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O MDB DE GASPAR DIVIDIDO PASSARÁ SER APENAS UM FATO HISTÓRICO COMO ESTÁ O DE BLUMENAU?

Demorei para fazer este comentário e que estava a olhos vistos para todos tão logo terminou à apuração no domingo dia dois de outubro. E lá se vão quase duas semanas. Nada, nadinha de nada na dita imprensa local. Nem nas redes sociais. Impressionante a cegueira ou o medo de tocar neste assunto. Nem na tribuna da Câmara. Não o fiz o comentário até então, esperando estas reações dos políticos e seus críticos, também. Não o fiz para não me tornar petulante e açodado. Mas, por outro lado, os fatos, todos retratados em números oficiais, não podem passar em branco.

Já tinha me arriscado em mostrar o quanto o PP de Gaspar – e que é mais unido partidariamente tanto que ocupa a maior fatia do governo gasparense – trabalhou contra a candidata que tinha, a vereadora Mara Lúcia Xavier da Costa dos Santos. Ela, infelizmente, cumpriu um papel para o partido preenchendo a obrigatoriedade da legislação no que tange às cotas. Ela ganhou, proporcionalmente mais votos em Ilhota, do que aqui. Incrível!

O que ninguém quer comentar aos olhos de todos e levar este assunto ao debate público? Que o maior perdedor desta eleições foi o MDB que é poder em Gaspar. Dividido, acéfalo e sem liderança “elegeu” candidatos de outros partidos. Naquilo que supostamente se “uniu”, perdeu. A maior perdedora, foi mais uma vez, a candidata a deputada estadual, Dirce Heidercheidt, MDB, de Palhoça. Avisada estava. 

Ela conseguiu minguados 439 dos 36.371 votos válidos por aqui e numa “máquina” que se vendia para uma entrega em maior quantidade. 

E quem eram seus cabos eleitorais? A expressão daquilo que já foi vitorioso e deu as coordenadas no mundo político da cidade como a “velha guarda” do MDB de Gaspar com Ivete Mafra Hammes e o Walter Morello à frente , mas também os vereadores Francisco Hostins Júnior – atual secretário de Saúde -, Francisco Solano Anhaia – atual chefe de gabinete, o importado Blumenau, o presidente do Samae de Gaspar, Cleverson João Batista,  Zilma Mônica Sansão Benevenutti – ex- secretária da Educação -, bem como o suplente Roberto do Santos, um fazedor de obras de varejo no lado esquerdo da cidade – da Lagoa ao distrito do Belchior. O que significa isto? Além de derrota, avisos claros, inclusive para quem se ensaia candidato.

Por outro lado, este mesmo grupo conseguiu 927 votos para o desconhecido herdeiro do deputado Federal, Rogério Peninha Mendonça, MDB, Rafael Pazentti, em um universo de 35.048 votos válidos dos gasparenses.

No mesmo MDB fragilizado, e onde parece ficar apenas a memória de algo que foi vital para a política gasparense, o vereador que não consegue apoio em qualquer ala dentro do partido, Ciro André Quintino, fez exatos 900 votos para o seu deputado reeleito a Assembleia, Jerry Edson Comper, MDB, de Ibirama, e 945 votos para a reeleição do deputado Federal, Carlos Chiodini, MDB, de Jaraguá do Sul.

Ainda – sem mencionar os gatos pingados que buscaram votos para um dos quase 200 candidatos a deputados federais e outros 300 a deputados estaduais por aqui, mesmo tendo três da terrinha concorrendo – uma ala do MDB gasparense, via o secretário de Planejamento, Jean Alexandre dos Santos – acompanhado de empresários e do grupo do PSD do vereador Giovano Borges – candidatura onde se escondia o presidente do partido, Carlos Roberto Pereira -, coordenou à busca de votos para o vice-prefeito, Marcelo de Souza Brick, que espertamente pulou do PSD para o Patriota. Também ficou pelo caminho com 10.070, onde a meta mínima era de 15 mil.

E por fim, clarificar o racha e o enfraquecimento do MDB de Gaspar nestas eleições gerais, o melhor exemplo está no prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB. Ele botou a máquina religiosa e do novo prefeito de fato, o ainda deputado estadual, Ismael dos Santos, PSD, para funcionar nos interesses políticos do seu grupo de poder que tenta estabelecer em um novo patamar e cenário, que o fez desistir da candidatura de deputado estadual. Marcos da Rosa, União Brasil, de Blumenau, teve por aqui 708 votos e Ismael 4.393 a Federal.

O que significa tudo isso? O MDB como partido e centro de poder foi o maior derrotado nestas eleições em Gaspar. E tem nomes e sobrenomes bem definidos por aqui.

E se quiser reverter – e há tempo e possibilidade para isso -, terá que juntar os cacos. Priorizou à compra de opinião e marquetagem sem conteúdo nas redes sociais durante o governo de Kleber, bem como a calar e perseguição às opiniões independentes, inclusive de simples cidadãos gasparenses. O resultado está aí. Está perdendo no seu “core business”, a política, os votos.

Nesse mar de números baixos, chama a atenção os 526 votos – alto – dados ao desconhecido por aqui e vereador de Blumenau, o não eleito a deputado estadual, Egídio Beckauser, do nanico Republicanos, e que por conta da malandragem do seu partido, está com seu mandato ameaçado por lá. E quem era o seu cabo eleitoral por aqui? o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, nascido no MDB, um dos foi expurgado em 2006 e que ninguém do partido, gastando tempo com vinganças, ainda quer em qualquer mandato eletivo. Enquanto isso, ele continua fazendo estragos nos bastidores enfraquecendo o MDB. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Como funciona. Nestes dias de chuva, os enterros no Cemitério Municipal de Gaspar do bairro Santa Terezinha são feitos com todos se molhando. O único toldo, foi recolhido para ser leiloado. A razão? É que em ocasiões raríssimas, havia briga quando acontecesse mais de um sepultamento num mesmo dia de chuva.

Ou seja, ao invés de comprar um ou dois todos reservas, ou então encontrar alternativa de empréstimo dentro de órgãos da prefeitura para estas ocasiões excepcionais, preferiu-se colocar todos na chuva. E depois diz não entender à razão pela qual a gestão de Gaspar é tão mal avaliada.

O Dia das Crianças passou em branco para a maior parte dos políticos de Gaspar. Eles não estão mais em campanha por seus candidatos a deputados. Só não passou em branco para um pequeno grupo de voluntários que se uniu para pedir e distribuir brinquedos para mais de 600 crianças num evento realizado nas dependências de convivência da Capela Santa Terezinha, no emsmo bairro.

Uma lástima. As estradas do interior do município de Gaspar, depois das eleições, estão cheias de buracos. Desapareceram as patrolas. A ligação com a Garuba no caminho para Blumenau é uma delas.

A Associação Empresarial de Gaspar saiu da toca. Seu presidente, Edmar Ênio Wieser, em uma carta aberta escreveu:  “votos brancos e nulos são uma forma de manifestação, mas não agregam ao pleito eleitoral em questão, dada a importância de escolher um representante federal e um estadual que traduzam nossos anseios em mandatos que visem um futuro de desenvolvimento e cordialidade”. 

Coincidentemente, esta é atualmente a maior preocupação da campanha bolsonarista.

Pensando bem, Jair Messias Bolsonaro, o armamentista está manuseado as armas que defende de forma equivocada. Nestes últimos dias está dando tiros nos próprios pés e dando munição ao adversário a quem alimentou para trucidá-lo nas urnas.

É corte do orçamento de merenda, de medicamentos, das universidades federais, uso de celebrações católicas para uso como palanque político. A lista é longa. Impressionante. E para completar, veio esta irresponsabilidade da eleita senadora Damares Alves, Republicanos, Distrito Federal, num púlpito de uma Igreja Assembleia de Deus. 

É para acabar com a credibilidade de qualquer um. Quem conspira contra o bolsonarismo é o próprio bolsonarismo. Temos dois candidatos autênticos. E um país quase dividido fanaticamente por eles. E isto não é bom para nenhum de nós. Wake up, Brazil!

Um número desejado e invejado. O vice-prefeito Marcelo de Souza Brick, trocou o PSD pelo Patriota, segundo ele, para se eleger com 18 mil votos. Fez 14.444. Se tivesse no novo, estaria eleito. Com 12.390 Matheus Andreis Cadorin se elegeu deputado estadual em Santa Catarina. Chorem, espertos!

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3 comentários em “O MDB DE GASPAR DIVIDIDO PASSARÁ SER APENAS UM FATO HISTÓRICO COMO ESTÁ O DE BLUMENAU?”

  1. Como em Gaspar não há segundo turno, gatos e lebres devem se unir logo no primeiro, o único a ser batido é o PT, mas se não sobrar nada para mim, me junto com o PT mesmo.
    Candidatos em 2024
    PT = Celso com o menino
    MDB = Ciro, Roberto …
    PL = Rodrigo
    QUALQUER PARTIDO COM= Marcelo
    PP com quem der mais….. de vice.
    Quantos votos os candidatos do PDT.
    Péssimo investimento o do vereador Amauri não refletiu em apoio as suas apostas

  2. VILIPÊNDIO DA FÉ E DA DEMOCRACIA, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

    Depois de ter transformado o Bicentenário da Independência em comício, o presidente Jair Bolsonaro valeu-se do Dia da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, para explícita manipulação da fé com fins eleitorais. Infelizmente, tornou-se habitual que candidatos usem espaços religiosos para angariar votos, mas o bolsonarismo pôs a manipulação religiosa noutro patamar.

    O que ocorreu na cidade de Aparecida (SP) no dia 12 – quando Bolsonaro transformou o evento religioso em oportunidade para a produção de imagens para sua campanha e seus fanáticos seguidores fizeram baderna em frente à Basílica, mostrando ter maior devoção por seu “mito” do que pela Virgem – afronta não apenas o regime democrático, como a própria natureza específica do fenômeno religioso.

    No Brasil, o Estado é laico – isto é, não abraça, defende ou privilegia as religiões. Nenhum político concorre a uma função de natureza religiosa. A religião pessoal do candidato – ou a ausência dela – não tem nenhuma relevância pública. É tema de ordem privada.

    Jair Bolsonaro, no entanto, não apenas não entende o princípio da laicidade do poder estatal, como o desrespeita explicitamente. Ao indicar André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF), por exemplo, repetiu diversas vezes que sua escolha se baseava na orientação religiosa do indicado. Ou seja, Jair Bolsonaro defendeu que a religião deve orientar a atuação de um juiz – o que é rigorosamente inconstitucional – e ainda tentou obter proveito político-eleitoral dessa confusão – como se os fiéis daquela igreja tivessem uma dívida com Jair Bolsonaro por causa da indicação de um “ministro terrivelmente evangélico”.

    Precisamente em razão da laicidade do Estado, a Constituição de 1988 assegura a liberdade religiosa e de culto a todos os cidadãos. Professar ou não uma fé não qualifica ou desqualifica ninguém. Todos – sejam crentes, ateus, agnósticos ou indiferentes ao tema religioso – são iguais perante a lei. É incompatível com a República qualquer tipo de privilégio ou discriminação em função da religião.

    No entanto, com o bolsonarismo, a laicidade do Estado é relegada a um segundo plano. Sabendo que a grande maioria dos brasileiros é religiosa, a campanha de Jair Bolsonaro tem dado à fé um caráter de trunfo eleitoral, como se as eleições fossem uma batalha entre questões religiosas, e não uma disputa política que, num Estado laico, nada tem a ver com religião. Em Aparecida, foi preciso que um prelado, o padre Camilo Júnior, recordasse o óbvio: que igreja não é lugar de política. “Hoje não é dia de pedir votos, é dia de pedir bênçãos”, disse o padre na missa.

    Na véspera do feriado religioso, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) voltou a lembrar que a manipulação religiosa “desvirtua valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que precisam ser debatidos e enfrentados no País”. A mesma mensagem tinha sido transmitida pelos bispos católicos em uma nota em setembro, diante da instrumentalização da religião “protagonizada por políticos e religiosos”.

    Nesta semana, a entidade católica foi firme em reprovar o uso de “momentos especificamente religiosos” por candidatos “para apresentarem suas propostas de campanha e demais assuntos relacionados às eleições”. A mensagem não podia ser mais cristalina: “Ratificamos que a CNBB condena, veementemente, o uso da religião por todo e qualquer candidato como ferramenta de sua campanha eleitoral”.

    O alerta da entidade serve a todos os candidatos, sem exceção. Mas é preciso reconhecer que, com Jair Bolsonaro, o tema ganhou outra gravidade. O bolsonarismo tem afirmado que a liberdade religiosa corre risco nessas eleições. Logicamente, sendo a fé um aspecto vital para muitos brasileiros, tal afirmação desperta imediata preocupação. Na quarta-feira, Jair Bolsonaro voltou a fazer insinuações nesse sentido. “Em alguns momentos, passamos um tempo atrás, o fechamento de igrejas e templos evangélicos. Isso não é admissível”, disse.

    Como se fosse candidato a sumo sacerdote fundamentalista, e não a presidente, Bolsonaro quer transformar a eleição em guerra santa – que desvia a atenção das questões seculares que o presidente é incapaz de debater.

    1. Depois da Dilma e do Temer a gente achava que não poderia piorar..
      Não é que PIOROU?
      Não há o que questionar quando fazemos um comparativo pra decidir em quem NÃO votar.
      A coisa está tão ruim que o governo Lula se transformou em referência de prosperidade pro Brasil.
      E realmente, durante a sua gestão eu trabalhei muito e ganhei bastante, tanto que duvido de quem fala o contrário.
      Depois da crise mundial de 2008 a coisa deu uma desacelerada, mas tínhamos gordura pra administrar as contas.
      Hoje temos que escolher entre pagar água e luz ou comprar um botijão de gás.

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