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O JOGO QUE O ELEITOR NÃO CONSEGUE ENXERGAR, MAS É O QUE VALE NOS BASTIDORES POLÍTICO

Não vou comentar ainda o que se passa na corrida ao Planalto. Há que faça isso com mais, mas bota muito mais nisso, competência do que eu. Hoje também não vou escrever sobre a disputa ao Centro Administrativo. Até porque o principal argumento dos contendores não são as suas propostas para o futuro dos catarinenses, mas o uso de “pesquisas” que tenham o gosto do cliente, num indício claro de manipulação sem precedentes – ajudada pela imprensa fraca, ou partidarizada que não quer, não possui grana para bancar uma série histórica, ou não pode questionar ou até aposta nos resultados que se apresentam por terceiros -, incluindo interesses de grupos políticos partidários na busca do poder. 

Até ontem, a Justiça Eleitoral não conseguiu colocar este mau uso das supostas pesquisas para governador e senador sob controle. E quando a coisa se espalha, neste mundo digitalizado, não há como segurar, apurar origens, estancar e responsabilizar, na mesma velocidade, como tudo “viaja” pelos aplicativos de mensagens.

Enfim, vou me ater à aldeia. Aqui também há “pesquisa”: o do botequim. E tem gente que bota valor imenso nelas como se elas tivessem algum valor científico. Então não sou eu, que não sei nadar direito, que vou lutar no contrafluxo da maré.

Também não sou adivinho, nem sensitivo, nem versado em astrologia, muito menos um mestre no ilusionismo como foi Harry Houdini (1894/1926). O máximo que consigo é desmascarar charlatães e pagar caro por isso.

O artigo de ontem aqui repercutiu. E muito. O programa que mede os acessos deu um pico (o gráfico, gente). Nem tanto pelo conteúdo, mas porque ninguém ousou esclarecer sequer qual a função de um deputado estadual a um deles que está em plena campanha por votos em, e por sua Gaspar. Ele e sua turma dele estão brabos. Não com a barbeiragem deles próprios e desmacaradas naquilo que está claro para todos, mas comigo.

Os que me podem acessar pelo meu aplicativo de mensagens e que restrinjo a poucos, passaram boa parte do dia de ontem trocando informações, especulando as minhas opiniões, contando casos e traições de candidatos e seus parceiros (políticos, gente). Impressionante!

Bingo. No fundo, no fundo, tudo é nada além do que escrevi e afirmei de que a campanha eleitoral em Gaspar não é para eleger ninguém, é simplesmente para marcar territórios de derrotas, vitórias e poder às próximas eleições municipais, em outubro de 2024. Nem mais, nem menos. A cada dia que passa, isto está mais claro e consciente entre os que dizem ou pretendem liderar os processos de poder.

Os candidatos a prefeitos já estão na praça. Alguns disfarçadamente. Outros como bois-de-piranhas.

– Ah, Herculano, quem terá mais votos por aqui”, perguntam-me referindo-se aos candidatos Mara Lúcia Xavier da Costa dos Santos, PP; Marcelo de Souza Brick, Patriota; e Pedro Celso Zuchi, PT

– Não sei”, respondo seco. Como lhes escrevi, não possui bola de cristal ou qualquer dom sobrenatural, mediúnico ou ligação com entidades espirituais para me arriscar a passar vergonha. E pesquisa séria, não há entre nós sobre este assunto.

Para alguns conhecidos fiz a mesma pergunta, sob a promessa de “off” antes e depois das eleições. Os resultados são os mais disparatados possíveis. As justificativas para os números encontrados, também. Este quadro por si só mostra a confusão onde estamos metidos e a falta de liderança em todas as três candidaturas gasparenses.

Agora, encontrei um ponto em comum entre todas elas: nenhum dos três se elege, nem com os votos daqui e nem se somar os votos de fora, onde não há uma estrutura para buscá-los. A primeira chance que todos os candidatos de Gaspar perderam para alcançar uma das 40 vagas no parlamento do Palácio Barriga-verde era a de terem criado uma identificação com o Vale Europeu e principalmente, com Blumenau o mais próximo e o maior colégio eleitoral da região.

Incrível como comeram bolas pelas costas os candidatos:, os que inventaram as candidaturas e os que fingiram marquetear com elas.

Eu com os meus botões, até ontem pensava que Pedro Celso Zuchi, três vezes prefeito, suplente de deputado, próximo de Décio Neri e em dobradinha com Ana Paula Lima, em Blumenau, na onda Lula, seria o com mais chances ainda na conservadora Gaspar. Hoje, estou revendo meus conceitos. Se não sair bem daqui…

Marcelo é o que mais trabalha. E quanto mais se esforça, incrivelmente também se atrapalha. Não possui foco; não tem discurso na mesma proporção em que se apresentar como o “novo”, o “salvador”, o “boa praça”. Na verdade, como revelei ontem, de verdade Marcelo nem sabe o que faz um deputado e se sabe está enganando. As promessas são de prefeito que como vice está devendo aos seus eleitores.

E Mara Lúcia? Entrou na cota de mulher e preta do PP. E o partido dela aqui faz de tudo para que isso seja assim mesmo. Seus coroados estão trabalhando para fora e guardando vaga para um candidato jovem, branco, que não é o vereador das igrejas evangélicas neopetencostais – pois há um claro sinais nelas para se ter um sucessor de Kleber e seja por qualquer partido – e que se lançou como sucessor desse curral de votos onde Kleber surfou por anos a fio.

Então, para concluir.

Há um jogo brutal de bastidores. Nele, verdadeiramente, os nossos políticos – órfãos tanto na proteção como no enfrentamento do último velho líder político recém falecido, o ex-prefeito Osvaldo Schneider, o Paca, MDB, que o ensaiam ou fazem, não querem que eleitor ou eleitora saiba. E torcem para que eu tenha uma doença maligna que impeça de expor tudo isso claramente à cidade, cidadãs e cidadãos. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Este jogo de colocar Décio Neri de Lima, PT, em Santa Catarina, para o segundo turno, cheira à trapaça marqueteira. É para facilitar a eleição de um conservador neste mesmo segundo turno. Se chegarem dois conservadores, as coisas ficam difíceis e até imprevisíveis para ambos.

Outra coisa que está clara é que todos estão contra o governador Carlos Moisés da Silva, Republicanos. Coincidentemente, o único que não pertence a uma das correntes da elite política catarinense derrotada no pleito de 2028.

Perguntar não ofende: o que é feito daquela Kombi do vereador Ciro André Quintino, MDB, e que levaria seus fãs para todos os lugares, inclusive para Florianópolis?

O presidente do PL de Gaspar, Rodrigo Boeing Althoff não declara voto aberto por Jair Messias Bolsonaro, PL. E não é de hoje. Tardia descoberta dos conservadores gasparenses. No passado, seu voto aberto já foi Luiz Inácio Lula da Silva, PT.

E o vereador que faltou sessão, usou diárias da Câmara e no tour por Brasília, posou ao lado do deputado Eduardo Bolsonaro, Republicanos SP? Por que a sua escolha agora é Lula?

Quanto mais próximo as eleições, mais os camaleões políticos perdem a capacidade de adaptar ao meio ambiente, fingindo o que não é, ou nunca foi. Só para se dar bem no presente! A lista é longa. É a Gaspar de verdade. Esta nunca mudou.

Ontem, a Justiça Eleitoral de Gaspar mandou limpar uma frota de caminhões. Ela disfarçadamente fazia campanha eleitoral proibida com a frase símbolo da campanha do presidente Jair Messias Bolsonaro, PL: “Brasil acima de tudo; Deus acima de todos” Correria. A indignação tomou conta da rede social imediatamente. Os bolsonaristas sabe o que fazem e os riscos que correm. Então…

Corre solta a listinha de comissionados e cargos em confiança que serão expurgados a partir da semana que vem no governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e Marcelo de Souza Brick, Patriota. Tem gente que está na listinha que aposta de que não sairá, por exatamente ter bala na agulha. Meu Deus!

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3 comentários em “O JOGO QUE O ELEITOR NÃO CONSEGUE ENXERGAR, MAS É O QUE VALE NOS BASTIDORES POLÍTICO”

  1. ADESÃO A LULA E A “CARTA BRANCA”, Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

    Nos últimos dias, tem causado algum zunzum a adesão de “personalidades”, quadros da elite, “famosos” ou “influencers” à candidatura de Lula da Silva, em especial de muita gente que jamais foi simpática ao PT ou que sempre demonstrou aversão ao partido e a seu líder máximo, em palavras e atos.

    É meio previsível, ainda mais em fim de campanha destes tempos de redes sociais e em uma eleição de caráter plebiscitário figadal. Se esses “influenciadores” vão influenciar algum voto é menos provável. Talvez possam ser sintoma de um movimento eleitoral mais amplo, do que apenas vamos saber no sábado, com pesquisas de véspera de votação – e olhe lá.

    Por ora, é possível que cerca de 22 milhões ainda possam mudar o voto, estimativa precária baseada no percentual de eleitores “voláteis”, segundo o Datafolha, no eleitorado potencial e no comparecimento às urnas de 2018. Milhões desses eleitores não prestam atenção ao noticiário ou a tretas e conversas políticas de redes sociais. Talvez se decidam em trocas de mensagens de última hora pelo celular.

    Faz pelo menos uma dezena de dias, como se registrou nestas colunas, também políticos de partidos variados, inclusive do núcleo do centrão bolsonarista (PL e PP), mandam “recados” adesistas. Quadros “técnicos” oferecem seus préstimos, alguns descaradamente.

    Ao menos no que diz respeito à política econômica, não pode ser adesão a um programa, que não existe. Há quem diga que tal embarque na candidatura ora favorita significa dar “carta branca” a Lula (até ontem, essas pessoas concediam uma “carta cinza” ou mesmo suja, a Jair Bolsonaro). Alguns outros afirmam que um segundo turno obrigaria o petista a negociar apoios e, assim, a explicitar um programa.

    Caso sobrevenha um segundo turno, Lula deverá ter tido quase 50% dos votos. Seus adversários relevantes, além de Bolsonaro, devem somar uns 12%, de resto votos que esses outros candidatos não controlam. Portanto, há muito pouco o que negociar por aí.

    A conversa menos mole vai começar quando se souber da composição do Congresso, que não deve ser lá muito diferente do que saiu da eleição municipal de 2020. Isto é, predomínio da direita mais marcada, de partidos negocistas, da dúzia de sublegendas do centrão. Será preciso verificar se as atuais lideranças políticas terão mantido sua força. Um ou outro resultado de eleição estadual pode ser relevante, mais como sinal – governadores não comandam rebanhos políticos.

    Esses partidos fazem qualquer negócio. Estavam aboletados no governo “desenvolvimentista” de Dilma Rousseff. No entanto, o clima ideológico no país mudou desde o desastre que explodiu entre 2013 e 2015, ainda mais depois que a direita mais extrema ousou gritar seu nome. Tanto que os credores do governo, “o mercado”, parecem acreditar que algum acordo tolerável vai se arranjar, com tranquilidade surpreendente. É o que transparece nos indicadores financeiros relativamente tranquilos (dada a situação horrível das contas públicas e da economia).

    Donos de dinheiro dizem que o fato de Lula não ter um programa significa apenas que, caso eleito, vai ver para onde o vento sopra. Lula 3 seria, então, uma resultante da voz rouca das ruas com realismo, a pressão da feia necessidade econômica. Inventaria um programa palatável a partir daí, quase do zero. A “carta branca” seria, na verdade, uma carta em branco. As adesões seriam até mais um impulso para um acordo mais amplo, que começou a ser sinalizado desde a adesão de Geraldo Alckmin. Pode ser mero pensamento desejante, mas é o tema de muita conversa de elite.

    1. Miguel José Teixeira

      E o piNçador Matutildo, piNçou:

      “A “carta branca” seria, na verdade, uma carta em branco. As adesões seriam até mais um impulso para um acordo mais amplo, que começou a ser sinalizado desde a adesão de Geraldo Alckmin. ”

      Ou seja: a República Federativa, do Brasil será roubada!

  2. Bom dia.
    Sobre ser espraguejado por desnudar os desmandos governamentais dos nossos (???) POLÍTICOS, volta pra casa a lei do retorno.
    Não há parto sem dor.
    Quando o sorriso vem, ele brota da alma!
    Esse é o néctar da vida que poucos gozam o acesso.
    Parabéns pelo seu trabalho! 🙌🌈🌟

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