da fila, sendo uma das razões determinantes da desindustrialização e perda de competitividade.

    Indiferente às reações, a automação, a informatização, a robotização, avançam. Hoje estão presentes nos serviços públicos, na economia e na vida doméstica. O microcomputador, o tablet, o celular, o drone tornaram-se membros da família. Os setores financeiros, automotivos, jornalísticos, os transportes, as telecomunicações, a fotografia, assimilam com a velocidade da luz os avanços tecnológicos, embora provoquem a redução da força de trabalho.

    O Poder Judiciário é o mais conservador dos Três Poderes. Com o conservadorismo que o caracteriza não consegue, porém, fugir à necessidade de modernização. A utilização de computadores facilitou a missão dos magistrados. O Processo Judicial Eletrônico (PJE) reduziu despesas com recursos humanos, papel e espaço. Audiências virtuais contribuíram para economia de tempo e dinheiro. Já se fala na utilização do robô e da inteligência artificial na prolação de sentenças. Conseguirá ser imparcial? A pergunta me leva ao padre Antônio Vieira. Alertou o jesuíta no Sermão da Segunda Dominga do Advento, pregado em 1650: “Primeiramente o juízo dos homens é mais temeroso do que o juízo de Deus; porque Deus julga como com o entendimento, os homens julgam com a vontade. Quando entre o entendimento de Deus e a vontade dos homens não houvera aquela infinita distância, bastava só a diferença que há entre vontade e entendimento, para ser grande a desigualdade destes juízos. Quem julga com o entendimento pode julgar bem e pode julgar mal; quem julga com a vontade nunca pode julgar bem” (Sermões, Lello Irmão, Portugal, 1959, vol. I, pág. 162).

    O robô é máquina desprovida de personalidade e de vontade. Julgará a causa obediente às informações sobre lei e jurisprudência gravadas na memória. Poderá julgar bem e poderá julgar mal. O juiz que se deixa dominar pela vontade nunca poderá julgar bem. Vêm à memória palavras do ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal: “Não é errado nem ruim que juízes antes de decidirem (…) levem em conta a realidade social. Mas o populismo judicial é tão ruim quanto qualquer outro”. As transmissões pela televisão tornaram o Judiciário transparente. Os jurisdicionados sabem como são tomadas decisões. Algumas pelo entendimento; outras pela vontade, revelando o autoritarismo ou o populismo do magistrado.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/11/10/interna_opiniao,375976/robotizacao-de-sentencas.shtml)

  11. Miguel José Teixeira

    E todos nós conhecemos bem o “chefe” e seu modus operandi

    . . .”As linhas de governo virão em conta gotas, ditadas apenas por uma pessoa: o chefe. Os demais, nesse baile anacrônico da Ilha Fiscal, figuram nesse governo como figurantes.”. . .

    “Não tinha teto, não tinha nada.”
    (Circe Cunha, Coluna VLO, CB, 10/11/22)

    Muita coisa não tem sido dita ou confessada aos eleitores do presidente “eleito”. A regra parece seguir os ensinamentos de Maquiavel: “faça de uma vez só todo o mal, mas o bem faça aos poucos”. Com isso, a maior parte do que poderá ser uma das linhas de governo, a partir 2023, fica em suspense ou seguida de três pontos.

    De fato, ao não apresentar um programa sério e consistente de governo, o não tão novo assim ocupante do Planalto irá compor de fato seu gabinete de ministros, à medida em que forem surgindo os problemas. Contudo, uma coisa é certa: não há diretriz alguma assentada ou traçada no papel. As linhas de governo virão em conta gotas, ditadas apenas por uma pessoa: o chefe. Os demais, nesse baile anacrônico da Ilha Fiscal, figuram nesse governo como figurantes.

    Outro fato que parece já ser decisivo é que o governo que ensaia voltar em 2023, irá ao Executivo com a ajuda subserviente de todo o Poder Judiciário, na figura do Supremo Tribunal Federal. Na verdade, pelo o que se tem visto até o momento, caberá ao Supremo um papel de coadjuvante no governo de esquerda.

    O Legislativo entrará nesse salão, à medida em que seus membros forem submetidos ao lento processo de “amolecimento do coração”. Na novilíngua que reinará no Palácio do Planalto, esse processo se deve ao “poder encantador de convencimento do presidente”. No fim o que se espera é que todo o Congresso acabe sendo encantado pela flauta do líder. Com a abdução do Judiciário e do Legislativo, o próximo passo será trazer as forças de segurança para a área de influência do governo. Concluída essa etapa, o que a população assistirá será o festival de loas e salamaleques vindos de toda a mídia cativa e subserviente.

    Em linhas gerais, esse é todo o enredo a ser desenvolvido até 2026. De posse das rédeas do poder, doravante, falar em independência dos Poderes soará como heresia. Estarão todos em perfeita harmonia. Não é por outro motivo que, para dar início a essa gestão singular, o governo que chega já adentra o cenário nacional com a proposta de furar o teto de gastos, acabando com esse modelo antiquado e certinho de responsabilidade fiscal.

    Para tanto, já vem trabalhando pela aprovação no Congresso da chamada PEC dos gastos. Caso essa medida não avance no Congresso, como espera o governo que virá, a solução será recorrer ao Supremo, onde a proposta será facilmente acolhida e até defendida, podendo os opositores a essa PEC virem a responder por crime contra a nação.

    O mercado, essa entidade apátrida e sem endereço, torce para que a junção do populismo com as finanças públicas não arruine as perspectivas de lucros e, principalmente, não atrapalhe o trabalho manicurto dos bancos. É preciso entender que a expressão “furar o teto de gastos” não assusta o mercado e seus objetivos materiais imediatos. Eles estarão muito bem protegidos contra as intempéries. Na verdade, o teto furado trará seus efeitos apenas sobre a cabeça da classe média, que sentirá os efeitos das goteiras que irão se alastrar pela casa toda, já com uma só televisão e nenhuma lancha.

    O furo ou rombo no teto de gastos é apenas o primeiro estrago a ser realizado nas contas públicas. Outros virão na sequência e até por inércia. A começar pelo furo no piso. Pelo desmonte da estrutura econômica, pelo abalar dos pilares do livre mercado, pela demolição dos alicerces da poupança interna, pelo desgaste das reservas, pelo tremor nas vigas que dão suporte aos princípios da ética pública e pela destruição de toda e qualquer barreira dos cofres da União.

    O Colapso de todo o edifício Brasil e seu desabamento espetacular será o grand finale dessa chanchada burlesca.

    (Fonte: https://blogs.correiobraziliense.com.br/aricunha/nao-tinha-teto-nao-tinha-nada/)

  12. Miguel José Teixeira

    . . .”O engodo desmoralizado pelo Banco Mundial foi usado na campanha eleitoral. Mas ninguém entrou no TSE reclamando da fake news. Aliás, se entrasse, dependeria do juízo do Tribunal, que tem o dom divino de separar a mentira da verdade numa campanha eleitoral.”. . .

    “Fome de mentira”
    (Por Alexandre Garcia, CB, 09/11/22)

    Antes das eleições, o Brasil tinha 33 milhões de famintos. Uma semana depois, a maioria ficou alimentada. Restaram 1,9 milhão abaixo da linha de pobreza. O candidato e a mídia vinham repetindo, como fazia Goebbels, que o Brasil tem 33 milhões de famintos. Claro que quem tem olhos para ver não via isso, ou as ruas estariam cheias de pedintes do tamanho de três Portugais. Mas o candidato e sua mídia repetiam: 33 milhões de brasileiros famintos. Agora aparece o Banco Mundial para estragar a narrativa: há bem menos brasileiros em extrema pobreza. Despencou de 25 milhões em 1990 para 1,9 milhão em 2020. Para os padrões econômicos internacionais, extrema pobreza é de quem ganha menos de 2,15 dólares por dia. O Auxílio Brasil corresponde ao dobro desse valor.

    Só Paraguai conseguiu semelhante proeza na América Latina. Outros estão dobrando a pobreza. Mas a mitomania tupiniquim, gostou dos 33 milhões e ficou a repetir. Certa vez Lula explicou a Jayme Lerner que bastava citar um número que ninguém tinha como checar. Referia-se a 25 milhões de crianças de rua sem ter onde morar, conforme relato do próprio Lula, sobre uma palestra que ele fizera em Paris. Lula contou que o arquiteto Jayme Lerner observara que com essa multidão de meninos, não conseguiríamos sair às ruas e Lula confessou, rindo, que inventava os números. Agora impressionou brasileiros desinformados e que não acreditam naquilo que seus próprios olhos veem nas ruas. Mas apareceu agora um jovem economista da FGV tentar amenizar o tamanho da mentira ao dizer que de 2020 para 2021 a miséria subiu.

    O engodo desmoralizado pelo Banco Mundial foi usado na campanha eleitoral. Mas ninguém entrou no TSE reclamando da fake news. Aliás, se entrasse, dependeria do juízo do Tribunal, que tem o dom divino de separar a mentira da verdade numa campanha eleitoral. Até aqui nenhuma novidade, já que é do conhecimento público o desequilíbrio da balança da Têmis tupiniquim. Imaginem que agora, depois das anomalias mostradas pelo argentino, apenas pelo fato de Marcos Cintra ter cobrado uma explicação do TSE, o ex-Secretário da Receita foi bloqueado nas redes sociais e tratado como bandido, com prazo de 48 horas para a Polícia Federal colher depoimento dele. O ex-presidente do TSE, ministro Marco Aurélio, não viu crime em expressar opinião, e também expressou a dele: “É difícil conceber seções com dezenas de votos apenas para um determinado candidato.” Palavras de quem já presidiu eleições.

    Derrogam-se os artigos 5º IV e 220 da Constituição, que tratam da livre manifestação do pensamento sem anonimato e da liberdade de expressão e vedação da censura. O crime de opinião já foi criado há três anos pelo Supremo. Resta-nos a vergonha de estarmos exportando para ditaduras o estímulo para censurar liberdades.

    A Nicarágua acaba de imitar o Brasil. Aprovou a Lei Especial de Delitos Cibernéticos, com até 10 anos de prisão para quem postar o que, para a ditadura Ortega, seja fake news. A verdade pode ser julgada mentira. E vice-versa. Mentir sobre 33 milhões de famintos vira verdade quando a mentira é publicada muitas vezes.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/brasil/2022/11/09/interna_brasil,375948/alexandre-garcia.shtml)

  13. Miguel José Teixeira

    A rasteira anunciada

    “Enquanto isso, na transição…”
    (Por Denise Rothenburg, Brasília-DF, CB, 09/11/22)

    Até aqui, Geraldo Alckmin tem funcionado como um primeiro-ministro desta fase pré-governo, mas é Lula que terá o poder de aplainar o terreno na esquerda, leia-se ciumeira, com a nomeação de Simone Tebet para a área de assistência social. É que esse era um setor que os petistas adorariam coordenar e emplacar o ministro.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/11/09/interna_politica,375949/brasilia-df.shtml)

    Talvez, a traíra do PanTanal prove do seu próprio veneno: a trairagem!

  14. Miguel José Teixeira

    Primeiros anúncios do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin sobre o governo de transição incluem MDB e PSD e dois economistas ligados ao PSDB. Senadora Simone Tebet comandará a área de Desenvolvimento Social do gabinete temporário.

    “Aceno ao mercado e ao centro político”
    (Caderno Política, CB, 09/11/22)

    O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), abriu formalmente, ontem, os trabalhos do governo de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), com sinalizações claras para o mercado financeiro e a classe política. O PSD passa a integrar, oficialmente, o staff do Conselho de Transição, que já contava com os representantes dos partidos da coligação vitoriosa no primeiro turno das eleições.

    O MDB entra no time com a senadora Simone Tebet (MS), confirmada no grupo temático que vai avaliar as políticas sociais. Na economia — outro grupo estratégico —, dois dos “pais” do Plano Real dividirão o colegiado com uma dupla de economistas ligada ao PT. A futura primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, foi nomeada coordenadora das festividades de posse do marido, em 1º de janeiro.

    Com os anúncios de ontem, são 12 os partidos comprometidos com a governabilidade a partir do ano que vem: os 10 da coligação que elegeu a chapa Luiz Inácio Lula da Silva-Geraldo Alckmin (PT, PSB, Solidariedade, PSol, Rede, PV, Pros, Agir, PCdoB e PDT), no campo da esquerda, mais MDB e PSD, de centro.

    O presidente do PSD, Gilberto Kassab (SP), indicou o deputado federal pela Bahia Antônio Brito para participar da transição. Com isso, o partido praticamente assegura uma vaga no primeiro escalão do futuro governo, assim como o MDB, que já tem na ex-presidenciável Simone Tebet uma candidata forte para a futura equipe de ministros.

    Outra mensagem importante foi dada para os agentes de mercado. O grupo temático que avaliará a situação econômica e fiscal que Lula herdará do presidente Jair Bolsonaro (PL) terá os economistas Pérsio Arida e André Lara Resende — da equipe que elaborou e implementou o Plano Real no primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso, ambos ligados ao PSDB —, trabalhando lado a lado com dois nomes ligados ao PT: Guilherme Mello, quadro do partido ligado à Unicamp, e Nelson Barbosa, que foi ministro do Planejamento e da Fazenda no governo Dilma Rousseff. Alckmin disse, ainda, que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega deverá auxiliar os trabalhos do grupo como voluntário.

    Perguntado sobre como será a convivência dos economistas do Real com os nomes ligados ao PT, o vice-presidente eleito foi pragmático. “Não são visões opostas, são complementares. É importante você ter no grupo técnico visões que se complementam, que se somam. Para você discutir e colaborar com as propostas”, argumentou.

    No CCBB, Alckmin fez questão de ser acompanhado pelo núcleo duro da transição. Com ele estavam a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que coordenará a interlocução política do gabinete provisório; Aloizio Mercadante, coordenador dos 31 grupos temáticos; e o ex-deputado Floriano Pesaro, nome de confiança de Alckmin, nomeado coordenador executivo do governo de transição. Ao longo desta semana serão anunciados os nomes que integrarão as equipes setoriais.

    No time temático da assistência social, também com quatro coordenadores (padrão para todos os grupos), Tebet integrará um colegiado com maioria de mulheres. Além da senadora, foram indicadas as ex-ministras de Desenvolvimento Social e Combate à Fome Márcia Lopes e Tereza Campello, e o deputado André Quintão, do PT de Minas Gerais.

    Ministros
    No CCBB, Alckmin assinou três portarias como coordenador-geral do processo. A primeira institui o Gabinete de Transição Governamental. A segunda define a estrutura do gabinete, cujas atribuições são reunir informações sobre o funcionamento dos órgãos e entidades que compõem a Administração Pública Federal e preparar os atos de iniciativa do presidente eleito para as primeiras semanas da nova gestão, a partir de janeiro.

    Alckmin ressaltou, como tem feito em suas entrevistas, que os nomes da transição não têm relação direta com a futura equipe de governo. “Podem participar (do governo Lula), podem não participar, mas são questões bastante distintas. Esse é um trabalho de 50 dias”, frisou o vice eleito, ao referir-se ao prazo de validade do governo de transição, que acaba logo após a posse de Lula.

    Alckmin explicou que os grupos técnicos poderão convidar outras pessoas para o trabalho, como representantes da sociedade civil e lideranças políticas. “Gleisi Hoffmann esteve com os partidos políticos: todos os partidos do primeiro turno, os 10, e os que também vieram no segundo turno vão participar também. Na medida em que forem chegando esses nomes, a gente vai incorporando”, explicou ele.

    A terceira portaria solicita ao presidente em exercício do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, cópias dos relatórios de tomadas de contas, auditorias, inspeções e levantamentos feitos na administração pública federal para ajudar nos trabalhos do gabinete de transição. “O Tribunal de Contas tem um trabalho muito apurado e vai nos ajudar com essas informações”, destacou Alckmin.

    (Fonte:

    E o piNçador Matutildo, piNçou:

    “A futura primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, foi nomeada coordenadora das festividades de posse do marido, em 1º de janeiro.”

    Começou a mistureba do público com o privado.

    Quem tomará posse é o presidente eleito, que, no caso, é o marido da janja.

    Nada de estrela vermelha nos jardins do Palácio da Alvorada. . .

  15. Miguel José Teixeira

    . . .”Freud já lembrava, em seu livro Luto e melancolia, da importância de deixarmos o tempo atuar sobre nossas energias psíquicas até que elas resolvam aceitar a perda do objeto de desejo e voltarem-se para outro, pois sempre há um objeto de desejo largado por aí, neste mundão.”. . .

    “Um ano para a história”
    (Por Daniel Medeiros, Doutor em educação histórica e professor de humanidades no Curso Positivo, CB, 09/11/22)

    Todo ano que termina nos faz respirar aliviados, principalmente por ainda estarmos respirando, apesar de tudo. E isso quer dizer que, até aqui vai tudo bem. Afinal, ainda estar por aqui implica a possibilidade de refazer os caminhos abandonados, reiniciar as promessas esquecidas, recuperar os prejuízos ocorridos, reformar as decisões mal pensadas, recalcular os rumos da jornada. Ou seja, continuar vivendo. O tempo passa e percebemos por que deixamos nossas marcas pelo caminho, como o náufrago na ilha deserta que vai riscando a pedra para evitar esquecer que foi esquecido pelo mundo.

    Manter nossa fé no tempo e na ideia de que somos o que somos porque podemos mudar as coisas ao longo dele é a grande marca de distinção da nossa espécie. Imagino minha cachorrinha que, por mais que me ausente por 15 minutos, recebe-me como se eu estivesse voltando de uma peregrinação a Santiago de Compostela. O que é a vida para ela? Um eterno esperar e angustiar-se pela ausência de seus amados. Uma vida sem noção de que uma hora, um dia, uma semana, podem ser amortizados na medida em que depois podemos contar o tempo juntos em um mês, um ano, uma vida. Nossa recusa em sermos cães é que define nossa permanência no mundo, sonhando, planejando, construindo, plantando araucárias aos 50 anos de idade e olhar a pequena muda e pensar: ainda te verei alta e robusta.

    Todo ano, por mais que tenha sido marcado por eventos ruins, eles acabam depositando-se na memória e, depois, no largo campo do esquecimento. Tudo graças ao nosso infinito apetite por ter boas sensações da vida. Isso é que permite que as dores, aos poucos, se dissipem e aquela ideia de que “jamais voltaremos a sorrir” acabe, ora veja, em um sorriso, meio envergonhado, mas um sorriso. Freud já lembrava, em seu livro Luto e melancolia, da importância de deixarmos o tempo atuar sobre nossas energias psíquicas até que elas resolvam aceitar a perda do objeto de desejo e voltarem-se para outro, pois sempre há um objeto de desejo largado por aí, neste mundão. A doença, lembrava o mestre vienense, é continuar a amar o objeto perdido e ignorar sua partida, seu desfazimento no Letes, o rio do esquecimento necessário.

    Todo ano que finda, guarda, ironicamente, uma festa de nascimento e depois uma festa de despedida, no intervalo de uma semana. Os cristãos comemoram o nascimento de Jesus, o grande astro da esperança, e depois, despedem-se do ano à espera de Janus, o deus romano, bifronte, uma face para o futuro, uma face para o passado. Pois não é isso a esperança? O desejo de que o passado não se modifique de maneira tão abrupta e que o futuro se pareça com que há de melhor dele. Nos brindes da passagem, o desejo que começa sempre com a frase: “Neste ano, eu espero…”.

    Ainda há, nesta época do ano, a promessa. Outra palavra que faz muito sucesso, buscando corrigir o que um ano só (ou uma vida inteira, até aqui) não conseguiu. Esperamos e prometemos, tentando agarrar o tempo em nossas mãos, fazê-lo uma massa de modelar segundo nossos desejos. Ilusão, sabemos. Mas queremos participar desse mistério que é estarmos no mundo, em meio ao invisível do tempo, e logo depois, em um estalo, não estarmos mais. Quando prometemos, projetamo-nos para um futuro, próximo ou distante.

    Tudo o que queremos é estar lá para cumprir a promessa. E de nosso sorrir — ou lamentar — mais um ano que passou. E dizer: Até aqui, tudo bem.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/11/09/interna_opiniao,375924/um-ano-para-a-historia.shtml)

  16. Miguel José Teixeira

    . . .”Talvez essas pessoas jamais tenham escutado algo sobre a Escola Mecânica da Armada (Esma), em Buenos Aires; a Villa Grimaldi, em Santiago do Chile; os porões do DOI-Codi, no Brasil.”. . .

    “Uma “realidade” paralela”
    (Por Rodrigo Craveiro, CB, 09/11/22)

    O educador Paulo Freire foi preso. Ou será ministro da Educação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Stefani Germanotta, nome de batismo da cantora Lady Gaga, é uma “ministra” de Haia que lidera uma comitiva no Brasil para deter Lula e seus assessores e comandar uma “intervenção federal” no país. Detalhe: a ex-atriz pornô libanesa Mia Khalifa seria a “diretora antifraude eleitoral” do Tribunal de Haia. O presidente Jair Bolsonaro ganhou as eleições, no primeiro turno, com 65% dos votos. O juiz Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, foi preso em flagrante. Uma auditoria realizada por uma empresa da Argentina concluiu que as eleições brasileiras foram fraudadas. Lula sofreu um derrame e está internado em estado grave no Hospital Sírio Libanês.

    O primeiro parágrafo deste artigo não contém uma única verdade. Todas essas fake news foram despejadas nas redes sociais bolsonaristas e aceitas pelos simpatizantes de Bolsonaro como tábuas de salvação eleitoral. Por mais absurda que seja cada uma das “notícias” acima. A velha tática de acreditar tanto em uma mentira até que ela se torne uma “verdade” apenas faz mobilizar as massas e escrachar o ódio e a parca politização do povo brasileiro.

    Parte da população mostra desprezo absoluto pela democracia e insiste em tomar as ruas para contestar as urnas e exigir uma intervenção das Forças Armadas. Muitos brasileiros criaram uma “realidade paralela”. Em um comportamento de seita, esperam que Bolsonaro, um Jim Jones tupiniquim, os salve do comunismo, da “venezuelização” do Brasil, da bandeira vermelha.

    Talvez essas pessoas jamais tenham escutado algo sobre a Escola Mecânica da Armada (Esma), em Buenos Aires; a Villa Grimaldi, em Santiago do Chile; os porões do DOI-Codi, no Brasil. Talvez o urro de dor lancinante dos torturados nas masmorras da ditadura não seja o bastante para calar o preconceito e a apatia política, sobretudo o fanatismo. Talvez o inferno vivido em Auschwitz, Treblinka, Dachau e Sobibor, onde homens e mulheres foram assassinados na câmara de gás e onde sobreviventes disputavam maçãs boiando no esgoto, não comova aqueles que insistem em idolatrar o fascismo e o nazismo.

    Em nossa realidade paralela, nunca antes o Brasil se viu ameaçado pela xenofobia. Muitos chegaram a comparar os nordestinos aos carrapatos que dependem do gado para não morrerem de fome. Dói saber que tantos brasileiros compactuam com esse tipo de coisa. Dói saber que muitos cidadãos, tomados por uma idolatria absurda, perdem a capacidade de raciocinar ao aceitarem fake news citadas no início do texto e ao protestarem pela anulação de eleições justas, transparentes e limpas. Espero, de coração, que a imensa massa de manobra de Bolsonaro desperte da ignorância. Antes que o fascismo corroa nosso tecido democrático para sempre.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/11/09/interna_opiniao,375920/uma-realidade-paralela.shtml)

  17. Miguel José Teixeira

    . . .”um Estado rico e poderoso é sempre aquele em que as elites no poder desfrutam de todos os privilégios materiais, restando à população o papel de mantenedora dessas benesses.”. . .

    “Formigas assanhadas”
    (Circe Cunha, Coluna VLO, CB, 09/11/22)

    Um dos princípios da física estabelece que a análise de um objeto, sua trajetória, tamanho, propriedades e outros, só pode ter um sentido válido e compreensível se comparada com outros e tendo como referência diversos elementos externos ao objeto. O mesmo entendimento pode ser levado também para aferir o tamanho do cidadão em sua relação ao Estado e à toda a máquina pública. Em outras palavras, tem-se que quanto maior e mais poderoso o Estado, menor, em relação a ele, será o cidadão.

    Um Estado gigante abriga à sua volta cidadãos que, na realidade, não passam de formigas atazanadas, com obrigações diárias que as forçam a trabalhar ininterruptamente para alimentar esse Leviatã. É como diziam os antigos: “Quanto maior a porta, menor serão aqueles que passarão sob ela”. Eis aqui uma questão que nos leva direto ao conceito do estatismo e ao tamanho do Estado.

    Para os que defendem que o Estado seja um gigante, atuando em todas as áreas e, por isso mesmo, consumindo grandes porções de impostos e exaurindo ao máximo a força de trabalho de seus cidadãos, o indivíduo é sempre visto como um detalhe, descartável quando não for mais conveniente sua presença. A ilusão do Estado provedor, imaginado pelas ideologias totalitárias como o “pai da nação”, tem levado a humanidade, em todo o tempo e lugar, às mais terríveis experiências.

    Exemplos atuais de Estados poderosos e gigantes ainda são vistos em todo o planeta. China, Rússia, Coreia do Norte e outros são referências de Estados gigantes no sentido de ascendência sobre seus cidadãos. Investem fortunas em poderio armamentista e de controle da população. Recursos que sempre faltam lá na ponta, em forma de serviços públicos básicos. Faltam papel higiênico, grãos e antibióticos, mas não faltam recursos para armas de destruição em massa e para os serviços de controle interno e repressão.

    Nesse ponto, é válida a comparação entre um Estado agigantado e os processos infecciosos da metástase de um tumor. Quanto mais cresce, mais adoece e leva a população junto. Os riscos trazidos pelos ideais do estatismo são sempre maiores do que seus benefícios. E é isso que é ocultado da população. O estatismo, filho bastardo de ideologias tanto de esquerda quanto de direita extremadas, é impulsionado tendo como premissa maior o fortalecimento exclusivo daqueles que estão diretamente ligados aos processos de gerenciamento da máquina do Estado.

    Aos demais, as migalhas. Por isso, verifica-se, ad nauseam, que um Estado rico e poderoso é sempre aquele em que as elites no poder desfrutam de todos os privilégios materiais, restando à população o papel de mantenedora dessas benesses. Não por outra razão, o estatismo é defendido pelas elites políticas no topo da pirâmide social. As mesmas que não se acanham em recorrer ao uso de formicidas, sempre que o formigueiro se mostrar mais assanhado.

    A frase que foi pronunciada
    “Quando muitos trabalham juntos por um objetivo, grandes coisas podem ser realizadas. Dizem que um filhote de leão foi morto por uma única colônia de formigas.” (Sakya Pandita)

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/11/09/interna_opiniao,375926/visto-lido-e-ouvido.shtml)

  18. Miguel José Teixeira

    Da série “CUmunistinha adora uma boquinha”

    Cabides à vontade
    O novo governo petista nem sequer começou e já se trata com muita naturalidade a adição de (pelo menos) dez ministérios à Esplanada para abrir espaço no rateio de cargos em troca de apoio político para Lula.

    Inchou até explodir
    O número recorde de ministérios na Esplanada pertence ao governo da petista Dilma, que acumulou 39 ocupantes do cargo antes de ser impichada pelas pedaladas fiscais. Lula começará com (pelo menos) 33.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/simbolos-do-poder-exercito-assume-seguranca-e-lula-ja-pode-usar-aviao-da-fab)

    1. Isto não vai dar certo. Primeiro porque é uma marca rejeitada e que deu espaços para a direita voltar, a mesma direita que está jogando a oportunidade que ganhou e não aproveitou (veja o meu comentário de hoje). Em segundo lugar, a vigilância será grande por parte de um parlamento ruidoso que terá pela frente e que num momento, passada a lua de mel da imprensa com o eleito, vai alimentar a imprensa que precisa de manchetes, fatos, ainda mais se a econo0mia patinar.

  19. Miguel José Teixeira

    Nem o dúbio Matutildo, duvidava

    “Oposição a Lula encolhe no Congresso antes mesmo de petista tomar posse”
    (Por Lauriberto Pompeu e Daniel Weterman)

    Seis dias após ser eleito presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encontra hoje um cenário bem diferente daquele previsto por líderes da Câmara e do Senado. Embora o resultado das urnas indique que o Congresso terá maioria conservadora, o pragmatismo da política dá sinais de que cargos e verbas do Orçamento atuarão como ímã para Lula atrair aliados.
    . . .
    (+em: https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica/oposicao-a-lula-encolhe-no-congresso-antes-mesmo-de-petista-tomar-posse,124c1cf45aaecadec8e67b6930db2f484gmcstaj.html)

    Infelizmente, nós, burros de cargas/eleitores, só elegemos a corja!

    Você aí, acredita no dep. fed. em quem votou e ele elegeu-se?

  20. Miguel José Teixeira

    “Qual será o papel do BNDES no governo Lula?”
    (Por Amauri Segalla, Mercado S/A., CB, 07/11/22)

    Criado em 1952, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se tornou ao longo dos anos uma fonte vital de recursos para as empresas. Nos governos do PT, o banco de fomento foi usado como indutor do crescimento e ajudou a pavimentar as chamadas “campeãs nacionais”, grandes companhias que receberam generosos volumes de dinheiro para avançar no mercado internacional.

    A estratégia recebeu críticas.

    Afinal, faz sentido financiar conglomerados corporativos em vez de pequenas e médias empresas?

    Lembre-se que as gigantes podem recorrer ao mercado de capitais para acessar recursos, algo saudável e usual nos países ricos e competitivos.

    Nos últimos anos, o BNDES cortou consideravelmente as operações de crédito — elas encolheram 85% entre 2015 e 2021.

    Como será daqui por diante?

    O futuro presidente Lula deu recentemente um sinal positivo ao defender o financiamento de micros, pequenas e médias empresas.

    Espera-se que cumpra o prometido.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/economia/2022/11/07/interna_economia,375874/mercado-s-a.shtml)

  21. Miguel José Teixeira

    . . .”As últimas eleições no Brasil, entre muitas outras coisas, mostraram que entre nós a política deixou de funcionar como instrumento civilizatório. Nunca desde a redemocratização, nem mesmo no período entre 1946 e 1964, a competição política foi tão polarizada nem tornou expostas divisões tão irreconciliáveis na sociedade brasileira.”. . .

    “Esquecer o que nos separa”
    (Por Roberto Brant, Caderno Política, CB, 07/11/22)

    Uma das muitas definições de política, mas certamente a mais contundente, é que ela é o contrário da barbárie. O processo civilizatório ao longo de muitos séculos foi criando mecanismos pelos quais os conflitos individuais e coletivos passaram a ser resolvidos não pela força ou pela violência, mas por meio de regras previamente estabelecidas e por autoridades reconhecidas pela maioria. As lutas deixaram o campo aberto e foram levadas para as vias impessoais das instituições. Isso é a política.

    Nos estágios mais altos da civilização, a política, no seu escopo de mobilizar as sociedades para o objetivo de elevar a prosperidade e reduzir as desigualdades, age para evitar que os conflitos se tornem abertos e tomem corpo para pressionar as instituições com demandas que são difíceis de lidar, tais as que dizem respeito à cultura ou religião. Nestas sociedades, as leis que definem a ordem política procuram dificultar, por meio das regras de organização dos partidos, das normas eleitorais e da regulação do exercício do poder, que as ideias e movimentos desestabilizadores ganhem força necessária para pôr todo o sistema em cheque. É a democracia defendendo a democracia. Os fiéis da antipolítica no fundo sonham com a violência e a lei do mais forte.

    As últimas eleições no Brasil, entre muitas outras coisas, mostraram que entre nós a política deixou de funcionar como instrumento civilizatório. Nunca desde a redemocratização, nem mesmo no período entre 1946 e 1964, a competição política foi tão polarizada nem tornou expostas divisões tão irreconciliáveis na sociedade brasileira. E polarização e divisão a respeito de uma pauta completamente artificial, criada e sustentada para servir exclusivamente a interesses eleitorais e desviar a atenção de todos para nossos problemas substantivos.

    A pobreza do debate político e a ausência de qualquer discussão relevante e séria sobre nossa falta de crescimento, que se arrasta por 40 anos, a imensa pobreza da maioria da população, a ausência de perspectiva de quase toda a juventude do país, tudo isto passou longe dos programas, dos discursos e dos debates. A circulação de mentiras por todos os lados, obrigando a Justiça Eleitoral a monitorar o esgoto a céu aberto em que se transformaram as redes sociais e a internet, o ódio e o estranhamento entre os amigos e as famílias, tudo isto aponta para uma sociedade perdida. Vivi muito tempo e participei de muitas eleições. Perdi quase todas, a ponto de me acostumar com as derrotas. Mas desta vez meu sentimento de perda ultrapassou tudo o que eu já senti, porque, do meu ponto de vista, qualquer que fosse o resultado das urnas toda a população do país já estava derrotada.

    O resultado apertado, a composição do Congresso e os sinais de mobilização permanente de grupos antidemocráticos que até agora não haviam demonstrado um mínimo de força, apontam para um governo difícil para o presidente Lula. Ele tem dois desafios gigantescos. O primeiro será criar as condições para que o país volte a crescer. Para isto terá que vencer o conservadorismo fiscal dos mercados e da mídia, que colocam a estabilidade acima do crescimento, indiferentes à pobreza de 90% da população. Mas terá também de vencer a cartilha econômica dos anos 1950 que faz parte da alma do seu partido.

    Além de uma gestão econômica audaciosa, embora responsável, terá que liderar reformas que, começando com o fim definitivo da reeleição, deem lugar a um sistema político mais verdadeiro e representativo, onde haja lugar também para os bons cidadãos, e não apenas para os aventureiros, os mercadores da boa fé dos humildes e os agentes de negócios.

    Ficou claro que nenhum grupo político tem maioria. Grande parte dos eleitores não votou a favor, mas sim contra. O que pode reunir a todos seria o crescimento e a luta contra a pobreza e a desigualdade. Toda a pauta de costumes, sejam as reacionárias ou as de vanguarda, tem que ficar longe do governo e da política.

    Para o bem de todos é preciso pôr enfim uma pedra sobre tudo o que nos separa.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/11/07/interna_politica,375860/roberto-brant.shtml)

    E o piNçador Matutildo, piNçou:

    “Para o bem de todos é preciso pôr enfim uma pedra sobre tudo o que nos separa.” e Matutou:

    Exceto, obviamente, o combate aos corruPTos, que virão mais famintos, pois há muitas bocas a mais à alimentar!!!

  22. Miguel José Teixeira

    A viúva é rica e os abastecedores dos cofres são mansos e sofrem de amnésia

    “Lula volta para os 20 anos do fiasco Abreu e Lima”
    (Coluna CH, DP, 07/11/22)

    O presidente eleito Lula poderá testemunhar de perto os 20 anos de um dos maiores fiascos produzidos pela Petrobras na História: a refinaria de Abreu e Lima (PE). Lançada em 2003 a mando do próprio Lula em “parceria” com o falecido ditador da Venezuela Hugo Chávez, a refinaria demorou 11 anos para ser concluída, custou um total de US$ 26,2 bilhões (superfaturamento de mais de 1300%), não recebeu nem um centavo do governo vizinho e até hoje, duas décadas depois, dá prejuízo.

    13 vezes mais cara
    O custo final da refinaria foi mais de 13 vezes maior que os US$2 bilhões previstos, segundo relatório do Tribunal de Contas da União de 2016.

    Ninguém quer comprar
    Segundo o TCU, Abreu e Lima só pode render US$7,2 bilhões. Ou seja, o prejuízo estimado em 2016 já era de US$19 bilhões (R$100 bilhões).

    Pior dos cegos
    Durante toda a construção, a Venezuela nunca contribuiu com um centavo sequer… assim como os governos do PT nunca cobraram.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/petrobras-rica-tem-gastos-milionarios-com-viagens)

  23. Miguel José Teixeira

    “Tarcísio, O Engenheiro”
    (Por Danilo Sili Borges, Crônicas da Madrugada, Brasília, Nov, 2022

    O escolhido para governar São Paulo, de 2023 a 2026, é um estreante em disputas eleitorais. Tarcísio Gomes de Freitas é, na realidade, um engenheiro, um destacado profissional da engenharia que aos 47 anos de idade mostra um currículo que o levou a se eleger governador do mais importante Estado da Federação, construído por sua brilhante carreira no Serviço Público brasileiro. Nada além disso! Tudo possível a qualquer um de nós, profissionais como ele, com inscrição no CREA da sua respectiva região. Nada além.

    Alguém, menos conhecedor da trajetória do ainda não empossado governador, dirá: “Ora bolas, o cara era Ministro da Infraestrutura do governo federal”.

    Convém saber da curiosa história de como o jovem engenheiro recém-entrado nos 40 anos, em 2019, chegou a titular do importante ministério:

    Bolsonaro, num desses fenômenos que só acontecem na política brasileira, havia sido eleito Presidente da República sem apoio partidário e tinha se com
    prometido a formar um ministério eminentemente técnico. Não encontrando o perfil adequado entre seu reduzido grupo de apoiadores, avaliou a indicação do nome de um engenheiro que tinha sido o Diretor Geral do DNIT do Governo Dilma e sido mantido no Governo Temer. A análise detalhada da vida pregressa do Engenheiro Tarcísio Gomes de Freitas revelou um cidadão brasileiro disponível para desempenhar outras funções de relevo, maiores ainda que as que já tinha mostrado ser capaz, sempre por competência.

    O Engenheiro Tarcísio de Freitas é carioca, nascido em1975, militar da reserva, formado pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e graduado em engenharia – fortificação e construção pelo Instituto Militar de Engenharia (IME), onde obteve a maior média histórica do curso na instituição. É servidor público de carreira da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados.

    Durante o governo Dilma Rousseff foi Diretor Executivo, 2011, e depois Diretor Geral, 2014, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, DNIT.

    Foi engenheiro do Exército Brasileiro, chefe da seção técnica da Companhia de Engenharia do Brasil na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti e coordenador-geral de Auditoria da Área de Transportes da Controladoria Geral da União (CGU).

    Seu destacado desempenho como Ministro da Infraestrutura o credenciou a receber a confiança do esclarecido povo paulista que o elegeu para seu governador.

    A engenharia brasileira tem sofrido golpes sucessivos no seu prestígio. Em primeiro lugar, as dificuldades econômicas que mostram nas últimas duas décadas um país estagnado economicamente, o que se reflete diretamente nas suas atividades.

    Mas a maior causa, no entanto, foi o envolvimento de suas maiores empresas na corrupção endêmica que vicejou no país nos últimos vinte anos e que contaminou todo o segmento, que passou a ser visto como corruptor de personagens da política e do poder público, levando algumas dessas personalidades à prisão. As investigações e achados da Lava Jato não foram esquecidos. Os “tapetes” estendidos por coniventes e cúmplices bem situados no poder, nunca serão suficientes para cobrir toda a sujeira.

    O Engenheiro Tarcísio de Freitas é novidade na política e exemplo para as novas gerações de engenheiros.

    Engenheiro Tarcísio, este cronista e velho engenheiro, deseja-lhe Boa Sorte!

    (Fonte: https://www.cronicasdamadrugada.net/2022/11/tarcisio-o-engenheiro.html)

  24. Miguel José Teixeira

    A lambisgóia PeTralha e o embate entre Petrobras X PeTrobras

    “Gleisi chama dividendo de ‘sangria’; já o roubo…”
    (Coluna do CH, DP, 06/11/22)

    A presidente do PT, Gleisi Hoffman, que esteve enrolada na Lava Jato, acusa a Petrobras de “sangria” por distribuir dividendos aos acionistas. Madame tem memória curta: sangria mesmo ocorreu quando a estatal foi roubada nos governos do PT, dava prejuízo e seu valor de mercado despencou para US$22 bilhões. Dividendos, ao contrário, remuneram legalmente o investimento dos acionistas. Principal acionista, a União é que mais os recebe: R$32 bilhões só no primeiro semestre de 2022.

    Da água para o vinho
    Após os governos do PT, dinheiro retirado dos impostos cobria o rombo do roubo. Hoje, dinheiro dos dividendos abastece o Tesouro Nacional.

    Comparação
    Em 2016, a Petrobras havia perdido 90% do seu valor. Agora, só nos últimos 12 meses, valorizou 93,3%, segundo dados da bolsa de valores.

    Mais de meio trilhão
    A petrolífera brasileira registra lucros recordes e está avaliada neste momento em R$597,2 bilhões.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/planalto-espera-cacada-a-bolsonaro-como-a-trump)

  25. Miguel José Teixeira

    O ministro que o picolé de chuchu terá para chamar de seu, escoará das mãos do lula, pela greta formada com a falta de um dedo

    “Ledo engano”
    (Coluna CH, DP, 06/11/22)

    Só ingênuos acreditam que Geraldo Alckmin será voz ativa na definição do governo. Lula nunca abriu mão desse poder. Na certa futuro vice terá um ministério para acomodar Márcio França, mas não passa muito disso.

    https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/planalto-espera-cacada-a-bolsonaro-como-a-trump

  26. Miguel José Teixeira

    E o que dizer da “ideologia” dos vendilhões de palavras Bíblicas?

    “Medo de pagar imposto”, diz ex-Record ao detonar ‘perdão’ de Edir Macedo para Lula”
    . . .
    “E o meu último chefe que ficou com medo de pagar imposto e ter a vida financeira vasculhada e resolveu perdoar o Lula em nome de Deus… Senhor, tenha piedade de nós”, escreveu a criadora do canal Me Poupe, que possui mais de sete milhões de inscritos.
    . . .
    (+em: https://www.terra.com.br/diversao/gente/medo-de-pagar-imposto-diz-ex-record-ao-detonar-perdao-de-edir-macedo-para-lula,c4f68babd189969b1dba3a2dd6cbaf2297jssskj.html)

  27. Foi o que falei e muita gente não gostou.
    A vida só está fragilizada do lado de cá.
    Do lado de lá ELES seguem sentados na mesma mesa, bebendo do mesmo champanhe e brindando as novas VAGAS no Governo Lula.
    Do lado de lá ELES são tudo parça 👀

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