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ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CVIII
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Um espaço plural para debater as obscuridades e incoerências dos políticos, bem como à incompetência combinada com sacanagens dos gestores públicos com os nossos pesados impostos.
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Um espaço plural para debater as obscuridades e incoerências dos políticos, bem como à incompetência combinada com sacanagens dos gestores públicos com os nossos pesados impostos.
68 comentários em “ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CVIII”
O giro do girão
“Senado é o tribunal do Supremo, afirma Girão”
(Coluna CH, DP, 02/09/22)
O senador Eduardo Girão (Pode-CE) afirmou que o Senado “é o tribunal do STF”, mas admite que só um milagre faria a Casa apreciar ainda este ano os pedidos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal. É competência de o Senado decidir sobre isso.
Girão observa que “um poder protege o outro”, lembrando o que chama de círculo vicioso: “processos de parlamentares estão nas mãos dos ministros, processos dos ministros estão nas mãos dos parlamentares”, aponta.
Falta respeito
Para o parlamentar cearense, “não há respeito dos ministros do Supremo para com o Senado. Se convite eles não respeitam…”.
Ignorado
Girão já presidiu diversas sessões de comissão do Senado para discutir potenciais abusos do judiciário. Convidados, ministros do STF ignoraram.
E o diálogo?
“Quem que tá buscando o diálogo pela democracia, realmente?” indagou Girão após ministros do STF ignorarem, outra vez, convites do Senado.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/cotao-milionario-ajuda-a-reeleger-parlamentares)
E o piNçador Matutildo piNçou:
“um poder protege o outro”
Ooops. . .parece-nos que na realidade trata-se de “um enroladão de um poder, protege outro enroladão de outro poder”.
Algo assim: uma mão lava a outra e os PeTralhas levam os anéis de ambas. E nós, burros de cargas, abastecemos os cofres.
Dois brasis: o Brasil dele$ é onde ocorre a farra abaixo. Já o nosso Brasil, é onde vivem os incautos que os colocam lá!
“Cotão parlamentar milionário ajuda a reeleger congressistas”
(Por Cláudio Humberto, Coluna CH, DP, 02/09/22)
Ganha força a avaliação de que o fundão eleitoral de R$5 bilhões privilegia políticos no exercício do mandato e evita que novos nomes apareçam. Isso fica claro com a farra do reembolso de R$141,3 milhões, por meio da “cota parlamentar”, a senadores e deputados que tentam reeleição.
Gastos com propaganda pessoal disfarçada de prestação de contas e passagens aéreas equivalem a 41% da farra de denominação falaciosa: “Cota para Exercício de Atividade Parlamentar”, o “cotão”.
Sobra para nós
O parlamentar usa o “cotão” para ressarcir quaisquer gastos, dos mais extravagantes ao sorvete da senadora Daniella Ribeiro (PP-PB).
Ano eleitoral
Deputados torraram R$29,5 milhões até agosto, para “divulgar atividade parlamentar”, ainda que nula. Na prática, campanha por nossa conta.
Tem mais
A farra das passagens aéreas dos membros da Câmara dos Deputados custou ao pagador de impostos mais R$26,5 milhões somente em 2022.
Curiosidade
No Senado, onde só um terço tenta reeleição, o custo com passagens foi R$4,5 milhões, mais que o dobro dos R$2 milhões da propaganda.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/cotao-milionario-ajuda-a-reeleger-parlamentares)
E ainda tem:
a) supremo togadão exigindo quarentena para juízes e delegados concorrerem à cargos eletivos, pois suas atividades diárias os expõem muito!
b) parlamentares criando projetos de lei para criar loterias para financiar as áreas de Turismo e Saúde!
c) empresários propondo ‘nova CPMF’ para bancar aposentadorias!
E para dar um breque na farra dos recursos públicos ninguém propõe nada. Exceto se for para ampliá-la!
Ainda no Brasil dele$:
Sem razão para queixas
O novo estudo Justiça em Números, do Conselho Nacional de Justiça, aponta que o Poder Judiciário custou R$104 bilhões em 2021, dos quais 91,5% foram destinados a custear apenas a excelência dos salários.
(Mesma fonte do texto acima)
Na mídia:
“Brasileiro tenta atirar em Cristina Kirchner na Argentina e é preso”
Para o nosso bem a arma não disparou, felizmente!
Entretanto, conhecendo bem os métodos da fétida, retrógrada e sanguinária esquerdalha da América Latina, fica a pergunta:
será que não foi encenação?
Hábito de vitimizar-se, quando derrotados, é corriqueiro.
“Só papos”
(Por Ana Maria Campos, Eixo Capital, CB, 01/09/22)
“Eu venci em 26 processos na Justiça Federal. Só fui condenado por um juiz e um procurador porque eles tinham interesses políticos e não queriam que eu fosse candidato em 2018. Mesmo com todas as absolvições tem gente que insiste em não reconhecer” (Ex-presidente Lula)
“Não tenho dúvidas de que você, Lula, é tão inocente como o Eduardo Cunha. Ser beneficiado por um erro do STF não te absolve. O Tribunal de Porto Alegre e o STJ também te condenaram. E o STF não disse que você é inocente. Pare de mentir ao povo”. (Ex-juiz Sergio Moro, candidato ao Senado pelo União Brasil)
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/09/01/interna_cidades,372910/eixo-capital.shtml)
. . .”Niemeyer não acredita em Deus; e eu não acredito em Niemeyer.”. . .
“Igrejas de Niemeyer”
(Por Severino Francisco, Crônica da cidade, CB, 01/09/22)
Quando conheceu a igrejinha de São Francisco de Assis, na Pampulha, criada por Oscar Niemeyer, em Belo Horizonte, o agnóstico Oswald de Andrade afirmou: “É a única igreja que converte”. Pampulha funcionou como ensaio para Brasília. Por aqui, Niemeyer espalhou cinco templos, alguns são joias da arquitetura: a Catedral Metropolitana de Brasília, a Igrejinha da 307/308 Sul, a Capela do Palácio da Alvorada, a Catedral Militar Rainha da Paz e a Igreja Ortodoxa de Brasília.
Ao todo, Niemeyer riscou 16 edificações religiosas pelo Brasil e pelo mundo. Quem visita as catedrais, igrejas e capelas que ele inventou costuma sentir duplo espanto: com o êxtase estético e com a informação inquietante de que o autor daquelas obras era um ateu de carteirinha. Como explicar tal contradição?
Em um precioso texto para o livro As igrejas, Niemeyer toca na questão. Lembra que nasceu e morou, durante toda a juventude, em Laranjeiras, na casa dos avós Ribeiro de Almeida. Era uma família profundamente católica: “A sala de visitas tinha cinco janelas — três delas dando para os lados”, evoca Niemeyer. “Numa destas, minha avó embutiu um oratório, que, aos domingos, abrindo para a sala, permitia que a missa fosse rezada em casa, tão religiosa era a nossa família.”
Mas, apesar disso, ele não alimentou nenhum sentimento religioso. Com pouco mais de 20 anos, participava de campanhas para arrecadar donativos a serem distribuídos aos pobres. A ideia de um Deus todo poderoso, criador de todas as coisas, desapareceu do seu pensamento.
No entanto, ficou impressa na memória afetiva a lembrança de que aquelas pessoas eram gente boa e bem-intencionada, que manifestava uma atitude generosa e solidária diante da pobreza: “Tudo isso explica a minha postura compreensiva e quase indulgente em relação aos que creem num Deus invisível e onipotente, aceitando, conforme tem acontecido, projetar uma igreja, uma catedral ou uma simples capela como a que acabo de desenhar, a pedido do meu amigo Irineu Marinho”, escreve Niemeyer.
Além disso, há um aspecto essencial a ser considerado: a edificação de um templo é um tema muito rico para um arquiteto: “Com que prazer desenhei as colunas da Catedral de Brasília, a subirem em círculo, criando a forma desejada! E lembro os contrastes de luz que adotei, tão importantes no interior de uma catedral”.
Niemeyer reconhece que, quando projetava uma catedral, o prazer que sentia em ver a obra bem realizada era muito menor do que a importância que lhes dão aqueles que vão frequentá-la, pois é ali que acreditam estarem perto de Deus.
Mas, embora não acreditasse em um ser supremo que tudo criou e tudo rege, ao erguer templos, Niemeyer toca no sublime, que é uma dimensão do sagrado. Esse é um pequeno milagre da arte. Niemeyer não acredita em Deus; e eu não acredito em Niemeyer.
Para imaginar as obras que criou é preciso ter altas conexões espirituais. E, neste sentido, talvez ele pudesse afirmar: ateu, graças a Deus ou graça aos deuses.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/09/01/interna_cidades,372919/cronica-da-cidade.shtml)
E o Maranhense Pinheiro Marques, sempre comentava: “Cristo falava por parábolas para proclamar o Reino de Deus às multidões. Niemeyer, ateu, usou e abusou de parábolas em suas obras!”
Cassino não pode. Jogatina, sim!
“Aprovada loteria para saúde e turismo”
(DEU no http://www.correiobraziliense.com.br)
A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 1561/2020, que permite ao governo federal criar loterias para financiar as áreas de Turismo e Saúde. As apostas podem ser feitas fisicamente ou virtualmente e serão geridas por empresas privadas.
Com a aprovação do PL de relatoria do deputado federal Giovani Cherini (PL-RS), o Ministério da Economia tem 30 dias para definir a concessão da Loteria da Saúde e da Loteria do Turismo.
“Essa loteria será o grande lance para se pagar o piso dos enfermeiros”, disse o relator, que ainda ressaltou que a Caixa Econômica Federal também pode participar do edital para administrar os jogos.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/brasil/2022/09/01/interna_brasil,372942/deu-no-www-correiobraziliense-com-br.shtml)
Atentem “Loteria do Turismo”. . .
Em todo o mundo, os cassinos são atrativos turísticos!
“. . .A poliomielite não tem cura, mas tem prevenção: a vacina. É segura, eficaz e gratuita.”. . .
“A ameaça está de volta”
(Por Cida Barbosa, CB, 01/09/22)
O panorama é assustador: o Brasil está longe de atingir a meta de cobertura vacinal para a poliomielite, de 95% — estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como segura na proteção contra a doença. O público-alvo da campanha nacional de imunização, em curso desde 8 de agosto, são crianças menores de 5 anos, num total de 14,3 milhões. Mas, até segunda-feira, apenas pouco mais de três milhões tinham recebido as doses.
Ao não aderir à vacinação, o Brasil expõe suas crianças a um perigo avassalador. Conforme destacou a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), uma em cada 200 infecções pela doença leva à paralisia irreversível de membros, principalmente pernas. E entre os atingidos pela enfermidade, 5% a 10% morrem por causa de paralisia dos músculos respiratórios.
Como o país não registra casos de pólio desde 1989 — graças, justamente, à vacinação em massa que costumava fazer —, há a percepção de que a doença não oferece mais risco. Um grave equívoco. O vírus continua a circular pelo mundo. Há surtos em quase três dezenas de nações.
Mas não é só esse ponto a explicar a baixa cobertura vacinal. Há as fakes news sobre imunizantes, disseminadas, inclusive, por autoridades públicas; e a falta de campanhas massivas do governo alertando para os perigos e orientando a imunização. Todos esses fatores contribuem para a tempestade perfeita em favor desse mal.
Ante a baixa adesão à vacina, a SBIm lançou, no último dia 22, a campanha “Paralisia infantil — a ameaça está de volta”, que empresta o título a esta coluna. O presidente da entidade, Juarez Cunha, foi enfático: “Temos uma geração que, graças às vacinas, não sabe como a pólio é terrível. Não podemos aceitar que crianças deixem de andar ou até mesmo sejam obrigadas a passar a vida com auxílio respiratório por causa de uma doença prevenível.
Podemos ter de enfrentar uma tragédia em breve, mas ainda há tempo de evitá-la”. É isso. A poliomielite não tem cura, mas tem prevenção: a vacina. É segura, eficaz e gratuita.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/09/01/interna_opiniao,372902/a-ameaca-esta-de-volta.shtml)
. . .”Depois de eleito e empossado, essas tendências desaparecem da mesma forma como vieram: sem deixar rastros.”. . .
“Espada na mão, venda nos olhos e o futuro do país.”
(Circe Cunha, Coluna VLO, CB, 01/09/22)
No Brasil, já se sabe, a radicalização política é uma forma de manter o status quo dentro de uma primícia antiga, na qual o atraso e subdesenvolvimento tornaram-se o único projeto de futuro. Um projeto, diga-se de passagem, comum a todos os protagonistas políticos, sejam eles de esquerda ou direita. Na realidade, dada a inconsistência do que vem a ser ideologia de esquerda ou de direita, qualquer matiz político tem servido como vestimenta ou fantasia temporária nas eleições.
Depois de eleito e empossado, essas tendências desaparecem da mesma forma como vieram: sem deixar rastros. Houvesse uma preocupação real por parte do Congresso em debater, preliminarmente, os programas de governo de cada candidato, verificando a plausibilidade de cada um diante da realidade nacional, outra seria a eleição. A publicação do Correio Braziliense de 26/08 sob o título “Ciro diz que Lula copiou sua proposta para reduzir endividamento” mostra que não há seriedade na elaboração da diretriz governamental.
Houvesse também, por parte da Justiça que porta a espada, uma peneira, capaz de filtrar e barrar aqueles postulantes maculados por crimes, outra seria a eleição. É essa incapacidade orgânica da justiça da venda nos olhos, de formalização legal de candidatos capazes de enfrentar os problemas nacionais, que está na origem da atual e tumultuada campanha eleitoral.
A entrega dos destinos do país nas mãos de uma quantidade enorme de partidos sem consistência e com a visão voltada apenas para o próprio umbigo, deu no deu. Persistir nesse caminho é aprovar o projeto a permanência desse nefasto e secular projeto de atraso. Há candidatos de sobra e cidadãos de menos. Da mesma forma há partidos demais e agremiações políticas de base popular e autêntica, de menos. Para situações extremadas como a vivida no presente, talvez caberiam soluções do mesmo porte.
Uma medida, capaz de pôr ordem no banzé eleitoral e que vem sendo defendida, não abertamente, mas no silêncio das confabulações racionais, é a de adiar, por mais um ano, as eleições, preparando o terreno e abrindo veredas para um novo e civilizado pleito, onde o instituto da reeleição seria banido, de vez. O mandato para presidente da República passaria de quatro para cinco anos.
O enxugamento do número de legendas seria posto em prática. O instituto da ficha limpa mantido conforme o desenho feito pela população. O retorno da Lei da Improbidade Administrativa mantido conforme foi proposto em sua origem. A impressão física do voto implementada com a intenção de dirimir quaisquer dúvidas.
Com essas medidas apenas, a chanchada eleitoral cederia lugar à uma campanha moderna e de primeiro mundo. A partir dessas medidas essenciais, outras mudanças importantes para o país, viriam por inércia natural, como é o caso da reforma tributária, política e administrativa. Dizer que somente os gênios são capazes de enxergar o óbvio, não resolve a questão. A questão aqui é não ter medo de ousar e resolver de vez os problemas que afligem a população e não ficar buscando eternamente meios de resolver os problemas dos políticos e de suas legendas, dando-lhes, além de bilhões de reais, todos os meios possíveis para que apenas eles e seus grupos permaneçam como cidadãos de primeira classe.
A questão aqui é colocar a população na primeira classe, relegando o Estado o lugar que lhe cabe, que é o de servir ao povo e não servir-se do povo.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/09/01/interna_opiniao,372908/visto-lido-e-ouvido.shtml)
3 manchetes extraídas do portal UOL, só para reflexão:
1) Candidato do Piauí diz a jornalista: ‘Você é quase negra, mas é inteligente’
2) Justiça Militar de SP diz que PM pisar em pescoço de mulher negra foi ‘necessário’
3) Polícia confunde vape com arma, atira e mata homem negro de 20 anos nos EUA
Pois é. . .”A chuva que cai”
https://www.ouvirmusica.com.br/os-vips/1377975/
Querem usar os aposentados como bengala. Que vergonha!
“Empresários vão propor ‘nova CPMF’ para bancar aposentadorias.”
(Por Mariana Londres, do UOL, em Brasília)
Um grupo de empresários, dos setores de serviços e do comércio, defende a substituição dos impostos sobre a folha de pagamentos por um novo imposto de base ampla, cobrado sobre as movimentações financeiras de todos os brasileiros para bancar a seguridade social. O nome provisório do tributo é CP, ou Contribuição Previdenciária e ele tem semelhanças e também diferenças com a extinta CPMF (Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira)…
(+ em https://economia.uol.com.br/colunas/mariana-londres/2022/09/01/desoneracao-folha-substituicao-tributaria.htm?cmpid=copiaecola)
Já o posto ipiranga do capitão zero zero, quer usar os impostos dos cassinos para financiar os salários dos enfermeiros.
Porquê essa corja não faz um movimento para acabar com os pornográficos orçamento secreto, fundo eleitoral, fundo partidário, e outros escoadouros dos recursos públicos?
Garanto que muito dinheiro graudo sobraria para causas justas. . .
“Pergunta no grupo”
(Cláudio Humberto, Diário do Poder, 01/09/22)
Se figurinha gera busca e apreensão, gif leva à prisão preventiva e vídeo à cadeira elétrica?
“Resposta no varejo”
(Matutildo, aqui e agora)
Se for adversário político, sim!
Muito além dos vermelhóides esquerdopatas corruPTos & corruPTores
. . .”O homem cujas reformas econômicas e políticas levaram à dissolução da URSS teve papel crucial no fim da Guerra Fria. Ele morreu após doença grave e prolongada, em Moscou”. . .
“Mikhail Gorbachev, 91, ex-líder soviético”
(Por Rodrigo Craveiro, Caderno Mundo, CB, 31/08/22)
Na noite de ontem, o mundo perdeu uma das derradeiras e mais importantes personalidades do século 20, um líder que promoveu a abertura da União Soviética (URSS), além de contribuir para derrubar a Cortina de Ferro e unir nações. Em 1990, recebeu o Prêmio Nobel da Paz por seu “papel de liderança pelas mudanças radicais nas relações entre Oriente e Ocidente”. No ano seguinte, não pôde evitar a dissolução da URSS. “Hoje, após uma grave e prolongada doença, Mikhail Sergeyevich Gorbachev, morreu”, afirmou, em nota, o Hospital Clínico Central (TSKB, na sigla russa), de Moscou. Aos 91 anos, o último presidente soviético será sepultado no cemitério Novo-Dyevitchiye, ao lado de sua mulher, Raisa, na capital da Rússia. O homem que lutou pelo fim da Guerra Fria se despediu da vida em meio ao confronto entre Rússia e Ucrânia, duas ex-repúblicas soviéticas.
O presidente russo, Vladimir Putin, expressou suas “profundas condolências pela morte de Mikhail Gorbachev”. “Pela manhã, ele enviará um telegrama de condolências para a família e amigos (de Gorbachev)”, anunciou Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, no começo da madrugada de hoje, em Moscou.
Glasnost (“Transparência”, em russo) e perestroika (“Reestruturação”). Os dois termos se confundem com o nome de Gorbachev, que deixou um legado ambivalente dentro da Rússia. Se conseguiu reformas democráticas e econômicas importantes, que abriram espaço para as liberdades de expressão e de imprensa, o ex-dirigente soviético foi responsabilizado por muitos russos pelo fim da superpotência. A União Soviética se desintegrou em 25 de dezembro de 1991. Em seu discurso de renúncia, no mesmo dia, Gorbachev disse ter supervisionado a viagem da URSS pelo “caminho da democracia” e lembrou que as reformas impostas durante os seis anos em que esteve no poder reorientaram a economia, abrindo-a ao mercado.
Em uma entrevista, ao falar sobre as reformas, Gorbachev confidenciou que teve como “estrelas orientadoras” a liberdade e a democracia. “Não houve derramamento de sangue. O povo deixaria, assim, de ser um rebanho liderado por um pastor. Os russos se tornaram cidadãos”, comemorou.
“Gorbachev não recebeu o reconhecimento que merece pelo colapso pacífico da União Soviética. Quando soube que os líderes da Ucrânia, de Belarus e da Rússia estavam dissolvendo a União Soviética, pelas suas costas, na Floresta de Belavezha, em dezembro de 1991, ele não utilizou a violência para suprimi-los”, afirmou ao Correio Yelena Biberman, professora do Skidmore College (em Nova York) e da Universidade de Harvard e especialista do instituto Atlantic Council.
Nascida na atual Belarus, então União Soviética, em 1982, ela passou a infância sob a liderança de Gorbachev. “Depois da dissolução da URSS, o líder russo, Boris Yeltsin, estava a caminho de um encontro com Gorbachev. Yeltsin teve tanto medo de ser assassinado que bebeu até o estupor, dentro do avião. Apesar de nervoso e frustrado, Gorbachev renunciou pacificamente. Seria impossível imaginar alguém como Vladimir Putin fazendo isso”, comentou Yelena.
Para Angelo Segrillo, professor de história da Universidade de São Paulo (USP) e autor de Os russos, Gorbachev “literalmente mudou o mundo”. “Com a perestroika, ele não apenas reformou, internamente, a União Soviética, como também mudou a relação das duas grandes superpotências. O mundo era bipolar e de confrontação, dominado pelos EUA e pela URSS. Aos poucos, Gorbachev mudou isso com a perestroika, ao conseguir um ambiente mais colaborativo”, explicou à reportagem.
Segrillo cita, como grande avanço político de Gorbachev, a possibilidade de abertura. “Os soviéticos puderam falar e discutir abertamente. No campo econômico, a URSS tinha aspectos positivos, principalmente no campo social, como uma menor desigualdade, moradias baratas, comida subsidiada, acesso gratuito à saúde. Isso se deteriorou muito, posteriormente. Por outro lado, a economia se tornou mais dinâmica, capitalista. Mas, certamente, Gorbachev é um dos líderes que capitaneou um processo que transformou o planeta.”
O professor da USP reconhece que Gorbachev perdeu o controle, durante esse processo de abertura. “Ele até chegou a sofrer uma tentativa de golpe. Quando voltou ao poder, em 1991, tinha perdido muito da legitimidade, o que levou à dissolução da URSS. Mais ou menos dentro de suas limitações, Gorbachev tentou conduzir essa abertura de maneira democrática”, disse Segrillo.
“A morte de Gorbachev representa o fim de uma era. Ele era o último grande líder político que protagonizou a velha ordem mundial, o período de enfrentamento entre os blocos socialista e capitalista, entre EUA e URSS”, admitiu ao Correio Cesar Albuquerque, pesquisador e doutorando da USP. “Independentemente das críticas, Gorbachev teve um protagonismo central nos processos que levaram à dissolução da União Soviética, à transição da antiga economia socialista de volta à estrutura capitalista e, principalmente, ao encerramento do período da Guerra Fria”, destacou o especialista, que defendeu a dissertação de mestrado sobre a evolução do pensamento econômico e político de Gorbachev ao longo da perestroika. O mesmo tema é abordado por Albuquerque na tese de doutorado, abarcando o antes, o durante e o depois da perestroika.
Repercussão
O secretário-geral da ONU, António Guterres, classificou Gorbachev como “um estadista único que mudou o curso da história” e “fez mais do que qualquer outro indivíduo para alcançar um final pacífico da Guerra Fria”. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, destacou que ele foi “um líder digno de confiança e respeitado”. “Ele desempenhou um papel fundamental para pôr fim à Guerra Fria e derrubar a Cortina de Ferro. Abriu o caminho para uma Europa livre. Esse é um legado do qual nunca nos esqueceremos”, declarou.
O primeiro-ministro demissionário do Reino Unido, Boris Johnson, enalteceu “seu compromisso incansável com a abertura da sociedade soviética”. Nos Estados Unidos, a Fundação e Instituto Ronald Reagan lamentou a perda de “um homem que, de adversário político do ex-presidente americano, tornou-se amigo”. “Nossos pensamentos e orações vão para a família de Gorbachev e o povo da Rússia”, afirmou, em nota.
Depoimento
“Estive com ele por dez horas”
Por José Miguel Vivanco
“Em 2002, tivemos uma reunião em Miami, durante a qual me convidaram para um almoço com Gorbachev. À noite, participei de um painel com ele, em que falamos sobre democracia e sobre as relações entre EUA e Cuba. Tive a oportunidade de estar praticamente o dia todo com Gorbachev. Chegamos cedo ao local do evento. Por volta das 10h, caminhamos pela praia, conversando até o almoço. Depois da refeição, seguimos debatendo até o jantar.
Foi um encontro notável. Pudemos falar de sua experiência no enfrentamento da crise na União Soviética. Ele contou-me sobre suas conversas com os governantes do Leste Europeu, na época, todos ditadores. Para Gorbachev, a autodeterminação era o princípio fundamental do qual dependia sua visão da estabilidade democrática. O povo teve a liberdade para, democraticamente, decidir o próprio futuro.
Ele considerava que a falta de liberdades e do Estado de Direito no Leste Europeu se devia à dominação da velha URSS e ao esforço em impor um sistema que não coincidia ou não correspondia às posição majoritárias dos países da região.”
Diretor da Divisão das Américas da Human Rights Watch (HRW) e especialista em América Latina
Eu acho…
“Na Rússia, especialmente durante a era Putin, Gorbachev era amplamente visto como um político egoísta e tolo, que permitiu o colapso da União Soviética. Na realidade, ele era um político de nova geração, se comparado com a ‘velha guarda’ do Partido Comunista. Acredito, genuinamente, que seu desejo era o de transformar o país. Gorbachev não esperava tanta reação de ambos os lados — os linha-dura, que queriam trazer de volta o status quo anterior, e os democratas, que almejavam uma transformação rápida e revolucionária.” (Yelena Biberman, bielorrussa, professora do Skidmore College (em Nova York) e da Universidade de Harvard)
“O processo político iniciado por Gorbachev, a reforma de um sistema poderoso e antes baseado em repressão, era difícil de ser liderado mantendo-se uma atitude democrática. Assim que ele abriu a panela de pressão do sistema, surgiram várias tendências, indo em todas as direções: a esquerda, a direita, o centro. Seria um processo complicado para qualquer líder. Uma solução seria seguir o modelo chinês: abrir a economia, mas não a política. Essa não era uma opção para Gorbachev, que também queria uma abertura no campo político.” (Angelo Segrillo, professor de história da Universidade de São Paulo (USP) e autor de Os russos.)
“A partir de 1985, Gorbachev exerceu papel central nas reformas políticas e econômicas internas e na mudança geopolítica mundial. Todos aqueles que viveram o período da Guerra Fria estavam acostumados a uma realidade de tensões. O perigo de uma guerra nuclear era assunto recorrente. Ao fim da sua gestão, em 1991, esse risco havia praticamente se dissipado. A Guerra Fria deixou de ser uma realidade, e o mundo passou a se organizar em novas bases.”
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/cadernos/mundo/capa_mundo/)
“Por que as empresas estão de olho no mercado de crédito de carbono”
(Mercado S/A., CB, 31/08/22)
Já houve um tempo em que metas ambientais eram apenas jogo de cena das empresas para transmitir uma imagem positiva ao mercado. Hoje em dia, é diferente.
Os indicadores são acompanhados de perto por certificadoras que não se arriscariam a ludibriar a opinião pública com avaliações fajutas.
O mercado de crédito de carbono foi outro fator que conferiu maior seriedade a esse tema.
Como se sabe, os créditos de carbono são certificados atrelados a projetos de redução das emissões de gases do efeito estufa (GEE).
Essa diminuição é quantificada (em toneladas de gases) e convertida em títulos negociados com governos, empresas e até pessoas físicas.
Portanto, o que está em jogo é dinheiro — muito dinheiro, diga-se.
Segundo estudo realizado pelas consultorias ICC Brasil e Way Carbon, o mercado brasileiro tem potencial para gerar US$ 100 bilhões em receitas até 2030.
Ou seja: cedo ou tarde, nenhuma empresa vai querer ficar fora disso.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/economia/2022/08/31/interna_economia,372868/mercado-s-a.shtml)
“Livro sobre improbidade”
(Por Luana Patriolino, eixo Capital, CB, 31/08/22)
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) lança, em 21 de setembro, a obra Lei de Improbidade Administrativa — Principais Alterações da Lei n. 14.230/2021 e o impacto na Jurisprudência do STJ.
O livro tem entre os autores o recém-empossado vice-presidente da Corte, ministro Og Fernandes.
A co-autoria é do juiz federal Frederico Augusto Leopoldino Koehler e dos assessores Jacqueline Paiva Rufino e Silvano José Gomes Flumignan.
O prefácio é do ministro Mauro Campbel Marques.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/08/31/interna_cidades,372855/eixo-capital.shtml)
. . .”Vamos vacinar as nossas crianças de 0 a 5 anos e protegê-las da poliomelite.”. . .
“A pergunta veraz”
(Por Severino Francisco, Crônica da Cidade, CB, 31/08/22)
Durante o debate dos presidenciáveis, a jornalista Vera Magalhães fez uma pergunta crucial, dirigida ao presidenciável Ciro Gomes, com comentário do candidato Jair Bolsonaro. É importante citar, integralmente, o texto para que não pairem dúvidas:
“Queria saber em que medida o senhor acha que a desinformação sobre as vacinas, difundida inclusive pelo presidente da República, pode ter contribuído, além de agravar a pandemia de covid-19 e causar mortes que poderiam ter sido evitadas, também para desacreditar a população quanto à eficácia das vacinas em geral e qual é a sua proposta para recuperar o Plano Nacional de Imunização, que já foi orgulho nacional e uma referência para o mundo?”
Vejam, Vera, simplesmente, ateve-se ao óbvio e à veracidade dos fatos. Para certificar que a repórter diz a verdade, basta consultar os vídeos em que o presidente afirma que quem tomasse vacina poderia virar jacaré ou ser contaminado pelo vírus da aids. Tudo sob a complacência da Procuradoria-Geral da República.
No entanto, a reação do presidente não poderia ser mais misógina, destemperada, desrespeitosa e covarde: “Vera, não podia esperar outra coisa de você. Acho que você dorme pensando em mim. Você tem alguma paixão por mim. Você não pode tomar partido num debate como esse, fazer acusações mentirosas a meu respeito. Você é uma vergonha para o jornalismo, mas tudo bem”.
Não foi a primeira nem será a última vez que sua excelência tem problema com mulheres, principalmente com as mulheres competentes, inteligentes e dignas. A reação do candidato é a prova mais cabal da pertinência da pergunta. Mas o que me espantou foi a letargia da resposta dos candidatos homens.
Lula e Ciro Gomes se manifestaram quase uma hora depois do incidente. Eu também discordo de algumas análises de Vera. Mas o que está em jogo não é isso; é a covardia de um candidato contra uma mulher e contra uma jornalista.
Ela só foi bravamente defendida pelas candidatas mulheres, Simone Tebet e Soraia Tronicke. A coordenação do debate deveria repreender ao candidato misógino e conceder espaço para que a jornalista se defendesse do ataque despropositado. A pergunta da jornalista não poderia ser mais veraz e corajosa. Honrou o bom jornalismo.
O Brasil não registra casos de poliomelite desde 1990 e, em 1994, recebeu o certificado de eliminação da pólio. Vejamos: em 2015, o índice de vacinação contra a poliomelite foi de 98%. Em 2021, o percentual baixou para 69,9%. Isso acendeu um sinal de alerta, porque essa terrível doença contagiosa pode voltar. Propagar o negacionismo da vacina não é liberdade de expressão; é crime. E quem pratica tal delito só não é preso porque a justiça está invertida.
Em vez de passar a boiada do orçamento secreto e do pacote da destruição ambiental, os nossos deputados deveriam legislar para punir mais severamente quem pratica crimes negacionistas contra a saúde pública. Eles podem provocar a paralisia nas pernas e nos braços de crianças para sempre. É essa a consequência do negacionismo.
Enquanto não é possível responsabilizar os autores desses descalabros, vamos ignorar os políticos irresponsáveis e as autoridades omissas. Os postos de imunização estão funcionando. Vamos vacinar as nossas crianças de 0 a 5 anos e protegê-las da poliomelite.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/08/31/interna_cidades,372865/cronica-da-cidade.shtml)
É Catarinense!
(Fort Atacadista abre a 50ª loja do país no DF)
(Por Samantha Sallum, Capital S/A., CB, 31/08/22)
A Fort Atacadista está em expansão e inaugura hoje nova loja, chegando agora ao Recanto das Emas. É a 50ª unidade do Grupo Pereira no país e a quinta na capital federal. A loja Recebeu investimento de R$ 65 milhões na região, que completou 29 anos e tem mais de 150 mil habitantes.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/08/31/interna_cidades,372858/capital-s-a.shtml)
(+sobre a Fort em: https://www.fortatacadista.com.br/institucional/)
Sobre o Recanto das Emas: “É um lugar que vem se destacando no Distrito Federal, com franca urbanização e novas opções de consumo para atender o público local. Trazer essa unidade representa um avanço para o Grupo Pereira, também Benefício para a cidade”, disse o vice-presidente comercial do Grupo Pereira, João Pereira. Foram abertas 210 vagas de trabalho.
(Na mesma matéria)
. . .”“Ninguém é mais arrogante em relação às mulheres, mais agressivo ou desdenhoso do que o homem que duvida de sua virilidade.” A frase, da escritora e feminista francesa Simone de Beauvoir (1908-1986), poderia servir de arcabouço para a reflexão de machistas e misóginos.”. . .
“Todo respeito às mulheres”
(Por Rodrigo Craveiro, Opinião, CB, 31/08/22)
Foi uma ofensa às mulheres, à imprensa, à liberdade de expressão e ao Estado democrático de direito. O insulto de Jair Bolsonaro contra a jornalista Vera Magalhães escrachou a misoginia do ocupante do cargo mais alto do poder no Brasil. “Você é uma vergonha para o jornalismo brasileiro”, vociferou um descontrolado presidente, durante o debate do último domingo, em uma demonstração de baixeza e de desprezo por todas as brasileiras. Demorou, mas Bolsonaro foi repreendido pelas duas mulheres adversárias.
A senadora Simone Tebet (MDB) deixou no ar uma pergunta que se sobreporia a qualquer resposta: “Por que tanta raiva de mulheres?”. Soraya Tronicke (União Brasil) disparou: “Quando homens são tchutchucas com outros homens e com mulheres são tigrão, eu fico extremamente incomodada”.
Bolsonaro deu um tiro no pé. Se precisava contar com o voto das brasileiras indecisas, para tentar encurtar a distância em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, provavelmente não o conseguirá. Em um país onde três mulheres são assassinadas por dia, vítimas do feminicídio, a declaração do chefe de Estado não é apenas bizarra, tosca e infeliz. É irresponsável. Alimenta o ódio. Inspira a misoginia. E, com toda a razão, afasta o voto feminino. Pesquisa do Ipec (antigo Ibope) mostra que apenas 29% das mulheres apoiariam a reeleição do presidente. Detalhe: a sondagem não abrangeu o debate do último domingo.
“Ninguém é mais arrogante em relação às mulheres, mais agressivo ou desdenhoso do que o homem que duvida de sua virilidade.” A frase, da escritora e feminista francesa Simone de Beauvoir (1908-1986), poderia servir de arcabouço para a reflexão de machistas e misóginos. Um presidente da República deveria se pautar pelo exemplo, pelo respeito absoluto por cada cidadão e cidadã de seu país.
Além de insultar mulheres, Bolsonaro, uma vez mais, mostrou o desdém e o ódio para com jornalistas. Talvez por sermos nós, da imprensa, os responsáveis pela apuração e pela publicação de escândalos e malfeitos de governantes. Como a denúncia publicada ontem, pela jornalista Juliana Dal Piva, do Uol, de que metade do patrimônio do clã Bolsonaro foi comprada com dinheiro vivo — 51 dos 107 imóveis pertencentes a ex-mulheres, filhos, irmãos e mãe.
Ao demonstrar arrogância, petulância e ojeriza pelas mulheres e pela imprensa, Bolsonaro apenas escancara autoritarismo e agrada à própria claque, que prefere acreditar em “notícias” espalhadas a torto e a direito pelo WhatsApp do que no jornalismo comprometido com fatos. Minha solidariedade para com a colega Vera Magalhães e todo o meu respeito pelas mulheres brasileiras.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/08/31/interna_opiniao,372850/todo-respeito-as-mulheres.shtml)
Versão tupiniquim de Hollywood:
“Dr. Jekyll and Mr. Hyde (O Médico e o Monstro):
Bolsonaro é “tchuchuca” com homens e “tigrão” contra mulheres (Senadora e candidata à PR Soraya Thronicke)
“Em editorial vigoroso, Band critica ministro do STF”
(Coluna CH, Diário do Poder, 31/08/22)
O Jornal da Band desta terça (30) divulgou editorial vigoroso criticando a operação da Polícia Federal ordenada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, chamado de “mandante de ordens ilegais”. O editorial considera que, após o fim do segredo de Justiça, esta semana, “o que apareceu não convence” e cobra a apresentação de provas. Para a Band, a troca de mensagens, “apenas opiniões sem ação, não configuram crimes”, diz o editorial, “e estão longe de fundamentar aquela operação policial.”
Livre expressão
A Band defende a livre expressão, ainda que seja contra a democracia ou em defesa de golpe, “ideia que combatemos e abominamos”.
Mais desatinos
O editorial lamenta “os sinais de que estamos diante de mais um desatino do nosso Judiciário, como tem acontecido desde a Lava Jato”.
Faltam respostas
A Band indaga se o país terá que conviver “com um ministro do Supremo que virou, de fato, mandante de ações ilegais? Um ministro justiceiro!?”.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/pesquisa-ipec-nacional-contradiz-as-estaduais)
“A Alemanha no Brasil”
(Por Andrés Ruiz, Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco, CB, 30/08/22)
A historiadora, jornalista e professora Nina Tubino lança, na quinta-feira, às 19h, o livro Caminhos dos alemães no Brasil: suas vidas, suas histórias. A publicação marca mais uma obra, de autoria da escritora, em que aborda a participação dos alemães no processo de desenvolvimento do Brasil. O lançamento ocorre no Instituto Histórico e Geográfico do DF, na SEPS EQ 703/903.
No ano que marca a comemoração do bicentenário da Independência do Brasil, Nina não poderia deixar de fora a cultura de um povo que tanto contribuiu para a formação histórica do país. Nos fragmentos de uma nação travada por guerras, diversos alemães encontraram esperança naquela creditada como a “terra do futuro”.
A influência dos germânicos, explica a autora, vem desde o descobrimento e se alastra até os mais diversos eventos. “Com eles, vieram junto a modernidade, as novas técnicas para a agricultura e para a indústria que hoje fazem parte do Brasil”, aponta. Do aporto de Pedro Álvares Cabral, sob a presença de 35 artilheiros alemães, do primeiro povoado agrícola, em São Vicente, até a origem do nome “Brasil”, do alemão brasen (queimar, ficar vermelho) e a expansão do território brasileiro com o bandeirante Wilhelm Jost Tem Glimmer, responsável pela primeira grande expedição para Minas Gerais, em 1601, a presença alemã é ilustre no país tropical.
Aos olhos de Nina, portanto, a data coincide com um importante momento histórico. “Tudo conspirou para que eu melhorasse de saúde e pudesse lançar o livro no mês da Proclamação da Independência, e em 2022, quando se celebra o bicentenário deste ato decisivo para o nosso país”, revela. A escritora credita a Maria Leopoldina, filha do Imperador do Sacro Império Romano Alemão e fundador do Império Austríaco, os trâmites do desligamento de Portugal sobre o Brasil, e reverencia: “Deparou-se com o novo mundo e nele ajudou a construir um Brasil melhor.”
Herança de infância da autora, o interesse pela caminhada do povo alemão no Brasil teve início aos 14 anos de idade, com o pai. Hoje, aos 88 anos, a gaúcha, natural de Taquari (RS), coleciona diversos estudos e registros sobre um dos assuntos que mais se aprofundou.
A admiração de Nina Tubino ultrapassa as fronteiras físicas. A historiadora foi várias vezes à Alemanha pesquisar arquivos históricos, que contribuem para maior compreensão familiar e embasamento dos estudos realizados. Ela procura inspirar e encorajar os leitores, em um país tão miscigenado, a irem atrás da própria história: “Desejo oferecer, para as próximas gerações, a oportunidade de conhecerem e valorizarem suas origens. Essa é uma experiência fascinante, diria que até mesmo libertadora.”
Caminhos dos alemães no Brasil: suas vidas, suas histórias.
Lançamento na quinta-feira, às 19h, no Instituto Histórico e Geográfico do DF (SEPS EQ 703/903)
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/08/30/interna_cidades,372807/a-alemanha-no-brasil.shtml)
Do Eixo Capital, no CB de 30/08/22, extraí este “chute nos bagos”:
Campanha milionária
Além da estrutura administrativa que lhe garante entregas diárias ao eleitor, não falta dinheiro na campanha do governador Ibaneis Rocha (MDB). Além dos R$ 3 milhões que recebeu de seu partido, do Fundo Eleitoral, Ibaneis declarou mais R$ 1,5 milhão do PP, legenda da vice na chapa, a deputada federal Celina Leão. Ibaneis já arrecadou 63% do limite de gastos previsto para o primeiro turno, que é R$ 7,1 milhões. Na primeira eleição, em 2018, Ibaneis recebeu R$ 1,379 milhão do MDB e aplicou do próprio bolso R$ 3,7 milhões.
Despesa com advogados
A única despesa até agora registrada por Ibaneis Rocha foi com o escritório de advocacia Rangel Ferreira Advogados. Foram destinados R$ 300 mil. O principal serviço foi a impugnação do registro da candidatura do empresário Paulo Octávio (PSD).
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/08/30/interna_cidades,372814/eixo-capital.shtml)
E ainda tem suprema lagosta exigindo quarentena para juízes e delegados concorrerem à cargos eletivos, por estarem muito expostos na mídia. . .
Quem sabe juntar as letras adequadamente, forma
“Tantas palavras”
E se somos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte,
de fome um pouco por dia
(João Cabral de Melo Neto)
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/08/30/interna_cidades,372808/tantas-palavras.shtml)
. . .e de decepções, todos os dias!
Vai entrar para a história como “a tchutchuca da tchutchuca do centrão”
“Moro pede a Guedes para gravar vídeo de apoio, mas ministro resiste”
(Por Claudio Dantas, O antagonista, 30/08/22)
Depois da propaganda em que diz ter “o mesmo adversário” que Jair Bolsonaro, Sergio Moro agora pediu a Paulo Guedes que grave um vídeo de apoio à sua campanha ao Senado. O objetivo é tentar reduzir a rejeição do ex-ministro no eleitorado bolsonarista, que é majoritário no Paraná.
Desde que deixou o Ministério da Justiça, acusando o presidente de interferir na Polícia Federal, Moro passou a ser tratado como “traidor” pelo governo. Guedes, porém, manteve alguma interlocução, pois foi quem convidou o ex-juiz da Lava Jato a integrar o gabinete após a vitória eleitoral de 2018.
O ministro da Economia lamenta até hoje o racha entre Moro e Bolsonaro. Ele avalia que o presidente perdeu suporte do eleitorado lavajatista, essencial para virar o jogo na atual campanha. Mesmo assim, Guedes não deve gravar o vídeo pedido pelo ex-juiz, para não virar alvo da guerrilha digital bolsonarista e acabar também com a pecha de traidor.
(Fonte: https://oantagonista.uol.com.br/brasil/moro-pede-a-guedes-para-gravar-video-de-apoio-mas-ministro-resiste/?utm_campaign=TER_TARDE&utm_content=link-828872&utm_medium=email&utm_source=oa-email)
Vaza, moro!
Penso que tal MP prescreverá, pois. . .
. . .”A MP 1116 está prevista para ser votada nos próximos dias, e propõe uma série de mudanças na CLT e na Lei da Aprendizagem, que trarão retrocesso significativo para os aprendizes,”. . .
“O drama da aprendizagem profissional no Brasil”
(Por Marcelo Gallo, Superintendente de Administração, Finanças e Tecnologia do CIEE, CB, 30/08/22)
Um dos grandes dramas da sociedade atual é a empregabilidade jovem. Essa situação é vista em diferentes nações, especialmente na Europa, em países como Espanha e Itália, e também na América Latina, em especial no Brasil. Onde, conforme dados do IBGE, no primeiro trimestre deste ano, o desemprego dos jovens entre 14 e 17 anos chegou a 36,4%, e aos 22,8% entre aqueles com 18 a 24 anos.
No caso do Brasil, temos várias causas que atuam em conjunto para os elevados índices de desemprego na faixa etária mais jovem, como a baixa escolaridade, falta de experiência, crescimento do PIB aquém do necessário para garantir a geração de emprego para as novas gerações, entre outras. Entretanto, há uma “vacina” que pode combater essa situação: a Aprendizagem Profissional, programa que permite a tão necessária experiência no mundo do trabalho ao mesmo tempo em que combate a triste chaga da evasão escolar no Brasil, pois enquanto for aprendiz, o jovem não pode abandonar o ensino regular.
Estabelecendo aqui um parênteses, especificamente sobre a evasão escolar, uma pesquisa da Fundação Roberto Marinho, apontou que São Paulo tem o “melhor” percentual de jovens com 19 anos que não concluíram o ensino médio, onde “apenas” 21,7%” deles não chegaram ao último ano do ensino regular. O pior cenário está na Bahia, onde 57,1% dos jovens da mesma faixa etária não finalizaram os estudos. Uma tragédia nacional que custará muito caro às futuras gerações e ao País.
Em outra pesquisa, desta vez encomendada pelo Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE, à Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) e conduzida pelo professor Helio Zylberstajn, é possível conferir dados importantes a respeito da Aprendizagem Profissional e a situação dos jovens no mundo do trabalho. O levantamento aponta que 47,9% dos jovens entre 14 e 24 anos trabalham no mercado informal, contra uma média da população acima de 24 anos de 40,4%. Também mostra que os jovens são os mais desalentados, e representam 5% da população nessa condição, contra 2,3% nas faixas etárias superiores. São também os mais subocupados, com taxa de 10,5%, contra 6,6% dos mais velhos.
Mas nem tudo está perdido. A mesma pesquisa revelou que entre as empresas que contratam aprendizes, 39,9% delas citaram como muito importante a redução de custos em programas de treinamento e recrutamento. Também foi mencionada a responsabilidade social por 36,2% das organizações. Os benefícios são também fiscais, pois, conforme dados do estudo elaborado pela FIPE, enquanto um funcionário CLT tem 76,9% de encargos e contribuições sobre o salário, o aprendiz representa apenas 55,7%.
Para a economia nacional, em 2017, a massa salarial recebida pelos aprendizes gerou um impacto no PIB de aproximadamente R$ 8 bilhões, pois os jovens deixam de ser meros espectadores do mercado consumidor, para serem participantes. Muitos, inclusive, auxiliando nas despesas da família. Outro destaque positivo demonstra que para aproximadamente 90% das companhias, o jovem aprendiz é importante, muito importante ou essencial para os resultados alcançados pela organização, sendo que 41% das empresas responderam que a possibilidade de efetivação ao final do contrato era alta ou muito alta.
Um ponto de atenção que consta do material da FIPE, mostra que a cota obrigatória de 5% estava em apenas 2%. Há, portanto, uma janela de oportunidade para os jovens brasileiros, pois as vagas para aprendizes podem dobrar nos próximos anos, desde que tenhamos um marco regulatório claro, sem sobressaltos produzidos por medidas provisórias intempestivas ou normas infralegais que mudam a todo momento.
Nesta toada, é necessário destacar que encontra-se em análise pela deputada federal Celina Leão, relatora da Medida Provisória 1116, mais uma medida com tais características. A MP 1116 está prevista para ser votada nos próximos dias, e propõe uma série de mudanças na CLT e na Lei da Aprendizagem, que trarão retrocesso significativo para os aprendizes, como a suspensão de prazo para que as empresas cumpram suas cotas de contratação de aprendizes; contratos de até quatro anos para aprendizagem, dificultando o acesso de outros jovens e criando um programa extremamente longo, praticamente o tempo de uma faculdade.
Instaura a precarização do trabalho através da Lei da Aprendizagem e a competição desleal com aqueles que cursam apenas o ensino médio, exatamente a população com maior dificuldade de acessar o mundo do trabalho, especialmente das periferias das grandes cidades e dos municípios do interior. Entre outras mazelas que constam no texto da medida provisória e que já foram duramente criticadas por auditores fiscais do trabalho e pela Coordenação Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Coordinfância), do Ministério Público do Trabalho.
Esperamos que a relatora, deputada Celina Leão, tenha amplo conhecimento das supracitadas mazelas, e reflita a respeito dos retrocessos impostos pela MP 1116 aos jovens, especialmente aos mais vulneráveis. Por fim, entendemos que os artigos relacionados à aprendizagem devem ser remetidos para estudo da Comissão Especial da Câmara, presidida pelo deputado Felipe Rigoni e com relatoria do deputado Marco Bertaiolli, que trata sobre o Estatuto do Aprendiz, através do PL 6461/19. Espaço onde a aprendizagem vem sendo amplamente debatida de forma séria, e com os mais diferentes atores da sociedade.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/08/30/interna_opiniao,372791/o-drama-da-aprendizagem-profissional-no-brasil.shtml)
. . .A Dep. Fed. Celina Leão, está concorrendo à vice governadora do DF;
. . .O Dep. Fed. Felipe Rigoni (*) é candidato á reeleição, assim como o
. . .O Dep. Fed. Marco Bertaiolli, idem. . .
(*) Rigoni ficou cego aos 15 anos, após 17 cirurgias para tentar reverter uma inflamação nos olhos.[3] Graduou-se em engenharia de produção pela Universidade Federal de Ouro Preto em 2014.[4] Após a graduação, Rigoni retornou a Linhares para trabalhar como coach e em 2016, candidatou-se a vereador em Linhares pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).[3][5]
Depois das eleições de 2016, recebeu bolsas da Fundação Lemann e da Fundação Estudar para cursar mestrado em Políticas Públicas da Universidade de Oxford, na Inglaterra[3].
(+em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Felipe_Rigoni)
. . .”Os dois mais cotados, segundo as pesquisas de opinião, mostraram uma coincidência peculiar: nenhum deles apresentou nada parecido com programa de governo ou plano de metas.”. . .
“O novo mundo”
(Por André Gustaavo Stumpf, Jornalista, CB, 30/08/22)
As entrevistas realizadas pelo Jornal Nacional, o noticiário de maior audiência na televisão brasileira, deram aos brasileiros a oportunidade de decidir em quem votar no primeiro turno para presidência da República. Os dois mais cotados, segundo as pesquisas de opinião, mostraram uma coincidência peculiar: nenhum deles apresentou nada parecido com programa de governo ou plano de metas. O único que se preocupou em revelar rumos de sua eventual administração foi Ciro Gomes. Mas ele constitui uma terceira força, longe de ameaçar os rivais, de acordo com os levantamentos realizados por institutos especializados. Simone Tebet é uma boa opção, que, no entanto, estaciona em 2% de apoio dos eleitores.
A dicotomia está colocada diante do eleitor brasileiro. Um está no poder há quase quatro anos, não cumpriu nada do que prometeu, ameaça dar golpe de Estado, agride os Poderes da República, ataca ministros do Supremo Tribunal Federal, abusa de palavrões e piadas de mau gosto. O outro nunca explicou o que ocorreu de fato diante das reiteradas denúncias de corrupção. Elas se verificaram verdadeiras no assalto continuado à Petrobras, que reduziu sua produção e se tornou uma das empresas mais endividadas do mundo. É difícil decidir entre os dois. Trata-se de uma espécie de escolha de Sofia na política brasileira.
O mundo mudou muito nos últimos tempos.
A Argentina, que já foi país desenvolvido, hoje se debate numa crise recorrente. Experimenta inflação elevada. Não possui reservas em moeda forte, seu comércio exterior é deficitário, sua indústria estacionou no tempo e as políticas populistas tentam distribuir a riqueza que não existe mais. A crise política é apenas uma face do profundo desacerto dos números da economia do país vizinho. País que possui alto nível de escolaridade, detentor de cinco prêmios Nobel, não consegue sair do labirinto em que se colocou. Tudo começou com o peronismo e quando se colocou ao lado do nazismo na Segunda Guerra.
O Chile é a novidade nessa lista. Trata-se do país com a maior renda per capita da América do Sul (US$ 23.165), país organizado, economia arrumada, mas com a população profundamente machucada pela longa ditadura de Augusto Pinochet, que não hesitou em torturar, exilar e matar. A Constituinte tenta recosturar as forças políticas dentro da sociedade. Sem êxito aparente. O novo texto constitucional corre o risco de não ser aprovado pela população, que, entre outras novidades, extingue o Senado. O presidente de esquerda, Gabriel Boric, vive momento de baixa popularidade. O país mais organizado do continente navega na direção de vários impasses.
A Colômbia foi, tradicionalmente, um país muito próximo dos Estados Unidos. Sempre elegeu presidentes conservadores. Agora, foi para a esquerda com o ex-guerrilheiro na Presidência da República, Gustavo Petro. Ele colocou outro guerrilheiro no comando do seu organismo de informações. E renovou o comando do Exército que passou a ter como missão a tarefa proteger fronteiras, a integridade territorial e promover a paz. A tentativa é acabar com a guerra interna. Falta pacificar os grupos remanescentes da guerrilha que dividiu o país durante mais de seis décadas. Mas o país continuará a ser o maior produtor de cocaína do mundo.
A Venezuela não mudou nada nos últimos tempos. Bolsonaro tentou copiar seu modelo de conceder privilégios para militares que, em contrapartida, garantem a Nicolás Maduro tranquilo exercício do poder. A aliança militar costurada com a Rússia tende a enfrentar dificuldades, uma vez que, na Ucrânia, o antigo e invencível Exército Vermelho, demonstrou que não existe mais. E Cuba, que resiste ao embargo econômico norte-americano há mais de 60 anos, agora começa a caminhar no sentido de admitir capital estrangeiro em sua economia. A escassez generalizada falou mais alto. As últimas revoltas populares tiveram como resposta prisões em massa.
Esse é o cenário político e econômico nos vizinhos de continente.
Novidades positivas são as descobertas de petróleo nas Guianas, numa área que, segundo os técnicos da Petrobras, pode alcançar até as costas do Amapá e se constituir segundo pré-sal.
No mundo os desafios são pesados.
A guerra da Ucrânia caminha para empobrecer a Rússia e colocar o país na órbita da China, o que terá por consequência aumentar o poder político de Pequim e alterar as relações entre as grandes potências. É isso que espera o próximo governante brasileiro, que, além de lidar com essas novidades, terá que encontrar meios e modos de recolocar o Brasil no caminho do crescimento econômico.
O debate realizado pela Band, com a Folha, mostrou, no entanto, que há alguma chance para a terceira via.
Mas planos, projetos ou metas, até agora, nada.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/08/30/interna_opiniao,372792/o-novo-mundo.shtml)
Deu na GloboNews:
“Equipe quer lula tranquilo!”
Bingo! Mandem-no de volta à cadeia, seu habitat natural, onde ele ficará tranquilinho, tranquilinho, tal qual estava nos 580 dias que lá passou!
Periga até ele colecionar as figurinhas do álbum da Copa. . .
Nem tudo que reluz é ouro!
. . .”No baile das transferências voluntárias da União, a responsabilidade com a gestão previdenciária, o compromisso com a coisa julgada e bom equilíbrio da folha de pagamento dos servidores públicos são os requisitos mínimos para obtenção do ingresso e o respeito ao dinheiro cidadão contribuinte é a dança.”. . .
“Barrados no baile”
(Caderno Opinião, C, 30/08/22)
Foi dada a largada oficial da corrida para as eleições deste ano. Até o momento, passado o primeiro semestre de 2022, quase todas as emendas individuais e coletivas constitucionalmente impositivas já foram executadas. Quando o recorte são as emendas do relator, também conhecidas por orçamento secreto, o empenho já ultrapassa os R$ 8 bilhões.
Não há, a princípio, nenhum impeditivo para a destinação desses recursos. Porém, há regras específicas que poderão levar os esforços feitos pelos parlamentares por água abaixo quando da celebração dos convênios. Um estudo elaborado pelo Instituto Nacional de Orçamento Público (Inop) identificou que, dos 4.886 municípios brasileiros com até 50 mil habitantes, 33,5% estão inadimplentes com a certidão previdenciária.
Para ilustrar também casos com cidades maiores, acima de 50 mil habitantes, salta aos olhos o fato de que no Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Rio Grande do Norte, Roraima e Tocantins, nenhuma cidade, na presente data, está apta para celebração de instrumento de repasses de recursos com a União.
No estado de São Paulo, onde há 123 municípios com mais de 50 mil habitantes, 94 têm pelo menos um impedimento para recebimento de repasse de transferências voluntárias do governo central. No baile das emendas deste ano, apesar do convite, muitos já estão barrados na porta. Em um Brasil repleto de carências em suas políticas públicas, o custo de oportunidade com o desperdício dessas indicações que nunca passarão de gestos políticos é muito alto e torna imperativo o debate sobre a qualidade das indicações parlamentares. Não basta a demonstração de pulverização nacional nas indicações do Congresso, é urgente que se levante dados de avaliação da qualidade da entrega desses recursos que andam pelas casas dos bilhões.
Apesar de a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano garantir que cidades com até 50 mil habitantes celebrem convênios mesmo inadimplentes no Cauc, uma espécie de SPC/Serasa dos municípios, existem ressalvas constitucionais:
adimplência com a previdência social,
regularidade no pagamento de precatórios judiciais e a a
dequação dos índices das despesas com pessoal,
ressalvadas ações nas áreas de educação, saúde e assistência social.
Dos R$ 16,5 bilhões das emendas do relator-geral do Orçamento, 40%, necessariamente, só sairão definitivamente do papel e vão se tornar asfalto, praça, parques e equipamentos, se os entes beneficiados estiverem aptos para celebração dos instrumentos de repasse oriundos destes recursos.
Por não possuírem caráter constitucional impositivo, a exemplo das emendas individuais, as emendas de relator geral seguem caminho normativo comum, assemelhado com outras transferências voluntárias da União onde se exige maior cumprimento de requisitos para sua efetivação. Alguns poderão, ainda neste ano, alcançar a situação de regularidade e, assim, garantir os repasses. Outros tantos entrarão na fila do judiciário no final do ano na tentativa de celebrar os instrumentos por determinação judicial, porém, dificilmente será revertida a realidade de que recursos serão perdidos.
Em última análise, é importante destacar a sabedoria da Constituição Federal em exigir tais regularidades, uma espécie de controle prévio, uma contrapartida objetiva de avaliação meritória das gestões subnacionais e seus compromissos com a saúde fiscal das contas públicas. Por vezes, gestores recém-eleitos recebem de herança a máquina pública com graves problemas de regularidade no CNPJ da administração. Nesses casos, há que trabalhar com afinco na busca das soluções. No caso do relacionamento com o governo central, negligenciar a solução dos problemas implica necessariamente perder oportunidades de participação na fatia cada vez maior de recursos geridos pelos congressistas.
Não é segredo para ninguém que a preferência política orçamentária do Congresso Nacional se materializa nas indicações a cidades, dado que a experiência parlamentar é, na maioria das vezes, norteada por atividades de relacionamento com municípios, onde naturalmente moram os eleitores.
É comum em Brasília a expressão de que “ninguém mora no estado ou na União”. No baile das transferências voluntárias da União, a responsabilidade com a gestão previdenciária, o compromisso com a coisa julgada e bom equilíbrio da folha de pagamento dos servidores públicos são os requisitos mínimos para obtenção do ingresso e o respeito ao dinheiro cidadão contribuinte é a dança. Quem vai entrar?
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/08/30/interna_opiniao,372793/barrados-no-baile.shtml)
. . .”As eleições mais recentes mostram que as mulheres adquiriram opinião própria, votam segundo os seus princípios e de acordo com o que acreditam.”. . .
“Respeito às mulheres”
(Visão do Correio (Braziliense), CB, 30/08/22)
As eleições de 2022 serão marcadas pelo protagonismo das mulheres. Num país machista e preconceituoso, como o Brasil, são elas que decidirão quem ocupará a Presidência da República nos próximos quatro anos. Não por acaso, todos os temas relacionados a elas, em especial a misoginia e a desigualdade de renda, estão dominando os debates. Aqueles que insistirem em tratar as demandas femininas como mimimi e optarem por um discurso violento certamente não contarão com o voto da maioria desse público.
Os números são eloquentes: as mulheres representam 53% do eleitorado, 40% delas dizem, segundo pesquisas, que ainda podem mudar de voto até o dia das eleições, 50% veem a economia como a principal preocupação no momento, por causa da inflação e boa parcela cita a saúde como demanda importante, sobretudo pelos efeitos da pandemia do novo coronavírus. Entre os eleitores com ensino superior completo, elas são 60,8%. No grupo que tem ensino universitário incompleto, representam 55,2%. Dos que concluíram o ensino médio, somam 56,1%.
As eleições mais recentes mostram que as mulheres adquiriram opinião própria, votam segundo os seus princípios e de acordo com o que acreditam. Não se guiam mais por pais e maridos. Como muitas têm ressaltado, política não é mais coisa de homem, ainda que elas estejam sub-representadas em todas as esferas de governo, quadro que tende a mudar mais rapidamente nos próximos anos. Aqueles que não se antenarem à nova realidade perderão o bonde da história. Foi-se o tempo que o voto feminino era artigo de segunda categoria.
Nesse contexto, a submissão virou coisa do passado. E o Brasil tem uma dívida enorme com as mulheres, cujo direito do voto só lhes foi concedido em 1932, ou seja, 108 anos depois de os homens exercerem esse ato de cidadania. A obrigatoriedade do voto feminino só foi instituída em 1965. Antes, voluntária, a escolha nas urnas muitas vezes era decidida pela família. Uma distorção característica de uma nação patriarcal, de caciques e coronéis políticos.
Com razão, as mulheres questionam por que ainda há tanta disparidade no mercado de trabalho, por que ainda ganham menos que os homens mesmo exercendo as mesmas funções. Chefes de família, elas indagam sobre os motivos de não terem creches à disposição de seus filhos para que possam trabalhar em paz e por que a inflação está tão alta a ponto de entes queridos passarem fome. Demonstram enorme sensibilidade ante a desestruturação das famílias, preocupadas com o futuro dos filhos e dos maridos desempregados. Também cobram medidas mais efetivas contra a violência doméstica, da qual são as principais vítimas. É isso que precisa ser levado em conta por aqueles que disputam a Presidência da República.
O direito de as mulheres se posicionarem abertamente, inclusive na política, não pode ser visto como algo pejorativo, como pregam alguns, que tentam desqualificá-las ao defini-las como feministas. Sim, são feministas e donas de suas vontades. Elas sabem o poder que têm e deixarão bem claro nas urnas o que pensam e o que repudiam. Conquistá-las vai muito além de promessas populistas e sem conteúdo.
Sendo assim, que nos pouco mais de 30 dias que faltam para as eleições, o voto feminino se mantenha na linha de frente das discussões por um Brasil melhor.
Descompromisso com esse eleitorado será sinal de derrota certa. Acabou o tempo de achar que o cabresto se sobrepõe à liberdade da livre escolha. As mulheres estão aí para mostrar que o país pode mudar para melhor. Basta, apenas, ter a humildade para ouvir as demandas delas, sem soberba, instinto de superioridade e misoginia. Elas querem e merecem todo o respeito, independentemente da posição política que venham a tomar.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/08/30/interna_opiniao,372794/respeito-as-mulheres.shtml)
E o piNçador Matutildo, piNçou:
“E o Brasil tem uma dívida enorme com as mulheres, cujo direito do voto só lhes foi concedido em 1932,”. . .
Sugestivo, visionário, emblemático 1932!
Pois 1+9+3+2=15. . .
E quinze é Simone Tebet!
. . .
“E não diga que a vitória está perdida”
. . .
https://www.youtube.com/watch?v=y2D_Xw-lwm8
Pois o índice de rejeição do “nenhum nem outro” está elevado!
. . .”No entanto, não tenho receio de dizer que estamos diante de uma das eleições mais vazias de nossa história e que no mês de outubro não estaremos escolhendo nada, apenas embarcando para uma viagem sem destino.”. . .
“Nossa viagem sem destino”
(Por Roberto Brant, Política, CB, 29/08/22)
As eleições de outubro, vistas de agora, parecem um jogo de vida e morte para todos nós, mas no fundo não passam de uma pura luta pelo poder. Todos sabemos, ou deveríamos saber, que o poder político é reserva de grupos e interesses muito restritos, e passa muito longe de quase toda a população.
Essa luta, portanto, não é a luta de quase nenhum de nós, pois nada do que sonhamos ou desejamos está propriamente em jogo. Vamos às urnas, até por uma absurda obrigação legal, que não deveria existir numa sociedade civilizada e livre, sem uma verdadeira esperança de vencer, apenas com o propósito de perder o menos possível.
Faço parte de uma geração que sonhou muito alto com o Brasil, pois nascemos e nos tornamos adultos num tempo em que nosso país se desenvolvia rapidamente na economia, na cultura e nos esportes. Éramos um povo que começava a se afirmar e a cultivar a autoestima.
Nossa ilusão foi logo interrompida. A primeira coisa que perdemos foi a liberdade, e a perdemos tão completamente que lá pelos idos dos anos 1970 grande parte dos brasileiros chegou a perder a vontade de ser livre e apoiou sem constrangimentos o regime dos generais.
O regime militar, como quase todos os sistemas de governança autoritária, teve êxitos no seu início ao executar sem oposição reformas modernizadoras havia muito tempo necessárias. Terminou, no entanto, em fracasso e caiu sozinho, deixando como legado um país em crise e ameaçado de colapso, com inflação sem controle, baixo crescimento e próximo ao calote de sua divida com o mundo.
Olhar para trás
Ainda convalescendo dos efeitos da ditadura no caráter e nos sonhos de todos nós, nos reunimos para votar uma nova Constituição democrática. Escrita basicamente com os olhos no passado, foi generosa nas promessas. Mas nela veio embutido um pacto social perverso, no qual os prêmios efetivos ficaram com as altas burocracias do Estado e alguns interesses organizados, restando à maioria apenas as belas proclamações, quase sempre irrealizáveis, com a notável exceção do Sistema Único de Saúde, um claro avanço civilizatório.
O pior defeito da Constituição foi ter cristalizado uma ordem política velha e desconectada das grandes mudanças sociais que vinham ocorrendo no país desde os anos 1950. Instituições políticas são padrões que se estabelecem em resposta às necessidades de um determinado período histórico.
De 1950 até 1980, a sociedade e a economia brasileira mudaram completamente e o sistema político existente não era capaz de lidar com a emergência de novos atores, de novas relações sociais e as grandes mudanças tecnológicas. Mas, mesmo assim, o constituinte de 1988 optou por não mudar nada no funcionamento das instituições políticas. Os políticos, como ostras, se agarravam aos troncos carcomidos da velha ordem para conservarem para sempre o seu poder. Esta é a ordem que ainda nos governa.
Muitos governos se sucederam, mas o país permaneceu basicamente estagnado. A pobreza e a desigualdade continuaram muito altas, o Estado tornou-se impotente para buscar o crescimento e para corrigir as desigualdades e a agenda política virou apenas um palco para conflitos sobre trivialidades, preconceitos e delírios ideológicos — nada de importante ou de construtivo.
Mais do que um problema de homens, o problema brasileiro é uma questão das instituições. Sem que elas mudem, nada mudará de fato na vida das pessoas.
No horizonte de qualquer sociedade civilizada, duas metas estão acima de qualquer coisa: a liberdade democrática e o progresso econômico para a maiorias. Toda eleição deveria ser um debate sobre os caminhos para estes destinos. Não é o que estamos vendo.
A idade madura ensina que não podemos ter muita certeza sobre nada e que é preciso ter muita humildade diante das grandes questões. No entanto, não tenho receio de dizer que estamos diante de uma das eleições mais vazias de nossa história e que no mês de outubro não estaremos escolhendo nada, apenas embarcando para uma viagem sem destino.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/08/29/interna_politica,372775/nossa-viagem-sem-destino.shtml)
2023: seja o que Deus quiser!
Cirúrgico, resumido e claro o seu comentário
O desespero bateu nos antros do “nenhum nem outro”
“Petistas e bolsonaristas se xingam nos bastidores”
(Por Henrique Lessa, Política, CB, 29/08/22)
Se o clima diante das câmeras entre os presidenciáveis já estava em elevada temperatura, longe delas subiu ao ponto de quase haver confronto físico entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do candidato Luiz Inácio Lula da Silva. Uma série de discussões e provocações envolvendo o deputado federal André Janones (Avante-MG), apoiador do petista, deu o tom da animosidade nos bastidores.
O primeiro entrevero foi com o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, apoiador de Bolsonaro e que tenta uma vaga na Câmara dos Deputados. Ele teria se irritado quando Janones se aproximou dele filmando e fazendo comentários para os seguidores que tem nas redes sociais.
“Ele quer aparecer criando caso. Levantou filmando e veio provocar os bolsonaristas”, disse Salles.
Questionado sobre quais foram as ofensas, o ministro partiu para o ataque: “Sei lá, nem lembro mais. Quem esse cara pensa que é? Esse zé ninguém”, esbravejou.
Nas imagens que circularam nas redes sociais, se consegue escutar Janones chamar Salles de “bandido” e “vagabundo”. Também se vê que o deputado desafia o ex-ministro para a briga: “Bate aqui, machão”.
Salles não faz por menos e devolve as ofensas ao parlamentar, chamando-o de “biscoiteiro” e de “Rachanones” — em referência às suspeitas de rachadinha no gabinete do deputado.
No tumulto envolveram-se também o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), que tenta uma vaga ao Senado pelo Rio de Janeiro, além do ex-comentarista da Jovem Pan, Adrilles Jorge, e do ex-presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo — ambos candidatos a deputado federal —, além do vereador por Belo Horizonte Nikolas Ferreira (PL). A segurança da emissora foi chamada e afastou os exaltados, advertidos de que se as provocações continuassem poderiam ser expulsos da emissora.
Mas as animosidades não se deram apenas entre apoiadores do presidente e do petista. Houve entrevero até mesmo entre as equipes de segurança dos dois primeiros colocados na corrida pelo Palácio do Planalto.
Os agentes da Polícia Federal se estranharam pouco antes do começo do evento. Isso porque o comboio de Lula chegou por uma rua não controlada pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), o que atrapalhou a estratégia da segurança de Bolsonaro, que ainda se dirigia para a Band.
Na frente da emissora, o carro de Lula teve que esperar porque a segurança de Bolsonaro fechava o acesso. Após a discussão, a chegada do presidente precisou ser atrasada. Além disso, a maior parte da equipe da PF que faz a segurança do petista não pôde entrar na Band. (Colaborou Fabio Grecchi)
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/08/29/interna_politica,372790/petistas-e-bolsonaristas-se-xingam-nos-bastidores.shtml)
. . .”Segundo a Lei de Acesso a Informação, o sigilo pode ser imposto quando a divulgação dos dados viola a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem de uma pessoa.”. . .
“Corrupção e sigilo”
(Caderno Política, CB, 29/08/22)
Corrupção, miséria e pandemia foram temas importantes no no primeiro debate entre os presidenciáveis. Em vários momentos, esses assuntos foram marcados pela polarização entre os candidatos Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Um dos momentos tensos ocorreu quando o petista perguntou à senadora Simone Tebet (MDB), integrante da CPI da Covid, se houve corrupção no enfrentamento à pandemia e negligência por parte do governo Bolsonaro. Na resposta, a candidata disse que o presidente da República “negou vacina, atrasou 45 dias, muitas pessoas poderiam estar entre nós e não estão por culpa da insensibilidade de um governo que não coloca vacina no braço do povo brasileiro”.
E arrematou: “Eu confirmo que houve corrupção. Houve tentativa de comprar vacinas superfaturadas”, afirmou a candidata sobre o caso Covaxim — vacina indiana não aprovada pela Agência Naiconal de Vigilância Sanitária (Anvisa) e cuja compra geraria um rombo de R$ 1,6 bilhão ao Ministério da Saúde.
Minutos após o ataque de Lula, Bolsonaro deu o troco. Nas considerações finais, chamou o rival de “ex-presidiário” em duas ocasiões. E disse que o país não merecia a volta do petista ao Palácio do Planalto.
Em reação, Lula pediu direito de resposta, no qual foi atendido. “Estou aqui candidato para ganhar as eleições e, em um decreto só, vou apagar todos seus sigilos porque quero descobrir o que você tanto (esconde)…”, disse o petista.
Segundo a Lei de Acesso a Informação, o sigilo pode ser imposto quando a divulgação dos dados viola a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem de uma pessoa.
Bolsonaro acumula seis pedidos de sigilo de 100 anos, prazo máximo estabelecido na lei. Entre eles encontra-se o seu cartão de vacina, os dados dos crachás de acesso dos seus filhos Carlos e Eduardo nas reuniões entre o presidente e pastores envolvidos em um suposto esquema de corrupção no Ministério da Educação.
Em outros momentos do debate, Bolsonaro também mencionou o tema de corrupção. Em crítica implícita a Lula, disse que pretende manter o Auxílio Brasil em R$ 600 no próximo ano respeitando as regras fiscais. Essa mesma disciplina, segundo o presidente, foi aplicada na redução do preço dos combustíveis. E concluiu: “Como eu consegui recursos? Não roubando”.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/08/29/interna_politica,372789/corrupcao-e-sigilo.shtml)
. . .”Candidatas com baixa pontuação nas pesquisas de intenção de votos, Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União) se destacam por furar a bolha da polarização de Lula e Bolsonaro, e serem duríssimas com os dois.”. . .
“Mulheres ganham o 1º debate presidencial”
(Por Denise Rothenburg, Polítia, CB, 29/08/22)
Terminadas as duas horas e meia de confronto entre os seis candidatos, as mulheres foram as estrelas do primeiro debate dos presidenciáveis, em especial Simone Tebet (MDB), que partiu para cima de Jair Bolsonaro (PL) — a quem planeja substituir num possível segundo turno contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também não foi poupado pela emedebista. A senadora Soraya Thronicke (União Brasil) também não ficou para trás em matéria de respostas duras ao petista e ao presidente que busca a reeleição. O desempenho delas, aliás, foi registrado por pesquisa do Datafolha realizada com um grupo de eleitores indecisos — que deu a Simone o título de melhor performance e a Bolsonaro, a pior.
As críticas ao presidente e a Lula permearam todo o debate no estúdio da Band. Logo no primeiro bloco, a emedebista não deixou escapar sequer uma oportunidade de virar a artilharia contra Bolsonaro. Ao responder à primeira pergunta, sobre o que fazer para reduzir a tensão entre os Poderes, foi direta: “Precisamos trocar o presidente da República. Sem paz, não vamos unir o Brasil”. Ainda neste bloco, quando indagada por Soraya sobre saúde, Simone respondeu que Bolsonaro “virou as costas para o povo brasileiro”. “Não o vi pegar a moto dele e ir a um hospital abraçar a mãe que perdeu o filho”, alfinetou.
O que tirou Bolsonaro do sério — e custou-lhe o bom desempenho — não foram seus adversários, mas uma pergunta da jornalista Vera Magalhães, da TV Cultura, que quis saber sobre a queda na cobertura vacinal. Em vez de comentar a resposta de Ciro Gomes (PDT), o presidente atacou-a.
“Não podia esperar outra coisa de você. Acho que você dorme pensando em mim. Você tem alguma paixão por mim. Você não pode tomar partido em um debate como esse, fazer acusações mentirosas a meu respeito. Você é uma vergonha para o jornalismo brasileiro. Mas tudo bem. Não pedi tua opinião”, devolveu.
O ataque à jornalista provocou uma união das candidatas, que se desdobraram em menções de solidariedade. Foi um ponto explorado por Soraya. “Quando homens são tchutchuca com outros homens, mas vêm para cima da gente sendo tigrões, eu fico extremamente incomodada. Aí eu fico brava, sim. Digo mais para você: no meu estado, tem mulher que vira onça, e sou uma delas. Não aceito esse tipo de comportamento e de xingamento e, acima de tudo, disseminar ódio entre os brasileiros e nos dividir”, reagiu.
Bolsonaro também foi grosseiro com Simone. Ao comentar uma pergunta da candidata, reagiu irritado: “Chega de vitimismo, somos todos iguais. Sancionei mais de 60 leis em defesa das mulheres. E tenho certeza: uma grande parte das mulheres do Brasil me ama. Quando defendo a arma, no campo, em especial, é para dar chance para a mulher se defender”, afirmou.
Economia
Lula também não teve refresco — das mulheres e dos homens. E, a contar pelo clima ao final do debate, o sonho de vitória no primeiro turno ficou mais distante. Logo no começo do debate, Bolsonaro abriu a rodada de perguntas questionando o petista sobre corrupção na Petrobras e afirmou que o recurso desviado da estatal representava 60 vezes a transposição do rio São Francisco.
O petista devolveu que se tratavam de “inverdades e números mentirosos” e desfiou um rosário de leis para dizer que seu governo foi quem mais aprimorou o combate à corrupção. Bolsonaro, na réplica, provocou citando o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci que, como delator da Operação Lava-Jato, disse ter levado dinheiro par Lula: “O seu governo foi o mais corrupto da história do Brasil”, acusou o presidente.
Quem mais irritou Lula, porém, foi Ciro. Ao responder sobre uma pergunta sobre a união das esquerdas, feita pela jornalista Patrícia Campos Mello, mencionou que Lula estava coligado com Geddel Vieira Lima — o homem dos R$ 51 milhões em dinheiro vivo em caixas num apartamento em Salvador — e com Renan Calheiros (MDB-AL). Sem esconder a irritação, Lula disse que esperava que Ciro não fosse para Paris no segundo turno, como fez em 2018.
Além da corrupção — tema que permitiu a Bolsonaro chamar Lula de “ex-presidiário” —, a economia também permeou o confronto. Um dos momentos tensos nessa questão veio quando Soraya se referiu aos economistas ligados ao petista como “mofados”. Ela, aliás, foi a única a apresentar uma proposta econômica mais detalhada, ao sugerir o imposto único e isenção de Imposto de Renda para professor e para quem recebe até cinco salários mínimos.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/08/29/interna_politica,372788/mulheres-ganham-o-1-debate-presidencial.shtml)
“Datafolha: Tebet foi a melhor no debate; Bolsonaro, o pior, mostra pesquisa.”
(+em: https://noticias.uol.com.br/eleicoes/2022/08/28/datafolha-tebet-se-sai-melhor-ate-agora-e-bolsonaro-pior-diz-pesquisa.htm/)
Síntese do debate na Band:
O ex presidiário lula já foi absolvido!
Será que, definitivamente a dona justa está desmoralizada!
Com a palavra, os doutos!
Já começou a imparcialidade e o favorecimento ao “nem um nem outro”!
“Lula e Bolsonaro não ficarão mais lado a lado no debate; Ciro protesta”
(fonte: https://aovivo.folha.uol.com.br/poder/2022/08/28/6190-candidatos-a-presidencia-participam-de-debate-acompanhe.shtml#post418757)
2023: seja o que Deus quiser!
Matutando em “Manésês”
Kotcho vai acabar mofando com a pomba na balaia!
“Debate, JN e horário eleitoral: o que poderá mudar nas próximas pesquisas?…
(+ em https://noticias.uol.com.br/colunas/balaio-do-kotscho/2022/08/28/debate-jn-e-horario-eleitoral-o-que-podera-mudar-com-as-novas-pesquisas.htm?cmpid=copiaecola)
Acorda, Kotcho! O muro de Berlin caiu há muito! Cuba já esta caPTando capital estrangeiro e até doações à la PeTralha!
“Peão é pisoteado por touro durante Rodeio de Barretos”
(+ em https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2022/08/28/peao-e-pisoteado-por-touro-durante-rodeio-de-barretos.htm?cmpid=copiaecola)
Dizem que a segurança da organização do evento trabalha com duas linhas de raciocínio:
1) o touro é lulista e o peão bolsonarista;
2) o touro é bolsonarista e o peão lulista.
Porém, fica no ar: se o peão era bolsonarista porque usava camisa vermelha?
Dizem as más línguas, que é mais um golpe do belzebu de Garanhuns! O que não duvido. Manipular as forças é com ele mesmo!
Antes de ler o texto abaixo, tome um chá de boldo!
“Lira disputará eleição amparado em decisão provisória que já dura 4 anos”
. . .
A Lei de Inelegibilidades estabelece que o julgamento desse tipo de caso deve ser prioritário, mas, desde o final de 2020, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) analisa, sem conclusão, um recurso especial apresentado pelo deputado.
. . .
A mudança na Lei de Improbidade contou com a participação decisiva do próprio Lira, na cadeira da presidência da Câmara. Dois meses depois da sanção do projeto por Bolsonaro, o parlamentar se manifestou ao STJ pedindo a anulação de sua condenação com base na nova lei.
. . .
(+ em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/08/lira-disputara-eleicao-amparado-em-decisao-provisoria-que-ja-dura-4-anos.shtml)
Vai que é tua Xandão!
Vergonha. Esta é a cara da política brasileira e da maioria dos políticos, trabalhando muito, mas em causa própria
. . .e também, independentemente do imbróglio acima, “Lira deve continuar presidindo a Câmara em 2023”, segundo o Jornalista Cláudio Humberto:
Arthur Lira (PP-AL) tem tudo para ser reeleito presidente da Câmara dos Deputados, independentemente do resultado da disputa entre Jair Bolsonaro e Lula pelo Palácio do Planalto. No provável cenário de retorno à Câmara, onde é deputado desde 2011, Lira estará apto a continuar no comando da Casa em razão de uma liderança como há muito não se via. Ajudará muito nesse projeto o número recorde de 404 colegas que são candidatos a renovar seus mandatos na Câmara.
(+em: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/lira-deve-continuar-presidindo-a-camara-em-2023)
Huuummm. . . onde se lê “liderança como há muito não se via” leia-se força do orçamento secreto!
Ao baixar a poeira, parte da boiada que passou vai sendo identificada.
“Valdemar Costa Neto, aliado de Bolsonaro, tem madeireira com dívida de R$ 5,4 milhões com a União.”
(+ em: https://www.cartacapital.com.br/politica/valdemar-costa-neto-aliado-de-bolsonaro-tem-madeireira-com-divida-de-r-54-milhoes-com-a-uniao/?utm_source=terra_capa&utm_medium=referral )
Se bem que a fonte é susPeiTa!
. . .”Cumprida a missão do desenvolvimento regional ou nacional, o Estado pode (e deve) se afastar da atividade empresarial,”. . .
“Estatais são necessárias?”
(Por Danilo Sili Borges, Crônicas da Madrugada, agosto/2022)
Começo a alinhavar esta crônica, quinta-feira, 25 de agosto, Dia do Soldado. Minha velha memória leva-me ao ano de 1961, quando à tarde, após as solenidades desta data, o então presidente da República, Jânio Quadros, das quais havia participado, envia ao Congresso Nacional seu pedido de renúncia do mais alto posto do país.
Nestes 61 anos, as efetivas razões do ato extremo nunca foram esclarecidas. Teorias se construíram sobre fatos verificados à época: Jânio não tinha maioria no parlamento para aprovar seu programa de governo. Tal como hoje, congressistas buscavam o governo de “coalisão” (o termo não tinha sido inventado, os males, sim). O presidente se recusava a submissão e resistia com o apoio popular que obtivera nas eleições, que foi erodido pela ação da grande imprensa nacional (muitos são os mesmos grupos de hoje) que passaram a acusá-lo de esquerdista e até de comunista, usando como pretexto uma condecoração a Guevara, então Ministro de Cuba, e de ter alinhado o Itamaraty à Política Externa Independente, movimento do qual faziam parte Nasser (Egito), Nehru (Índia) e Tito (Iugoslávia) líderes que procuravam romper com a polarização da Guerra Fria.
Ao não fazer concessões ao “Centrão” da época, Jânio teve que renunciar. Essa é uma das teorias, a qual endosso. Eu vi.
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Tema palpitante para a sociedade brasileira é a desestatização das empresas públicas, sempre discutido a partir de visão ideológica, com forte carga corporativista, nublando a avaliação serena que os cidadãos devem ter para se manifestarem, apoiando esta ou aquela linha de pensamento.
Na sexta-feira, 19/8, o Rotary Clube de Brasília Lago Sul, do qual sou associado, recebeu o economista Fernando Antônio Ribeiro Soares, para uma palestra sobre o tema “Criação, manutenção e desestatização de empresas estatais”. Funcionário público concursado do Ministério da Economia, formado na UFMG, com mestrado e doutorado na UnB, Fernando alertou o público que sua apresentação estaria assente exclusivamente em argumentos técnicos e assim se pautou durante os 40 minutos em que encantou os presentes com sua explanação. Note-se que os clubes de Rotary são costituidos por pessoas de formação e experiências de vida bastante heterogêneas, o que lhes permite avaliações de diversos ângulos de interesse.
Sem economês, com exemplos e clareza, o expositor trouxe ao nosso conhecimento a histórica necessidade da criação de estatais, no tempo e no espaço, onde a iniciativa privada não teve condições de empreender, situação que em determinados casos ocorrem ainda hoje.
Cumprida a missão do desenvolvimento regional ou nacional, o Estado pode (e deve) se afastar da atividade empresarial, passando-a para a iniciativa privada, usando os recursos auferidos em outros programas de interesse social, de investimento em infraestrutura ou até, repetindo a dose, isto é, criando empresas públicas onde elas possam catalisar desenvolvimento e bem-estar.
Exemplos variados, experiências vividas foram relatados.
Aberto para perguntas, o tempo regulamentar das reuniões de Rotary se esgotaram, até que para desgosto de muitos dos presentes, teve que valer o protocolo da instituição, quando o Secretário anunciou, que só seria admitida mais uma pergunta, “pelo adiantado da hora”.
Além dos esclarecimentos sobre o tema, sem paixões e de modo absolutamente objetivo, para um auditório crítico, pode-se observar a qualidade daquele quadro do governo. Falando sem peias, expondo seus pontos de vista técnicos, devidamente comprovados, Fernando Soares nos mostrou que o Brasil tem jeito!
Por que insisto nesse ponto? Leio com frequência nos jornais, matérias que procuram desvalorizar os funcionários públicos, ora apresentando-os como ineficientes, ora como percebendo salários maiores que os correspondentes aos da iniciativa privada. Na verdade, as duas carreiras não são comparáveis.
Para ficarmos só do ingresso, a carreira pública se dá atualmente por concorridíssimos concursos públicos. Quem opta pelo Serviço Público faz a escolha de uma vida e de suas limitações. A competência e a dedicação podem ser percebidas pelo cidadão ao notar que, apesar da carência de recursos, o atendimento é dia a dia melhor. A recente Pandemia deu exemplo do que são os funcionários públicos brasileiros.
É preciso parar com a orquestração contra os servidores de carreira, que nasce do desejo de políticos que pretendem, ao ascender ao poder, nomear apaniguados para os cargos, destruindo a estrutura permanente. É o grande número de nomeações para funções de confiança de pessoas de fora do serviço público o que reduz a qualidade desses serviços.
O Brasil tem um número expressivo de Fernandos Soares, competentes, preparados, sérios, dedicados nos diversos níveis e funções do governo.
Lembro-me de um Ministro da área econômica, que recém nomeado, numa declaração à imprensa, manifestou sua surpresa por ver nas ruas de Brasília, “cidade de funcionários”, circulando “tantos carros caros, alguns até importados”. Sua conclusão foi que os funcionários estavam ganhando demais.
Esse é um problema recorrente. Executivos trazidos para o 1º escalão, recrutados da iniciativa privada, nada entendem da máquina pública e causam grande confusão e só após um par de anos é que começam a conhecer desse complexo universo administrativo, bem diferente de suas indústrias ou de seus bancos.
Sobre o Ministro preconceituoso, ele ficou pouco por aqui, a empresa da qual ele tinha sido o CEO, estava mal das pernas e acabou por se juntar com outras do mesmo segmento, formando um cartel para sobreviver.
(Fonte: https://www.cronicasdamadrugada.net/2022/08/estatais-sao-necessarias.html)
. . .”O impacto nocivo da tecnologia digital sobre a vida de crianças e adolescentes destrói na geração atual a aptidão para a liberdade.”. . .
A escravidão das telas
(Por Paulo Delgado, sociólogo, CB, 28/08/22)
Para a cabeça dos jovens, internet, redes sociais e aplicativos estão se tornando uma nova indústria da loucura. Desafio que se agrava, sem horizonte de uma solução sábia e tranquilizadora, o poder ostensivo e oculto das telas de computador, celular e tablets fez de crianças e adolescentes seu alvo preferencial. Que solidão, que desapontamento, faz jovens ficarem tão perdidos assim sem ter ninguém que se importe com eles antes de chegarem aos seus limites e baterem em hospitais, delegacias e nos tribunais?
Que paixão indomável os prende a tudo que os impressiona? São notórias as vantagens que a tecnologia trouxe para a evolução do mundo. Vamos nos concentrar nas desvantagens, no sofrimento, corrigir rumos, para não precisarmos nos arrepender como Alfred Nobel se arrependeu por ter criado a dinamite.
Há, de fato, um fenômeno preocupante em atividade incontida. Fenômeno protegido por interesses econômicos, agenciando a vida das pessoas e as encaixando em territórios alienados da realidade da vida em sociedade. O valor de mercado de algumas empresas de tecnologia é maior que o PIB da maioria dos países do mundo. Só quatro países — EUA, China, Japão e Alemanha — têm PIB maior do que a Apple. Mal comparando, o quinto país do mundo é a Apple.
A predominância de empresas estrangeiras de tecnologia, cujo controle de sua responsabilidade social não é nacional, torna muitas vezes o uso de aplicativos um território sem lei ou laboratório de jurisdição extraterritorial expandida. Sem acordos de cooperação claros, quando os dados são armazenados no exterior, caso de todos eles, fica difícil imaginar que a autoridade possa exigir o cumprimento de parâmetros nacionais no judiciário de terceiros países. A maldade humana é transnacional e compete com a bondade em todos os setores.
A desproteção de crianças e adolescentes diante da orgia digital produz imaturidade anatômica, funcional e ignorância na geração atual. O cérebro é uma massa modelar empobrecida pelo uso da internet e danificada pela tela do celular e do computador. A indústria digital e de videogames é a mais incontrolável criadora de nefastos espaços socioafetivos.
A tirania totalitária da internet se impôs como moda na linguagem. Cada vez mais expressa emoção por emojis, ideogramas da preguiça afetiva e vocabular, sem se dar conta que representar sentimentos sem a necessidade da palavra, do verbo, nega a origem da humanidade.
O impacto nocivo da tecnologia digital sobre a vida de crianças e adolescentes destrói na geração atual a aptidão para a liberdade. A genialidade não é mais inteligência, mas a extravagância. É hora de começar a tratar smartphone, tablets, televisão, celular, smartwatch, smarthglasses como epidemia.
Uma infância impregnada; reuniões zumbis; aula sem professor; burrice cognitiva; famílias em restaurante com interação amputada por alguma tela; sono afetado; sedentarismo devastador; violência das influências subliminares; manias; jogos de morte… Em quem acreditar? Leiam, do diretor de pesquisas do Instituto Nacional de Saúde da França Michel Desmurget, A fábrica de cretinos digitais — Os perigos das telas para nossas crianças, e saibam porque pela primeira vez filhos têm QI inferior ao dos pais.
Um verdadeiro capitalismo de atenção acarreta mais malefícios ao corpo e à mente das crianças e jovens do que benefícios pois sua vulnerabilidade não é somente socioeconômica, mas biológica, etária, psicológica. Um trabalho infantil em atividade ilícita.
Crianças e adolescentes são hoje mão de obra gratuita da tecnologia digital. Não é mais a pobreza na ponta e o analfabetismo na outra. Os jovens de qualquer classe, sequestrados e cativos da tecnologia, não têm voz, infância, salubridade ou liberdade. Tornam-se agressivos, deprimidos, irritadiços, artificiais, linguagem pobre, dificuldade de concentração, perda de memória. Não são donos do seu corpo, mente ou emoções. O local de exploração do capitalismo de atenção são os dedos e os olhos de crianças e adolescentes, inertes em sua imaturidade física e emocional, abandonados horas a fio, hipnotizados por trabalho não remunerado.
O inocente e o espontâneo se torna viciado, o tempo todo ligado, enriquecendo o mundo dos aplicativos. Os pais — pressionados uns pelos outros e pelos filhos e seus amigos — são obrigados a fornecer prova de que estão integrados às bizarrices do mundo, já não têm força para decidir. A família está dominada pela tecnologia, essa ave de rapina, sem freio, que se faz de galinha de quintal e cacareja como se todos os seus ovos fossem magníficos.
Nem tudo que é moderno serve ou acalma o coração. A era digital é a escravidão moderna. Que mundo, que adulto, vai existir amanhã?
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/mundo/2022/08/28/interna_mundo,372725/a-escravidao-das-telas.shtml)
. . .”A Nasa volta à Lua em uma viagem não tripulada que abrirá as portas do espaço à humanidade. Próximos voos da missão Artemis levarão humanos ao solo lunar e, depois, ao Planeta Vermelho, pretende a agência norte-americana.”. . .
Ao infinito e além
(Por Paloma Oliveto, CB, 2808/22)
Passado meio século do “gigantesco passo para a humanidade”, a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) volta à Lua com um objetivo ainda mais grandioso do que a expedição científica de 1969, quando o homem pisou no satélite pela primeira vez. Agora, tal como diria Buzz Lightyear, o astronauta da animação Toy Story, o foco da missão não tripulada é “o infinito e além”. Artemis 1, voo de inauguração do Space Launch System (SLS), é esperado para amanhã, e servirá como um teste do sistema para a sonhada viagem a Marte, em 2030. Caso o lançamento falhe, a Nasa poderá tentar novamente em 2 e 5 de setembro.
Embora não tripulada, a missão tem um gostinho especial para a agência dos EUA, que viu a China chegar ao satélite, disputado também pelos voos comerciais da SpaceX. Com uma década de planejamento, o propulsor de foguete SLS é o mais poderoso do mundo e lançará a nave Orion que, por sua vez, chegará o mais longe que qualquer espaçonave construída por humanos alcançou. Durante quatro a seis semanas, o veículo ultrapassará em 64 mil quilômetros os limites lunares.
Ao custo de US$ 4,1 bilhões, Artemis 1 deve abrir as portas para a exploração de Marte, mas, antes do destino, ainda haverá viagens tripuladas para a Lua, provavelmente em 2024 e 2025. Agora, como explicou em uma coletiva de imprensa Michael Sarafin, gerente da missão, o importante é verificar a segurança do SLS, para permitir que os astronautas da Artemis 2 cheguem ao satélite sem maiores sustos. “Esse é o primeiro voo de um novo foguete e de uma nova espaçonave”, disse Sarafin. “Estamos fazendo algo que é incrivelmente difícil de realizar e que traz riscos inerentes.”
Testes
Na entrevista, o diretor de testes de lançamento da Nasa, Charlie Blackwell-Thompson, explicou que a partida de Orion só ocorrerá amanhã caso o SLS passe em dois testes feitos antes do lançamento. O experimento mais crítico vai verificar uma correção para um vazamento detectado em junho, durante uma fase de arranque para preparar os motores do foguete. “Se não tivermos sucesso (no teste) não vamos lançar”, disse Blackwell-Thompson.
Mas, se tudo der certo, às 8h33 (hora local na Flórida) Artemis 1 lançará o megafoguete SLS de 98m e sua cápsula Orion em uma missão de 42 dias para circundar a lua e retornar à Terra. O sistema decolará da plataforma 39B — a mesma usada pela lendária missão Apollo 10, assim como as sucessoras Skylab e Apollo-Soyuz. A expectativa é que a nave leve cerca de uma semana para atingir a órbita lunar. Ela ficará no satélite por um mês antes de retornar à Terra, em 10 de outubro.
Embora a principal missão do sistema seja testar a segurança, a nave Orion também coletará amostras para futuros experimentos na Terra. “Tudo o que planejamos fazer na superfície lunar é para explorar a ciência. Não estamos indo apenas para colocar ‘bandeiras e pegadas’, como algumas pessoas se referem à Apollo”, afirmou Cathy Koerner, vice-administradora associada da Nasa.
“Para todos nós que olhamos para a Lua, sonhando com o dia em que a humanidade retornará à superfície lunar, fica o aviso: estamos voltando. Essa jornada, nossa jornada, começa com Artemis 1”, comentou, na entrevista coletiva, o chefe da Nasa, Bill Nelson. “Estamos iniciando uma jornada de longo prazo de ciência e exploração”, afirmou Bhavya Lal, administradora associada da agência espacial. “Estamos aprendendo o que precisamos saber para poder passar mais tempo na lua e, depois, nos preparar para ir a Marte e além”, acrescentou
“Lembrancinhas”
A bordo da Orion, viajarão itens muito peculiares. A Nasa pretende enviar ao satélite bandeiras, peças de lego, um pedaço do foguete Apollo e o boneco Snoopy, entre outros. No total, serão 54kg de “bugigangas”, incluindo uma pedra lunar coletada em 1969. Não se trata de uma novidade: a agência há tempos manda lembrancinhas ao espaço. As sondas Voyager, por exemplo, incluíram um disco de ouro com diversas gravações.
Entre a carga útil da Artemis I está um cartão USB contendo os nomes de todos que se inscreveram para serem incluídos em uma campanha feita pela Nasa. Mais de três milhões de pessoas participaram. Também serão levados distintivos espaciais de escoteiros, o parafuso de um dos motores da Apollo 11, assim como sacos de sementes. A agência não explicou exatamente a utilidade do envio dos itens, mas afirmou que o objetivo é despertar a curiosidade científica das crianças.
Orion também leva para a lua um manequim apelidado de Moonikin Costa, além de torsos humanoides cobertos com sensores para medir os efeitos da vibração e radiação espacial no corpo humano. Além disso, 10 pequenos cubesats (mini satélites) serão enviados pelo sistema para testar novas tecnologias de exploração. “Estamos levando o veículo ao seu limite, realmente o preparando para receber a tripulação”, disse Michael Sarafin, gerente da missão.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/ciencia/2022/08/28/interna_ciencia,372730/ao-infinito-e-alem.shtml)
. . .”Maiúsculas devem ser as ideias, não as letras.”. . .
Dicas de português, por Dad Squarisi, CB, 28/08/22
As maiúsculas pedem passagem
Senhoras e senhores, abram alas, que as grandonas pedem passagem. Elas são as maiúsculas. O nome veio do latim. Na língua dos Césares, majusculus quer dizer um tanto maior. Maioral, maioria, maioridade, major, majoritário, majorar pertencem à mesma família. Todos são aparentados com maior.
Por isso, têm complexo de Deus. Se deixar, ocupam um senhor espaço. Manda o bom senso pôr-lhes o pé no freio. Para dar-lhes um chega pra lá, dois princípios se impõem. Um deles: só as use nos casos obrigatórios. O outro: não as empregue para valorizar ou destacar ideias. Maiúsculas devem ser as ideias, não as letras.
A vez
Quando dar vez às grandonas? O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp) dita as regras. O Aurélio, no comecinho do dicionário, transcreve as principais orientações do Volp. Eis sete.
Uma
Nomes próprios: Rafael, Renascimento, Avenida Atlântida, Presidência da República, Poder Judiciário, Esplanada dos Ministérios, Poder Judiciário, Secretaria geral da Mesa.
Olho vivo, moçada:
Às vezes, substantivos próprios entram na composição de nomes comuns. O resultado é um só. Tornam-se vira-latas: joão-de-barro, castanha-do-pará, água-de-colônia, pau-brasil, banho-maria.
No interior dos compostos, substantivos e adjetivos mantêm as grandonas: Dirigiu-se à Secretaria-Geral de Mesa, Encaminhei-me à Pró-Reitoria da UFMG.
Duas
Nome de disciplina: Marcos brilhou em Português e Matemática. Mas foi reprovado em Inglês.
Idioma não tem majestade. Escreve-se com a inicial pequenina: No Brasil, fala-se português. O português, o francês, o italiano, o espanhol são línguas latinas.
Três
Nome de impostos e taxas: Imposto de Renda, Imposto Predial Urbano, Taxa do Lixo.
Quatro
Atos de autoridades quando especificado o número ou o nome: Lei 2.346; Medida Provisória 242; Decreto 945; Lei Antitruste.
O ato perde a majestade em dois casos. Um: depois da 1ª referência. O outro: na ausência do número: A medida provisória trata do Plano Real. O presidente vetou a lei.
Cinco
Os pontos cardeais: Norte, Sul, Leste, Oeste.
Cuidado. Se as palavras norte, sul, leste, oeste definem direção ou limite geográfico, cessa tudo o que a musa antiga canta. Elas entram na vala comum: O leste dos Estados Unidos tem grande influência latina. O carro avançou na direção sul. Atravessei o país de norte a sul, de leste a oeste.
Seis
As palavras Estado (país), União e Federação (associação de estados): A sociedade controla o Estado. A Constituição enumera as competências da União. Impõe-se preservar a Federação.
As palavras que designam divisões geográficas ou legais escrevem-se com inicial pequenina: Moro no estado do Maranhão. Visitei o continente asiático. Trabalho no município de Palmas. Todos dizem que o país precisa crescer. Brasília é a capital do país.
Sete
Datas comemorativas e nome de festas religiosas: Sete de Setembro, Proclamação da República, Dia das Mães, Natal.
Festa pagã não tem privilégios: No carnaval, vou desfilar em escola de samba.
Leitor pergunta
A abreviatura de professor é prof. ou profº?
Camila Bomfim, São José de Ribamar
A abreviatura de professor é prof. O de professora ganha o azinho – profª.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/08/28/interna_cidades,372722/dicas-de-portugues.shtml)
. . .”Além da educação, segurança e reforma tributária, Simone apontou como prioridades a saúde e a geração de trabalho e renda.”. . .
“Simone Tebet, uma grata surpresa no JN”
(Por Luiz Carlos Azedo, Nas entrelinhas, CB, 28/08/22)
Para a maioria dos eleitores que acompanharam as entrevistas dos candidatos à Presidência aos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos, no Jornal Nacional (Rede Globo), Simone Tebet (MDB) foi uma grata surpresa, quando nada porque era muito menos conhecida do que os seus concorrentes: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que governou por dois mandatos, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição, e Ciro Gomes (PDT), que disputa o comando do Palácio do Planalto pela quarta vez.
Simpática, bonita, firme, experiente, segura e com boas propostas, a entrevista serviu para que se descolasse dos caciques do MDB, que podem aumentar sua rejeição sem lhe dar um voto, e tentasse uma conexão direta com os eleitores, até porque não tem outra alternativa. Simone está sendo “cristianizada” abertamente pela ala da legenda engajada na volta de Lula ao poder, principalmente no Nordeste e no Sudeste, e as lideranças do Sul, Centro-Oeste e Norte do país que fazem parte da base de sustentação de Bolsonaro. Não foi à toa que citou como referências da legenda, além de Ulysses Guimarães e Tancredo Neves, apenas os ex-governadores Pedro Simon (RS) e Jarbas Vasconcellos (PE), que estão vivos.
Simone foi muito cobrada pelos entrevistadores da Globo por seu desempenho como vice-governadora do Mato Grosso do Sul, cargo que exerceu antes de ser eleita senadora. Ao responder os questionamentos sobre os índices locais da educação, aproveitou para dizer que será uma das cinco prioridades de seu eventual governo.
Repetiu a estratégia quando foi questionada sobre os índices de violência de Mato Grosso do Sul, que atribuiu ao fato de o estado ser a porta de entrada para o tráfico de drogas e de armas, sem que os recursos que deveriam ser destinados ao combate aos crimes de fronteira chegassem ao destino. Propôs a criação do Ministério da Segurança Pública e a integração das ações dos órgãos federais e estaduais contra o crime organizado em todo o território nacional.
“Nós temos três reformas tributárias importantes no Brasil. Mas a mais importante, hoje, é a do consumo, porque quem mais paga imposto é o pobre, é o que mais consome”, afirmou, usando o tempo da resposta para falar com a população de baixa renda: “Proporcionalmente à renda, quanto você deixa no supermercado? Quanto eu deixo no supermercado? Quanto o pobre deixa no supermercado? Ele deixa metade, um pouco mais da metade do salário. Então, a reforma tributária mais emergente está pronta para votar no Congresso Nacional. Só não votou porque o presidente (Bolsonaro) não quis, porque nós tentamos votar na Comissão de Constituição e Justiça.” Simone falou em aliviar o imposto de renda da classe média e taxar os lucros e dividendos para tirar dos mais ricos.
Segurança familiar
A candidata do MDB luta para se manter no jogo a partir da campanha eleitoral no rádio e na televisão. Larga como uma candidata sem chances de chegar ao segundo turno e em risco de ficar no limbo eleitoral, apesar de tudo isso, por falta de uma campanha eleitoral estruturada de forma robusta. Quando disse que precisa apenas de um microfone e um caixote para fazer campanha, estava se referindo ao fato de poder andar na rua sem provocar reações de petistas e bolsonaristas, um pouco por sua fraqueza eleitoral e muito por ser mulher num universo de disputa machista e polarizado.
Além da educação, segurança e reforma tributária, Simone apontou como prioridades a saúde e a geração de trabalho e renda. Defendeu um programa econômico liberal, cujas propostas mais inovadoras são uma poupança popular para os trabalhadores informais, que serviria como uma espécie de Fundo de Garantia, além de uma poupança para os jovens, que poderia ser sacada quando concluíssem o ensino médio.
Simone está como um foguete que volta do espaço sideral para a atmosfera: se não pegar o ângulo correto na propaganda de rádio e tevê, pode resvalar e ficar perdida no espaço. Sua única possibilidade para crescer é deslocar Ciro, que tem pouco tempo de televisão — porém, o candidato do PDT é muito mais conhecido e resiliente.
Tem duas semanas para fixar sua imagem e romper a bolha em que se encontra. No último Datafolha, de 18 de agosto, Lula contava com 47% das intenções de voto no primeiro turno; Bolsonaro (PL), com 32%; e Ciro, em terceiro, com 7%. Só uma grande alteração nesse quadro pode abrir espaço para Simone crescer, pois larga com 2%.
Por isso, tenta explorar o protagonismo feminino e o foco nas crianças e nas famílias. Numa situação social como a que o país vive, a desestruturação das famílias de baixa renda é uma realidade muito cruel que Bolsonaro explora pelo ângulo dos costumes, mas que exige uma abordagem em termos de políticas públicas. Simone associa a segurança familiar às políticas de educação, saúde, segurança pública, trabalho e renda, com uma narrativa na qual se apresenta maternalmente. As pesquisas dirão se vai funcionar.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/08/28/interna_politica,372741/nas-entrelinhas.shtml)
Realmente, analisando as quatro entrevistas que assisti no JN, Simone, de longe foi a melhor. E foi porque sabe ue não tem chance alguma. Mas, por outro lado, ela provou, que de longe, o MDB, é o pior de tudo que temos. Só quer tetas e vive de oportunismo. Escrito isso, ela está lascada; o Brasil e os brasileiros também. Mais uma vez, só temos alternativas entre os piores do pior.
Matutando bem. . .
Quem vota em candidato à presidente que promete picanha para todos, deverá votar em candidato à senador que promete cerveja para todos, deputado federal que promete cachaça para todos, governador que promete carvão para todos, deputado estadual que promete. . .
Viva a eleição do “churras para todos”!
2023: seja o que Deus quiser!
E o atrasildo Matutildo, tenta “se-adiantar-se”!
. . .”Emedebista surpreendeu na sabatina com a combinação de três fatores essenciais: experiência política, capacidade técnica e emoção autêntica.”. . .
“A Tebet o que é de Tebet”
(Por Claudio Dantas, O Antagonista, 26/08/22)
A campanha de Simone Tebet começou realmente hoje na sabatina do Jornal Nacional. Desconhecida do grande público e desprezada em seu próprio partido, a emedebista surpreendeu com a combinação de três fatores essenciais para uma eleição: experiência política, capacidade técnica e emoção autêntica.
Curiosamente, saiu-se bem melhor sob a pressão do enorme público da Globo do que em entrevistas recentes a emissoras de rádio e portais. Tirou proveito da atuação recente na CPI da Covid e da trajetória política sem denúncias de corrupção.
Com menções pontuais à pandemia e a escândalos do passado, conseguiu desferir golpes em Jair Bolsonaro e Lula, os dois líderes das pesquisas. Também cutucou Ciro Gomes, seu concorrente direto, ao explicar como, caso seja eleita, financiará projetos de estímulo econômico, desenvolvimento da educação e de assistência social.
Em vez de fórmulas populistas, equações matemáticas feitas por uma equipe de economistas liberais, com visão moderna do Estado. Menos bolsa, mais emprego.
A dupla de apresentadores buscou emparedá-la por sua incapacidade de reunir apoio no próprio MDB ou pelos péssimos índices de segurança e educação da gestão de André Puccinelli, de quem foi vice-governadora. A senadora reagiu com tranquilidade, destacando a polarização política que atinge toda a sociedade e explicando que nunca teve a caneta de governadora na mão.
Se ganhará votos, ainda é cedo para saber. Mas, certamente, conquistou admiradores. Sua presença na disputa eleitoral qualifica o debate e a cacifa para 2026.
(Fonte: https://oantagonista.uol.com.br/opiniao/a-tebet-o-que-e-de-tebet/?utm_campaign=SAB_MANHA&utm_content=link-827523&utm_medium=email&utm_source=oa-email)
Antigamente, tínhamos a expressão “mais um pra Brusque” que há duas intepretações.
Hoje, podemos afirmar que há a seguinte expressão em voga: “mais um para 2026”!
Eduardo Leite, para 2026. Simone Tebet, para 2026.
Penso que, se os “homens de boá fé”, tivessem “se-despido-se” de suas vaidades, 2026 teria sido antecipado para 2022.
A chapa EduSim, seria imbatível, sim!
Brasil, 3 X 3:
O 1º dos 3 melhores Presidentes que o Brasil já teve: GV
Incontáveis feitos.
(Ver https://brasilescola.uol.com.br/historiab/era-vargas.htm)
O 2º dos 3 melhores Presidentes que o Brasil já teve: JK
“Um livro histórico”
(Por Jane Godoy, 360 Graus, Cidades, CB, 27/08/22)
Setembro chega carregando consigo duas datas muito importantes para o Brasil, para Brasília e para todos os brasileiros.
O 7 de setembro, que este ano completa o Bicentenário da Independência do Brasil, e o 12 de setembro, data em que o idealizador e fundador de Brasília, Juscelino KubItschek de Oliveira (foto), o nosso inesquecível estadista JK, nasceu, em 1902.
Portanto, na segunda-feira 12 de setembro, o escritor e historiador Adilson Vasconcelos vai homenagear JK pelos 120 anos de nascimento, com o lançamento do livro O pensamento do presidente Juscelino — Edição Senado Federal. Às 19h, na sede do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal.
(Fonte:http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/08/27/interna_cidades,372678/360-graus.shtml
O 3º dos 3 melhores Presidentes que o Brasil já teve: FHC
“Exagerou”
(Por Denise Rothenburg, Brasília-DF, CB, 27/08/22)
Ao citar as realizações de seu governo no combate à corrupção, o ex-presidente Lula incluiu o Coaf, o Conselho de Controle de Atividades financeiras.
A instituição, que já pegou muita transação suspeita por aí, foi criada em março de 1998, pelo governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.
(Fonte:http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/08/27/interna_politica,372719/brasilia-df.shtml)
E o belzebu de Garanhuns? O pior presidente que o Brasil já teve!
Brasil, à espera do 4 X 4!
2023: seja o Deus quiser!
O eleitor esquece fácil, fácil. . .
“Bolsonaro e Lula estreiam na propaganda eleitoral obrigatória de rádio e tevê pedindo votos para aliados nos estados.”
(+em: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/08/27/interna_politica,372717/os-cabos-eleitorais-de-luxo.shtml)
. . .mas o Matutildo, não!
Quando o belzebu de Garanhuns estava em seu habitat, a cela da PF em “Curitchiba”, a maioria dos candidatos PeTralhas escondiam a maldita estrela vermelha, o número 13 e muitos mudaram até a cor do partido.
Então, “se-lembram-se”, agora?
Como eu gostaria. . .
. . .”Em tempos de vícios digitais, os analógicos álbuns de figurinha e Guias da Copa estão na moda. Ótima chance de montar o seu jogo da memória e voltar a ser criança.”. . .
Figurinhas da Copa, figurões na UCL
(Por Marcos Paulo Lima, Opinião, CB, 27/08/22)
Na infância, nunca curti o álbum de figurinhas da Copa. Até tinha cromos para jogar bafo com os colegas, mas a predileção era pelo Guia do Mundial. Sonho de consumo de quem sempre quis ser jornalista esportivo. Fazia plantão na porta da banca da Quadra 1.205, no Cruzeiro Novo, à espera do brinquedinho mais completo possível. Guardava o troco do pão para adquiri-los com prazer. Adorava o cheiro novinho das folhas das revistas Placar e Lance!.
Meu nível de exigência aumentou quando virei jornalista. Antes da era dos smartphones e tablets, encomendava guias importados como o da inglesa World Soccer. Os dispositivos móveis reduziram fronteiras. Passei a investir nos manuais do espanhol Marca, do gaulês France Football, da alemã Kicker, do holandês Voetbal International, do italiano Guerin Sportivo, do argentino Olé. Vício de um colecionador.
Na quinta-feira, bati o olho no sorteio da fase de grupos da Uefa Champions League (UCL) e criei meu próprio jogo da memória: o desafio era fechar os olhos e lembrar quantos técnicos dos 32 clubes do mais nobre torneio europeu passaram pelos meus Guias da Copa.
Eis que, no Grupo A, encontro Gio van Bronckhrost. Em 2010, este menino havia virado homem e cobria a final da Copa pelo Correio, no Estádio Soccer City, em Joanesburgo, na África do Sul. Gio era o lateral-esquerdo da Holanda na derrota por 1 x 0 para a Espanha. Hoje, é o comandante do escocês Rangers — adversário de Ajax, Liverpool e Napoli. Por falar nisso, o ex-goleiro van der Sar, outro figurão das Copas, é CEO do clube de Amsterdã.
O Grupo B tem o Porto, cujo técnico é Sérgio Conceição, camisa 11 de Portugal na Copa de… 2002. A última vencida pelo Brasil. E Diego Simeone? Como o técnico do Atlético de Madrid impunha respeito no meio de campo da Argentina nas edições de 1994, 1998 e 2002.
No C, está um dos maiores meia que vi jogar in loco. Xavi era o par perfeito de Iniesta no meio de campo da Espanha bicampeã da Euro (2008 e 2012) e da Copa de 2010. Na Champions League, será o técnico do clube do coração dele — o Barcelona. E Oliver Kahn! Lembram dele? O ex-goleiro vítima de dois gols de Ronaldo na final da Copa de 2002 é CEO do Bayern de Munique. Igor Tudor é técnico do Olympique de Marselha no Grupo D. Em 1998, foi um dos xerifes daquela Croácia, terceira colocada na Copa, que tinha como astro Suker.
Na passagem pelo Grupo F, acho o técnico do atual campeão, Real Madrid. Carlo Ancelotti usou a camisa 9 da Itália nas Copas de 1986 e 1990. Finalmente o G, de Guardiola. Para mim, o melhor técnico do mundo. O comandante do Manchester City era titular da Espanha na Copa de 1994. Pelos meus alfarrábios, inscrito com a camisa 9.
Em tempos de vícios digitais, os analógicos álbuns de figurinha e Guias da Copa estão na moda. Ótima chance de montar o seu jogo da memória e voltar a ser criança.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/08/27/interna_opiniao,372692/figurinhas-da-copa-figuroes-na-ucl.shtml)
. . .”Aliados, mesmo que na economia, são em casos gravosos como esse, mais do que parceiros de comércio, são cúmplices de crimes contra a humanidade.”. . .
“Parceiros e cúmplices”
(Circe Cunha, Coluna VLO, CB, 27/08/22)
Ditaduras, em todo o tempo e lugar, seja de matiz esquerdista ou de direita, sempre se alimentaram de carne humana. Não por outro motivo, seus exércitos se somam aos milhões. Um único tirano, com apenas uma boca, dois olhos e dois ouvidos, controla e submete dezenas de milhões de pessoas, apenas porque conta com a submissão de outros milhões de olhos, ouvidos e bocas para denunciar e informá-lo do que se passa.
Embora seja um indivíduo solitário e desconfiado, o ditador sobrevive graças aos aduladores à sua volta. Sem essa rede de intriga, formada por um colosso de outros indivíduos sem escrúpulos, nada poderia fazer. Para uns tantos que não escapam com vida da brutalidade da repressão interna, restam as guerras açuladas além fronteiras, contra tudo e contra todos, para onde envia milhares de soldados na flor da idade, diretamente para morte certa.
Campos de batalhas, assim como as prisões internas, cuidam diariamente de ceifar vidas, para o gáudio desses novos Césares. Com isso a economia desses verdadeiros cárceres em forma de Estado, possuem, na indústria de armamentos, e a construção de uma máquina de guerra fabulosa, sem principal ativo, a empregar mão de obra escrava na produção de bombas, canhões e outros artefatos bélicos.
Ditadores não vivem sem o cheiro de carne fresca e de sangue. Enquanto mobilizam toda a nação num esforço de guerra sem fim, que ele mesmo passa a inventar no dia a dia, talvez para pôr a prova sua virilidade paranoica, cuida ele mesmo de enriquecer, escondendo e camuflando os recursos públicos em paraísos fiscais, usando de empresários sem escrúpulos como laranjas para seus propósitos criminosos.
O mundo civilizado faz cara de paisagem para esses personagens, desde que ele cuide apenas de destruir e reduzir a cinzas países de menor importância. O problema aí é que cedo ou tarde, a falência interna de suas economias, forçam esses facínoras a buscar atritos em territórios de interesse estratégico e econômico para os países civilizados.
Somente nesse momento é que seus crimes passam a ser revelados, começando a ganhar manchetes e a chegar ao conhecimento do público. O mundo dito civilizado sempre foi indiferente aos crimes de guerra, quando cometidos contra populações e minorias sem expressão ou interesse econômico.
Notícias dando conta agora que o ditador russo Putin assinou decreto incorporando quase 150 mil homens e mulheres às Forças Armadas daquele país, dá uma mostra ao mundo do modus operandi desse déspota, que em pleno século 21 e a vista do planeta, obriga sua nação jovem a ir morrer longe de casa, sem causa ou qualquer efeito para esse senhor da guerra. A biografia desse senhor, mostra que desde que chegou ao poder, há mais de duas décadas, não houve um dia sequer sem que o valoroso povo russo não fosse empurrado para conflitos externos. A lista de mortos debitadas a Putin, vai assim caminhando, a passos largos para se equiparar a outros conhecidos facínoras do século 20, um dos quais, Stalin, seu mentor espiritual, que por acaso vem a ser também seu conterrâneo.
O que assusta é o silêncio do mundo e sobretudo dos países que integram o Brics, principalmente o Brasil, por fazer parcerias econômicas, justamente com aquele governo, que um dia terá que prestar contas de seus malfeitos. Aliados, mesmo que na economia, são em casos gravosos como esse, mais do que parceiros de comércio, são cúmplices de crimes contra a humanidade.
A frase que foi pronunciada
A menor minoria é o indivíduo. Quem não respeita os direitos do indivíduo não pode pretender defender os direitos das minorias.” (Ayn Rand)
Antes que seja tarde
Chama a atenção do país o dr. Rogério Reis Devisate sobre o Projeto de Lei 2963/19(*) que modifica a legislação brasileira sobre a venda de terras a estrangeiros. Segundo o advogado, o PL é inconstitucional e lesivo à segurança e, por reflexo, atentatório à soberania nacional.
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Sabedoria
Depois de ouvir a decisão do ministro Alexandre de Moraes no radinho da parada de ônibus da Praça dos Três Poderes, seu Manoel saiu-se com essa: Melhor manter o verde amarelo. Parece que esse pessoal está atrás de sangue!
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(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/08/27/interna_opiniao,372690/visto-lido-e-ouvido.shtml)
(*) Regulamenta o art. 190 da Constituição Federal para dispor sobre a aquisição e o exercício de qualquer modalidade de posse, inclusive o arrendamento, de propriedades rurais por pessoas físicas ou jurídicas estrangeiras.
(+em: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2268070)
“Bolsonaro é o 1º a perguntar e pode escolher Lula”
(+ em https://noticias.uol.com.br/eleicoes/2022/08/27/regras-debate-uol-band.htm?cmpid=copiaecola)
Sugestão de pergunta ao ex presidiário lula:
À quem e quanto você pagou para encaminhar seus processos para o limbo?
O povo garantirá 100 anos de sigilo para sua resposta!
Muito além do fundo do poço
Enquanto isso, no país das maravilhas onde a campanha eleitoral para presidente da República está polarizada entre um ex presidiário e um futuro presidiário, “se-eleva-se” o nível dos diálogos:
“O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta sexta-feira (26), que não existe fome “pra valer” no Brasil e que é “conversa mole” a promessa do ex-presidente Lula (PT) de que, caso eleito, o brasileiro vai voltar a comer “picanha”.
(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/08/bolsonaro-diz-que-picanha-de-lula-e-conversa-mole-e-nao-tem-file-mignon-pra-todo-mundo.shtml)
E nada de projetos que visem o fim da situação calamitosa em nos encontramos.
Exceto as propostas do Ciro e da Simone, que não alcançaram a devida repercussão na chamada grande imprensa, que, percebe-se, tem uma leve queda pelo ex presidiário.
2023: seja o que Deus quiser!
Moral da história:
Um, ignora a fome que grassa entre a população menos assistida.
Outro, promete Picanha para Todos!
E a maioria passando fome, uma minoria se fartando com a pobreza alheia
Matutando bem. . .
Se “Mulher Votar em Mulher” até a “janja boca de garoupa” votará na Simone Tebet!
Esta ê a prova de q Bolsonaro perdeu a oportunidade que lhe foi dada no JN. Todos foram melhores do que ele
“Francisco empossa 20 cardeais” (Um dêles é Catarinense (*)
(Caderno Mundo, CB, 26/08/22)
Com dificuldades para caminhar e com sinais de fragilidade por causa da idade, o papa Francisco empossará, amanhã, 20 novos cardeais — 16 deles com direito a voto no conclave, o processo de escolha do sucessor ao Trono de Pedro. A medida ocorre em meio aos boatos de que o argentino Jorge Mario Bergoglio poderia renunciar ao pontificado. Aos 85 anos, Francisco convocou todos os cardeais do mundo para uma reunião inédita de dois dias, que acontecerá logo após a “criação” dos 20 novos “príncipes da Igreja”.
Dedicada à reforma da Constituição Pontifícia, aprovada em março e em vigor desde 5 de junho, a convocação de quase 300 cardeais é uma espécie de pré-conclave, durante o qual será feito um balanço da Igreja após quase uma década de liderança do papa latino-americano.
A reunião provocou muitas especulações, em particular sobre o estado de saúde do papa, que passou por uma cirurgia no cólon, em 2021, e sofre com dores no joelho direito que o impedem de caminhar e o obrigam a usar uma cadeira de rodas.
Francisco não descartou a possibilidade de renunciar diante das dificuldades de saúde, como admitiu no fim de julho aos jornalistas que acompanharam sua viagem ao Canadá. “Mudar de papa não seria uma catástrofe”, declarou, antes de explicar: “Não pensei nesta possibilidade, mas isto não quer dizer que depois de amanhã não vou pensar. (…) A porta está aberta.”
Com a posse dos cardeais, Francisco inclui na lista de possíveis sucessores religiosos procedentes das periferias do mundo, certamente mais abertos, menos acostumados às intrigas da Cúria Romana. A relação inclui nomes do Brasil, Paraguai, Índia, Singapura, Mongólia e Timor Leste. Na lista de 16 cardeais com menos de 80 anos e, portanto, direito a voto em caso de conclave pela renúncia ou morte do papa, estão três latino-americanos: dois brasileiros — Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus, e Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília — e um paraguaio, Adalberto Martínez Flores, arcebispo de Assunção.
Vaticanista
Thomas Reese, analista do Religion News Service, afirmou ao Correio que Francisco escolheu 63% dos cardeais eleitores que terão a incumbência de apontarem um sucessor. “Por um lado, Francisco tem reiterado que se sente bem e que não pensa, atualmente, em se aposentar. Por outro lado, disse que seguirá o exemplo de Bento XVI e abandonará o posto, caso fique doente ou não seja capaz de desempenhar o seu trabalho. O papa fará 86 anos em dezembro. É natural que as pessoas pensem sobre o que pode ocorrer a ele”, explicou.
Reese lembrou que “cardeais são importantes por escolherem o próximo papa, quando o pontífice se aposenta ou morre”. “Eles aconselham o papa sobre grandes temas que afetam a Igreja. Ser um cardeal confere ao bispo um status extra em seu país”, disse. Em relação à sucessão, o vaticanista acredita que aquelas pessoas que gostam de Francisco rezam pela boa saúde dele e anseiam por um papa parecido. “Aqueles que não o apreciam rezam para que o próximo pontífice seja mais conservador.”
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/mundo/2022/08/26/interna_mundo,372639/francisco-empossa-20-cardeais.shtml)
(*) Dom Leonardo Ulrich Steiner tomou posse como arcebispo de Manaus em janeiro de 2020. Ele assumiu o cargo ocupado por Dom Sergio Castriani desde 2013. Até então, Steiner atuava como chefe da igreja local atuava como bispo auxiliar de Brasília.
Além disso, Dom Leonardo já foi duas vezes secretário-geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O novo cardeal nasceu em 6 de novembro de 1950 em Forquilhinha, Estado de Santa Catarina, na diocese de Criciúma (Brasil). Fez sua profissão religiosa na Ordem dos Frades Menores em 2 de agosto de 1976 e foi ordenado sacerdote em 21 de janeiro de 1978.
Estudou Filosofia e Teologia nos Franciscanos de Petrópolis; é bacharel em Filosofia e Pedagogia pela Faculdade Salesiana de Lorena. Obteve a licenciatura e o doutorado em Filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum de Roma.
(Fonte: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2022/05/29/quem-e-dom-leonardo-steiner-arcebispo-de-manaus-nomeado-como-cardeal-pelo-papa-francisco.ghtml)
“. . .aquela casa presidida por Arthur Lira, o nosso grande líder da vanguarda do atraso, que colocou para votar um verdadeiro pacote da destruição ambiental, em que não falta nada para inviabilizar o futuro do Brasil.”. . .
“Devaneios com a Lua”
(Crônica da Cidade, Severino Francisco, CB, 26/08/22)
Clarice Lispector escreveu que os arquitetos criadores de Brasília construíram prédios com espaço para nuvens. No entanto, de fato, não é somente para as nuvens, mas, também para as estrelas, os cometas, as constelações, as galáxias e a Lua. Talvez nenhuma outra cidade tenha uma interação cotidiana tão intensa com a esfera celeste, não importa se durante o dia ou a noite.
Pois bem, nesta semana, ao sair da redação de volta para casa, no meio da noite brasiliana, logo em frente ao Palácio do Buriti, me deparei com uma Lua imensa, de intensa luminosidade prateada, que parecia se mover como um balão do período junino, de acordo com a movimentação do carro. Era todo um cinema transcendental que se vislumbrava no espaço.
A certa altura, tinha a nítida impressão de que a Lua estava abaixo da altura da Torre de TV. Mas, avançamos na Esplanada dos Ministérios e sentimos uma emoção forte. A Lua empinou para baixo e ameaçou desabar em cima do Ministério da Educação, no gabinete do ministro, que abrigava um gabinete paralelo, presidido por pastores evangélicos, que manipulavam verbas milionárias dirigidas a prefeituras ligadas a eles por interesses políticos, supostamente a mando do presidente da República.
Um pastor do gabinete paralelo teria exigido de um prefeito um quilo de ouro para liberar verbas de projetos da cidade. Tudo isso enquanto as crianças permanecem à míngua em muitas escolas, sem merenda ou sem computadores para estudar, envolvidos em uma onda de violência.
No entanto, o carro continuou a deslizar pela Esplanada, o prédio do Ministério da Educação escapou milagrosamente do abalroamento da Lua, e ela ficou bem em cima da Câmara dos Deputados, aquela casa presidida por Arthur Lira, o nosso grande líder da vanguarda do atraso, que colocou para votar um verdadeiro pacote da destruição ambiental, em que não falta nada para inviabilizar o futuro do Brasil.
Tem uso de mais veneno na nossa comida, a anistia para a grilagem de terras, a liberação do garimpo e das atividades agropecuárias em terras indígenas, a extinção do licenciamento ambiental e a flexibilização das leis de fiscalização. É algo tão absurdo que até a parte civilizada do agronegócio e da mineração se manifestou contra a empreitada insana. E isso sem falar do orçamento secreto para comprar tratores superfaturados.
No carro, eu recitava os versos de Castro Alves, em feitio de oração: “Deus! Ó Deus! onde estás que não respondes/em que mundo, em qu’estrela tu t’escondes?”. Enquanto seguíamos rumo à Ponte JK, a Lua pairou sobre a Procuradoria Geral da República, deixando no ar a esperança que se cumprisse algum desígnio da justiça divina pela omissão gritante das funções constitucionais. Mas a Lua me enganou, não fugiu à sina de esquiva, volúvel, instável e enigmática. Seduz e abandona os inebriados por sua beleza misteriosa.
Ameaçou desabar com o peso da justiça divina em vários prédios estratégicos da capital, no entanto, saiu de finininho, desapareceu na noite brasiliana, com um sorriso levemente irônico. Pode ser que uma alucinação auditiva, mas me pareceu que, antes de sumir na abóbada noturna, ela sussurrou: “Acabou a mamata!”
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/08/26/interna_cidades,372640/cronica-da-cidade.shtml)
. . .”Um olhar sobre países, como a Argentina, a Venezuela e mesmo o Chile, para ficarmos apenas em três dos países do continente que, em poucas décadas, passaram de nações prósperas e com bom Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), para Estados falidos, com suas populações vivendo com dificuldades e sem perspectivas, pode dar uma ideia do que está por vir. “. . .
“Fome de esquerda e esquerda da fome”
(Circe Cunha, Coluna VLO, CB, 26/08/22)
Aqueles que têm, curiosidade em conhecer a realidade atual, vivida por alguns países vizinhos, sobretudo os que, por meio de eleições livres, ou nem tanto, estão sendo governados pela esquerda política, de certo, têm, nessa altura dos acontecimentos, uma ideia aproximada do que nos espera, a partir de outubro, caso parcela da população brasileira mal informada ou mal intencionada, resolva, majoritariamente, seguir pelos mesmos caminhos ideológicos.
Um olhar sobre países, como a Argentina, a Venezuela e mesmo o Chile, para ficarmos apenas em três dos países do continente que, em poucas décadas, passaram de nações prósperas e com bom Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), para Estados falidos, com suas populações vivendo com dificuldades e sem perspectivas, pode dar uma ideia do que está por vir.
A economia real, aquela do livre mercado e da livre iniciativa, em que o mercado regula oferta e procura como nenhum outro mecanismo criado pelo ser humano, não se deixa iludir por ideologias do tipo política e segue funcionando a despeito do que possam desejar governos de plantão.
O que ocorre, normalmente, no caso das liberdades econômicas, é a desastrosa interferência dos governos de esquerda. Sem produção e circulação, ou seja, sem crescimento econômico, não é possível para nenhum governo conduzir adequadamente a máquina do Estado. Em outras palavras, não se pode criar riquezas destruindo o mercado e aqueles que atuam nessa área. A esquerda prega a ideia, no íntimo nem ela mesma acredita, de que um Estado forte e centralizado tudo pode. A economia estatal é um engodo, se verificarmos que ela necessita do fluxo de riqueza, que os pagadores e impostos e os investidores podem oferecer.
O Estado não cria riqueza. Essa é uma máxima que a esquerda não gosta de ouvir. A junção da esquerda com o populismo fez, em tempo recorde, o que nenhuma guerra seria capaz: aumentar o nível de pobreza na Argentina. Tudo isso em menos de 10 anos. Com uma inflação que supera os 60% ao ano, a Argentina se transformou num país, que era sinônimo de riqueza para todo mundo, em uma nação com hordas de deserdados que perambulam pelas ruas em busca desesperada por alimentos. No Chile, as más notícias se repetem. Somente a inflação de junho está entre as maiores dos últimos 30 anos. A dolarização da economia interna, por causa do descontrole geral, tem levado o peso chileno e argentino perderem valor.
Hoje, quem busca proteger seu dinheiro da crise crescente, compra dólares americanos o mais rápido possível. A incerteza política e a alta dos derivados do petróleo fizeram crescer, a níveis assustadores, a insatisfação popular, com arruaças e greves se sucedendo. A Venezuela que, para alguns líderes da esquerda brasileira, vive um excesso de democracia, é, talvez, a vitrine da gestão ruinosa das esquerdas na América Latina. O socialismo do século 21 fez quase um quarto da população deixar a Venezuela, fugindo da fome, dos conflitos internos e da perseguição política.
Mesmo sentada em cima de uma das maiores reservas mundiais de petróleo, a Venezuela amarga uma crise humanitária do planeta. Parece um cenário surreal, mas falta, inclusive, gasolina e outros derivados nos postos. Há, no país, o reconhecimento da existência de um narco Estado, dominado por criminosos do colarinho branco e de farda militar. Obviamente, o retrato atual desses países é aquele que nos chega por meio da imprensa.
Ao vivo e a cores, a situação é bem mais complicada e danosa para essas populações que se vêm obrigadas a deixar seus países em busca de paz e melhores chances. A questão aqui é saber até quando esses ciclos perversos que levam a América Latina a mergulhar de cabeça nos turvos rios da esquerda vão durar. Talvez nunca cessem enquanto houver possibilidade de governos sem seriedade chegarem ao poder.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/08/26/interna_opiniao,372637/visto-lido-e-ouvido.shtml)
Mandela tupiniquim
Do excelente texto do Reinaldo Azevedo, no UOL (25/08/22), extraí:
“Lula não foi ao Jornal Nacional para que seus seguidores produzissem memes. Foi porque quer a Presidência da República.”
(+ em https://noticias.uol.com.br/colunas/reinaldo-azevedo/2022/08/25/nao-sei-se-lula-sera-eleito-mas-entrevista-ja-e-historica-e-digo-por-que.htm?cmpid=copiaecola“)
E ao atingir seu objetivo, estufará o peito e bradará: “o povo brasileiro me absolveu”!
Fim de uma era
“40 anos de debates”
(Coluna CH, DP, 26/08/22)
Lula e Bolsonaro ainda relutam participar do debate da Band, domingo (28). Um diz que só vai se o rival também for.
A emissora promove esses confrontos há quarenta anos, desde a redemocratização do País.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/pista-de-lavagem-com-criptomoedas-aponta-para-sp)
Matutando bem. . .
Se o capitão zero zero fugir do evento e se o belzebu de Garanhuns aproveitar a ocasião, periga ele cooPTar os dois outros candidatos ao vivo!
Aí. . .babau!