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CÂMARA DE GASPAR PODERÁ GASTAR QUASE R$11 MILHÕES EM NOVO ORÇAMENTO FAKE. NESTE, MAIS DE R$8 MILHÕES

Passa ano e o jogo de cena entre os políticos cada vez piora mais. A campanha eleitoral, ainda em curso, é um aviso de que tudo ainda vai piorar, com os nossos votos e os pesados impostos que os políticos tomam da gente até para pedir votos e se refastelarem no bem bom, com os seus. E o que assusta, que a piora se dá com gente nova e que promete mudar os velhos hábitos e comportamentos do que eles classificam como velhos políticos ou da velha política. Cuidado. Há muita propaganda enganosa. Gente mansa, gente que se apresenta como bonita, defensores de valores familiares, religiosos, e até de gêneros, causas animais ou até empoderamentos de araques…

Retomo. Como os vereadores de Gaspar podem fiscalizar o Executivo se eles padecem do mesmo erro de origem? E aí não discuto, ou diferencio se eles são da Bancada do Amém, ou da inexpressiva, desestruturada, sem rumo e medrosa oposição. 

Vamos aos nossos vereadores.

Se eles não discutem publicamente e não priorizam o seu próprio Orçamento como podem apontar as falhas, se é que algum dia apontaram, as incoerências, contra a fantasiosa peça contábil do Executivo que sofre múltiplas alterações – também sem muito questionamento – em quase todas as sessões, incluindo a primeira do ano? Os vereadores estão aprovando para eles próprios, dentro do Orçamento Municipal do ano que vem e que está tramitando na Câmara, explícito no Projeto de Lei 74/2022, R$10.780.800,00 para os 13 vereadores e uma máquina que se incha nos gabinetes e na parte técnica, permitiu até aprovação de matérias sabidamente inconstitucionais. Mais, do que isso, bem pagos, permitiram à pela humilhação de revogar o que deram como bom aos vereadores e ao governo municipal. Se não for servilismo a interesses estranhos à obrigação técnica é no fundo, então, demonstração expressa de desconhecimento técnico a aquilo que foram contratados. Meu Deus!

Quem acompanha a Câmara sabe do que estou escrevendo. Neste ano, o que não se via em outros anos, os vereadores se torturaram para assistir uma única sessão deliberativa por semana, que dura em média uma hora e meia, e olha lá. Impressionante. Tudo isso já custou R$5.400.112,83 de um orçamento de R$9.859.800,00 e que recentemente virou R$8.959.800,00, porque devolveram para a prefeitura R$900.000,00 para ser usada na Saúde, porque a rubrica fake de construção da sede própria, mais uma vez não foi usada. E ela estará lá novamente, sendo que desta vez, nem terreno há para a tal construção. Incrível. Na imprensa, nem um pio, nem uma linha.

De uns tempos para cá, começou uma disputa pelo campeonato de diárias entre vereadores. E a coisa se extrapolou. Agora, os próprios assessores, uma cria do mais longevo dos vereadores de Gaspar, José Hilário Melato, PP, e que surgindo aos montes nos gabinetes, também se assanharam nas diárias. Não é à toa, inusitadamente, se tirou recentemente R$150 mil da rubrica fake da construção do prédio da Câmara, para tampar as necessidades dos custos burocráticos da Câmara. Jesus!

O vereador Ciro André Quintino, MDB, deixou de ser campeão de votos e continua o campeão de diárias na Câmara de Gaspar. Mas, ele não está mais tão só assim neste ano. Virou uma prática. E sem medo de ser fiscalizado. Ciro é seguido bem de perto por Amauri Bornhausen, PDT, com R$10.039,00. A fila anda com Alexandro Burnier, PL, com 7.383,00; Cleverson Ferreira dos Santos, PP, com R$7.296,00; Zilma Mônica Sansão Benevenutti, MDB, com 6.552,00; Franciele Daiane Back, PSDB, com 6.114,00; Mara Lúcia Xavier da Costa dos Santos, com R$4.209,00; José Hilário Melato, PP, com R$3.980,00 e notem, a suplente Rafaelle Vancini, MDB, que em poucos meses de mandato já acumulou R$2.018,00 em diárias.

Até agora, estão empenhados R$99.471,00 de diárias. E vem mais. E desta vez os vereadores não estão só. Era incomum. Agora, não. Seus assessores, alguns deles, com pouco tempo de casa ou de gabinete tomaram gosto pela coisa. Diego Michael de Amorim foi reembolsado em R$1.349,00, valor igual para Nilton Osmar Isense Júnior, e R$1.211 para Francisco Fantoni Neto.  E todos ficam putos quando este assunto se torna público. E só se torna público porque o dinheiro é de todos e é preciso prestar contas. Qual o problema de se saber o que se faz na Câmara com o dinheiro de todos os gasparenses? Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Quanto custou os votos dos candidatos a deputado estadual, considerando aquilo que ainda está na prestação de contas deles como receitas e que nada será devolvido. O artigo escrevi ontem. Confiram.

Para o vice-prefeito Marcelo de Souza Brick, Patriota, este custo foi de R$14,95 por voto. Já a vereadora Mara Lúcia Xavier da Costa dos Santos, PP, ele foi de R$13,76 por voto; e para o ex-prefeito Pedro Celso  Zuchi, PT, foi de R$6,81. Vá entender essa gente.

A campanha nem terminou e 24 dos 40 deputados eleitos para o Palácio Barriga-Verde dizem estar unidos para o que der e vier. E o MDB na armação dessa maioria que é para dizer amém ou para controlar o provável governador, Jorginho Mello, PL. 

Como Jorginho é político, experimentado político, não ficará refém como ficou e quase foi degolado Carlos Moisés da Silva, Republicanos, que eleito na onda bolsonarista pelo final PSL, demorou a entender que não era mais o comandante Moisés.

O que significa a “união” desses 24 parlamentares? Como eles não explicitam exatamente o que querem como prioridade no governo, significa que o Estado e os catarinenses vão perder. Mais uma vez.

E por falar nisso, o que é mesmo feito do MDB de Gaspar? Quem mandou se inspirar no de Blumenau e que nem mais existe. Acorda, Gaspar!

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3 comentários em “CÂMARA DE GASPAR PODERÁ GASTAR QUASE R$11 MILHÕES EM NOVO ORÇAMENTO FAKE. NESTE, MAIS DE R$8 MILHÕES”

  1. Há quem me disse agora pela manhã que o Orçamento da Câmara não é uma peça de ficção, ou fake, como é o da prefeitura, toda semana remendando por projetos de lei aprovados pelos próprios vereadores.

    Ou este meu leitor, um dependente dos políticos no poder de plantão desconhece o que seja orçamento, ou não está convivendo no mesmo ambiente que diz ter controle.

    Se a peça orçamentária anual da Câmara não é ficcional, por que nelas está uma rubrica para a construção da sede própria, que nunca começou de verdade e de verdade, nem se quer tratar deste assunto? Quem mexeu neste abelheiro teve os ferrões cortados. Por que esta construção vai aparecer de novo, se nem terreno doado pela prefeitura existe mais? Gente experta demais. Tratam todos como tolos.

  2. A CENA DE JEFFERSON NÃO FECHA, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

    Algum dia Roberto Jefferson contará o que ele tinha na cabeça no domingo. Por enquanto, de certo só há uma coisa: uma semana antes da eleição ele acertou o pé de Jair Bolsonaro.

    Em décadas de atividade nos tribunais, no Congresso e até mesmo na televisão, ele provou-se pessoa experiente. Nos vídeos das oito horas de tumulto, mostrou-se no completo controle dos nervos. Deu dezenas de tiros de fuzil e lançou três explosivos na direção dos agentes federais que foram capturá-lo. Jefferson controlou seu roteiro. Como advogado, ao insultar a ministra Cármen Lúcia, ele sabia que sua prisão domiciliar seria revogada. Mártir, ele nunca quis ser.

    Obteve o descontrole de seus aliados. Bolsonaro demorou para dissociar-se dele. Quando o fez, cometeu a imprudência de dizer que nunca apareceu em fotografias ao seu lado. Bastaram alguns minutos para que aparecessem duas. Esse tipo de reação ilustra a capacidade do capitão de atravessar o espelho da realidade, quer dizendo que nunca foi fotografado com Jefferson, quer praticando sua medicina particular.

    Na sua ponta da coreografia, Jefferson trouxe para a cena de sua rendição o notável Padre Kelmon, celebrizado no debate presidencial na função de preposto do bolsonarismo.

    Jefferson é um aliado tóxico. Quando ele se alinhou ao bolsonarismo, já havia feito história em 2005, cavalgando a denúncia do mensalão petista com a autoridade de parlamentar da base de apoio do governo. Teve seu grande momento dramático quando interpelou José Dirceu, ex-chefe da Casa Civil, dizendo-lhe “Vossa Excelência provoca em mim os instintos mais primitivos”.

    Os instintos primitivos de Jefferson deram-lhe a publicidade que pretendia. Seus instintos refinados buscavam algo que só ele poderá dizer o que é. Sabia que voltaria ao regime fechado. Dizia ser a semente de alguma coisa, mas não se sabe o que é.

    Se dessa semente brotou alguma coisa, a planta mostrou a incapacidade do governo de agir numa crise. Foi assim no atacado da pandemia, e assim foi nesse episódio varejista. Num só lance, viu-se o produto da política armamentista de Bolsonaro. A resistência do ex-deputado tinha um componente teatral. O que acontecerá quando seu papel for repetido por um doido de verdade? Jefferson disse, falsamente, que não matou policiais porque não quis. Não quis porque não pretendia morrer.

    O conjunto da obra de Bolsonaro e Jefferson mostra um país abalado por teatralidades enquanto convive com milhões de desempregados e gente passando fome.

    Há quatro anos, quando foi eleito, Bolsonaro anunciou que acabaria com o ativismo. Produziu episódios de ativismo inédito, como os de Jefferson e do espetaculoso Daniel Silveira, que perdeu a eleição para o Senado, mas teve 1,5 milhão de votos no Rio de Janeiro. É um ativismo chinfrim, violento na retórica e imprestável nas propostas.

    O Brasil tem uma indústria decadente e um agronegócio pujante, ameaçado por embargos internacionais. As universidades vivem ameaçadas de cortes. O SUS sofre um cerco da rapinagem. Morreram mais de 680 mil pessoas na pandemia, e as circunstâncias colocam no centro dos debates o surto de Roberto Jefferson.

  3. Bom dia.
    Bem isso:
    Quem FISCALIZA a Câmara municipal?
    Não deveria ser o POVO?
    Sim.
    Ninguém assina cheque em branco e entrega na mão do caixeiro viajante, só NÓS 👀
    Se a POPULAÇÃO GASPARENSE fosse PRESENTE,
    se cobrasse RESULTADOS,
    se EXIGISSE um PORTAL da TRANSPARÊNCIA ACESSÍVEL,
    TERÍAMOS uma Gaspar MELHOR pra todos, não apenas para os POLÍTICOS 👀✈️🚁💸💸💸💸🗽

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