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ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CXIV

41 comentários em “ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CXIV”

  1. Miguel José Teixeira

    “STF custa dez vezes o Supremo do Reino Unido”
    (Por Cláudio Humberto, DP, 27/09/22)

    Custando mais caro ao pagador de impostos do Brasil que a família real para os britânicos, o Supremo Tribunal Federal não desmentiu seu custo de R$851,7 milhões anuais, maior que os R$601 milhões da realeza, mas acha que a comparação “não faz sentido” e ainda deu lições sobre diferenças. Se a comparação direta é que faz sentido, basta lembrar que o STF é mais de dez vezes mais caro para os brasileiros que a Suprema Corte para o Reino Unido: 14 milhões de libras por ano (R$80 milhões).

    Metade paga
    No relatório de contas 2021/22 do Supremo britânico, a Corte comemora haver recuperado ao pagador de impostos 7,6 milhões de libras.

    R$100 milhões a menos
    O STF consome R$851 milhões anuais aqui. Nos EUA, país muito mais rico, com população 50% maior, não passa de R$755 (US$140) milhões.

    Quatro vezes a Índia
    Se STF vê sentido na comparação com países do Brics, na Índia, de 1,3 bilhão de habitantes, a Corte Suprema custa cerca de 25% que no Brasil.

    Mesmo tamanho
    Na Austrália, país com extensão territorial semelhante à brasileira, mas com só 25 milhões de habitantes, a High Court custa R$97 milhões/ano.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/stf-custa-dez-vezes-o-supremo-do-reino-unido)

  2. Miguel José Teixeira

    Verdade verdadeiramente verdadeira!

    “Bolsonaro conseguiu ressuscitar o PT”, diz D’Avila”
    (Redação O Antagonista, 26/09/22)

    Felipe D’Avila disse há pouco, no Claudio Dantas Talks, podcast de O Antagonista, que Jair Bolsonaro fez o eleitor sentir “saudades do PT”. Segundo o candidato do Novo ao Planalto, o atual presidente teria dado uma “grande contribuição” ao país se tivesse acabado com o partido de Lula, como prometeu fazer.

    “Bolsonaro fez com que o eleitor tivesse saudades do PT. Ele falou que ia acabar com o PT […] Se tivesse feito só isso, como Romeu Zema fez em Minas Gerais, teria dado uma grande contribuição para o Brasil, mas nem isso ele fez. Ele conseguiu ressuscitar o PT”, afirmou.

    D’Avila também disse que o Novo não é “linha auxiliar” de Bolsonaro e que o partido “é o que mais combate a esquerda” no Brasil.

    (Fonte: https://oantagonista.uol.com.br/brasil/bolsonaro-conseguiu-ressuscitar-o-pt-diz-davila/?utm_campaign=SEG_TARDE&utm_content=link-840006&utm_medium=email&utm_source=oa-email)

  3. Miguel José Teixeira

    . . .”Ao final, carregando dezenas de milhões de votos e expressando sem dúvida a vontade majoritária do país, o governo para funcionar tem que formar, por conta própria, a maioria parlamentar que a população não pode eleger, por artes de um sistema eleitoral sem equivalente no mundo e concebido para iludir a vontade política da população. A forma como se constroem essas maiorias artificiais tem sido a maldição de muitos governos, causa da corrupção que tem ferido o Estado brasileiro e que resiste a todas as tentativas de combate.”. . .

    “Uma ilusão democrática”
    (Por Roberto Brant, CB, 26/09/22)

    Seria importante que cada brasileiro meditasse e começasse a sonhar com uma verdadeira reforma do sistema com que elegemos nossos deputados

    Dentro de uma semana ou, com maior probabilidade, no final de outubro, conheceremos aquele que o povo brasileiro escolheu para presidir o país nos próximos quatro anos. Durante o processo eleitoral, os meios de comunicação e as redes sociais propiciaram aos eleitores o mais amplo conhecimento dos candidatos realmente competitivos. O perfil de cada um, suas idéias, seus valores, sua biografia, seu histórico político, seus defeitos e deficiências ficaram expostos com grande transparência e sujeitos ao juízo crítico de todos os eleitores.

    Mesmo com tudo isso, o voto para presidente pode se revelar um grande equívoco, como tem sido muitas vezes o caso. A causa, no entanto, não terá sido nunca defeito do sistema eleitoral ou a falta de informação do eleitor, e sim a imperfeição do seu juízo político, este um problema derivado da natureza humana e sem remédio conhecido. As boas democracias são aquelas em que as instituições políticas são desenhadas para lidar com as imperfeições humanas, atenuando seus efeitos, sem suprimir as liberdades e sem submeter as pessoas ao jugo de uns poucos.

    Como o poder não é exercido autocraticamente pelo governante, mas compartilhado com o Parlamento, nas democracias que funcionam as escolhas do presidente e dos parlamentares estão solidamente articuladas. Nos regimes parlamentaristas, o governo é a maioria parlamentar, ambos originados de uma só vontade majoritária. Nos regimes presidencialistas mais importantes, como o dos Estados Unidos e o da França, a eleição do Parlamento é realizada de forma tal que a vontade popular de fortalecer ou limitar o governo é inteiramente clara para o eleitor.

    Na França, só após a escolha do presidente da República a população é convocada para eleger um Parlamento, oportunidade em que o povo pode definir sem ambiguidades se deseja dar ao governo uma maioria para atuar livremente, ou uma minoria que o obrigue à negociação e à moderação dos seus projetos e de suas ideias.

    Nos Estados Unidos, a Câmara e parte do Senado são eleitos em meio ao mandato presidencial, para que a população decida favorecer o governo com uma maioria ou, ao contrário, limitá-lo, elegendo mais congressistas de oposição. Em ambos os casos, a escolha dos parlamentares se dá por eleição majoritária, no âmbito de distritos circunscritos regionalmente, onde cada eleitor conhece os candidatos e sabe qual o real significado do seu voto.

    No Brasil, as coisas são totalmente diferentes. As eleições para a Câmara dos Deputados, vitais para o dimensionamento do poder de fato do presidente, transcorrem na maior invisibilidade e por meio de um processo que oculta do eleitor a consequência do seu voto. A quantidade de candidatos e de partidos torna impossível qualquer avaliação.

    Falta de clareza

    Na eleição presidencial, o eleitor exprime com clareza sua vontade e suas expectativas. Entre nós, na eleição dos deputados o voto raramente tem um sentido, em termos de visão do país ou de alternativas de políticas públicas, sendo de um modo geral uma escolha aleatória e inconsequente. Por essa razão, nossas eleições parlamentares, embora ocorrendo no mesmo dia da eleição presidencial, são, na verdade, um evento paralelo e não um processo de formação de maiorias políticas, como deveria ser e como é em todo o mundo democrático.

    Ao final, carregando dezenas de milhões de votos e expressando sem dúvida a vontade majoritária do país, o governo para funcionar tem que formar, por conta própria, a maioria parlamentar que a população não pode eleger, por artes de um sistema eleitoral sem equivalente no mundo e concebido para iludir a vontade política da população. A forma como se constroem essas maiorias artificiais tem sido a maldição de muitos governos, causa da corrupção que tem ferido o Estado brasileiro e que resiste a todas as tentativas de combate.

    Em 2 de outubro, seria importante que cada brasileiro meditasse um instante sobre essas tristes realidades e começasse a sonhar com uma verdadeira reforma do sistema com que elegemos nossos deputados.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/09/26/interna_politica,374063/uma-ilusao-democratica.shtml)

  4. Miguel José Teixeira

    Não por acaso, o belzebu de Garanhuns usava um chapéu Panamá ontem no Rio:

    “Lava Jato no Panamá: financiada pelo BNDES, Odebrecht bancava amantes de ex-presidente”
    (CH, DP, 26/09/22)

    A Lava Jato acabou, mas as investigações da roubalheira dos governos do PT seguem no Panamá, estimuladas pelos Estados Unidos. A juíza panamenha Baloisa Marquínez interrogou envolvidos na denúncia de que a Odebrecht, financiada pelo BNDES, dava boa vida às quatro amantes do ex-presidente Ricardo Martinelli. André Rabello, ex-diretor da empreiteira pagava contas e cartões das amantes, conhecidas pelos codinomes Periquito 1, Periquito 2, Periquito 3 e Periquito 4.

    (+em: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/lava-jato-no-panama-financiada-pelo-bndes-odebrecht-bancava-amantes-de-ex-presidente)

  5. Miguel José Teixeira

    Imaginem o que ela diria se não fosse evangélica?

    “‘Bolsonaro precisa de um macho para defendê-lo no Senado e esse macho sou eu’, diz Damares”

    (+em: https://diariodopoder.com.br/eleicoes-2022/bolsonaro-precisa-de-um-macho-para-defende-lo-no-senado-e-esse-macho-sou-eu-diz-damares)

    Damares, foi ministra da Mulher da Família e dos Direitos Humanos e é candidata ao Senado pelo Distrito Federal. . .

    Meu BomJe! Olhe por nós nesta reta final da campanha eleitoral!

  6. Miguel José Teixeira

    . . .”Um deles é a abstenção, que pode ser facilitada neste ano pela possibilidade de justificativa por aplicativo.”. . .

    “Cenário imprevisível no próximo domingo”
    (Caderno Política, CB, 26/09/22)

    Apesar de as pesquisas de intenção de voto indicarem um eleitorado majoritariamente decidido, analistas indicam fatores às vésperas das eleições que podem mudar o cenário em 2 de outubro. Um deles é a abstenção, que pode ser facilitada neste ano pela possibilidade de justificativa por aplicativo. Há, ainda, o voto útil dos que defendem encerrar a disputa no primeiro turno, o chamado “voto envergonhado” — não revelado nas pesquisas —, e o porcentual de indecisos.

    Baixo nos levantamentos estimulados (quando o pesquisador apresenta uma lista dos candidatos ao entrevistado), o índice de indecisos varia de 11% a 28% nas pesquisas espontâneas, aquelas em que os nomes dos candidatos não são apresentados ao eleitor durante a entrevista.

    Segundo o cientista político e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) Fernando Abrucio, a taxa de indecisos pode ser maior do que aparece nas pesquisas. “Alguns querem esperar até o fim para se informar mais e tomar uma decisão. Muitos podem ir para Simone Tebet (MDB) ou Ciro Gomes (PDT), outros querem decidir se vão votar em Lula (PT) como voto útil. O voto é uma combinação de fatores sociais e econômicos, além de valores. Bolsonaro estacionou porque a economia está melhorando, mas o bem-estar social não está”, aponta.

    A abstenção também pode influenciar no resultado final da votação. O índice cresceu de 16%, em 2006, para 20,3% em 2018. Foram quase 30 milhões de pessoas que deixaram de votar naquela eleição. Para analistas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode ser o mais prejudicado com eventual alta de faltantes, mas ela também afetaria a votação de Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição.

    De acordo com Abrucio, as classes D e E (cuja maioria declara voto em Lula) tendem a votar menos, assim como os idosos (maioria escolhe Bolsonaro). Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que, em 2018, o grupo com maior índice de abstenção foi o de analfabetos com mais de 60 anos (superior a 50%). Por outro lado, houve neste ano recorde de jovens abaixo dos 18 anos que tiraram título de eleitor — 2 milhões.

    Para o diretor da Quaest, Felipe Nunes, a trajetória da mudança de intenção de voto dos eleitores é evidente. “As pessoas são capazes de mudar dependendo da dinâmica do sistema eleitoral. Aconteceu em 2018 e isso tende a acontecer em 2022. Não é desprezível o efeito que a gente pode ter de voto útil”, diz.

    O mais recente levantamento do Datafolha mostrou que 11% admitem mudar de escolha para que a eleição presidencial acabe no primeiro turno. No Ipespe, 68% também disseram que preferem que termine no dia 2.

    Ente os indecisos e erráticos, há os que podem fazer um “voto envergonhado” no próximo domingo. E, segundo analistas, dentre eles, os mais presentes seriam os evangélicos.

    “O voto envergonhado evangélico é uma realidade. Criou-se um meio em que quem fala que vai votar no Lula sofre uma represália social”, disse o cientista político e diretor do Observatório Evangélico, Vinicius do Valle. A campanha de Bolsonaro aposta que exista também uma parcela de voto envergonhado para ele nos segmentos mais pobres. E o mesmo ocorreria em sentido inverso, nas faixas de maior renda, pró-Lula.

    Economia

    O tema mais frequente nas preocupações do eleitorado é a economia, conforme mostram as últimas rodadas das pesquisas. Para o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, o grupo de eleitores que recebe de dois a cinco salários mínimos é um dos mais afetados pela flutuação da carestia. Ele aponta que, historicamente, esses eleitores têm potencial de definir a eleição, por ser um segmento em disputa.

    É o que acontece nesse pleito. Enquanto Lula avança entre os mais pobres e Bolsonaro entre os mais ricos, a classe C é disputada voto a voto. No Ipec, presidente e petista já assumiram a liderança mais de uma vez na série histórica, o que pode resultar em surpresas no dia 2.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/09/26/interna_politica,374079/cenario-imprevisivel-no-proximo-domingo.shtml)

  7. Miguel José Teixeira

    Parece-me que mudaremos para tudo ficar como está ou. . .piorar:
    . . .
    “Especialistas mostram que, em 2 de outubro, eleitor deve optar por colocar na Câmara e no Senado nomes calejados da política. Partidos que integram o Centrão devem se beneficiar nessa busca por veteranos”
    . . .
    Dança das cadeiras
    Previsão dos partidos para eleição de deputados federais em 2023
    Partidos – Bancada Câmara 2021/22 – Bancada Câmara 2023 (expectativa) – Expectativa de crescimento
    PL……………………………………………………..77 – ………………………………………………………….80 – 3,8%
    PP…………………………………………………….58 – ………………………………………………………….62 – 1,6%
    PT…………………………………………………….56 – ………………………………………………………….75 – 34%
    União Brasil……………………………………51 – ………………………………………………………….60 – 20%
    PSD………………………………………………….46 – …………………………………………………………..48 – 4%
    Republicanos…………………………………44 – …………………………………………………………..55 – 25%
    MDB………………………………………………..37 – …………………………………………………………..50 – 35%
    PSB…………………………………………………..24 – ………………………………………………………….29 – 20%
    PSDB/Cidadania…………………………….29 – ………………………………………………………….40 – 37%
    PDT…………………………………………………..19 – ………………………………………………………….37 – 94%
    Polarização no Senado
    Candidatos bolsonaristas na liderança
    Acre Alan Rick (União Brasil);
    Rondônia Mariana Carvalho (Republicanos);
    Roraima Dr Hiran (PP);
    Distrito Federal Flávia Arruda (PL);
    Mato Grosso Wellington Fagundes (PL);
    Mato Grosso do Sul Tereza Cristina (PL);
    Rio de Janeiro Romário (PL);
    Minas Gerais Cleitinho (PSC);
    Santa Catarina Raimundo Colombo (PSD).
    Candidatos lulistas na liderança
    Alagoas Renan Filho (MDB);
    Bahia Otto Alencar (PSD);
    Ceará Camilo Santana (PT);
    Maranhão Flávio Dino (PSB);
    Paraíba Ricardo Coutinho (PT);
    Pernambuco Teresa Leitão (PT);
    Piauí Wellington Dias (PT);
    São Paulo Márcio França (PSB);
    Amazonas Omar Aziz (PSD).

    (+em: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/09/26/interna_politica,374078/uma-eleicao-sem-outsiders.shtml)

  8. Miguel José Teixeira

    Pobre país rico (I): metade da população sem acesso aos alimentos e a metade que pode acessar, está sujeita a ingerir alimentos contaminados!

    “Apreensão chega a nossas mesas”
    (Visão do Correio (Braziliense), CB, 26/09/22)

    O alerta quanto ao uso do aditivo propilenoglicol contaminado pelo altamente tóxico monoetilenoglicol, inicialmente deflagrado para produtos de nutrição animal, chegou à indústria alimentícia humana e, dela, a restaurantes do país. Depois que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento de massas da empresa paulista Keishi, fabricadas entre 25 de julho e 24 de agosto deste ano, por uso do composto proveniente do mesmo lote empregado em petiscos que intoxicaram e mataram cães, a fabricante informou que o estoque em questão já havia sido comercializado. O destino: casas de culinária oriental de São Paulo. Uma informação que expande o já grave temor de envenenamento de pets para a mesa da população.

    Em que pese o alerta da Anvisa e a declaração da indústria de que rastreia os produtos, sustentando que “não houve nenhum relato de danos à saúde do consumidor”, a apreensão é real, e justificada. Até porque a agência estendeu o alerta e investigações a todas as indústrias de alimentação humana que usam o propilenoglicol em suas linhas, depois que mais de 100 cães apresentaram sintomas de intoxicação por monoetilenoglicol após consumirem petiscos da empresa Bassar Pet Food fabricados com o aditivo.

    Segundo a Anvisa, o uso do propilenoglicol como aditivo alimentar é autorizado para alguns produtos da indústria alimentícia. O composto com pureza adequada — o chamado grau USP — também pode ser empregado na indústria farmacêutica. Já o monoetilenoglicol “é um solvente orgânico altamente tóxico, que causa insuficiência renal e hepática quando ingerido, podendo inclusive levar à morte”, informa a agência. Não há autorização para o uso dessa última substância em alimentos.

    Investigação apontou que o aditivo permitido contaminado pelo solvente tóxico foi vendido pela empresa Tecno Clean Industrial Ltda. localizada na Grande Belo Horizonte. A companhia, por sua vez, informou não fabricar o produto, que indicou ter comprado da A & D Química, com sede em Arujá-SP, que também se declara revendedora.

    Estabelecer a origem da contaminação e responsabilidade por seus efeitos é tarefa que mobiliza autoridades sanitárias, do Ministério da Agricultura e policiais. Rastrear o destino dos produtos com suspeita de alteração envolve também as indústrias que usam o aditivo. Determinar responsabilidades por reparações fatalmente caberá à Justiça.

    Enquanto isso, resta ao consumidor a apreensão. O nome da fabricante de massas que usou o aditivo contaminado em sua linha só veio a público mais de 20 dias após as primeiras informações sobre intoxicação de cães, quando estoques sob suspeita já haviam se esgotado. Não se sabe até o momento se há uma lista de outras fabricantes de produtos humanos que possam ter adquirido o aditivo de lotes contaminados, tampouco se a contaminação se restringiu aos lotes já identificados.

    Uma informação divulgada pela Anvisa contribui para aumentar a preocupação: embora de uso liberado em certos alimentos, o propilenoglicol não poderia ser empregado na fabricação de massas alimentícias. Não deveria, portanto, estar entre os ingredientes da linha de produção da Keishi.

    Todo esse conjunto de constatações transmite a incômoda sensação de que o consumidor não tem ideia exata do que entra na fabricação daquilo de que se alimenta. Pior: lança dúvidas sobre a fiscalização aplicada à indústria alimentícia e levanta desconfiança de que esta promove um controle de qualidade frágil sobre suas matérias-primas.

    A suspeita de contaminação de alimentos com propilenoglicol “aditivado” com o solvente mortal ainda tem muito mais perguntas que respostas, e a rapidez com que os esclarecimentos surgem não parece acompanhar a ansiedade de quem também teme se intoxicar. Por triste coincidência, o monoetilenoglicol foi um dos compostos letais identificados na intoxicação de vítimas de cervejas no caso Backer, que remonta aos primeiros dias de 2020. Pelo menos 10 pessoas morreram, no mínimo 16 foram hospitalizadas e várias seguem enfrentando sequelas, enquanto o debate sobre culpados, reparação e responsabilidades ainda se arrasta na Justiça. Frente a novo temor envolvendo o veneno, não é uma lembrança confortável.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/cadernos/opiniao/capa_opiniao/)

    Pobre país rico (II): um dos principais candidatos à presidência não tem plano algum. O outro, já tem o plano de saquear as cofres públicos!

    2023: seja o que Deus quiser!

  9. Miguel José Teixeira

    Nem foi eleito ainda e já tem seu plano para saquear os cofres públicos!

    “Lula diz que Estado terá que indenizá-lo por prisão pela Lava Jato”
    – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou em ato no Rio de Janeiro, neste domingo (25), que o Estado terá que “devolver” e lhe “pagar os prejuízos que eles causaram” em sua vida enquanto ele esteve preso.

    (+em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/09/lula-diz-que-estado-tera-que-devolver-e-lhe-pagar-prejuizos-causados-por-sua-prisao.shtml)

    Caso o belzebu de Garanhuns seja eleito, seguramente virá o “bol$a lava jato”, contemplando todos os corruPTos envolvidos na maior operação anti corrupção que o mundo já viu e que, num supremo passe de mágica, foi extinta.

  10. Miguel José Teixeira

    “Dicas de português”
    (Por Dad Squarisi, CB, 25/09/22)

    “Reescrevi 30 vezes o último parágrafo de Adeus às armas antes de me sentir satisfeito.”(Ernest Hemingway)

    Daqui a pouco
    Domingo próximo vamos às urnas. Estamos a uma semana das eleições. Viu? Tempo futuro se indica assim mesmo – com a preposição a.
    Tempo passado joga em outro time. Escreve-se com h: Há quatro anos os brasileiros elegeram presidente, governadores, senadores e deputados.

    Nobel
    Bolsonaro bateu asas e voou. Foi a Londres e depois a Nova York. Nos States, discursou na ONU. Lá pelas tantas, disse que o ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli merece receber o Prêmio Nobel.
    Acertou no diagnóstico, mas tropeçou na pronúncia. Guarde isto: Nobel pronuncia-se como papel e Mabel. A sílaba tônica é a última.
    Isolado, Nobel tem plural. Acompanhado de prêmio, mantém-se invariável: Ganhou dois Nobéis. Dedicou o livro a dois Prêmios Nobel.

    Por falar em pronúncia…
    O ditongo -ui de gratuito se pronuncia como o de circuito ou fortuito. O i soa juntinho do u.

    Mais bem
    As pesquisas viraram febre. Todos os dias sai uma. Os números não surpreendem. Eles praticamente se repetem. O que surpreende é o tropeço de repórteres e apresentadores.
    Ao anunciar o resultado, falam em “melhor colocado”. Nada feito. A confusão vem de longe. Professores, quando ensinam melhor e pior, dizem que as formas mais bem e mais mal não existem. É meia verdade. Mas os mestres se esquecem de falar na outra metade. Trata-se do particípio — os verbos terminados em -ado e –ido: amado, vendido, partido.
    Antes dessa forma verbal, mais bem e mais mal pedem passagem: Nas pesquisas, Lula é o candidato mais bem colocado. As francesas são as mulheres mais bem vestidas da Europa. A redação mais bem escrita tira a nota máxima. A mais mal redigida tira a nota mínima.

    Melhor e pior
    Não se trata de particípio? Relaxe. O melhor e o pior deitam e rolam sem concorrência: Paulo come melhor do que Maria. Saiu-se melhor na prova final do que nos testes parciais. Foi o pior aluno da turma, mas apresentou o melhor trabalho.

    Primavera
    Setembro trouxe a primavera e deixou um recado. As estações do ano se escrevem com a inicial minúscula: primavera, verão, outono, inverno.

    Tanto faz
    “O Copom manteve a taxa de juros”. Juro ou juros? Tanto faz. Você escolhe.

    Onde
    Candidatos a cargos eletivos não faltam. Promessas também não. Paulo Octavio disputa o governo do Distrito Federal. No programa eleitoral obrigatório, disse que sua administração será “um governo onde nossos estudantes tenham um tablet na mão”.
    Tropeçou no erro mais cometido por redatores. É o emprego do onde. Jornalistas, advogados, professores batem no advérbio. Como escapar da enrascada? Pra acertar sempre, lembre-se: o onde indica lugar físico, palpável. Veja:
    A cidade onde moro tem 3 milhões de habitantes.
    O onde se refere à cidade. Cidade é lugar físico.
    Gonçalves Dias escreveu:
    “Minha terra tem palmeiras
    Onde canta o sabiá.”
    O onde está no lugar de palmeiras. Palmeiras é lugar físico. Nota 10.

    Em que
    Agora leia esta frase:
    No encontro dos governadores, onde se discutiram as propostas, ouviram-se muitas opiniões, mas nenhuma solução.
    O onde se refere a encontro. Encontro não é lugar físico, concreto, palpável. Então o onde não tem vez. A duplinha em que pede passagem:
    Na discussão dos governadores, em que se discutiram as propostas, ouviram-se muitas opiniões, mas nenhuma solução.
    É o caso da frase de Paulo Octavio “um governo onde nossos estudantes tenham um tablet na mão”. Governo não é lugar físico. Vem, em que.

    Leitor pergunta
    Mal estar ou mal-estar?
    Jonas Eduardo, Viamão

    Mal-estar se grafa com hífen. Bem-estar também.

  11. Miguel José Teixeira

    . . .”Será uma semana tensa, de muitas agressões e estresse emocional.”. . .

    Confronto Lula x Bolsonaro protagoniza semana épica
    (Por Luiz Carlos Azedo, Nas entrelinhas, CB, 25/09/22)

    Os poemas épicos surgiram na Antiguidade, porém entraram em decadência no século XVII, quando surgiram as narrativas em prosa, o romance. Dom Quixote, por exemplo, de Miguel de Cervantes, foi uma obra revolucionária porque representou a invenção do romance e, ao mesmo tempo, desnudou a realidade. Quando Miguel de Cervantes mandou Dom Quixote viajar, rasgou a cortina mágica, tecida de lendas, que estava suspensa diante do mundo.

    A vida se abriu com a nudez cômica de sua prosa, destaca o escritor tcheco Milan Kundera (A Cortina, Companhia das Letras): “Assim como uma mulher que se maquia antes de sair apressada para o primeiro encontro, o mundo, quando corre em nossa direção, no momento que nascemos, já está maquiado, mascarado, pré-interpretado. E os conformistas não serão os únicos a ser enganados; os seres rebeldes, ávidos de se opor a tudo e a todos, não se dão conta do quanto também estão sendo obedientes, não se revoltarão a não ser contra o que interpretado (pré-interpretado) como digno de revolta.”

    Ilíada e Odisseia, de Homero; Eneida, de Virgílio (70 a.C.—19 a.C.); e Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões (1524-1580), são exemplos de poemas épicos. Toda epopeia clássica começa com a revelação do herói e sua temática, invocando uma divindade inspiradora do autor, que narra os feitos heroicos do protagonista. Ou seja, a inspiração é o passado, mas este serve de reverência atemporal para a História, representa o processo civilizatório. Não à toa Virgílio buscou inspiração em Homero. Roma resgatava a cultura e os padrões estéticos da Grécia Antiga, numa narrativa plena de aventuras e heroísmo.

    No poema épico, o herói reproduz as qualidades do seu povo, não apenas suas características individuais. Tem uma missão quase impossível a cumprir, o que destaca suas qualidades ao longo de uma narrativa, na qual suas dificuldades são extraordinárias. No modernismo, o poema Mensagem, de 1934, o poeta português Fernando Pessoa, com métrica e rima, regata o heroísmo e a grandeza de Portugal no período dos Descobrimentos, numa crítica à decadência da elite de sua época.

    Publicado oficialmente no México, em 1950, e clandestinamente no Chile, no mesmo ano, Canto Geral, de Pablo Neruda é outro poema épico. Escrito quando o poeta fugia do Chile para Argentina, pela Cordilheira dos Andes, os versos denunciam as injustiças históricas que os países da América Latina sofreram ao longo dos séculos. Vilões e heróis são reclassificados a partir da sua perspectiva.

    Escrito em Buenos Aires, em 1976, o Poema Sujo, de Ferreira Gullar, é outro exemplo de poema épico. Seus dois mil versos são uma espécie de ode à liberdade. O poeta já havia estado exilado em Moscou, em Santiago e em Lima. No Brasil, o regime militar implantado após o golpe de 1964 tinha autorização para enviar agentes dos serviços de segurança à Buenos Aires e capturar políticos oposicionistas. Temendo pela própria vida, Gullar trancou-se no apartamento onde morava, na Avenida Honório Pueryredon, em Buenos Aires, e escreveu o poema como se fosse um testamento, uma síntese do que pensava sobre a cultura e a vida.

    Mitos e heróis

    Teremos uma semana épica aqui no Brasil, na qual está se decidindo o nosso futuro, num embate entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), que pode se decidir no primeiro turno em favor do primeiro ou nos levar a um segundo turno imprevisível, não do ponto de vista eleitoral, mas institucional. Será uma semana tensa, de muitas agressões e estresse emocional. O mito de que o brasileiro é um “homem cordial” vem de um senso comum, desconstruído por Sérgio Buarque de Hollanda, em Raízes do Brasil. A expressão cordial é um “tipo ideal” que não indica apenas bons modos e gentileza, vem da palavra latina “cordis”, que significa coração. Segundo Buarque, o brasileiro precisa viver nos outros. A cordialidade muitas vezes é mera aparência, “detém-se na parte exterior, epidérmica, do indivíduo, podendo mesmo servir, quando necessário, de peça de resistência.” A nossa história mostra o quanto a política pode ser cruel.

    Lula e Bolsonaro são figuras mitológicas da política brasileira. O petista é o líder metalúrgico que chegou lá, passou o pão que o diabo amassou após deixar o poder e renasceu das cinzas, como fênix. O presidente é o “mito” que desafiou o sistema, construiu uma carreira política na contramão, lançou-se à disputa pelo comando do país com a cara e a coragem, sobreviveu ao atentado que o deixou entre a vida e a morte na reta final da campanha de 2018.

    Um tenta voltar ao poder, com o passivo dos escândalos de seu governo e um legado de realizações sociais. O outro tenta a reeleição, com uma agenda conservadora e o fardo de um governo desastrado, da falta de empatia e das suas grosserias misóginas. Encarnam o papel de herói e anti-herói, simultaneamente, para uma sociedade dividida entre “nós” e “eles”.

    Ulysses, o semideus grego da Ilíada de Homero tinha uma existência verdadeira, voltava para casa, tinha uma vida normal, até que a situação exigisse um gesto glorioso e individual. A filósofa judia alemã Hanna Arendt dizia que sua disposição de pensar, agir e falar politicamente pode mudar o curso na história. O herói pode ser um indivíduo comum que se insere e se destaca no mundo por meio do discurso, se move quando os outros estão paralisados. Precisa fazer aquilo que outro poderia ter feito, mas não fez — ou melhor, o que deixaram de fazer.

    Lula e Bolsonaro estão ancorados no passado, têm projetos antagônicos, populistas. Um é democrata, o outro é autoritário, mas vão decidir o futuro de todos nós.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/09/25/interna_politica,374031/nas-entrelinhas.shtml)

    Se a esperança é a última que morre, então o eleitor poderá virar o jogo!

  12. Miguel José Teixeira

    . . .”Nessa altura dos acontecimentos, vai ficando cada vez mais nítido o fato de que o ex-presidente, que volta a concorrer às eleições, é, sem dúvidas, o candidato do sistema ou, se quiserem, o preferido e ungido pelas forças do chamado “deep state”.”. . .

    “Deep state”
    (Circe Cunha e Manfil, Coluna VLO, 25/09/22)

    Primeiramente, é preciso entender o que vem a ser essa forma disforme de poder. Trata-se, na visão de estudiosos, de uma estrutura global e local, responsável tanto por pautas econômicas como sociais e políticas, e que, em certo sentido, priva os cidadãos de decisões vitais, enquanto exaure e dilapida todas as riquezas do país, transferindo esses bens diretamente para as mãos de um seleto grupo, formado, em sua maioria, por grandes corporações e entidades políticas com controle, incrustadas tanto nos Três Poderes de um Estado como em grandes corporações.

    É, em um sentido mais acurado, um governo invisível, composto por pessoas que devem fidelidade apenas a si próprios, descartando o povo, que, em tese, deveria ser o objeto da ação do Estado. A saída desse candidato, diretamente da prisão para a volta aos palanques políticos e eleitorais, não foi como se quer fazer acreditar, uma anistia do tipo política, concedida a um opositor, cujos crimes são especificamente de ordem política e ideológica.

    A recolocação desse verdadeiro peão, no tabuleiro do xadrez político, obedece a um conjunto de esquemas muito bem engendrados por essa espécie nova e nefasta de governo, que age com desenvoltura nos bastidores, usando luvas de pelica e indisfarçado talento de persuasão.

    O povo, em geral, não faz a mínima ideia do que vem ocorrendo nesses bastidores do poder, em que a política, em seu sentido literal, foi exilada para uma ilha distante. Talvez, nem mesmo o próprio candidato, incensado e tratado com todos os mimos, que o dinheiro possibilita, sabe o que ocorre atrás de si.

    Estão nesse jogo como marionetes à mercê dos marionetistas, esses sim, cientes do que fazem. Não chega a ser surpresa, diante de um personagem que, apanhado em diversas situações de corrupção, sempre afirmou nada saber o que estava acontecendo à sua volta. Até mesmo a bem estruturada desconstrução de toda exitosa Operação Lava Jato, uma possibilidade que, à época, parecia impossível, dado ao gigantesco conjunto de provas e delações, foi obra desse “deep state” ou Estado profundo, cuja sede de poder ninguém sabe, ao certo, onde está localizada.

    Infelizmente, o único personagem que por uns segundos pode agir para modificar essa verdadeira trama diabólica é o eleitor, ou aqueles que ainda não foram iludidos por parte das mídias sociais de informação ou que, de certa forma, ainda acreditam que a paralisação de todos os processos que respondia o citado candidato foi conduzida por instância inapropriada e sob o comando de um juiz parcial, que tinha como objetivo perseguir maldosamente essa alma pura e honesta, cuja as “prerrogativas” ou direitos especiais, por sua posição, o coloca acima das leis, com regalias, que somente o deep state pode conferir ao seus agentes.

    A frase que foi pronunciada:
    “Somos todos fantoches, Laurie. Eu sou apenas um fantoche que pode ver as cordas.” (Alan Moura)

    (Fonte: https://blogs.correiobraziliense.com.br/aricunha/deep-state/)

  13. Miguel José Teixeira

    “Agronegócio ‘fascista’ não cai na conversa petista”
    (Por Cláudio Humberto, DP, 25/09/22)

    Foi um tiro no pé tentativa de Lula, a menos de 10 dias da eleição, de fazer um afago no agronegócio brasileiro, elogiando o setor – no Canal Rural, do seu amigo do peito Joesley Batista – por sua importância para a economia. A lorota do “encantador de serpentes” foi vista como tal. Ninguém esquece que ele chamou o setor de “fascista” e do seu apoio e estímulo às invasões e destruição de propriedades feitas pelo MST.

    Peixe fora d’água
    Vice-presidente da federação da agricultura e pecuária de SP (Faesp), Tirso Meirelles diz ser “no mínimo estranho” ver Lula no Canal Rural.

    Não colou
    “Mais do que palavras, esperamos atitudes mais efetivas e concretas para mostrar que está revendo suas posições”, disse Meirelles.

    A verdade conhecida
    Depois de Lula dizer que MST só invade “terra improdutiva”, choveram imagens e vídeos de plantações destruídas e gado morto em invasões.

    Trabalho revolta
    Um setor como o agronegócio, que rala muito pelo país, sempre é alvo de pancadas de políticos conhecidos pela notória aversão ao trabalho.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/agronegocio-fascista-nao-cai-na-conversa-petista)

  14. Miguel José Teixeira

    . . .”Alegar que o voto útil é o caminho mais curto para derrotar Jair Bolsonaro é atribuir falsos valores à candidatura de Lula.”. . .

    Simplesmente, simples!

    “O voto útil para o Brasil”
    (Por Carlos Alexandre, Brasília-DF, CB, 24/09/22)

    Na reta final da eleição, ganhou volume a grita pelo voto útil, espécie de senha mágica que permitiria à disputa presidencial encerrar-se no próximo domingo, quando ocorrerá o primeiro turno de votação. Esse movimento se tornou ruidoso particularmente entre os eleitores — convictos ou convertidos — do líder nas pesquisas eleitorais, o petista Luiz Inácio Lula da Silva.

    A corrente pelo voto útil, entretanto, traz uma série de problemas. Se, por um lado, pode significar a derrota do projeto de reeleição do presidente Jair Bolsonaro, por outro, concede uma oportunidade ímpar a Lula da Silva apagar a “herança maldita” deixada pelos muitos erros acumulados nas gestões petistas. Nessa lista, vamos incluir os escândalos do mensalão e do petrolão, além de uma crise econômica calamitosa a partir de 2015.

    Alegar que o voto útil é o caminho mais curto para derrotar Jair Bolsonaro é atribuir falsos valores à candidatura de Lula. Outros candidatos também se apresentam como alternativa ao atual ocupante do Planalto. É precisamente no primeiro turno que o eleitor pode dar esse recado nas urnas. Em 30 de outubro, aí sim será o momento de decidir quem é o mais indicado para governar o país. Esse será o momento crucial, mais do que útil, para o Brasil.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/09/24/interna_politica,374002/brasilia-df.shtml)

    Acordem, Brasileiros! Antes que a mentira roube seus sonhos. . .

  15. Miguel José Teixeira

    Sniper

    A palavra da moda da imprensa tupiniquim. . .

    Além dos chiados, com as sílabas “ti” e “te”, “arrentche” tem que engolir palavras estrangeiras.

    “Serial killer foi abatchido por um sniper em Curitchiba. Em seguida “arrentche” mostrará mais detalhes!”

    E depois, ainda não entendemos porque temos o “nem um nem outro”. . .

    Hello, Zeca!

    https://www.youtube.com/watch?v=6LWzaFLAxuk

  16. Miguel José Teixeira

    Suprema deixa

    “Lewandowski diz a empresários que urnas são tão seguras quanto Pix e máquinas de calcular”

    (+em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2022/09/lewandowski-diz-a-empresarios-que-urnas-sao-tao-seguras-quanto-pix-e-maquinas-de-calcular.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newscolunista)

    Para quem rasgou a Constituição Federal para proteger a dilmaracutaia, uma afirmação dessa é a “deixa” para aumentar a desconfiança dos que já desconfiavam da segurança das urnas eletrônicas. . .

  17. Miguel José Teixeira

    Parodiando Hamlet, há algo de podre sob à toga

    No mesmo dia em que o presidente da República/candidato à reeleição afirma em discurso “devemos botar um ponto final nesse abuso que existe por parte de outro Poder”, referindo-se ao Judiciário, obviamente, seu filho zero 1, que deu o ponta pé inicial para a derrocada de sua gestão, tira da manga um magistrado que determina a censura de matérias jornalísticas contrárias à “famiglia”, em um grande portal da WEB.
    O desastre só não foi maior pois o supremo ministro, nomeado pelo presidente, também no mesmo dia, desatou o nó.

    Com filhos assim, bolsonaro não precisa de adversários!

    O tema, “imóveis dos bolsonaro adquiridos em espécie”, voltou ao debate e muitos estão entendendo que a atitude do zero 1, trata-se de uma confissão pública. . .

    Mais vale uma “rachadinha” na mão do que muitas em projetos futuros!

  18. Miguel José Teixeira

    O Matutildo que sabe que não existe “almoço grátis”, pergunta: quanto pagaremos por essa “cortesia” do tera milionário?

    “Musk conecta Amazônia à internet 4 meses depois”
    (Coluna CH, DP, 24/09/22)

    O ministro Fábio Faria (Comunicações) foi à Amazônia inaugurar uma obra que não se vê: a conexão à internet das escolas da região por meio da Starlink, prometida pelo empresário sul-africano Elon Musk. A surpresa das crianças com a novidade só não foi maior do que a com a velocidade do cumprimento da promessa. Foram quatro meses entre a visita de Musk ao Brasil, articulada por Faria, e a videochamada desta sexta (23) entre o empresário e estudantes usando a internet Starlink.

    Surpresa geral
    “Espero que vocês estejam gostando do sinal da internet”, disse Elon Musk ao conversar com as crianças pela tecnologia que ele criou.

    Missão cumprida
    Fábio Faria estava visivelmente emocionado e disse estar muito feliz de cumprir a promessa. “As crianças são o futuro do nosso país”, disse.

    Importância devida
    Presidente e chefe de operações da SpaceX, Gwynne Shotwell veio pessoalmente explicar às crianças o funcionamento do sistema Starlink.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/bolsonaro-tem-maior-media-semanal-em-pesquisas)

  19. Miguel José Teixeira

    “Piso da enfermagem: Senadores propõem tirar R$ 10 bi do orçamento secreto.”
    (Por André Borges, O Estadão, 23/09/22)
    . . .
    A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 22 foi protocolada nesta sexta-feira, 23, na secretaria geral do Senado, com a assinatura de 27 senadores. A ideia é que uma cifra de R$ 9,9 bilhões que foi inserida como orçamento secreto para a área de saúde em 2023 seja usada para bancar os custos com o piso salarial dos enfermeiros.
    . . .
    (+em: https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2022/09/23/piso-da-enfermagem-senadores-propoem-tirar-r-10-bi-do-orcamento-secreto.htm)

  20. Miguel José Teixeira

    . . .”Ex-governador considera “adoração” a político “coisa de povo idiota” e que campanha por voto útil é uma luta de “extermínio”. . .

    “Arma-se um grande estelionato eleitoral”
    (Entrevista de Ciro Gomes ao CB, 23/09/22)

    Para o presidenciável Ciro Gomes (PDT), o eleitor está diante de um grande estelionato eleitoral caso prevaleça a polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), conforme vêm apontando as pesquisas de intenção de votos. De acordo com Ciro, os dois não têm propostas para o país, daí porque o pedetista enfatizar ser o único na atual disputa que tem um plano para mudar a “tragédia econômica, e a tragédia de governança política, que só faz a corrupção mandar sempre no Brasil”.

    Na entrevista que concedeu à jornalista Denise Rothenburg, ontem, no CB.Poder — parceria entre o Correio e a TV Brasília —, Ciro insurgiu-se contra a campanha do voto útil em favor de Lula e a comparou a um projeto de aniquilação política. “Me sinto como um cara objeto de extermínio. Não tem respeito nem pudor, são nazistas mesmo”, afirmou, criticando também o PT. Para ele, o eleitor está desorientado “pelo ódio e pela paixão a votar contra o comunismo e contra o fascismo”. E deixou claro que o debate ideológico “não vai botar comida no prato”.

    Na apresentação do seu projeto para a economia, defendeu a taxação de grandes fortunas, de lucros e dividendos de empresas e acionistas e propôs a renegociação das dívidas dos cidadãos. “Vou pegar uma parte disso para diminuir os impostos da classe média e do povão, e vou aumentar os impostos sobre os super-ricos. Aqui está a chave para resolver a equação fiscal dos brasileiros”, prometeu. Leia a seguir os principais trechos da entrevista.

    O senhor promete resolver a vida de quem está com o nome no Serasa. Como o senhor vai fazer isso? E essa proposta vem acompanhada de uma educação financeira?
    Tenho um projeto nacional de desenvolvimento e as pessoas, às vezes, pensam que isso é uma proposta à parte. Não, nossa economia não cresce mais. Faz 11 anos que nós estamos crescendo quase zero. E o crescimento da economia vem de alguns fatores: o investimento privado, o investimento público e os caminhos da industrialização. Mas, fundamentalmente, 60% do crescimento da economia quando acontece vêm do consumo das famílias. Se as famílias consomem, o comércio vende mais, contrata mais gente, encomenda mais da indústria; a indústria contrata mais gente, compra mais matéria-prima, a traquitana da economia gira. De onde é que vem o consumo das famílias? Vem de emprego, renda, crédito. Emprego e renda vêm depois que a economia cresce e estão no pior momento de baixa. A renda brasileira está na pior série histórica, nosso salário mínimo é o pior das Américas — só ganha do da Venezuela — e o emprego está aí atolado em 10 milhões de pessoas desempregadas e 5 milhões no desalento. Fui lá no Serasa, foi lá estudar no SPC, etc., e encontrei 63 milhões de pessoas como legado do nacional-consumismo do PT. Que dívida é essa? R$ 4 mil por cabeça. Com o desconto que eu consigo, reduz essa dívida em 90%. Sabe o que é que dá isso? R$ 400. Chamo o Banco do Brasil e vou financiar via Banco do Brasil. Com isso restauro a condição do crédito popular e começo a ativar a economia para dizer de onde vêm os empregos que eu vou gerar.

    Todo mundo diz que é necessário um ajuste fiscal, que ainda não veio, e o Congresso tem um orçamento secreto, que consome os recursos que deveriam ir para as grandes obras. Como tratar disso, uma vez que o PDT é um partido pequeno?
    O ajuste fiscal disponível para o povo brasileiro estudar e apoiar, ou não, o único que tem é o meu. Só em linha com a melhor literatura, tem R$ 300 bilhões por ano para botar no caixa. R$ 70 bilhões acabam o déficit primário. E os R$ 230 bilhões, vou pegar uma parte disso para diminuir os impostos sobre a classe média e o povão, e vou aumentar os impostos sobre os super-ricos. Aqui está a chave para resolver a equação fiscal brasileira. O imposto sobre lucros e dividendos empresariais já cobrei quando fui ministro da Fazenda — e só Brasil, Estônia e Colômbia não cobram.

    E tem um projeto lá no Senado que o reestabelece…
    Vou cobrar, já propus, já cobrei quando fui ministro da Fazenda. Uma progressividade maior no Imposto de Renda, um corte de 20% nas renúncias fiscais. No Brasil, salmão, queijo suíço, filé mignon não pagam PIS/Cofins na cesta básica do povo. Tudo na base da fraude e da propina. Vou fazer um pente fino nessas renúncias fiscais e acho mais R$ 70 bilhões, cortando só 20%. Depois vou fazer um tributo sobre grandes fortunas moderado, 0,5% sobre os grandes patrimônios, na pessoa física, maiores do que R$ 20 milhões. Só 58 mil brasileiros, tamanha é a concentração de renda, serão afetados por esse tributo.

    Mas não corre o risco de essas pessoas levarem o que têm para fora do país e não pagar?
    Aí é que está: querem ver o satanás e não querem me ver na Presidência da República. Por que? Porque sei cobrar. A alíquota moderada de 0,5%, regulo o IOF que é 0,38%. Então, o camarada, para ir embora, tem que trocar real por dólar. Quando ele faz isso, paga 0,38 de alíquota no IOF. Eu regulo para 0,51 e, portanto, fica muito mais viável ficar aqui do que ir embora. Arrecado mais R$ 70 bilhões, R$ 80 bilhões. Aqui está a saída fiscal do Brasil, o problema é político. Têm duas alternativas do Brasil: fazer o que o (Fernando) Collor, o Fernando Henrique (Cardoso), Lula, Dilma (Rousseff), e (Michel) Temer fizeram. Foram cassados, presos ou saíram desmoralizados, como é um caso do PSDB. Collor governou com essa gente e foi cassado; FHC governou com essa gente e foi desmoralizado; Lula governou com essa gente e foi parar na cadeia; Dilma governou com essa gente e foi cassada; Temer governou com essa gente e foi preso; e Bolsonaro governou com essa gente e está desmoralizado. Não vou por esse caminho, só quero ser presidente do Brasil se for para outro caminho. Qual é o caminho? Propor, fazer com que o voto que é dado a mim seja dado às minhas ideias. Vou fazer um grande e generoso acordo com os governadores e prefeitos. Eu sou muito vivido, muito experiente.

    Já foi governador, já foi ministro da Fazenda, ministro da Integração Nacional…
    Conheço como é que funciona. Os deputados querem sobreviver, e isso é legítimo. Tem a parte da corrupção, que eu vou enfrentar com a polícia — isso aí é simples. Mas quero dizer que a maioria não quer roubar, quer sobreviver. E, infelizmente ou felizmente, nosso povo julga o bom deputado não pelo voto dele a favor da reforma, mas pela escolinha para a comunidade, um ponto de calçamento — e compreendo isso.

    Mas fazem isso com emendas.
    Vou acabar com as emendas. A emenda do relator acaba no primeiro dia; acaba a roubalheira, acaba o “toma lá dá cá”, acaba a transformação da Presidência da República em esconderijo de ladrão, como é hoje, esses presidentes todos. E vou negociar um generoso acordo de governadores e prefeitos. Porque os deputados sabem que a sobrevivência deles pode ser garantida pelos prefeitos e governadores. O que que dou em troca? Vou renegociar todas as dívidas dos estados e municípios — e, hoje, 23 dos 27 estados estão quebrados. Sabe quanto é? R$ 600 bilhões é a dívida total dos estados. Sabe quanto é a dívida pública toda? R$ 7,8 trilhões, menos de 10%. Não estou propondo perdoar. Estou propondo o que os americanos chamam de asset liability management, que é para poder eu falar para a Faria Lima e tal. Vou rolar essa dívida. Nos quatro anos do meu governo, pego o que vai vencer nesses quatro anos e capitalizo para o fim. Vou deixar essa prestação na mão do governador em troca de um projeto de investimentos, que vai gerar emprego, que vai ativar a economia, e vai me permitir negociar no atacado e não no “toma lá dá cá” com os deputados. Persistindo o impasse, plebiscito popular. O deputado está se sentindo muito desconfortável, tem muita pressão? Me dá a autorização e consulto diretamente o povo, o que o mundo inteiro faz.

    O senhor vai enfrentar os bancos e as taxas impossíveis para o cidadão, para o trabalhador, para o empreendedor, para o empresário?
    Vou, não pelo prazer de brigar. Essa é a chave para a gente entender, e o problema é que esse sistema financeiro comprou, subornou o processo político. Você vê uma briga violenta de Lula e Bolsonaro, e os dois têm compromisso com o mesmo modelo de governança política. Acham que estou criticando; estou examinando as coisas, que é o papel do político em campanha. O Lula deu o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para o Valdemar Costa Neto roubar. Ele foi preso e condenado no Mensalão. E, hoje, o Valdemar é presidente do partido do Bolsonaro. Esse modelo de governança política é desastroso e já examinamos. E na economia? Câmbio flutuante, meta de inflação, teto de gastos, autonomia do Banco Central, política de preços da Petrobras. Lula se comprometeu a manter a diretoria do Banco Central do Bolsonaro. Ora, isso quer dizer que juro, imposto, câmbio, tudo vai ficar igual. Ele já disse que não vai fazer reforma tributária e quer mudar o Brasil. Mudar como?

    Ele não apresentou a proposta econômica ainda.
    Tem proposta nenhuma. Mas aquilo que interessa, que é o comprometimento dele, estava lá o (Henrique) Meirelles. Entre Meirelles e (Guilherme) Boulos, você acha que qual dos dois está sendo enganado? Claro que o Boulos, que é um patinho, manipulado. O Meirelles é o homem do modelo econômico, do teto de gastos. Está se produzindo o maior estelionato eleitoral da história. Como fazer para resolver esse problema dos bancos? São dois movimentos, um de curto e um de médio prazo. O de curto é um trato de descartelização. Enquanto faz retórica de esquerda, o PT concentrou na mão de cinco bancos 85% das transações financeiras. Só para o brasileiro saber: nos Estados Unidos, cinco mil bancos concorrem entre si. E quem ganha? O freguês. A tarifa é baixa, os serviços são qualificados, respeita o usuário, respeita o consumidor e o juro cai. No Brasil são cinco bancos e quatro deles estão entre os mais lucrativos do planeta. Preciso descartelizar isso. Tira a Caixa Econômica e o Banco do Brasil no primeiro dia. Porque, hoje, o BB e a Caixa fazem parte do cartel porque é promiscuidade o tempo inteiro.

    E continuam bancos públicos?
    Vão competir em bases profissionais, vão ganhar dinheiro. Vou agravar a competição no primeiro dia, estimular muito as fintechs, facilitar a normatização disso e aumentar muito fortemente a concorrência bancária. Por que os juros brasileiros são, há 30 anos, o mais alto do mundo? Fundamentalmente, essa coisa de cartel, mas a outra razão é que o governo brasileiro é desequilibrado. Se tenho uma grande demanda para financiar a dívida pública, o preço da dinheiro, que é o juro, sobe. Se fizer um conserto da conta pública, de forma que o governo não precise mais ir ao mercado todo dia para fechar sua conta, o preço do dinheiro — que é o juro — cai consistentemente.

    Em relação aos servidores públicos, o que eles podem esperar de um possível governo Ciro?
    Primeiro, respeito e diálogo. Fui prefeito e governador e o que fiz? Mostrei que não era patrão de ninguém, que era apenas um gerente de uma grande orquestra e tinha que qualificar, ao máximo, o serviço que o nosso povo, pagante dos impostos, espera de nós. Eles querem aumentar salário, querem melhorar as condições de trabalho, e isso é humano para um cara que tem histórico de classe média como eu. Mas o dinheiro nem sempre dá. Então, em vez de reprimir, criei um fórum permanente de negociação. Todas as entidades dos servidores vão fazer parte disso. As primeiras reuniões, eu, pessoalmente, como presidente da Republica, vou dirigir. E estabelecer critérios, porque se não dá para resolver a vida de todo mundo de uma vez só, e isso tem razoabilidade, vamos fazer uma escala de prioridade. Vai a polícia agora, vai o médico depois, vai o professor antes. Porém, a grande questão do servidor é que nós temos que fazer um esforço de digitalizar o governo. O Brasil é um governo analógico: muito papel, burocracia, fragilidade, desapreço ao usuário. Vou digitalizar radicalmente o governo. Todo relacionamento possível que a sociedade precisar ter com o governo vai ser simplificado e vai ser feito de casa, pela internet. O usuário será convidado a avaliar o desempenho do serviço público e, com bom desempenho, será premiado.

    Mas, antes o senhor tem que vencer as eleições. Como o senhor fará para levar as pessoas a acreditarem na sua campanha?
    Sou um abolicionista numa terra de uma elite escravocrata. Não sou candidato porque é fácil ou simples. Sou um candidato contra o sistema, concretamente. O Brasil é um paraíso fiscal dos super ricos, é o país que mais paga juros. Quatro dos 10 bancos mais lucrativos do mundo são do Brasil e eles compraram o sistema político. Se você botar a briga do Lula com Bolsonaro é para ver quem pega na manivela. Bolsonaro é um malcriado, bruto, grosseiro, facistóide. Lula é uma pessoa mais afável, mais delicada. Porém, passou daí, é tudo igual. Modelo de governança política, modelo de economia, rigorosamente a mesma coisa. Quero mudar, sou o único que está contestando o sistema, que tem uma proposta com começo, meio e fim; o único que diz de onde vem o dinheiro, o único que dá ao povo a cara para bater. A turma vai querer o meu fígado. Prefere o sistema, o satanás, do que eu ser o presidente do Brasil. Estou propondo uma revolução. Espero, ainda, muito, ter o apoio da imensa maioria do povo brasileiro. Estou fazendo o que faz um bom centroavante: me desloco, atraio o marcador, chamo a bola, saio do impedimento. Se me passar a bola, o gol vai ser de placa. Se não passar, vou dar aquela tradicional entrevista: “Dei o melhor de mim, para o time, a nossa equipe”.

    Tudo seria nos primeiros seis meses?
    Tudo. Vou energizar a política da eleição. Será uma revolução. Contra tudo e contra todos, contra pesquisa, contra não sei o quê. Daqui para o dia 2 todos os endividados levantarão, todos os humilhados, todos os que consideram a corrupção um câncer. “Vou dar uma chance para esse cara aí”. Imagina a revolução que vai acontecer.

    Mas, antes disso, tem o voto útil. Há essa pregação aí e como o senhor vai explicar que não é assim?
    O poder corruptor do Lula é uma coisa que não tem limite, ficou uma pessoa que não conheço mais. Um cara que tenho uma amizade respeitosa há 30, 40 anos, mas virou um corruptor sem reserva nem limite. Vamos raciocinar juntos: por que botamos na Constituição o sistema de dois turnos? Porque o constituinte conhece o Brasil. O Brasil tem muitas ideias, muitas escolas políticas, muita liderança fragmentada. O primeiro turno é para quê? Para que cada corrente se apresente no debate e a democracia revele o tamanho dessa ou daquela corrente. Suponha que o grande critério seja “não aceito corrupção na política”. “Não aceito esse modelo econômico que faz os juros serem os mais caros do mundo” — é outro critério. Represento essas grandes maiorias, desorientadas pelo ódio, pela paixão, para votar contra o fascismo contra o comunismo. Lula e Bolsonaro são as duas faces da mesma moeda. É o sistema nos colocando para brigar para ver quem segura a manivela. Lula é o cara da boa conversa, da simpatia; Bolsonaro é o truculento, o bruto, o facistoide. Eu sei diferenciar, mas não é isso que vai colocar comida no prato. Adorar político é coisa de povo idiota; nenhuma nação do mundo adora político. Político tem que ser olhado com desconfiança. Bota o pezinho atrás, faz o cara fazer uma análise, olha de onde ele veio. Isso é o primeiro turno, os que são mais votados vão para o segundo. E os outros, fazem o quê? Cobrar as promessas, criticar as mentiras e incoerências. O fascismo petista que esmagar esse debate, aniquilar a oposição, aniquilar a voz — e é a minha voz. Repare: não fazem essa campanha sórdida com os eleitores da Simone (Tebet). Por que? A Simone, sendo uma pessoa respeitada, é comprometida com o modelo também.

    Eles tentam fechar a eleição no primeiro turno.
    Democracia, se você acerta o voto, é ganho de voto; se erra, você se ferra. Disse em 2018: “A solução para a tragédia do Lula e do PT não é o (Fernando) Haddad, que acabou de perder a reeleição em São Paulo. Esse é mais do mesmo, tem compromisso com a corrupção orgânica, com a quadrilha que se transformou a direção do PT. E o Bolsonaro é mentira, nunca foi moralizador de nada. Roubava dinheiro da gasolina do gabinete”. O sistema conseguiu empacotar o Bolsonaro como moralizador da esculhambação do PT e eu estou aqui, limpo, respeitado. Nunca respondi a inquérito. E o povo que decida se é melhor repetir mais do mesmo.

    Na conversa que o senhor teve com os embaixadores, qual é a principal preocupação da União Europeia?
    Perguntam se creio que é possível acontecer um golpe militar no Brasil. Disse a eles que não, que isso está na paranoia do Bolsonaro — e o Lula usa para que ninguém discuta corrupção ou por que 70% dos brasileiros votaram no Bolsonaro. Bolsonaro tirou 70% dos votos no Centro-Oeste, onde está o Distrito Federal. Sudeste e Sul, quase 70%. Foi porque tinha uma obra? Não. Porque tinha uma proposta? Não. Votou para protestar contra a corrupção generalizada que virou modelo de poder de Lula e do PT, mais a gravíssima crise econômica que produziram. Falo das propostas de renegociação da dívida: isso nasceu com a política de expansão do consumo do Lula. Expandiu o crediário de 15% para 52% do PIB, todo mundo foi para o crediário. Todo mundo lembra que podia comprar um microondas no tempo do Lula. O que as pessoas esquecem é que a letrinha pequenininha era o Lula mandando a mais alta taxa de juros do mundo. Veio a ressaca do governo do PT com a Dilma e aquele crédito farto e generoso virou humilhação das pessoas no SPC. Mais do mesmo só dá o mesmo.

    O que o senhor vai fazer para a cultura?
    Para mim é essencial, porque define muito mais coisa do que o mecenato e a estética. Define a identidade nacional. Por isso, vou recriar o Ministério da Cultura e vou fazer do orçamento de fomento à cultura o maior da história. Essa é a minha tradição. Fiz o Complexo do Dragão do Mar, no Ceará, e o (senador) Tasso (Jereissati) inaugurou. Fiz com uma estrutura de fomento de escola de artes, de ofícios, etc., além de formação de plateia. Tenho muita intimidade com esse assunto. E, basicamente, precisamos dar um passo adiante nas leis de fomento porque foram adulteradas ao longo do tempo — e, praticamente, só financiam as expressões estéticas e culturais de retorno comercial. Precisamos fomentar o experimentalismo estético, artístico e cultural. Temos que chegar na periferia, onde há uma explosão de iniciativas — hip hop, grafite, coisas que tenho visitado. Quero fazer um fundo nacional de cultura adaptado para que uma fração desse dinheiro seja para essas expressões, e não de retorno comercial. Essa é a meta do meu projeto e será o maior orçamento de fomento à cultura da história do Brasil, que está se desestruturando como identidade nacional. Nossos hábitos de alimento, de vestir, nosso sotaque está se pasteurizando. Quero, inclusive, fazer com que as redes nacionais comecem a, forçosamente, por lei, a abrir nichos crescentes e graduais de produção local. Tanto de noticiário quanto de produção cultural para restaurar as nossas diversas identidades nacionais, a expressão de um Brasil regional, que é extraordinariamente lindo. Estive nas comemorações do acampamento Farroupilha: aquilo é uma preciosidade que vai ser extinta se a gente não proteger essas coisas todas. Parintins, uma festa que o mundo inteiro admira, poucos brasileiros conhecem… Quero criar essa dinâmica de regionalização da produção cultural e jornalística, como também vou financiar cooperativas culturais de jornalistas para disseminar a democratização da informação. A regulação da mídia que Lula propõe é uma aberração que não aceito.

    Para que a população possa ter acesso à bebida, à carne de qualidade para o churrasco, o que o senhor vai fazer concretamente?
    Cerveja e picanha não é conversa fiada do Lula, é consequência de uma pequena sobra no rendimento do trabalho. Estou com uma proposta que é muito audaciosa, mas também diz de onde vem o dinheiro. Primeiro, quero banir a pobreza do lar de 24 milhões de famílias, que é onde ela está hoje. Como fazer? Qual é a definição de pobreza sobre política individual? Rendimento igual ou inferior a R$ 471 por cabeça dentro do domicílio, por mês. Achei 24,3 milhões de famílias e criei, então, o Programa de Renda Mínima, que dei o nome do (ex-senador) Eduardo Suplicy porque não gosto de copiar proposta dos outros e fazer homenagem. O Suplicy é o campeão desse programa de renda mínima e, por causa dele, me dediquei a estudar e a viabilizar esse programa que estou propondo agora. A ideia é que, dentro de uma família, vamos supor, uma pessoa ganha um salário mínimo com carteira assinada — R$ 1,2 mil. Porém, tem mulher e três filhos. Significa que quem ganha R$ 1,2 mil e três bocas não ganham nada. R$ 1,2 mil dividido por quatro dá R$ 300. Portanto, R$ 172 para cada pessoa dessa atingir a linha de pobreza. O programa vai dar esses R$ 172 e, portanto, ele é flexível. Não é como o Bolsa Família nem como o Auxílio Brasil, porque vale para todo mundo dentro do Cad-Único. Como se financia isso? Pegando todos os programas de transferência de renda — Auxílio Brasil, aposentadoria rural, BPC, sempre garantindo que ninguém perde nada. Quero vincular a arrecadação do imposto sobre grandes fortunas de 0,5% sobre os patrimônios, na pessoa física, iguais ou maiores a R$ 20 milhões, de maneira que cada super rico no Brasil vai financiar o fim da pobreza de 871 brasileiros no mês. Isso permite que fome e necessidades básicas sejam extintas. Tudo mais que o cidadão ganhar, aí será para a cervejinha.

    Gustavo Petro, presidente da Colômbia — país grande produtor de cocaína — conclamou os países da América Latina, na Assembleia Geral da ONU, a acabar com a guerra contra as drogas. O senhor entrará nisso se eleito?
    Sim, porém entro com as cautelas necessárias da brasilidade que amo e a qual pertenço. Esse é um assunto que a humanidade não conseguiu resolver. Tolerância zero não funcionou, a guerra contra as drogas virou uma tragédia. Quando Lula tomou posse, o Brasil tinha 280 mil pessoas no sistema penitenciário. Ele inventou uma lei, copiada nos americanos, a Lei 13.343, que é a guerra contra as drogas no Brasil. Criminaliza o “avião”, um menino que não cometeu nenhuma violência e caiu na ilusão de pegar uma renda para levar um pacotinho de cocaína, uma trouxinha de maconha ou uma pedra de crack. Sabe qual é a população carcerária brasileira a partir desta lei? Um milhão e 200 mil pessoas, quase todos pobres, negros e jovens. Está errado porque essa meninada não cometeu violência no primeiro ato, mas foi condenada para fazer de conta que as autoridades estão atuando no território. O traficante não mora na periferia: mora nos salões ricos da zona sul do Rio, na Paulista, nos Pinheiros, em São Paulo, na Aldeota, em Fortaleza. Moram nos grandes condomínios. Esse menino não cometeu violência, mas entrou no presídio, tem que se filiar às facções criminosas, que hoje dominam as periferias do Brasil. Vou fazer o que: transformar em federal o enfrentamento às facções criminosas — e da ferramentaria de lavagem de dinheiro, com algoritmo, com tecnologia, que vem basicamente do tráfico de armas e de drogas. Porém, vou participar desse debate mundial de que esse enfrentamento tosco, reprimindo a meninada, falhou. A gente tem que fazer esse diálogo com muita paciência, muita humildade, muito respeito, ouvir os especialistas, ouvir os líderes religiosos, ouvir as vítimas. As mães estão apavoradas com a destruição das famílias pelo narcotráfico, pela dependência química — é um debate que não tem ponto de chegada, só de partida. Portugal pegou especialistas e definiu quanto é a quantidade de cada droga que um dependente químico precisa para usar por uma semana. Se alguém for pego na rua com essa quantidade, que os especialistas definiram como a necessária e suficiente para o adicto, aquilo é problema de saúde pública.

    Mas não tem que livrar a pessoa da dependência?
    Tem uma grande discussão, que é a dependência e a vontade voluntária de sair e a internação compulsória. Sou contra a internação compulsória e fiz muita internação voluntária, eu mesmo, como voluntário nas madrugadas. Nunca falei isso para ninguém. Por uma decisão pessoal, resolvi, em muitas madrugadas em Fortaleza, sair com meu carro, sozinho, e pegar pessoas arrebentadas na rua e dar de comer, levar para tomar um banho e perguntar se queria sair. Levei muitos para comunidades terapêuticas, muitos. Consegui ajudar muitos e fracassei em muitos outros também. Tenho intimidade: o assunto é grave, é delicado e não tem solução mágica.

    O que o senhor fará caso perca as eleições, já que disse que será a última campanha presidencial que disputa?
    Brinquei, ontem (quarta-feira), com uma colega sua, que falava em defender em trança e linha, e atacar em ziguezague. Disse que era segredo, mas não é — é uma brincadeira que faço. Vou trabalhar, acordar cedo. Hoje (ontem), acordei às 5h, peguei um avião em São Paulo, desci em Brasília, me encontrei com embaixadores, vim aqui, vou dar uma entrevista daqui a pouco, e vou dormir em São Paulo. Amanhã (hoje), me preparo para o debate e vou fazer o que posso fazer com paz no coração. Estou muito chocado com a falta de escrúpulo do Lula e do PT, estou muito chocado, é impressionante. Me sinto como um cara objeto de extermínio. Eles não querem me derrotar: querem me exterminar. Quase 40 anos de ajudar de vagabundos, quase 40 anos de ajuda para eles e não houve uma parada. Quando o filho do Lula se enrolou no esquema da GameCorp — nunca contei isso pra ninguém —, fui lá ver o que podia fazer. Não tem respeito, nem pudor. São nazistas mesmo e ficam acusando o Bolsonaro de fascista, que é também.

    O que esperar desta reta final de campanha?
    Temos mais 10 dias. Eleitor: bote a mão na cabeça, bote a mão na cabeça, e pare para pensar. Qual é o prejuízo que tem para você, que é brasileiro, que está humilhado no SPC, que está humilhado com o desemprego, está humilhado na informalidade? Qual é o prejuízo para você, de dar um voto a quem você se identifica, que está falando dos seus problemas? Que está propondo, concretamente, soluções? O Centrão está dizendo que não tem chance? Estão dizendo que você não pode sonhar. Ele quer que você abra mão do seu sonho, porque o seu sonho é difícil. O meu sonho é mudar o Brasil. Me ajuda.

    Participaram da cobertura Taísa Medeiros, Victor Correia, Henrique Lessa e Raphael Pati, estagiário sob a supervisão de Fabio Grecchi

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/cadernos/politica/capa_politica/)

  21. Miguel José Teixeira

    . . .”Trata-se de uma versão modernizada do famigerado mensalão, que consistia na compra de votos pelo governo.”. . .

    “Olhos vesgos”
    (Circe Cunha, Coluna VLO, DP, 23/09/22)

    Insensibilidade e indiferença profundas, diante da dura realidade nacional, talvez sejam o traço mais forte e negativo a caracterizar a personalidade de nossas elites políticas, desde sempre. De fato, esses senhores veem o país com os únicos olhos que têm e que traduzem o mundo exterior, de acordo com a alma mesquinha abrigada em seus corpos. De outra forma, como entender o comportamento perdulário que apresentam, mesmo frente a tantos problemas econômicos vividos pela população, que, em última análise, representam também seus fiéis eleitores?

    A explicação pode estar, justamente, bem debaixo de nossos olhos. O dinheiro que torram e que lhe foi confiado pelos cidadãos, são recursos públicos, que escorrem em grande quantidade por entre os dedos como areia fina. Na verdade, esse dinheiro, retirado à fórceps dos contribuintes, graças a uma das maiores e mais escorchantes cargas tributárias do planeta, faz falta onde devia ser empregado de fato. Mas, ainda assim, é retirado de quem menos pode para ser entregue àqueles que tudo podem.

    Detalhes como esses e que dizem respeito as agruras experimentadas pela maioria da população, não parecem comover ninguém. Foto recente, retratando um desses muitos eventos em que os áulicos comemoram suas vitórias pessoais na capital do país, chama a atenção, para os que querem enxergar, a sinistra troca de olhares que esses personagens parecem estabelecer entre si e que os fazem irmanados num mesmo grupo, o Centrão, empenhados nos mesmos projetos e propósitos, que nada dizem respeito ao resto da população.

    Apenas em posse dessa foto e sabedor do que fazem no Congresso, como é caso aqui do chamado orçamento secreto, seria possível a qualquer juiz justo, condenar a todos, sem perdão. Criado por volta de 2020, o orçamento secreto, ou emendas do relator, cujos critérios de transparência e de prestação de contas simplesmente inexistem, vieram se somar a outras verbas bilionárias ou emendas ao orçamento da União já existentes, como os casos das emendas individuais, de bancada e de comissões.

    São justamente as emendas de relator ou secretas, e que passam muito longe do faro das instituições de controle, que possibilitam os mais esdrúxulos acordos políticos, em sua maioria até antirrepublicanos. Mas é esse o preço a ser pago pelo chamado presidencialismo de coalizão que, nesse caso, está mais próximo ao presidencialismo de cooptação. Trata-se de uma versão modernizada do famigerado mensalão, que consistia na compra de votos pelo governo. A situação chegou a tal paroxismo, que impedir esse tipo de emenda, inviabilizaria todo o governo. Para alguns, trata-se de uma chantagem pura e simples e que tem as bênçãos e apoio do Centrão.

    Mesmo com um orçamento da União curto, o governo acabou pressionado a cortar dotações, por exemplo, do Programa Farmácia Popular para suplementar o orçamento secreto e, assim, não contrariar o Centrão. É esse o jeito que as nossas elites no poder conseguem enxergar as políticas públicas, olhando-as a partir dos seus olhos vesgos.

    A frase que foi pronunciada
    “Por onde o secreto anda, o diabo dança.” (Ariano Suassuna, enquanto dá uma olhadinha para o planeta Brasil)

    Inacreditável
    São tantos impostos que chegavam a ser brincadeira dizer que, daqui a pouco, seria cobrado o ar que você respira. O ar, ainda não. Mas a luz do sol, sim. Quem instalar painéis fotovoltaicos para ter uma redução na conta de luz, será abraçado pela “taxação do sol”, que entrará em vigor a partir do próximo ano.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/09/23/interna_opiniao,373930/visto-lido-e-ouvido.shtml)

    Taxação do sol!!!

    “Pare O Mundo Que Eu Quero Descer”

    https://www.youtube.com/watch?v=8PEcB1OaaEQ

  22. Miguel José Teixeira

    “De uma clePTocracia de fato para uma clePTocracia de direito”

    (O autor do texto, Modesto Carvalhosa, é advogado e autor de “Uma nova constituição para o Brasil: de um país de privilégios para uma nação de oportunidades”.)

    A prometida volta ao passado feliz proclamada pelo lulopetismo traz consigo também outro passado: o velho hábito de roubar do erário tudo o que for possível. . .

    Caso você esteja pensando em dar seu voto útil, não deixe de ler o artigo:

    (+em: https://mais.oantagonista.uol.com.br/#/crusoe/de-uma-cleptocracia-de-fato-para-uma-cleptocracia-de-direito/?utm_campaign=SEX_MANHA&utm_content=link-838936&utm_medium=email&utm_source=oa-email)

    E lembre-se: se você der seu voto útil à um candidato inútil, inútil tornar-se-á seu voto!

  23. Miguel José Teixeira

    3 drops da Coluna CH, DP, 23/09/22 e bedelhadas do bedelhudo Matutildo:

    “Fonte de custeio”
    O STF suspendeu o piso dos enfermeiros sem apontar a fonte de custeio para o próprio aumento, de custo bilionário para quem paga impostos. Ali, os salários serão dez vezes maiores que o piso dos enfermeiros.

    BBM: os rabos presos do Congresso Nacional que tratem de “se virar nos trinta” para achar a fonte de custeio do supremo aumento. Senão. . .

    Cenas do crime
    Se “voltar à cena do crime”, como definiu o vice Geral Alckmin, o petista Lula promete fazer mais do mesmo e desfazer conquistas positivas da sociedade como teto de gastos, reforma trabalhista, privatizações. E quer recriar ministérios como o da Previdência, fontes da corrupção petista.

    BBM: e agora, orientado pelos togadões que “se-locupletaram-se” com a roubalheira anterior.

    São uns artistas
    Há pessoas que alimentam tanto fascínio pelo poder que, certa vez, ao ser solicitado pelo juiz Ademar Silva Vasconcelos, em Planaltina (DF), a informar sua ocupação, o réu tascou: “deputado distrital não eleito”.

    BBM: o que vai ter de “deputado estadual não eleito” na região, não está no gibi!!!

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/doacoes-milionarias-dobram-em-uma-semana)

  24. Miguel José Teixeira

    Literalmente, concordo com ele em gênero, número e grau!

    “Zema, sobre PT: “É o que há de pior na política no Brasil”
    (Redação O Antagonista, 22/09/22

    Governador de Minas Gerais e candidato à reeleição, Romeu Zema (Novo) voltou a criticar o PT. Questionado pela Folha de S. Paulo sobre um possível apoio a Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno, Zema (foto) evitou confirmar que estará ao lado do presidente na disputa, mas disse com que não pretende estar: “Apoiar o PT te adianto que não apoiarei”.

    “Para mim é o que há de pior na política no Brasil. […] Temos que lembrar que quem arrasou Minas Gerais foi o PT do [ex-governador Fernando] Pimentel. A última coisa que eu, como mineiro, desejava era um governo PT em Minas e também no Brasil”, acrescentou o governador, que, como mostramos, deve declarar apoio oficialmente a Bolsonaro somente num eventual segundo turno.

    Sobre a gestão de Jair Bolsonaro, Zema afirmou que o governo federal “tem causado polêmicas desnecessárias”, mas mencionou que houve avanço no combate à corrupção.

    “A pandemia poderia ter sido mais bem conduzida, de forma centralizada. Pandemia é hora de correr atrás de salvar vidas e curar pessoas, e não de causar polêmicas. Parece que o governo federal tem causado polêmicas desnecessárias. E por uma questão de fidelidade partidária estou apoiando o candidato do Novo [Felipe D’Ávila]. Falei isso para ele [Bolsonaro]: continuo apoiando e admirando parte do seu governo. Se pegarmos corrupção no PT e corrupção hoje, acabou não. Mas acho que deve estar 90% a 95% menor do que na era PT. É um avanço notável.”

    (Fonte: https://oantagonista.uol.com.br/brasil/zema-sobre-pt-e-o-que-ha-de-pior-na-politica-no-brasil/?utm_campaign=QUI_TARDE&utm_content=link-838439&utm_medium=email&utm_source=oa-email)

  25. Miguel José Teixeira

    Eis a minha última decepção política:

    “Tabata Amaral pede voto útil em Lula para evitar segundo turno ‘tumultuado’.”

    (+em: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2022/09/22/tabata-amaral-pede-voto-util-em-lula-para-evitar-segundo-turno-tumultuado.htm)

    Se o objetivo e evitar tumulto no segundo turno, porque não votarmos já no Bolsonaro?

    Dentro das 4 linhas, bolsonaro terá só mais 4 anos de mandato.

    Já o ex presidiário lula. . .”óbcecadu pelu pudê”, logo, logo perguntará ao STF: não sai um terceiro mandato aí?

    1. Miguel José Teixeira

      Ooops. . .onde se lê última decepção, leia-se a mais recente decepção. Pois a última, só ocorrerá quando eu deixar de sonhar!

  26. Miguel José Teixeira

    “Em decisão histórica, STF obriga municípios a garantir vagas em creches”
    (Rute Pina, De Universa, em São Paulo, 22/09/22)

    Em consenso, o plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu, nesta quarta-feira (22), que o Estado tem o dever constitucional de assegurar o direito à creche e pré-escola a crianças de 0 a 5 anos. Ou seja, os municípios não podem negar matrícula dizendo que há indisponibilidade de vagas.

    Os ministros também rejeitaram a tese inicial do relator, o ministro Luiz Fux, que colocaria a condição de que a família teria que comprovar que não poderia pagar por uma creche na rede particular — o que era considerado um retrocesso por especialistas. Após voto dos colegas, Fux retirou a tese da comprovação financeira. “A educação básica em todas as suas fases — infantil, fundamental e médio — constitui direito fundamental de todas as crianças e jovens, assegurando normas constitucionais”, decidiram os ministros.

    Julgamento de paradigma
    O caso teve início em 2008 quando uma mãe não encontrou vaga para seu filho na rede pública na cidade de Criciúma (SC). A situação da criança foi resolvida (ela foi atendida e conseguiu a vaga na creche), mas o município entrou com um recurso, alegando que o Judiciário não poderia interferir nas atribuições do Executivo e impor a destinação dos recursos.

    O julgamento começou dia 8 de setembro e analisou um recurso do município, que alegou que não teria a obrigação de ofertar a vaga na creche — que no Brasil não é uma etapa obrigatória na vida escolar — e que poderia ofertar vagas na medida de seus recursos e orçamento. O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), por outro lado, entrou com uma ação contra o município, afirmando que a educação infantil é um direito universal e constitucional.

    O STF usou o caso para decidir sobre situações semelhantes no país. “Não era mais só o caso isolado da criança, mas sobre o tema do direito à creche e pré-escola. Este caso foi escolhido para ser o julgamento de paradigma, como é uma ação que vai ter repercussão geral em outros processos”, explica o promotor de Justiça João Luiz de Carvalho Botega, coordenador do centro de apoio operacional da infância e juventude e educação do MPSC. “Ações de mães contra os municípios — através das defensorias, Ministério Público ou advogados particulares — para garantir vaga em creches mediante negativa são muito comuns. Essa decisão impacta em ações em todo o país.”

    O promotor pontua que os municípios se esquivam da obrigação dizendo que não é a etapa obrigatória. “Mas, na nossa interpretação, é facultativo os pais decidirem se querem matricular ou não seus filhos, não para o município fornecer ou não a vaga. Se a família decidir que quer incluir a criança na creche, o município tem que fornecer essa vaga compulsoriamente.”

    Educação deve ser direito universal
    A ministra Rosa Weber argumentou a creche como direito público subjetivo e dever do Estado. “Não é permitido ao poder público permanecer inerte e omisso”, disse.

    Esta também é a opinião da advogada Marta Volpi, assessora de políticas públicas da Fundação Abrinq, entidade que atua na garantia dos direitos dos adolescentes e crianças e que participou do processo como amicus curiae (“amigo da corte”). “Estamos falando de uma política universal. É um direito da criança ter acesso a esse serviço. O fato de ter opções privadas não desonera o Estado dessa obrigação”, diz.

    O posto no plano nacional de educação colocou a meta de que, até 2024, metade das crianças na faixa etária de 0 a 5 anos estejam matriculadas na educação infantil. Entre as famílias mais pobres, apenas 24,4% das crianças de até 3 anos de idade frequentam creches no país. Ou seja, uma a cada quatro.

    A especialista pontua que já foi provado que é fundamental para o desenvolvimento da criança na primeira infância.”A luta histórica é por mais inclusão das crianças na educação infantil, que foi entendida como educação e saiu do lugar de apenas assistência, como somente um espaço de cuidado enquanto os pais trabalham e passamos a olhar como uma fase educacional.”

    Arrecadação de recursos ainda é desafio

    Mesmo com a decisão do STF em garantir a matrícula, os recursos ainda são o grande desafio para o país chegar à meta. “De fato, o município tem a responsabilidade das ações, mas é o ente que menos arrecada. Precisamos corrigir isso e descentralizar o recurso”, diz Marta Volpi. “Mas o município não pode apenas saber das dificuldades e dizer que lamenta por aqueles que não foram alcançados na política”, completa.

    “Mas isso é outro debate. Existe a discussão se aumenta arrecadação ou distribui melhor. Mas não dá para a criança ser prejudicada por isso, precisamos garantir esses direitos que o Brasil se comprometeu.”

    O promotor João Botega concorda com a visão da advogada. “Este julgamento é só um passo. Precisamos avançar no direito de todas as crianças e fiscalizar gastos em municípios em que a educação deixa de ser prioridade.”

    (Fonte: https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2022/09/22/decisao-stf-vagas-em-creches.htm)

  27. Miguel José Teixeira

    André Marsiglia lança e-book para orientar formadores de opinião e políticos sobre Liberdade de Expressão em Campanhas

    O advogado especialista nas áreas de comunicação e internet, André Marsiglia, lança um e-book com informações e alertas para que formadores de opinião possam se comunicar nestas eleições, atentos a seus direitos e deveres em relação à liberdade de expressão. É um guia voltado tanto para quem cobre ou opina sobre o pleito eleitoral, ou seja jornalistas, veículos de mídia, blogueiros e influenciadores digitais, como para políticos e seus assessores e marqueteiros.

    O guia Liberdade de Expressão em Campanhas traz informações sobre o que é liberdade de expressão e como ela se aplica tanto para quem é notícia como para quem publica sobre esse assunto em meios analógicos e, especialmente, nos canais digitais. Também leva informações específicas para candidatos e suas equipes.

    O e-book também aborda a questão das pesquisas eleitorais, da utilização do humor nas campanhas, indica como lidar com as fake news e traz com detalhes as regras para uso do direito de resposta, considerada pelo especialista a melhor ferramenta para requerer a reparação de uma informação errada durante a campanha.

    Aos estrategistas, vale destacar o conteúdo sobre a propaganda, os showmícios e a LGPD na campanha eleitoral.

    Os interessados no guia podem fazer o download gratuito pelo link: https://bit.ly/LibExpressaoEbook

    (Fonte: https://www.andremarsiglia.com.br/andre-marsiglia-lanca-e-book-para-orientar-formadores-de-opiniao-e-politicos-sobre-liberdade-de-expressao-em-campanhas/)

  28. Miguel José Teixeira

    . . .”Os armamentos clandestinos que entram no país e que tem sua clientela certa junto as organizações do crime, essa sim representa um verdadeiro perigo para todos e está associada diretamente aos índices de violência.”. . .

    “Desarmados e indefesos”
    (Circe Cunha, Coluna VLO, CB, 22/09/22)

    Uma das razões que comumente levam os partidos de esquerda, no Brasil e em todo o mundo, a pregarem, sistematicamente, contra o acesso dos cidadãos a posse de armas, tem suas raízes fincadas muito além de quaisquer princípios ideológicos de paz ou coisa do gênero. Por detrás dessa vedação estratégica, os fatos históricos demonstram, que em todo o mundo, o crescimento da hegemonia dos partidos de esquerda dentro do Estado, só foi efetivamente concretizado à medida que se processava, paralelamente, o desarmamento da população e de toda a quaisquer dissidências, impedindo-as de reagirem em tempo.

    Ao arbítrio da força das armas, imposta por governos com as mesmas características, sejam de esquerda, sejam de direita, somente uma força igual e contrária em intensidade é capaz de reverter a situação. População desarmada é refém e presa fácil da imposição da bandidagem, esteja ela dentro do Estado ou nas ruas. Esse é um fato inconteste. Prova que, mesmo em democracias evoluídas, as relações sociais necessitam do lastro das armas para sua efetivação. Não por outra razão, a maior democracia do planeta, os Estados Unidos (EUA), consagram, em sua Carta Magna, o direito dos cidadãos ao porte de armas de fogo. A segunda e a 14ª Emenda protegem o direito dos cidadãos de portarem armas de fogo para defesa pessoal, de sua família e de sua propriedade.

    O fato de levantar estatísticas mostrando que o aumento da violência urbana e rural está diretamente ligado ao aumento no número de armas não tem surtido os efeitos desejados pelos defensores do desarmamento. O que existe de fato é que o crescimento exponencial da violência, principalmente nos centros urbanos, nos últimos anos, e a pouca efetividade da segurança pública têm levado os cidadãos a comprar armas e a investir, cada vez mais, em segurança pessoal ou condominial, o que favorece a indústria e o mercado legal de armamentos.

    Cursos de defesa pessoal, curso de tiro e de uso correto e preventivo de armas de fogo, tem aumentado também por todo o país. A maior liberação ao acesso as armas, feitas pelo atual governo, inclusive, com o incentivo ao uso de armas, tem ajudado a população a se armar como nunca antes. Vídeos mostrando a atuação frustrada de bandidos e a pronta reação dos brasileiros também têm incentivado a compra de armamentos por muitos.
    A questão do aumento do armamento não está no mercado legal de armas, mas na possibilidade ampla do tráfico de armas, realizado graças a porosidade excessiva de nossas fronteiras terrestres. Os armamentos clandestinos que entram no país e que tem sua clientela certa junto as organizações do crime, essa sim representa um verdadeiro perigo para todos e está associada diretamente aos índices de violência. Bairros inteiros em que boa parte da população já possui armas, os bandidos, precavidos desse fato, passam a evitar, por razões óbvias. Com a população devidamente armada e preparada há que se pensar duas ou mais vezes antes de agir.

    A frase que foi pronunciada
    “Oligarcas e tiranos desconfiam do povo e, portanto, privam-no de suas armas.” (Aristóteles, 384-322 a.C)

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/09/22/interna_opiniao,373897/visto-lido-e-ouvido.shtml)

    Matutando bem. . .

    Felizmente os oligarcas e tiranos que comandam o Brasil, ainda não nos privaram de nossa poderosa arma: O VOTO!

  29. Miguel José Teixeira

    Acredite, se quiser ou duvide, de for capaz!

    . . .”Orçamento anual de R$851,7 milhões do Supremo Tribunal Federal (STF) para 2023 é 40% maior que o orçamento para manter todo o fausto da família real do Reino Unido.”. . .

    “STF custa mais caro que a família real britânica”
    (Por Cláudio Humberto, Diário do Poder, 21/09/22)

    O orçamento anual de R$851,7 milhões do Supremo Tribunal Federal (STF) para 2023 é 40% maior que o orçamento para manter todo o fausto da família real do Reino Unido, que custou ao pagador de impostos britânico 102,4 milhões de libras (R$601 milhões) no ano passado. Para agravar a comparação, em 2021 foram destinados R$201 milhões à família real extraordinariamente para a reforma do Palácio de Buckingham, residência da turma e local de trabalho do monarca.

    Realeza tupiniquim
    “Nossos ‘reis’ custam muito mais do que toda a realeza britânica”, diz a advogada Karoline Rocha, que identificou a diferença em post nas redes.

    Quase tudo salário
    Segundo o Justiça em Números (CNJ), 91,5% de todas as despesas do no Judiciário servem apenas para pagar a folha de pessoal e encargos.

    Triplo de funcionários
    O STF tem 1.411 servidores, 238 comissionados, o triplo de realeza, que mantém tem 491 pessoas, cujos salários custam R$138,4 milhões.

    Coincidências, coincidências
    Número de membros do “núcleo duro” da família real britânica, 11, incluindo o Rei Charles III, faz lembrar o número de ministros dos STF.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/stf-custa-mais-caro-que-a-familia-real-britanica)

  30. Miguel José Teixeira

    Xiii. . .o ex presidiário lula foi desbancado!

    “Maior ladrão do mundo roubou mais de R$ 5 bi e é filho de Saddam Hussein”
    – Você sabe quem é o maior ladrão do mundo? Atualmente, o maior valor roubado de uma única vez foi de US$ 1 bilhão (R$ 5,6 bilhões). Mas quem é o responsável pelo roubo e como ele conseguiu tanto dinheiro de uma única vez? Apesar de muitos poderem ocupar o lugar de maior ladrão do mundo, seja pela quantidade de delitos ou pela recompensa oferecida, quem mais se destaca na lista é Qusay Hussein….

    (+em: https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2022/09/21/roubo-de-us-1-bilhao-quem-e-o-maior-ladrao-do-mundo.htm)

    No entanto “se-aprecatem-se”! Caso o belzebu de Garanhuns seja eleito presidente da República, fatalmente ele irá recuperar o título!

  31. Miguel José Teixeira

    Salve 21 de setembro! O Dia da Árvore!

    Os comunistas de hoje que tiram o pão da mesa do cidadão são os mesmos que aprovam os desmatamentos desenfreados.
    Se não há o que comemorar, pelo pelo menos temos muito à refletir:
    . . .
    “No outro dia aquele resto de árvore
    Em forma de madeiro desfilou
    Pelas ruas de Jerusalém até o monte
    E o Cristo morreu cravado em seus braços”
    . . .
    (A Árvore, Zé Ramalho)

    (+em: https://www.letras.mus.br/ze-ramalho/1322033/)

  32. Miguel José Teixeira

    O surrado modus operandi PeTralha

    A Jornalista Denise Rothenburg, em sua Brasília-DF, hoje-21/09/22, no CB, no estilo carcará (pega mata e come):

    Qualquer semelhança…
    O mesmo PT que agora reclama do discurso de Bolsonaro na Assembleia Geral das Nações Unidas foi, em 2014, acusado de “usar o discurso na ONU para fazer campanha”. Naquela época, a então presidente Dilma Rousseff era candidata à reeleição e citou as eleições na tribuna. Em entrevistas, quem reclamou foi o então candidato ao Palácio do Planalto, Aécio Neves (PSDB), com quem Dilma concorreu no segundo turno.

    …não é mera coincidência
    Bolsonaro fez seu discurso mais moderado ao longo de seus quatro anos de governo e sem deixar de citar todos os pontos que aborda na campanha para o público interno. Guardadas as devidas proporções, foi o que Dilma fez em 2014.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/09/21/interna_politica,373856/brasilia-df.shtml)

    Vade retro, corja vermelha!

  33. Miguel José Teixeira

    . . .”O Supremo acrescenta na balança política o peso que o sistema democrático não deu a pequenos partidos”. . .

    “Supremo político”
    (Por Alexandre Garcia, CB, 21/09/22)

    O que é judicialização da política, que tanto preocupou o Ministro Luiz Fux, ao assumir a presidência do Supremo? Ele fez um apelo a seus pares para que dessem um basta no que estava desgastando a Suprema Corte, ao assumir questões que deveriam ser resolvidas no Congresso. Não foi ouvido por dois anos, e a Corte está cada vez mais desgastada, usada como instrumento de partidos que deveriam resolver questões políticas no foro político e não no judicial.

    Vejam, por exemplo, a atitude de dois pequenos partidos: a Rede, que tem apenas um senador e dois deputados; e o PSol, que não tem senador e apenas oito deputados em 513. São os que mais recorrem ao Supremo. Ora, os eleitores brasileiros decidiram assim: limitou-lhes a representatividade no legislativo federal. Em outras palavras, não lhes deu poderes para fazer leis por conta própria. Tampouco lhes deu muitas vozes para ocuparem a tribuna da Câmara e do Senado.

    Eles compensam isso usando o Supremo como alavanca de suas pretensões políticas e legislativas. O Supremo lhes dá a voz e o voto que os eleitores não lhes deram. Não é assim que funciona a democracia, em que prevalece a vontade da maioria. O Supremo então acrescenta na balança política o peso que o sistema democrático não deu a pequenos partidos.

    Há casos atuais desse uso nas mãos da própria presidente do Supremo. A ministra Rosa Weber é relatora de uma ação liderada pelo PSol contra o indulto concedido ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ). Em primeiro lugar, é paradoxal que um partido com oito deputados endosse o desrespeito à própria inviolabilidade do mandato de deputado por quaisquer palavras, do art. 53 da Constituição. Em segundo lugar, conceder indulto é atribuição do presidente da República, sem condicionamento algum (art. 84 XII). Mas o PSol usa o Supremo como palanque em sua causa de oposição.

    Outra ação do PSol que está com Rosa Weber: o partido quer liberar o aborto até 12 semanas. A lei prevê a possibilidade de aborto em caso de estupro, risco de vida da mãe e má-formação encefálica do feto. O PSol quer ampliar a lei, mas não tem voto para isso.

    Mudança da lei
    Então, usa o Supremo para mudar a lei, sem que a Corte tenha recebido mandato para agir como legislativo. Mas já fez isso em outras vezes, criando crime de homofobia e alterando o conceito de família que está na Constituição, art. 226. Tudo isso com o pretexto do que está no art 5º, XXXV: a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.

    Aí, é uma festa para partidos pequenos, alegando direito — que, na verdade, não estão no art. 5º, mas são invenções político-ideológicas. Assim sendo, que sejam resolvidas entre os legítimos representantes do povo, com mandato específico para fazer leis. O Supremo é para interpretar a Constituição, não para mudá-la ou suprimir artigos e inventar outros.

    Até 20 anos atrás, quando um partido recorria ao Supremo em questões semelhantes, a reação era “arquive-se” por se tratar de questão interna do legislativo. O Supremo adorou ser ativista político e está se expondo ao desgaste que era exclusivo dos políticos.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/09/21/interna_politica,373861/supremo-politico.shtml)

  34. Miguel José Teixeira

    Simples assim: “. . .mais rigor no controle das despesas e na fiscalização das obras;”. . .

    “A saúde e as Santas Casas”
    (Por Ruy Martins Altenfelder Silva, Advogado, Integra a Mesa da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, CB, 21/09/22)

    Reli o livro-pesquisa do padre italiano Antonio Puca, da ordem de São Camilo, As Santas Casas de Misericórdia de Florença a São Paulo, a epopeia da caridade. Surpreendeu o padre Puca a fundação da Santa Casa de Olinda e logo depois de Santos, Salvador e São Paulo. Misericórdia deriva do latim miseris codare. E os miseráveis são as pessoas que de um modo ou de outro encontram-se em necessidade. As mais recentes pesquisas identificam as raízes das misericórdias nas primeiras sociedades romanas que tinham inspiração religiosa na manifestação civil.

    Na busca das origens das Santas Casas, o autor foca Florença e Lisboa, onde encontra as raízes da irmandade fundada por São Pedro Martir, em 1244, e a fundada pela rainha Leonor de Lancastre, em 1498, em Lisboa. Destaque para as dificuldades financeiras cíclicas permanentes de todas elas. As causas são coincidentes: maiores responsabilidades e menores aportes financeiros. A Misericórdia de Lisboa (1851) passou por grave crise financeira e diversas medidas foram implantadas. Em síntese, “mais rigor no controle das despesas e na fiscalização das obras; e prestação de contas ao governo”.
    Simultaneamente, em face da aplicação das leis de desamortização, a Misericórdia de Lisboa viu-se obrigada a vender parte significativa dos bens imobiliários e aplicar o produto da venda em títulos do Tesouro. Vítimas de falta de interesse crônica para com a saúde pública, elas sobrevivem graças aos esforços daqueles que trabalham nelas e ao trabalho voluntário de membros das comunidades locais. Seus dirigentes tentam conciliar as diferenças entre o alto custo da medicina moderna e os pagamentos simbólicos frequentemente atrasados, buscando renda atendendo clientes privados e economizando com sua própria produção de alguns remédios, alimentos, caixões e outros bens.

    Muitas vezes, o provedor deve lutar, incansavelmente, com as autoridades, para conseguir o pagamento de impostos devidos a seus hospitais. As Misericórdias costumavam receber doações, sendo incluídas em testamentos privados, uma tradição que praticamente desapareceu com a instituição de planos de saúde oficiais e privados.

    No Brasil, nem todas as realidades atingem o mesmo padrão, mesmo por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), do qual depende a maior parcela de recursos para sua gestão. Compreende-se que as Santas Casas de um estado ou as das periferias são penalizadas em relação às existentes nos grandes centros urbanos. Daí, a urgente necessidade de uma profunda reforma na direção da subsidiariedade. Os milhares de Santas Casas de Misericórdia brasileira somam dois terços dos leitos hospitalares no país. Elas também têm servido para o ensino médico.

    O relevante papel dos hospitais filantrópicos sinaliza as urgentes e inadiáveis providências que precisam ser tomadas pelo poder público: renegociação de suas dívidas, reposição parcial ou total das dívidas das perdas acumuladas, revisão e adequação da tabela do SUS e oferta de linhas favorecidas.

    É cada vez mais urgente a revisão das políticas públicas da saúde para evitar a repetição da crise que o Conselho Federal de Medicina chamou de “mais um episódio dramático na história da saúde pública brasileira”. Crise que pode se agravar com a pressão dos milhares de pacientes que estão abandonando os planos de saúde em razão dos custos e da crise econômico-financeira conjuntural e queda da qualidade no atendimento particular, e que engrossou as filas das portas estreitas da rede pública de saúde.

    “A humanidade é a base e o fundamento de todas as virtudes e sem ela não há nenhuma que o seja” (Miguel de Cervantes).

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/09/21/interna_opiniao,373830/a-saude-e-as-santas-casas.shtml)

  35. Miguel José Teixeira

    Será a cabra do cabrito?

    . . .”Um despacho do presidente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deverá anular multas ambientais, aplicadas entre 2008 e 2019, que podem chegar a R$ 16,2 bilhões.”. . .

    “O estouro da boiada”
    (Por Rodrigo Craveiro, CB, 21/09/22)

    A 101 dias do fim do governo de Jair Bolsonaro, caso as pesquisas se confirmem nas urnas, uma notícia (mais uma) causa espanto em quem ainda cultiva o mínimo de civilidade e de bom senso. Um despacho do presidente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deverá anular multas ambientais, aplicadas entre 2008 e 2019, que podem chegar a R$ 16,2 bilhões. Foram expedidas para conter o desmatamento, as queimadas e o transporte ilegal de madeira. O valor seria o suficiente para construir 1.800 escolas públicas com 10 salas de aula.
    A anulação das multas equivale, na prática, a um gesto de condescendência para com os infratores.

    Mas o “perdão” a quem destrói o meio ambiente não pode ser visto de forma isolada. Parece fazer parte de uma política perniciosa de desrespeito às leis ambientais e de predação da natureza. Durante discurso na Assembleia Geral da ONU, Jair Bolsonaro afirmou que mais de 80% da Floresta Amazônica permanece intocada, “ao contrário do que é divulgado pela grande mídia nacional e internacional”. Também garantiu que, em matéria de meio ambiente, o Brasil é referência para o mundo. Mas os fatos falam por si, e eles são catastróficos.

    2022 nem acabou e o desmatamento na Amazônia é o maior em 15 anos. Entre janeiro e agosto deste ano, foram derrubados 7.943 quilômetros quadrados de floresta — o equivalente a 794.300 campos de futebol. O presidente, de forma deliberada, chegou a criticar a destruição de maquinários em áreas de garimpo ilegal. Quem não se lembra da promessa do ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles de “passar a boiada”, durante reunião no Planalto em 22 de abril de 2020? Há quem diga que, ante a possibilidade cada vez mais certa de derrota nas urnas, o presidente decidiu abrir a porteira e permitir o estouro da boiada.

    Ambientalistas temem a aceleração da devastação da Amazônia até 31 de dezembro. Mais uma insensatez em um governo que se compromete, ante a comunidade internacional, a honrar as metas de desmatamento e a reduzir as emissões de gás carbônico e, na prática, faz exatamente o oposto. Difícil esperar algum bom senso de quem vai a Londres para o funeral da rainha e faz comício para uma claque.

    Nossos filhos, netos e bisnetos pagarão o preço da irresponsabilidade e da inexistência de uma política ambiental de proteção da Amazônia. Não me causa estranheza a frieza e a insensibilidade do governo após o anúncio das mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, em junho passado. Ambos eram guardiões da floresta. Todos nós temos a obrigação de defender a Amazônia, de cobrar das autoridades a fiscalização severa na floresta e a punição exemplar aos transgressores, de exigir o fim do desmatamento. Pelo futuro das próximas gerações.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/09/21/interna_opiniao,373822/o-estouro-da-boiada.shtml)

    Se tal informação proceder, definitivamente fica comprovado que no Brasil o crime compensa!

    Aí, nós, honestos, teremos vergonha de o sê-lo!

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