Primeiro: o MDB que o governador afastado para fazer campanha Carlos Moisés da Silva, Republicanos, escolheu para tentar à sua recondução ao segundo mandato, não é exatamente o culpado do estado de insegurança do candidato Carlos Moisés nesta reta final da atual corrida eleitora. O MDB, uma sigla histórica e que nada tem a ver com o seu passado de glória democrática, como é a maioria dos partidos, passou de protagonista a oportunista no cenário político brasileiro. E por quê?
Simples! Carlos Moisés, que como “Comandante Moisés”, o que teve a sorte grande na onda conservadora bolsonarista, não cuidou de si próprio; não fez política; não se aproximou de quem lhe pudesse dar uma proteção mínima com fidelidade. Ainda mais, sabendo que tinha derrotado um conjunto de poderosos distribuídos em diversos nacos da política catarinense. E eles viriam à fora. E vieram. Não exatamente agora. Já se articulavam no dia da vitória de Carlos Moisés. Não são indícios. São fatos. Abundam as provas.
Segundo. Teve que vir um erro de procedimento administrativo do conjunto do governo do estado e que o governador o qualificava como técnico e acima de qualquer suspeita, para fomentar dois impeachments exclusivamente políticos armados pelos da elite adversária e uma CPI plantada para dar palanque a novos deputados na Assembleia. Foi só aí que Carlos Moisés percebeu que suas serestas com poucos íntimos na Casa da Agronômica, seriam insuficientes para ele escapar das enrascadas em que se meteu por zomba e omissão política.
Resultado disso? Salvo pelo gongo em dois impeachments armados e uma CPI manca, Carlos Moisés teve que se despir do hábito angelical que orgulhava. Profanamente se misturou naquilo que dizia querer estar longe. E devia estar longe, mas com um plano bem estruturado para suportar os assédios, chantagens, armadilhas e oportunismo bem comum desses momentos. Política não é para anjos, mas sim para demônios. E é preciso se estar no inferno para conhecê-los nos disfarces que usam diuturnamente.
Carlos Moisés perdeu tempo. E com isso, também a capacidade de escolher. Assim, na tempestade que deixou criar em torno de si, teve que se agarrar às tranqueiras para não ser levado mais rapidamente pela correnteza. E nelas, estava o decadente MDB. O MDB fez o preço. Prometeu quase tudo. Não assinou e se comprometeu com nada. Sugou o que podia no tempo em que namoraram com juras eternas. Agora nesta reta final, o MDB está traindo. Está jogando. E fazendo o seu melhor. E que todos conhecem há décadas. O MDB sabe que qualquer que seja o eleito, como sempre terá acordo. Sempre foi assim. E nada teria sido diferente com o PP, PSDB, PSD e até o União Brasil.
Carlos Moisés corre atrás da noiva e esta semana eu mostrei como ele enquadrou o prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, MDB. Mas, Carlos Moisés sabia desde o início onde estava se metendo. O ex-presidente do MDB, o ex-deputado Federal e que nem chegou no segundo turno em 2018 porque não abria mão para a composição, Mauro Mariani, está dizendo que os seus votarão no PT, o mesmo PT que não tem jeito de chegar ao governo em Santa Catarina. Ou seja, Mauro está olhando Brasília e o espaço que projeta no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
A ex-mulher do último líder do MDB não só aqui, o blumenauense Luiz Henrique da Silveira, Ivete Appel da Silveira vai com Jorginho Mello, PSL, para supostamente se vingar de Udo Dohler. Não se trata de vingança, mas de fidelidade. Estória mal contada apenas para embaraçar Carlos Moisés. Ivete é suplente de Jorginho e está na vaga dele. E se Jorginho se eleger governador, Ivete é quem ficará por lá mais quatro anos. Simples assim! Ivete é quem não está traindo. Aliás, foi há poucos meses que o MDB que não existe mais, foi ao túmulo tirar fotos (acima), dizer que estava unido e se inspirando nele. Meu Deus!
A outra é de que ex-prefeito e empresário, pré-candidato a governador pelo MDB, Antídio Aleixo Lunelli também estaria fora da barca por exatamente ter o MDB lhe excluído na oportunidade de ser a moeda de troca dentro do partido na corrida ao Centro Administrativo. E deve estar mesmo fora da barca. Ora, se o MDB foi capaz de fazer o que fez com Antídio e Dário Berger, por muito menos não fará com Carlos Moisés? Ingênuos.
Isto mostra o quanto o MDB em Santa Catarina que está governo neste momento com o filho de Concórdia, Moacir Sopelsa, presidente da Assembleia, é uma colcha de problemas, vaidades e interesses. O MDB é uma Geni. Não exatamente a que recebe pedras e coisas mal arrumada, mas a que lança todo o tipo de porcaria nos outros depois de se refastelar, que faz acordos e não os cumpre, que não possui liderança. Carlos Moisés será apenas mais uma vítima do MDB catarinense que míngua a olhos vistos. Advertido, Carlos Moisés foi. Então… precisará da sorte grande mais uma vez. E a teve por várias vezes. Mas, uma hora ela lhe faltará.
TRAPICHE
A Avenida Frei Godofredo em Gaspar é a parte municipalizada feita pelo ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, da ligação daqui a Brusque. Municipalizar para que se não há manutenção dela? É um buraco maior do que o outro. E ainda tem gente contra a duplicação dela. Além de congestionada, está em frangalhos na parte que é de responsabilidade da prefeitura de Gaspar.
Interessante. O empresário Luciano Hang, só declarou apoio formal ao senador Jorginho Mello, PL, nesta semana e só depois da última pesquisa IPEC da NSC. Ele apostava em outro senador, Esperidião Amim Helou Filho, PP.
O que faz um candidato a deputado estadual ir a sua rede social e afirmar que Gaspar possui em torno de 100 mil habitantes? Desconhecimento da sua própria cidade e realidade? Ou é um hábito de manipular o que está na cara de todos?
Um partido que vai sumir do mapa é o Podemos. Primeiro rifou o ex-juiz Federal Sérgio Moro para torná-lo sem condições eletivas. Agora, se sabe que prefeitos catarinenses da sigla estão se articulando para deixá-lo tão logo outubro passe a ser uma pagina virada no calendário deste ano e das eleições gerais.
Transparência translúcida. Na Câmara de Gaspar, quem quis assistir a gravação da última sessão, não a teve por inteiro. Nenhuma explicação. A Câmara para caro pelo sistema e o cidadão não consegue saber o que se passa nas sessões. E faz algumas sessões que o mecanismo de tornar público os resultados das votações e presenças nas sessões se tornou algo obsoleto.
Na última sessão da Câmara de Gaspar, mais uma vez, os vereadores fizeram carreira, deixaram o plenário e as tarefas a que estão obrigados, para fazer comícios noturnos à cata de votos. Não seria mais adequado esses vereadores pedirem licença, darem a vez para seus suplentes?
Esta eleição caminha para apontar o maior derrotado dela: o senador Esperidião Amim Helou Filho, PP. Ele é disfuncional. As ideias e o que ele diz não são capazes de ligar ao que é e foi o PP, o principal operador da Lava Jato e a cara de seus líderes de hoje como Ciro Nogueira…
O voto caixão e conservador do interior do estado deixou Esperidião sem chão e desatualizado. Nem a ligação que tentou com Jair Messias Bolsonaro, PL, foi suficiente para o novo reposicionamento. Como dizia o ex-primeiro ministro do Brasil, Tancredo de Almeida Neves, “quando a esperteza é demais, ela come o dono”.
1 comentário em “MOISÉS ESCOLHEU A NOIVA ERRADA. ELA É A GENI ESCULPIDA EM CARRARA. É O DECADENTE MDB, EXPERIENTE EM SE ESBALDAR E TRAIR”
Bom dia.
Eu concordo com o senhor:
Política não é para anjos, mas para demônios e que é preciso descer ao inferno para conhecê-los.
Não importa o cargo, sempre tem alguém com o tridente cutucando no ombro..