Pulga sugando e contaminando sangue em cachorro magro, combinam perfeitamente. Ainda mais quando não se há repelentes, tutores e se está a serviço das espertezas ou das vinganças contra a matilha que lhe incomoda. Esta foto circulou na semana passada nos aplicativos de mensagens. Na imprensa, zero.
O print do twitter foi postado neste final de semana. Repercussão na imprensa, zero. Eles são amostras do mesmo erro, do mesmo descomprometimento com a cidade. Já são reflexos dos resultados das urnas no dia dois de outubro.
Ontem circulou uma foto com todos do MDB de Gaspar apoiando Jorginho Mello. Ainda não saiu na imprensa, mas faz cócegas porque foi feita pela máquina de marquetagem da prefeitura e do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB. Então…
É a prova do apoio fingido e conveniente dado pelo grupo da foto de ontem a Carlos Moisés da Silva, Republicanos, no primeiro turno. Na foto está também Marcelo de Souza Brick, Patriota, e o presidente do PL de Gaspar, Rodrigo Boeing Althoff e Luiz Carlos Spengler Filho, PP. É outro claro recado de que osso se quer roer entre os que estão no poder, incluindo o PP e que tentarei esclarecer daqui para frente. E por quê? Na foto não está o vereador Ciro André Quintino, MDB. Ele ainda não está em nenhuma fila.
No fundo, as três imagens, duas delas abrem o comentário, é o que temos de melhor na política e nos políticos gasparense e que sempre dizem que vão renovar. Disco e canção repetidos. Impressionante!
O vereador Ciro fez uma foto com Bernardo Leonardo Spengler Filho, cujo nome é familiar por seu pai – já falecido – que já foi prefeito e o único a não terminar o mandato por aqui até agora, fingindo que estava assinando a ficha no PL. Espalharam-na. Intencionalmente. Ciro gostou, fingiu desmentir. Disse que foi “usado”. Não foi bem assim. De verdade? Recados para todos os lados.
Na mesma balada, o recém-reeleito deputado Ivan Naatz, PL, de Blumenau, escreveu na sua conta do twitter de que Ciro estaria de malas prontas para o PL, onde poderia até ser um candidato a prefeito em 2024. Nada de desmentidos. Ao contrário. Só aumentou a fervura no PL. E a resposta está na foto de ontem onde todos excluíram Ciro. Também recados. E claros. Inclusive aos financiadores.
O que está por detrás destas fotos e deste tuíte. Enganação, sede de poder e vinganças. Pobre Gaspar!
Ciro que já foi campeão de votos – veja a votação dele no TRAPICHE – e virou agora, um campeão de diárias na Câmara, não esconde de ninguém que quer ser ao menos candidato a prefeito de Gaspar para ganhar e não se testar. E aí está o grande nó.
No MDB onde está, restou a Ciro o fundão do ônibus. Na janela nem pensar. Ali há uma fila. E o populismo de Ciro – um católico não fervoroso – perdeu para o pragmatismo do partido em buscar votos dos evangélicos. E a escolha foi por Kleber, que agora está mandando bananas a quem o criou no MDB. O novo prefeito de fato de Gaspar é o deputado estadual e recém-eleito deputado Federal, Ismael dos Santos, PSD.
Por outro lado, o recado de Ivan Naatz é para o seu antigo amigo de PV e duras eleições, o engenheiro Rodrigo Boeing Althoff, atual presidente do PL de Gaspar. Os bolsonaristas raiz, os que se identificam com a direta mais extrema não toleram Rodrigo. Muito por culpa dele, o qual manobrou o tempo todo para estar na sombra e não liderar os processos por aqui – já escrevi e antecipei que a atitude dele iria dar no que está dando.
O outro fator desse arranca-rabo é que Rodrigo lavou as mãos na campanha de Ivan, possui um grupo B no PL local, resolveu desentocar-se depois dos resultados de dois de outubro, e no fundo, Rodrigo nunca foi conservador, direita e nem mesmo Bolsonaro, aliás como são Ivan e Jorginho. E Rodrigo está vestido de candidato para 2024 com os votos que fez em 2020 – 7.097 ou 22,21% -, mesmo sendo boicotado pelo PL, Ivan e o Jorginho. Também já escrevi extensivamente sobre isto.
O que se esconde? Os traços comuns dos quatro. Jorginho também virou direita, conservador e Bolsonaro por circunstâncias. Igualmente o deputado Ivan Naatz. É só ver a biografia de ambos. Igualmente Rodrigo. Ciro chegou tarde nesta festa e as pulgas vão ficar só com ele, se não se cuidar. E a foto de ontem onde ele não aparece mostrou isso claramente. Ciro se escora num novo grupo de novos riquinhos que quer disputar com os antigos na ausência de recém falecido Osvaldo Schneider, ex-prefeito pelo MDB. Este grupo, aliás, já levou Ciro para tirar fotos em Brasília ao lado de Eduardo Bolsonaro, deputado Federal por São Paulo
De verdade? Ciro não pode mudar de partido neste momento. Se fizer, corre o risco de perder o mandato. Para isso, precisará de bençãos, inclusive do MDB e principalmente do presidente local, que está sumidinho, vendo o MDB daqui – se não mudar de mãos e comando – se tornar tão nanico como o de Blumenau onde diz se espelhar.
E o PL é circunstancialmente neste momento o partido de Bolsonaro, assim como foi o PSL em 2018 e que virou pó por decisão do próprio Bolsonaro, dos bolsonaristas e os da direita xucra. Passada as eleições deste ano, vencendo ou perdendo, Bolsonaro mandará o PL para aquele lugar, como mandou o PSL e outros partidos. Ou alguém acredita que o dono do PL, Valdemar da Costa Neto, vai ser menor do que Bolsonaro? Nem Antônio Bivar – um político sem luz – se deu a este gesto.
Então, os gasparenses começaram a brigar antes mesmo dos cachorros gordos de Brasília, Rio de Janeiro onde está a Casa dos Bolsonaros, ou Florianópolis. Estão mandando recados para que ninguém entre nos negócios deles. Pior, antes mesmo do resultado do dia 30 de outubro, onde Jorginho parece não ter concorrente. Aí é fácil se posicionar. Nem querem esperar para ver qual o tamanho da tranqueira que vai descer o rio, foram capazes. Inacreditável!
Qual é mesmo o potencial de votos de Ciro, senão a sua vontade de ser prefeito de Gaspar? O quanto está preparado para isso? Mais um a serviço de um grupo de riquinhos de Gaspar que estão se rivalizando aos que estão há anos influenciando em parte do governo do PT e agora do MDB com o PP?
A campanha de 2024 já começou em Gaspar e de forma bem torta. Acorda, Gaspar!
TRAPICHE
Um dirigente do PL já tinha me advertido de que estava sendo preparado um composto de creolina contra o diretório local. Pronto, o desinfetante já começou a feder. E o composto tradicional não vai resolver. Garanto.
O pessoal que está no entorno do presidente Rodrigo Boeing Althoff contesta a interferência de Ivan Naatz e Gean Grimm, repito, ambos, ex-amigos de tempos difíceis no PV. E apontam para Márcio César como o que quer criar a cizânia. Isto é história antiga e mal resolvida. Mas o centro de tudo isso é o osso que não quer se largar. Ainda mais para um cachorro magro. Então sabe-se a razão de tudo.
O grupo de Rodrigo diz que ele coordenou aqui a eleição da vice-governadora a deputado Federal, Daniela Cristina Reinehr e Sargento Lima. E que outro grupo, sob o mesmo abrigo no diretório de Gaspar trabalhou para Jorge Goetten, Nilson Berlanda e Jessé Lopes. Então teria resultados efetivos.
O que poderia estar por detrás desta briga também é a derrota do Coronel Armando que em Gaspar foi liderado por Márcio Cézar com apoio de Ivan Naatz. Na verdade, Ivan dobrou com todos, desde que ele fosse o candidato na escolha do eleitor. E o PL foi o partido da vez. Simples assim. Foi fácil trabalhar no PL e com os candidatos dele e Bolsonaro. Simples assim, também.
Demetrius Wolf, ao saber da manobra de Ivan Naatz contra o diretório de Gaspar anunciou à possível saída do PL “com muitos outros”. É uma aposta arriscada e antes de mais nada, muito prematura.
Na política precisa ter estômago e engolir sapos. O estranho é que tudo aconteça antes mesmo da vitória pressentida sem dificuldades de Jorginho Mello a governador, que também está por detrás disso tudo, via o filho e o relacionamento que possui com Bernardo.
A foto emblemática de ontem, então é o recado para Jorginho colocar o pé no freio. Ela vale mais do que conversas. Mostra onde o poder está reunido. Foi meticulosamente medida e composta.
Hoje à noite, acontece o primeiro conflito deste distanciamento. Naatz promove as 19h30min, o encontro regional do PL na sociedade Fortaleza, em Blumenau. Meia hora antes, o PL de Gaspar faz o seu encontro a Jorginho Mello e Jair Messias Bolsonaro, na Sociedade São Judas Tadeu, na Pedro Simon. O de Gaspar estava marcado e divulgado antes do de Blumenau.
A verdade é que Rodrigo Boeing Althoff, PL, foi eleito para liderar a oposição. Ficou entocado. Agora, como na campanha eleitoral, Rodrigo achou que seria carregado como a cocada preta. Não se expôs, não liderou o processo. Rodrigo tem segredos, entre eles o de estar alinhado com o poder de plantão, a quem verdadeiramente não quis enfrenta-lo em 2020. Isto ficou bem claro. Está claro agora, na foto onde ele está.
Mais do que isso, acha-se autossuficiente. Prematuramente, marca quem lhe questiona. Está sendo preparado para perder nas urnas e vencer nos objetivos que não explicita. O resultado está aí. Como dizia o ex-primeiro ministro do Brasil, a “esperteza quando é demais, ela come o dono”.
Rodrigo fez o mesmo jogo nesta eleição. Não ocupou o espaço pós 2020, a derrota que teve sabor de vitória em 2020. Abriu a porteira para novos entrantes. Vai pagar caro por escolher mal os passos, o caminho, o exílio e as companhias. E quem correu para lhe salvar não foi exatamente o PL, mas o que está instalado na prefeitura a luz de todos e os que gravitam nos bastidores dela. É o que revela a foto de ontem.
E por que? Estavam – à revelia do grupo – criando nas próprias fuças de Rodrigo um candidato dentro do próprio PL de Rodrigo, o que não ele limpou, o que ele não aglutinou e nem mesmo, pasmem, liderou. Avisado aqui, Rodrigo foi diversas vezes. Zombou. Não deste escriba, mas das circunstâncias. E elas são implacáveis na política e no poder. Agora, está sendo socorrido e devendo favores a outros. Talvez esteja saindo do PL.
Os números do Ciro no MDB. Em 2012 ele se elegeu com 649 votos, o último do partido ( o mais votado foi Marcelo de Souza Brick, PSD, com 1.439 votos na única eleição que venceu até aqui). Em 2016, Ciro fez 1.425 votos e o mais votado foi Francisco Hostins Júnior, do mesmo MDB com 1.954 votos.
E em 2020, Ciro o populista, com programas de rádio a la Chacrinha, com ampla máquina de marketing para uma campanha de prefeito, campeão de diárias e viagens a Florianópolis em busca de recursos, caiu para os impressionantes 995 votos, enquanto a Franciele Daiane Back, PSDB, fazia 1.568 votos.
Ou seja, Ciro não está na máquina do MDB, está com a imagem mal feita e o que faz e discursa, ou alega, não está produzindo efeitos. Que o diga o seu padrinho, o deputado Jerry Comper, MDB, nos votos que contou por aqui no dia dois de outubro. Por isso, está pensando a prefeito, no partido da onda, onde nunca se identificou com a direita, o conservadorismo e o bolsonarismo. Será um poste, no mínimo dessa corrente e força.
O vice-prefeito Marcelo de Souza Brick, Patriota, anunciou aos seus críticos que voltou a despachar no gabinete na prefeitura. Tudo voltou à normalidade, até porque se houver disputa e intrigas, todos perderão, principalmente a turma do prefeito. Eu tinha antecipado, mas…
Na Câmara, há anos, os vereadores de Gaspar ser servem de caríssimos e de última geração de computadores nas suas mesas. Eles só servem para eles usarem duas ou três teclas para votação. E tem gente que ainda erra. A leitura da sessão é toda feita em papelinhos. Desperdício.
E se isso não bastasse, o também caro sistema não consegue mais colocar ao distinto público, o resultado das votações. Incrível. Acorda, Gaspar!
3 comentários em “NEM ACABOU A ELEIÇÃO DESTE ANO E OS POLÍTICOS SEM VOTOS DE GASPAR DEMARCAM TERRITÓRIOS E VINGANÇAS. JÁ ESTÃO EM CAMPANHA PARA 2024”
Sinceramente?
Estou pelas tampas com essa gente que se apresenta pedindo VOTO pra REPRESENTAR a POPULAÇÃO.
Tudo um bando de ave de rapina na carniça.
Tirando uns três do Legislativo Municipal, o resto está a serviço do Executivo, NÃO DO POVO QUE OS ELEGEU.
NÃO QUEREM SE INDISPOR COM OS CACIQUES EM PRÓL DA POPULAÇÃO.
COMEM, BEBEM E SE ESBALDAM NO NOSSO LOMBO E SEM NENHUM REMORSO OU CONSTRANGIMENTO, NOS VIRAM AS COSTAS.
HOJE VIERAM CHEIOS DE DISCURSO PELA EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO.
PLENÁRIO CHEIO!!
DERAM AUMENTO SALARIAL PARA OS ESCOLHIDOS PARA O POSTO DE CABOS ELEITORAIS PRA 2024.
ESTÃO PREPARANDO O TERRENO..
ALGUMA FALA SOBRE O CONSERTO DOS TELHADOS ESCOLAS E CDIS?
ALGUMA POSIÇÃO SOBRE AS NOVAS VAGAS EM PERÍODO INTEGRAL NAS CRECHES DE GASPAR??
CLARO QUE NÃO E A METADE DOS NOBRES MEMBROS DA CASA SAÍRAM CEDO NOVAMENTE 👀😠💪
Todos lambuzados. E os eleitores e eleitoras são parte desta sujeira
O QUE É BOLSOLÃO? por Carlos Andreazza, no jornal O Globo
Bolsolão é como poderia – deveria mesmo – ser chamado o orçamento secreto. Talvez secretão. Não será tarde. Bolsolão: o nome popular do esquema secretão de corrupção – de controle autoritário do poder no Parlamento e de compra de votos, na ponta, em período eleitoral – que produz obras de péssima qualidade, quando entregues, e roubo de dinheiros públicos.
Falo de bilhões. Cuspidos, via laranjas, sem fiscalização, para o ralo de municípios e para o bolso de ratinhos e ratões. Em prol do desequilíbrio da disputa eleitoral e, mais amplamente, da corrosão da própria estrutura republicana.
Não. A mamata não acabou. Orçamento secreto, artifício clandestino, é bolsolão; e é corrupção.
Um ciclo perfeito, que sofisticou a natureza patrimonialista do assalto ao Estado e ungiu senhores feudais em plena República. A barbárie começa no Congresso. Para seduzir votos numa localidade, o parlamentar, um donatário, tem de se manter fiel aos comandos dos donos do Parlamento. E então o dinheiro sai; a erguer propaganda na capitania e cultivar ricos. Um mecanismo que gera concentração de poder, distribui a reeleição de escolhidos e faz ascender novas empreiteiras.
Corrupção.
Poder concentrado, fidelidade no Congresso em troca de meios econômicos para condicionar votos nas urnas e pilhagem de dinheiros públicos que seriam destinados à saúde, à educação, ao saneamento etc.
E por que o orçamento secreto deveria se chamar bolsolão? Porque Jair Bolsonaro é o pai da criança. Pai e um dos beneficiários dessa engenharia a partir de cujo advento firmou sociedade com o consórcio parlamentar que feudaliza o Legislativo.
E por que Bolsonaro é o pai do orçamento secreto, donde bolsolão?
Poderia responder citando simplesmente a mensagem presidencial número 638, de 3 de dezembro de 2019, por meio da qual, sob exposição de motivos do general Ramos, o presidente fundou o uso pervertido da emenda do relator como conhecido hoje. Está documentado, assinado por Bolsonaro.
Qual a história? Em novembro de 2019, o Parlamento tentou corromper o caráter estrito da emenda do relator, originalmente destinada a correções materiais no Orçamento, e transformá-lo em mais uma superfície para avançar, sem planejamento, sobre a gestão orçamentária. Bolsonaro vetou. O enredo que ele conta termina nesse ponto. Sim, vetou. E aí? A trama continua… O Congresso tentou, então, derrubar o veto; mas — atenção — não reuniu votos suficientes para resgatar a proposta.
Estaria enterrado o futuro orçamento secreto, não fosse a súbita mudança de Bolsonaro que, três semanas depois, remeteria ao Legislativo a alteração que afinal criou o orçamento secreto conforme ora praticado.
Nascia o bolsolão, com uma modificação em relação ao pretendido pelo Congresso: o Executivo mataria a impositividade do bicho e manteria o controle sobre a liberação da grana. Arranjo bom para todos.
Sob a fachada do relator, o parlamentar fiel garantiria uma cota do Orçamento, determinada arbitrariamente pelos dois ou três proprietários do Parlamento, a ser desovada via uma dessas codevasfs. Tudo carimbado por um ministério.
(Aliás, como está a investigação do caso da fraude ao SUS no Maranhão?)
Nascia o bolsolão, expressão concreta da sociedade que blindaria Bolsonaro e, adiante, elegeria Arthur Lira e Rodrigo Pacheco presidentes da Câmara e do Senado; e desde então a paz: o Congresso de repente desaparecido dos ataques bolsonaristas contra as instituições da República. Bolsonaro convencido de que, a partir do desenvolvimento daquela máquina, blindagem garantida, poderia ser competitivo em 2022. Aqui estamos.
No último artigo, escrevi que o orçamento secreto fora o grande vencedor do primeiro turno, ao mesmo tempo reelegendo-se e sendo o grande eleitor. Reelegeu o Parlamento. Encaminhou a reeleição de Lira à presidência da Câmara, o que equivale também à reeleição do controle do mecanismo. Reportagem de Breno Pires, na revista piauí, dá a medida da força eleitoral do troço. O bolsolão fez bancada bolsonarista. A gestão autoritária de quinhão bilionário elegeu, em contagem conservadora, cerca de 250 parlamentares.
A competitividade eleitoral do bolsonarismo neste 22, palpável na formação do Congresso, deriva também — e sobretudo — de um esquema de corrupção. Esse é o ponto. A corrupção. A corrupção que financia o movimento autocrático. A sociedade prospera.
Perde-se muito tempo tratando o orçamento somente pela falta de transparência. Claro que é relevante. Até porque o Parlamento desrespeitou ordem do Supremo a respeito, respondendo a uma determinação da Corte por publicidade com a criação de mecanismos que aperfeiçoaram a multiplicação de laranjas. Ok.
Mas o ponto fundamental, o grave, é mesmo este: a musculatura de Bolsonaro, neste segundo turno, vai anabolizada pelo sucesso de um esquema de corrupção que, reeleito o presidente, tem corpo — caixa — pronto para bancar um Orbán.