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SE A MONTANHA NÃO VEM A MOISÉS, MOISÉS VAI À MONTANHA, SOB AMEAÇA DE DESLIZAMENTO. E MOSTRA O QUANTO KLEBER ESTÁ COMPROMETIDO EM VERBAS COM O GOVERNO DO ESTADO

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No final da semana passada, as redes sociais foram inundadas com um post do candidato que tenta continuar no governo do estado, Carlos Moisés da Silva, Republicanos, com a seguinte afirmação “o que Moisés fez para Gaspar: 50 milhões em obras”. E no post, a foto – que reproduzo acima – está do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, tendo como fundo, uma obra rodoviária. Era tudo que Kleber não queria. Estava na moita. Torcendo para que nada lhe fosse cobrado


Kleber trabalha para dois senhores. Ele se comprometeu com Moisés pelo aderente MDB, pela “furada” suposta união de prefeitos do Vale Europeu – coisa que não vingou – e por recursos que foram liberados por Moisés quando governador. 


Na outra ponta a lhe exigir fidelidade a projetos de poder com base na religião, está o novo prefeito de fato de Gaspar, Ismael dos Santos, PSD. Ismael por compromisso partidário, flerta com Gean Loureiro, do União Brasil, mesmo que saiba das atividades extraconjugais no horário e local de trabalho de Loureiro e que a Justiça, não impediu à propagação de tal ato para esclarecimento do eleitorado. O ato libidinoso, em tese, seria contra a pauta de costumes dos valores da família tradicional e se prega nos templos de Kleber e Ismael.


Antes de prosseguir, é bom lembrar também que este ato de Loureiro, exaustivamente explorado na reeleição dele a prefeito de Florianópolis, não deu em nada contra ele nas urnas. Ao contrário. Parece que até favoreceu na Ilha da Magia. Foi reeleito logo de cara. Então…


Retomando. 


Gaspar entrou na barca do Plano 1.000. Político tem fascínio por promessa de dinheiro. Ainda mais quando não precisa pagar de volta.


Por este Plano, Gaspar, em tese, pela população que possui, tem direito a quase R$70 milhões em recursos estaduais para obras municipais e ditas como estruturantes. Por falta de projeto, Gaspar até pegou uma beirada. E Kleber fingindo-se de morto. E a eleição chegando. 


E Carlos Moisés acossado por todos os lados por aqueles que há anos são da elite, ou estão a serviço da elite da política catarinense começou a se coçar, como fez quando viu que seria pego pelos impeachments politicamente armados contra ele na Assembleia. Carlos Moisés, de verdade, está sem vida fácil. E por culpa dele próprio, como já escrevi aqui várias vezes. E no caso de Gaspar deu um tiro certeiro. Kleber calado. Não pode contestar. Mas, os seus, ensaiam.


“Ah, Herculano não eram R$465 milhões, e agora só são R$50 milhões?”. São, R$50 milhões e não são mais, porque a equipe de Kleber é fraca de planejamento, projetos, execução e na entrega daquilo que sonha e promete. Simples assim! Você leitor e leitora sabe desta ladainha de frente para trás e de trás para a frente, quase todos os dias aqui.


R$400 milhões devem ser tirados desta conta desde logo. É a tal duplicação da Rodovia Ivo Silveira até Brusque. Este dinheiro não deve contar nem para Gaspar, nem para Brusque. Fez bem e prudentemente Carlos Moisés em suprimir esta quantia do discurso, da propaganda e da marquetagem. Ela embrulha. Não esclarece. Faz confusão. Engana.


“E o resto, Herculano?” Pois é! Tem duas coisas mal explicadas: a primeira é que parte da lista aparece sempre na propaganda de Kleber como obras contratadas naqueles milionários financiamentos aprovados sob chantagem pelos vereadores. A outra é que nada ou quase nada está pronto, uma prova de que Gaspar e Kleber são ruins de finalização.


“Mas, tem coisa que é verba de deputado?”. Pode até sido reivindicado pelo deputado para fazer média e ganhar votos por aqui e acolá. Mas, qual é mesmo o orçamento da Assembleia que o deputado usou para trazer para cá estas verbas que ele diz serem suas? O Orçamento do governo do estado. E quem foi o governador que liberou o recurso deste Orçamento do governo do estado? Carlos Moisés da Silva, seja para os deputados da velha e nova situação construída pós impeachments, ou da oposição. E pode sim, estar tudo embrulhado num mesmo pacote de números da propaganda político-eleitoral. Mas, é fácil separá-los.


O que aconteceu? É que Carlos Moisés esperou Kleber dizer que estava com ele, ou como choque de realidade para os daqui, esperava que Kleber dissesse que o governo do estado tinha feito um contrato para começar, emendar ou terminar várias obras municipais. Como isto não aconteceu, Moisés foi a montanha e de lá do alto fez a sua listinha de contribuições do governo dele para com Gaspar.


Aqui está ela: Reabilitação da Rodovia Jorge Lacerda (entre Gaspar e Itajaí); Implantação do Parque Náutico; Melhorias na iluminação pública; Asfaltamento, drenagem pluvial e revitalização do passeio na Rua Prefeito Leopoldo Schramm, no bairro Gasparzinho; Asfaltamento e drenagem pluvial na Rua Frei Solano; Infraestrutura para implantação e qualificação viária; Modernização da frota de máquinas e equipamentos para Secretaria de Obras; Pavimentação de vias no município; Drenagem e pavimentação da Rua Antônio Schmitt; Aquisição de retroescavadeira, máquinas e equipamentos agrícolas;- Drenagem e pavimentação da Rua Arthur Dorow; Compra de materiais esportivos para educação, aquisição de academias ao ar livre, e equipamentos para o Programa Novo Esporte Gaspar; Compra de equipamentos para o projeto da Defesa Civil em escolas;

Qual é o real erro desta listinha? A dela ser exatamente ser uma lista. 

Se Gaspar e Kleber tivessem se concentrado em uma ou duas obras, tanto Carlos Moisés e principalmente Kleber, o qual padece de resultados que impressionem à cidade como uma marca sua de realização, teriam ganho mais. E por consequência, os cidadãos e as cidadãs. 

Kleber é outro – cheio de palpiteiros que se dizem marqueteiros e ganham muito para isso – que continua esperando a montanha vir até ele. O mais retumbante sinal que teve de que montanhas não se move, a não ser quando desmoronam, foi quando teve que abandonar a sua pré-candidatura a deputado estadual. A montanha está lá. E ele aqui. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Não há pesquisas para deputado estadual e federal. É algo muito difícil de ser feita devido as características do estado e à regionalização dos candidatos. Quem divulga estas supostas pesquisas nos aplicativos de mensagens por aqui, mente de forma descarada e criminosa. E tem gente que acredita nelas (nas pessoas que enviam e nas falsas pesquisas).

A lenda. O ex-governador e ex-senador Raimundo Colombo, PSD, tem a fama de bonachão. Ela conspira contra ele. Nunca se mete em briga e quando esteve nos cargos, sempre lavou as mãos. Foi o governador de Lages e principalmente da sua Coxilha Rica que explorados, já o derrubou uma vez.

As entidades empresariais andam claramente desconfiadas de Raimundo Colombo. E também temorosas em candidato que apareceu do nada e que diz que vai barbarizar, se eleito. 

E para ver como Colombo não nega a fama, em praticamente seis anos de governo ele só esteve em Gaspar quando o helicóptero, por segurança, teve que pousar aqui devido ao mau tempo na sua viagem à sua Lages. Há dias, também do nada, ele apareceu aqui como candidato. Soube outra vez onde ficava a cidade de Gaspar e apareceu para pedir votos.

Como funciona. Ontem saiu mais uma rodada de pesquisas no IPEC pela NSC TV, para o chororô de muitos candidatos e seus cabos que preferem o breu para se lambuzarem nas mentiras, propaganda enganosa que lhes move, provocações e invencionices aos seus e nas suas bolhas.

Nesta segunda-feira, providencialmente, apareceram nos aplicativos números de supostas pesquisas dos comitês, próprias para trabalho, para manipulação e não para publicação. Não é que teve colunista se vangloriando com números falsos? Impressionante.

Segundo ele, essas pesquisas que não pode dizer quem as fez, o que por si só é um erro gravíssimo, davam conta que o senador Jorginho Mello, PL, tinha disparado, e que o petista Décio Neri de Lima já encostava meteoricamente no segundo lugar. Vexame em rede estadual e continua na internet a prova do ensaio errático. O IPEC esclareceu o assunto. Nem uma, nem outra. No mínimo dois juntos ou três embolados, supondo que se faltam dez dias para a eleição.

Santa Catarina é um estado conservador. A esquerda terá que moderar se um dia quiser ser competitiva. E Luiz Inácio Lula da Silva, ainda é um condenado para a maioria dos catarinenses e que a Justiça deu um jeitinho escabroso de lhe esconder o processo, sem tirar a culpa.

Outra coisa que está clara que Santa Catarina é conservadora e até inconformada com o tratamento do governo central naquilo que lhe devolve no que possui de direito, mas não é uma puta a serviço de um cafetão. Esta invenção de Jorge Seift – que ninguém sabia que existia por aqui – como candidato do PL por imposição da família Bolsonaro é o melhor exemplo desse retrato de repulsa, até mesmo entre os conservadores e de direita catarinenses.

E por fim, a pesquisa retrata que alguma coisa está mudando. O icônico senador Esperidião Amim Helou Filho, PP, manobrou mais vez para que ninguém se criasse e ele fosse a única alternativa a candidato, pois sabia que não perderia o mandato de senador. Está patinando. E pior, fazendo discursos que contradizem o que ele costumeiramente faz e vota no Congresso.

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5 comentários em “SE A MONTANHA NÃO VEM A MOISÉS, MOISÉS VAI À MONTANHA, SOB AMEAÇA DE DESLIZAMENTO. E MOSTRA O QUANTO KLEBER ESTÁ COMPROMETIDO EM VERBAS COM O GOVERNO DO ESTADO”

  1. LULA FOGE DE DEBATE PORQUE TAMBÉM TEME SAIR DO CERCADINHO, por Felipe Moura Brasil, no UOL

    Comentei, na Live UOL de terça-feira (20), a decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de não comparecer ao debate com candidatos à Presidência, no próximo sábado.

    O evento é organizado por SBT, CNN Brasil, Estadão/Eldorado FM, Terra, Veja e pela rádio Nova Brasil, com transmissão a partir das 18h15. Segundo integrantes da campanha de Lula, com a agenda cheia para os próximos dias, falta tempo hábil para que o candidato do PT não apenas se prepare para o debate como compareça aos estúdios do SBT, em São Paulo.

    Desculpa esfarrapada, claro.

    Lula reclamava da impossibilidade de participar de debates enquanto estava preso e agora que está solto foge deles, porque, depois do pífio desempenho no primeiro, teme perder mais pontos presente que ausente do segundo.

    Amarelou, até segunda ordem, a fim de evitar nova exposição – e maior audiência – às críticas sobretudo aos escândalos de corrupção de seu governo, para os quais não tem, nem nunca terá, explicação correspondente à realidade dos fatos.

    Como quase metade do eleitorado prefere a sujeira de Lula à de Bolsonaro, o petista não quer dar margem a que a dele pareça maior. Faltar com a transparência em benefício próprio é um expediente comum entre os dois amantes do cercadinho.

    Na Live UOL, falamos também sobre o discurso de Bolsonaro, que transformou a tribuna da ONU (Organização das Nações Unidas) em palanque eleitoral; sobre as críticas de Lula à participação do presidente no evento; e sobre o candidato Ciro Gomes (PDT), que associou a “esquerda caviar” ao consumo de drogas.

    Com Madeleine Lacsko, debato os principais assuntos do país diariamente, das 17h às 18h, com transmissão ao vivo nos perfis do UOL no YouTube, no Facebook e no Twitter.

  2. Há um erro na sua avaliação do Ismael quanto ao governo do estado. A colinha que a Assembleia de Deus está distribuindo tem Bolsonaro, Kennedy, Ismael e Marcos da Rosa. Porque não tem governador? Ismael está na coligação do Gean, porém Denise, esposa do Ismael, é a suplente de Amim. Capitche?

    1. Ou seja. Como sempre, essa gente servindo a vários senhores e na penumbra.
      .
      Enquanto isso no templo, dizem e apontam aos fiéis como pecador aquele serve a mais de um Senhor como escreve a Bíblia

  3. BOLSONARO E A REALEZA, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

    As relações do Brasil com a realeza britânica têm momentos marcantes. Nenhum teve a essência didática da reclamação do aposentado Chris Harvey aos partidários de Jair Bolsonaro que se manifestavam diante da residência do embaixador brasileiro, onde estava hospedado o capitão:

    – Este é o dia do funeral da rainha! Demonstrem algum respeito.

    Ele tinha acabado de ver a passagem do carro com o féretro da rainha.

    Ficaram para trás momentos de elegância, bom humor e até mesmo de indiscrição. Luminoso foi o gesto de Getúlio Vargas em 1953, presenteando Elizabeth II pela sua coroação com um jogo de águas-marinhas. Elas lhe foram entregues pelo então embaixador brasileiro em Londres, o jornalista Assis Chateaubriand. A rainha usou as peças várias vezes – tiara, colar, pulseira e brincos.

    Outros momentos ficaram na sombra. Chatô levou consigo a cadeirinha em que assistiu à coroação da monarca na Abadia de Westminster. (Seu filho Gilberto preservou-a.)

    Também ficou na sombra um detalhe da visita de Dom Pedro II à rainha Vitória. Uma das senhoras que servia à monarca impressionou-se com a dentadura do imperador, temendo que a qualquer momento ela lhe caísse.

    Em 1976, o cidadão que jogou um tomate na direção da carruagem em que ia o presidente Ernesto Geisel foi detido e multado, por ter sujado o uniforme de um guarda.

    As cenas da passagem do capitão por Londres incluíram discurso na sacada da embaixada que lhe valeu uma notícia no jornal The Independent:

    – Bolsonaro é acusado de transformar sua visita ao funeral da rainha em comício político.

    Muitas casas de Mayfair têm sacada, mas não há lembrança de que tenham virado palanque.

    Faltando poucos dias para a eleição, Chris Harvey deu uma lição a um exacerbado militante da campanha a Bolsonaro:

    – Você está desrespeitando o Brasil.

    O Brasil que brilhou com as águas-marinhas de Getúlio saiu desrespeitado em Londres, e isso foi enfatizado pelo inglês.

    – O presidente Bolsonaro não ficaria satisfeito com esse desrespeito.

    Será?

    Bolsonaro atravessou o oceano para fazer comício em Mayfair num dia de luto. Na embaixada do Brasil em Londres há um retrato do barão de Penedo, um alagoano espertíssimo que ocupou a legação ao tempo de Dom Pedro II. Durante a passagem do imperador por Londres, ele tentou tratar de um assunto doméstico e ouviu o seguinte:

    – Não dou opinião alguma, em coisas concernentes ao governo, enquanto andar por cá.

    Não se pode comparar as duas figuras, mas é conhecido o respeito do capitão pela dinastia. Seria um desrespeito a todos os governantes brasileiros imaginá-los fazendo discurso em sacada de embaixada.

    Quando disse ao manifestante de Mayfair que ele estava “desrespeitando o Brasil”, Chris Harvey ajudou Pindorama. Nestes dias que antecedem uma eleição presidencial, o que o Brasil precisa é de respeito.

    A política tem suas voltas. Se o barão de Penedo pode ser útil nestes tempos estranhos, vale lembrar que em 1888, pouco depois da Abolição, ele previa a República. Quando ela veio, o ministro Rui Barbosa solicitou seus serviços para o novo governo. Penedo respondeu:

    – Compreenderá V. Exa. ser-me absolutamente impossível aceder à expectativa do Governo Provisório, enunciada de modo tão benévolo por V. Exa., o que muito lhe agradeço.

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