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DOS TRÊS GASPARENSES, MARCELO É O MAIOR ARRECADADOR DE CAMPANHA E ZUCHI O MENOR

Até ontem, o site do Tribunal Superior Eleitoral revelava que dos três candidatos a deputado estadual com domicílio eleitoral em Gaspar que o maior arrecadador até então tinha sido o atual vice-prefeito Marcelo de Souza Brick, do nanico Patriota. Só o partido aportou para a campanha dele R$120 mil do bilionário Fundo Eleitoral. Uma outra doadora, Jane Savi de Freitas, compareceu com R$45 mil. No total, Marcelo colocou até agora no caixa da campanha R$180,9 mil.

Na prestação de contas, Marcelo mostrou desembolsos para a propaganda gráfica principalmente e até para uma empresa de pagamentos. O que chama a atenção é que ao contrário dos demais, não há diretamente investimentos em mídias digitais, o embalo comunicativo do momento. Até agora, Marcelo gastou R$54.221,84.

Já a vereadora de primeiro mandato Mara Lúcia Xavier da Costa dos Santos, PP, é outra que recebeu R$120 mil do partido e mais R$6 mil de outros doadores. Na prestação de contas dela, por enquanto, desponta a produção de vídeos no valor de R$26.026,00, além da conta do Facebook de R$11 mil e por aí vai. Mara até agora foi a que mais gastou entre os três candidatos: R$94.155,70.

Na rabeira está o ex-prefeito por três mandatos e ainda suplente de deputado, Pedro Celso Zuchi, PT. Ele arrecadou R$52.654,00 até agora, sendo que o partido aportou R$12.180,00 e o próprio Zuchi, outros R$10 mil, liderando uma lista de contribuições de petistas conhecidos na cidade. Nas despesas ele somou até o momento R$34.269,46, sendo que o Facebook lidera com R$8 mil e a produção digital em torno de R$7mil.

É claro que estes números vão mudar até o prazo limite da prestação de contas, mas é sinalizador de como o candidato recebe e paga as suas contas de campanha. Marcelo e Mara, são, por enquanto, os que mais estão usando dinheiro público – permitido pela lei – em suas campanhas. Cada candidato a deputado estadual em Santa Catarina pode gastar até o limite de R$1.270.629,01, o que convenhamos, é um exagero.

Outro dia, trabalhei o mesmo tema. Os candidatos – e principalmente os seus entornos – ficaram injuriados. Sinceramente, mais uma vez não entendi. Acostumados à contínua falta de transparência dos seus atos públicos, julgaram-me intrometido em algo que consideram muito particular. Inacreditável! Estes números são públicos e estão à disposição de qualquer eleitor ou eleitora neste endereço eletrônico https://divulgacandcontas.tse.jus.br/divulga/#/

TRAPICHE

O maior perdedor de domingo será o verdadeiro conservador, com viés de direita – e ele talvez nem saia disso ou o que é de verdade isso – e os liberais na economia – ambos ainda são maioria no país. Escolheram um líder que foi capaz de brigar e entregar o país ao velho com as piores marcas possíveis de ética, decência e incompetência. Perderam a oportunidade de ouro. Talvez tenham sorte de construir ou “descobrir” outro líder e que não seja arruaceiro.

Outro perdedor será a turminha que se uniu em Gaspar para tomá-la de assalto em negócios entre eles, comprar e calar a imprensa com migalhas, e perseguir implacavelmente quem ousasse botar o olho nas suas armações ilimitadas. Foram longe demais. Começaram com o tal copo fechado nas instituições de investigações e julgamento, mas não foram capazes de conter a ganância e a rebarba entre eles próprios.

Agora, estão como bombeiros correndo para apagar os incêndios para que a cidade não enxergue a fumaça e as labaredas deles próprios e para que tudo continue o mesmo entre eles, e preservando como inimigos comuns os que estão coletando provas e dando um suador em seus negócios com reservas de mercado, principalmente o imobiliário e de serviços.

Deus terá perdão para seus falsos profetas que iludem os rebanhos de analfabetos, ignorantes, desinformados, fracos e necessitados da palavra da fé? Depois dos pastores picaretas e suas igrejas empresas que se tornaram uma praga entre nós, todos livres de impostos, agora apareceu um padre, falso como uma nota de três reais. E ele só existe, porque as verdadeiras igrejas a que ele diz pertencer e cita – como ortodoxa e até a católica – estão quietas. São tão pecadoras quanto ele.

Esta semana, virei reduto de queixas. Muitos anunciando ou denunciando traições aqui em Gaspar. Algumas coisas são plantadas. Outras, estavam na cara e há muito tempo. Então alguns queixosos estão sem razão nas suas queixas. Gaspar sempre foi assim. Conheço estas entranhas desde a década de 1980.

Terminou a campanha e nenhum candidato veio me visitar. Graças a Deus! Mas, não faltaram emissários com conversinhas moles.

O promotor e candidato a governador pelo Novo, Odair Tramontim, fez uma espirituosa observação ao senador Jorginho Mello, PL, que jurou não usar o Fundão Eleitoral, mas sim, o Fundão Partidário.

“O senhor mais parece aquele que diz que não come carne de galinha, mas gosta e só come de carne de frango”. Ou seja, acha que engana trocando o nome do bicho.

O alerta foi de um leitor do blog e conferido por mim. O vereador licenciado Francisco Hostins Júnior, MDB, está gazeteando o serviço como comissionado que é como secretário da Saúde. Ele continua fazendo, ao vivo, um programa de conotações políticas para sustentar a sua imagem de vereador e candidato a qualquer coisa, na Rádio Sentinela, onde aluga o espaço.

Ele até pode fazer o programa, mas não no horário do expediente – ou então gravá-lo -, e muito menos levar outro servidor público municipal para fazer par no seu programa, o suplente de vereador Santiago Navia. 

Então para aqueles que aguardam “profundas” mudanças a partir de segunda-feira no secretariado do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, terão decepções. Podem até mudar nomes, mas o principal que são vícios e comportamentos inadequados à moralidade públicas dos que estavam sob ameaças, estes continuarão enraizados.

Sempre haverá concessões para os reizinhos de plantão. Desculpas esfarrapadas, constrangimentos e perseguições abundam. Ontem um deles saiu da toca só depois que apareceu uma listinha de possibilidade de um candidato dele. Puro oportunismo. Para quem já foi de tudo, incluindo PT raiz e agora jura ser um conversador cristão… Acorda, Gaspar!

Obrigado pela fiel e ampla audiência. Segunda volto com a minha penitência. Até lá. Acorda, Gaspar!

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3 comentários em “DOS TRÊS GASPARENSES, MARCELO É O MAIOR ARRECADADOR DE CAMPANHA E ZUCHI O MENOR”

  1. Bom dia.
    Na Sessão Plenária de terça, sobre a discussão do parcelamento do solo de Gaspar, o vereador Giovano apresentou um PL pra mudar a denominação de um curso d’água pra “VALA” lá no seu bairro, o Bela Vista.
    Qual a razão?
    Viabilizar a legalização de IMÓVEIS erguidos em área IRREGULAR.
    Então fiz um comentário a respeito na página oficial da Câmara municipal de Gaspar.
    O que descobri?
    Que agora, pra me silenciar, minhas opiniões são DELETADAS AUTOMATICAMENTE.
    Por enquanto não mexeram nos comentários das sessões plenárias, nem das audiências públicas.
    Aproveito pra deixar o meu agradecimento ao Vereador Alex Burnier por ontem ter sido o meu porta-voz na Casa do POVO.
    Teve, com certeza, muita gente que não gostou das indagações feitas por mim em pról da COLETIVIDADE.
    É isso, estamos juntos e misturados lutando pra fazer de Gaspar um lugar melhor pra TODOS, não apenas para os ELEITOS.

    Senhor Herculano, bom final de semana pra todos nós 🙏🙏😁✌️

    1. Prezada Odete, bom dia!

      Impressionante. Vala é onde estão metidos a maior parte dos nossos políticos, daí eles entenderem bem dela

      Quanto a Câmara censurar ou dificultar a transparência, faz parte dos jogos dos velhos, mas principalmente dos políticos e que se acentuou nesta legislatura

      A proposta do Geovânio Borges, PSD, nem deveria ser considerada, sabendo que ele coordena a campanha do amigo que pulou para um outro partido para ter vantagens na atual corrida eleitoral. Ou seja, está sendo usado como troca de votos

      O que falta de verdade, é o Ministério Público ficar de próximo dessas mexidas nas legislações, contra a lei maior. E não muito tempo depois, se dizer surpreendido, declarar inconstitucional o que foi aprovado por maioria em resposta a pressões políticas e até pessoais de empreendedores do ramo, todos se juntarem, conciliarem, e tudo terminar numa multazinha, revogando a lei, mas, só depois de que todos de refastelaram dela, zombando dos denunciantes e dos órgãos de fiscalização.

  2. LULA BATE BOCA COM NANICO, MAS VENCE BOLSONARO POR PONTOS NO DEBATE, por Igor Gielow, no jornal Folha de S. Paulo

    De tédio ninguém morreu, apesar da duração excessiva do espetáculo. O último debate presidencial antes do primeiro turno no próximo domingo (2), na Rede Globo, foi marcado por um grau de agressividade que há muito não se via num encontro de candidatos ao Planalto na TV.

    Claro, o tempo passa: saiu Leonel Brizola gritando com Paulo Maluf e entraram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), apoiados por um séquito de candidatos no fim da fila das pesquisas.

    Lula recuperou-se da atuação apagada no debate Folha/UOL/Cultura/Band e conseguiu escapar da maldição de 1989, quando foi abatido pela afobação no embate final na Globo com Fernando Collor – noves fora a polêmica da edição posterior na TV. Escorregou, contudo, ao bater boca com um nanico.

    Assertivo no limite da agressividade, o ex-presidente quase saiu da linha na inusitada e interminável sucessão de direitos de resposta trocados com Bolsonaro no primeiro bloco do evento. Mas alinhou-se e conseguiu encaixar uma linha de golpes no ocupante do Planalto, a quem pespegou um “cara de pau” com tom de indignação crível.

    Não que ele não tenha sofrido arranhões. Bolsonaro conseguiu relembrar o caso Celso Daniel, um incômodo que acompanha o PT desde 2002, ainda que tenha sido submetido a uma compostura pela senadora Simone Tebet (MDB), que se mostrou boa de debate como nas outras duas edições deste primeiro turno.

    Afinal de contas, como é uma eleição em que rejeições estão em jogo, e este é um item em que Bolsonaro está mal das pernas, o debate de ideias basicamente inexistiu. É de se questionar inclusive o formato: se a audiência quer pão e circo, melhor pensar em reeditar o “telecatch”, a luta livre marmelada da TV dos anos 1960.

    Como nas edições anteriores, Soraya Thronicke (União Brasil) garantiu seus memes. Saiu o “cutucou com sua vara curta” contra Bolsonaro no sábado e entrou o “candidato padre” à linha auxiliar do presidente, Padre Kelmon (PTB).

    O autoproclamado religioso virou “padre de festa junina” e alguém que não teme ir ao inferno. Foi o melhor momento de um moroso segundo bloco. A presença de Kelmon, uma obrigatoriedade legal já que o ambiente era o de uma concessão pública e o PTB tem representatividade mínima, deixou para trás o folclore do sábado, ficando apenas o nada inocente personagem de escada do presidente.

    Tanto foi assim que ele cumpriu seu papel central no terceiro bloco, quando Bolsonaro teve a oportunidade e recuou de questionar o ex-presidente diretamente – revelando Felipe D’Ávila (Novo) como seu escada. Kelmon provocou Lula, que caiu e bateu boca com um desconhecido.

    Thronicke também trouxe a questão do golpismo bolsonarista à tona no debate, mas não foi respondida. Bolsonaro arriscou ao atacá-la, dado que tem entre as mulheres um dos grupos que mais o rejeitam, segundo o Datafolha.

    A chamou de laranja e disse que ela queria cargos no governo. Thronicke foi mal na réplica, abandonando o tema do golpe e questionando se o presidente havia se vacinado contra a Covid-19, abrindo outra frente que ficou no ar.

    Ciro Gomes (PDT), um bom debatedor, saiu-se mal. Colocou Lula na parede na primeira questão da noite, mas foi rebatido com eficácia. Depois, sumiu, voltando para uma altercação correta sobre cultura com o presidente, que foi seu chefe.

    No mais, o debate se prolongou demais, por conveniências da Globo, obrigando o público resistente a ver Bolsonaro fazer mais uma dobradinha com Kelmon, propagandear dois candidatos e ainda questionar “isto é cultura?” ao falar sobre o tema com o padre. Os presentes estavam cansados, a alta voltagem caiu no último bloco.

    Isso dito, ninguém saiu na lona do ringue, que é o objetivo final dos debates. Bolsonaro arriscou-se mais, sendo ele mesmo: estava bastante agressivo e irritado, o personagem que funcionou em 2018 e que lhe garante 36% de votos válidos segundo o Datafolha desta quinta (29). Não é pouco, mas até aqui insuficiente para reeleger o presidente.

    Ao fim, Lula venceu por pontos. É pouco, mas o suficiente para ele a esta altura do jogo.

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