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ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CVI
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Um espaço plural para debater as obscuridades e incoerências dos políticos, bem como à incompetência combinada com sacanagens dos gestores públicos com os nossos pesados impostos.
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42 comentários em “ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CVI”
Utilidade Pública
“Embraer abre inscrição de curso para 1 mil pessoas negras”
(Deu no http://www.correiobraziliense.com.br, Brasil, CB, 22/08/22)
A Embraer acaba de abrir inscrições para a segunda edição do Social Tech, programa de aceleração de carreiras em tecnologia para grupos sub-representados. Neste ano, serão mil vagas dedicadas exclusivamente para pessoas negras.
As inscrições devem ser realizadas pelo site Embraer no link https://embraer.com/br/pt/social-tech-careers até 18 de setembro.
Ao longo do curso, as pessoas terão a oportunidade de aprender a linguagem Python com aplicações em ciência de dados, inteligência artificial e automação.
A metodologia utilizada será a do bootcamp, treinamento remoto imersivo para desenvolvimento de habilidades e competências no setor tecnológico.
Os participantes que concluírem o curso irão compor o banco de talentos da fabricante de aviões e de empresas parceiras em futuros processos seletivos.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/brasil/2022/08/22/interna_brasil,372471/deu-no-www-correiobraziliense-com-br.shtml)
. . .”Meu espírito, no próximo 25 de agosto de 2022, Dia do Soldado, estará fortalecido pelas tradições e valores de nossos antepassados.”. . .
“Eu estive lá, eu sou o espírito do soldado brasileiro”
(Por Otávio Rêgo Barros, General de Divisão da Reserva Ex-Chefe do Centro de Comunicação Social do Exército (CComSEx), Opinião, CB, 22/08/22)
Estive nas ravinas dos Montes Guararapes. Pude sentir a energia que brancos, negros, índios e mestiços, irmanados por simbólico ideal de pátria, impuseram-se para derrotar as tropas batavas, invasoras da nação em primeira infância.
Estive às margens do riacho Ipiranga, acompanhando o príncipe regente Dom Pedro no grito de “Independência ou Morte”, quando nos libertou do jugo português e nos fez lançar fora os laços lusitanos.
Estive às margens do riacho Itororó. Íngreme e escarpado, me pareceu desafiador. Caxias, já alquebrado, não se intimidou e, diante do impasse das tropas brasileiras em avançar, fez-se à frente de seus homens e os instigou: “Sigam-me os que forem brasileiros”.
Estive em Tuiuti, campo largo e descortinado, onde milhares de soldados da Tríplice Aliança se bateram contra os corajosos adversários guaranis na maior batalha campal da América Latina. Lá, Osório, Sampaio e Andrade Neves lideraram seus guerreiros, despreocupados com o sibilar das balas sobre a cabeça. A morte seria a coroação da vida.
Estive em todas as investidas contra o Monte Castelo, durante o ataque aliado às linhas alemãs, em solo italiano. O frio cortante era devastador, as lurdinhas nos atingiam entre os lanços, mas em fevereiro o cume da montanha era verde e amarelo.
Estive no Haiti, sítio destroçado por furacões e terremotos, brigas intestinas fraticidas e miséria extrema, ao lado das tropas dos boinas azuis na Minustah. Soldados, homens e mulheres, dedicados à causa da paz, iluminaram o pavilhão verde e amarelo diante do mundo.
Estive nas enchentes de Santa Catarina e sul de Pernambuco, e deslizamentos de Petrópolis resgatando a população do dilúvio que se lhe abateu e que destruiu suas casas, escolas, locais de trabalho, vidas.
Estive nos morros do Alemão e da Penha, comunidades abandonadas pelo Estado e dominadas pelo narcotráfico à luz do dia. As forças de pacificação que se sucediam trouxe à região a paz tão esperada, que tão logo saímos lhes foi novamente roubada.
Estive na segurança dos grandes eventos que o Brasil acolheu, da Conferência Mundial do Meio Ambiente Rio+20 em 2012, da Jornada Mundial da Juventude em 2013, da Copa do Mundo em 2014, das Olimpíadas em 2016. Nossa presença ofereceu tranquilidade a todos os envolvidos.
Estive nas greves de caminhoneiros, que tolhiam a sociedade de receber bens mais básicos para sobrevivência. Nas greves de órgãos de segurança pública, que abandonaram, à mercê da insegurança criminosa, o povo em desabrido temor. Nos presídios federais, tomados por presos envolvidos em facções criminosas quase intocáveis.
Estive desde sempre nos 17 mil quilômetros de fronteiras, como sentinela avançada da nossa soberania e ponta de lança do Estado sobre os rincões inabitados de nosso território.
Eu sou o espírito do soldado brasileiro. Encarnado em Fernandes Vieira, André Vidal de Negreiros, Henrique Dias e Felipe Camarão. Encarnado em Caxias, Osório, Sampaio e Max Wolf. Hoje me renovo em todos os homens e mulheres dedicados ao serviço da sociedade, que ao vestirem os uniformes, se espalham por todos os cantos deste nosso imenso país. Do Arroio Chuí ao Monte Caburaí, da Ponta do Seixas à Serra de Contamana, eu me faço representar.
Hoje me renovo também na confiança que a sociedade me dedica pelo passado secular de sucesso e seus exemplos a serem seguidos. Ao tempo em que me preparo para enfrentar, no presente, os complexos desafios políticos e profissionais a exigir serenidade e isenção. Quanto ao futuro que se descortina incerto, diante de um mundo em transformação, resta-me planejamento antecipado às novas condições.
Meu espírito, no próximo 25 de agosto de 2022, Dia do Soldado, estará fortalecido pelas tradições e valores de nossos antepassados. Reconhece, contudo, que se vê turbado pelas tentativas externas de nos envolver em contenciosos que a nós não nos cabe inserir-se. Soldado veste farda institucional, padronizada pelas linhas seguras dos escritos constitucionais. Quando delas é tentado se afastar por causas menos nobres, o meu espírito se põe a sofrer.
Inabalável, dormito todas as noites sobre Miguel de Cervantes, nas aventuras do Cavaleiro da Triste Figura, Dom Quixote de La Mancha e seu fiel escudeiro, Sancho Pança: “Vão uns pelo largo campo da ambição soberba, outros pelo da adulação servil e baixa, outros pelo da artificiosa hipocrisia e alguns pelo da religião sincera. Eu, porém, inclinado à minha estrela, vou pela estreita senda da Cavalaria, por cujo exercício desprezo a fazenda, mas não a honra”.
Ao acordar, me fardo com a minha cota em malha de aço forjado na temperança, sobre uma camisa em algodão com fios de profissionalismo, para atender à minha perene servidão: o povo brasileiro. Eu sou o espírito do soldado de Caxias. Paz e bem!
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/08/22/interna_opiniao,372445/eu-estive-la-eu-sou-o-espirito-do-soldado-brasileiro.shtml)
Cangaceiros do mesmo bando
“. . .A Lava Jato destacou o PT, mas foram quadros do PL de Bolsonaro e do PP de Lira, Ciro Nogueira e Ricardo Barros, líder do governo na Câmara, os que mais devolveram os dinheiros desviados da Petrobras.”. . .
“Sequelas da farra”
(Por Antonio Machado, Brasil S/A., CB, 21/08/22)
Jair Bolsonaro estourou o orçamento, com a conivência da turma do centrão no Congresso e o silêncio tácito dos vigilantes do mercado financeiro, para continuar com fôlego na corrida eleitoral, mas é Lula, que reabriu esta semana a temporada dos grandes comícios, numa praça em Belo Horizonte, que se mantém à frente, e com folga.
Até 2 de outubro os dois vão chamar a atenção até de quem detesta política com acusações mútuas no horário eleitoral, de modo que é tempo de deixar a campanha para lá e falar da situação da economia e do que é possível fazer para desatolar o país da estagnação.
Os números de crescimento econômico, de recuperação do emprego e do refluxo da inflação são enganadores, ao sugerir uma situação que não corresponde à tendência de longo prazo. Ela é de regressão para a indústria de manufaturas, promissora para o agronegócio e a mineração e artificial para os agregados que formam a chamada macroeconomia, especialmente a situação das contas fiscais.
Fosse como diz o ministro da Economia, Paulo Guedes, parecendo um vendedor de carro usado e malhado, e os presidentes Bolsonaro e o da Câmara, Arthur Lira, não teriam iniciado o ano dando beiço no pagamento de dívidas federais vencidas e transitadas em julgado, vulgo precatórios, a pretexto de arrumar fundos para rebatizar de Auxílio Brasil o Bolsa Família, com bônus de R$ 400 por mês.
Como não bastou para tirar Lula do topo das pesquisas, a dupla, com o apoio do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, fez mais do que acusaram Dilma Rousseff de ter feito, justificando com isso o seu impeachment (o que as evidências estão a indicar tinham, na verdade, o fim de inabilitar Lula da eleição de 2018 e lançar as âncoras do Estado mínimo, privatizar a preço depreciado o que resta de estatais e exaurir as políticas sociais e os programas de apoio à indústria e à pesquisa e desenvolvimento de tecnologias).
Foi golpeando a Constituição, a lei de responsabilidade fiscal, o teto de gastos orçamentários que arrumaram o caixa para dar R$ 200 a mais entre agosto e dezembro aos assistidos do Auxílio Brasil. E o fizeram contando com o silêncio cúmplice dos auditores durões do FMI, dos analistas de agências de risco soberano, dos economistas de sempre ouvidos pela imprensa, de empresários que pediram a Dilma benesses como a baixa forçada da eletricidade e depois a rifaram.
A nova política do centrão
Não se trata de repisar o passado recente com fins eleitorais, até porque não há como o PT esconder o desgoverno a seu tempo, gerando os desvios na Petrobras pelos apaniguados dos partidos que estão na base de apoio de Bolsonaro e comandam o Congresso.
A Lava Jato destacou o PT, mas foram quadros do PL de Bolsonaro e do PP de Lira, Ciro Nogueira e Ricardo Barros, líder do governo na Câmara, os que mais devolveram os dinheiros desviados da Petrobras.
Hoje acontece o quê? A mesma coisa, pelos mesmos partidos, mas com nova metodologia. O orçamento secreto envolve nacos de verba fiscal entregues a deputados e senadores em troca de lealdade a Bolsonaro e aos caciques do centrão sem que se saiba o nome de quem empenhou os recursos e sem inspeção dos projetos dos políticos em suas zonas eleitorais. Será secreto até quando vir a público a investigação do Tribunal de Contas da União. É esperar.
Se a burocracia do Tesouro Nacional de Dilma fez o que entrou para os anais da política como “pedaladas fiscais”, para cobrir rombos da lei orçamentária, a equipe “ultraliberal” de Bolsonaro violentou a autonomia federativa, emendando a Constituição.
Ela desviou recursos do ICMS dos estados e municípios vinculados à saúde, educação e segurança pública para cortar o preço do diesel, da gasolina e da luz. E, sim, para ninguém tascar o dinheiro do tal orçamento secreto – R$ 16,5 bilhões este ano, R$ 19,5 bilhões para 2023, conforme a Lei de Diretrizes Orçamentárias já sancionada por Bolsonaro. Não se fala de um troco, fala-se de dinheiro grosso.
A destruição aplaudida
O passivo dos precatórios empurrados para frente está projetado em R$ 200 bilhões em 2023. A receita do ICMS desviada para desinflar o preço dos combustíveis foi estimada pelo Conselho de Secretários de Fazenda dos estados, o Confaz, em R$ 80 bilhões.
Esse ônus será compensado de um jeito ou de outro, já que envolve o custeio de programas demandados pela sociedade, como a saúde e a educação, que são uma obrigação dos estados e municípios, além das polícias. Já se projeta uma enorme pressão sobre o novo Congresso.
A política econômica atual, que seria elogiada no mundo, segundo o ministro da Casa Civil, levando bolsonaristas a impulsionar Paulo Guedes nas redes sociais como candidato ao Nobel de Economia, não chegará ao próximo carnaval sem uma profunda mudança de rumo.
Será assim, mesmo que Bolsonaro se reeleja, e o tema já é objeto de estudos pelos seus quadros lúcidos. Guedes se orgulha de ser o primeiro governo em décadas a terminar sem ter aumentado a despesa pública total como proporção do PIB. Esse é só um lado da história.
O resultado se deve ao congelamento dos salários do funcionalismo federal, e há categorias sem reajuste desde 2017. Também não foram ocupadas as vagas devido às aposentadorias. Os “ancaps”, de anarco capitalistas, aplaudem, enquanto o meio ambiente é degradado pelo desmonte do Ibama e da Funai, bolsas de extensão universitária não têm reajuste desde o governo Dilma, projetos científicos carecem de orçamento, pesquisa militar não tem continuidade. É o país no ralo.
Sugar daddies de radicais
Como se achassem que os tempos do fundamentalismo de mercado estão com os dias contados, ganhe quem for a corrida presidencial, porta-vozes da ideologia neoliberal começam a se manifestar para alertar sobre os supostos riscos da volta do planejamento na estrutura do governo e de políticas ativas para impulsionar o crescimento.
Eles sugerem preocupação com as políticas de Estado, mas, de fato, movem-se pelos interesses da gestão de papéis de dívida e do fluxo dos capitais ociosos. Fazem uma falsa relação de causa e efeito do encolhimento do BNDES vis-à-vis a expansão do mercado de emissões privadas. Essa discussão é ideológica e política.
Não a política golpista de empresários flagrados pela PF num grupo de WhatsApp, e expostos pelo jornal Metrópoles, defendendo golpe militar contra a eleição de Lula. Esses ‘sugar daddies’ de radicais são a indigência intelectual de uma minoria do empresariado, mas eles só interessam à polícia e à Justiça.
A política que importa é a que obsta o progresso desde a década de 1980 e nunca mais se ousou discutir. O Brasil não é para quem pensa miúdo. É para estadistas e visionários. Na política e na economia.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/economia/2022/08/21/interna_economia,372431/brasil-s-a.shtml)
“Dicas de português”
(Por Dad Squarisi, Cidades, CB, 21/08/22)
“A poesia preenche um vazio essencial.” (João Cabral de Melo Neto)
Tropeços que roubam vagas e prestígio
Você vai fazer concurso? Redige ofícios, memorando, relatórios, exposição de motivos? Candidata-se a vaga na universidade? Está de olho em promoção no emprego? Escreve e-mails? Participa de redes sociais? Abra os olhos. Não caia nas ciladas que roubam pontos e prestígio. As armadilhas são muitas. A seguir, desmontamos algumas.
O hospital atende pacientes de “0” a 18 anos
Zero ano? Nem com mágica. Só depois de 365 dias, completam-se os 12 meses necessários pra chegar lá. Melhor dar tempo ao tempo: O hospital atende pacientes de até 18 anos.
“Duas” milhões de mulheres
Ops! Milhão é masculino e não abre. Numerais, artigos e pronomes têm de concordar com ele: dois milhões de mulheres, os milhões de crianças, muitos milhões de declarações.
O diretor manterá a “mesma” assessoria.
Ora, se vai manter, só pode ser a mesma. Se não for, o verbo é outro. Pode ser mudar. Ou alterar. Xô, pleonasmo: O diretor manterá a assessoria.
O acidente deixou cinco “vítimas fatais.”
Fatal quer dizer que mata. O acidente mata. É fatal. A vítima, coitada não matou. Morreu. Em bom português: O acidente deixou cinco mortos.
Quem aposentou-“se”?
wOlho na gangue do qu. Que, quem, quando, quanto, qual, porque atraem os pronomes átonos: Quem se aposentou?
“Há” dois meses da Copa,
muitas obras estão no papel.
Olha a confusão! O há indica tempo passado. O a, futuro. Não vale trocar as bolas: Chegou há pouco. Entrou na universidade há dois anos. Paulo chega daqui a pouco. A dois meses da Copa, muitas obras estão no papel.
“Face ao” exposto, pouco se pode fazer.
Atenção, marinheiro de poucas viagens. Face a não existe em português. A forma 100% nacional é em face de: Em face do exposto, pouco se pode fazer.
Educação deve ser prioridade “independente” do vencedor.
Epa! Independente é adjetivo. Quer dizer livre. Independentemente é advérbio. Significa sem levar em conta: O Brasil ficou independente de Portugal em 1822. Educação deve ser prioridade independentemente do vencedor.
Lia estava com a mãe quando o ladrão encostou a arma na “sua” cabeça.
Sua de quem? Pode ser da mãe ou da filha. O sua responde pela ambiguidade. Melhor livrar-se dele: …encostou a arma na cabeça da criança. Ou da mãe.
Expediente entre “12h e 14h”.
Na indicação de horas, o número vem sempre (sempre mesmo) acompanhado de artigo: Expediente entre as 12h e as 14h.
Ele “aposentou” aos 60 anos.
Olho no verbo pronominal. Aposentar quem? O INSS aposenta o trabalhador. Mas o trabalhador se aposenta. Eu me aposento, ele se aposenta, nós nos aposentamos, eles se aposentam.
Haverá eleições presidenciais “esse” ano.
Que ano? Se é o ano em curso, o este pede passagem. A regra vale para semana e mês: este ano (2022), este mês (agosto), esta semana (a semana em curso).
1,3 “milhões”
Nas frações, o substantivo concorda com o número inteiro: 1,35 milhão, 0,45 bilhão, 2,3 trilhões.
A lei está “vigindo.”
Vigir não existe. A forma é viger. Intolerante, o dissílabo detesta o a e o o. Por isso só se conjuga nas formas em que essas vogais não aparecem depois do g. A 1ª pessoa do singular do presente do indicativo (eu vigo) ou o presente do subjuntivo (que eu viga)? Uhhhh! Fora! Nas demais, viger é regular. Conjuga-se como viver: vives (viges), vive (vige), vivemos (vigemos), vivi (vigi), viveu (vigeu), vivemos (vigemos), viveram (vigeram); vivia (vigia); viveriam (vigeriam). E por aí vai. Na dúvida, deixe o viger pra lá. Que tal vigorar? Ou entrar em vigor?
O fiscal extorquiu o “comerciante”.
Que susto! Fiscal extorquir comerciante? É difícil. Extorquir não é lá coisa boa. Significa obter por violência, ameaças ou ardis. O verbo tem uma manha. Seu objeto direto tem de ser coisa. Nunca pessoa. Extorque-se alguma coisa. Não alguém: Fiscal extorquiu dinheiro de comerciante. A polícia tentou extorquir o segredo. Extorquiram a fórmula ao cientista.
Leitor pergunta
A maioria do pessoal sumiu ou sumiram?
Carlos Marcelo, BH
Partitivo é parte de um todo. Há expressões partitivas — parte de, uma porção de, grupo de, o resto de, a metade de, a maioria de. Com elas, o verbo pode concordar com o sujeito ou complemento. Quando os dois são singular, o verbo fica no singular (a maioria do pessoal saiu). Quando seguidas de complemento plural, o verbo se esbalda. Pode concordar com o sujeito ou com o complemento: A maioria dos brasileiros lamentou (lamentaram) a morte do Jô. Metade das crianças saiu (saíram).
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/08/21/interna_cidades,372393/dicas-de-portugues.shtml)
Boa. Na Câmara de Gaspar em todas as sessões é possível ouvir “… de encontro” no sentido “… ao encontro”
E no jornalismo “autópsia” no lugar de necropsia. Afinal, o morto NÃO faz o seu próprio exame para relatar em laudo técnico da sua causa morte. Isto é feito no seu cadáver por especialistas, peritos, testes e exames laboratoriais
Legal. Porém, imoral!
“Antecedência”
(Por Ana Maria Campos, Eixo Capital, CB, 21/08/22)
Muita gente ficou na dúvida sobre como o primeiro suplente de Flávia Arruda (PL), Luiz Pastore (MDB), que está no exercício do mandato de senador pelo Espírito Santo, pode concorrer pelo Distrito Federal. Mas ele se preparou para viabilizar o projeto. Pastore transferiu o domicílio eleitoral para Brasília em abril.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/08/21/interna_cidades,372406/eixo-capital.shtml)
Está clara a ação da “Lei do Gérson”: o oportunista capixaba, provavelmente sem votos no seu Estado, está contando como certa a eleição da esposa do ex presidiário arruda e sua consequente “convocação” para um cargo no Executivo para “se-tornar-se” senador pelo DF.
. . .”Apesar de cumprir o requisito de ter feito milagres, o reconhecimento de Padre Cícero como santo ou beato sofreu resistência histórica da Igreja Católica devido ao seu mau relacionamento com o clero brasileiro à época, por conta de sua atuação política. Cícero foi o primeiro prefeito de Juazeiro do Norte em 1911 e chegou a ser vice-governador do Ceará.”. . .
“Padre Cícero deve ser beatificado”
(Por Raphael Felice, CB, 21/08/22)
O processo de beatificação de Padre Cícero Romão Batista foi autorizado pela Igreja Católica Apostólica Romana. O anúncio foi feito na manhã de ontem (20), por d. Magnus Henrique, bispo da cidade de Crato, interior do Ceará, durante uma missa em celebração ao ‘Padim Ciço’, como é carinhosamente chamado pelos devotos.
“Romeiros de todo Brasil, é com grande alegria, que vos comunico, nesta manhã história, que recebemos oficialmente da Santa Sé, por determinação do santo padre, o papa Francisco, uma carta do Dicastério para as Causas dos Santos, datada do dia 24 de junho de 2022. Recebemos a autorização para a abertura do processo de beatificação do processo Cícero Romão Batista, que a partir de agora receberá o título de servo de Deus”, declarou. Em missa ao ar livre, o anúncio foi recebido com aplausos e fogos de artifício.
Caso a decisão seja confirmada pelo Vaticano, Padre Cícero passará a receber o título de servo de Deus. A beatificação é um processo que visa venerar uma pessoa como santa, mas com dimensão local, diferente da canonização, com alcance para todo o mundo.
Padre Cícero nasceu em Crato no ano de 1844, e morreu em 1934, aos 90 anos, em Juazeiro do Norte, também no Ceará, onde foi construída uma estátua dele com 27 metros de altura. A imagem atrai cerca de 2,5 milhões de pessoas por ano, principalmente para romarias e procissões.
O “patriarca do Nordeste”, como também é conhecido, começou a ser considerado um santo popular em 1889. Ao dar a comunhão a uma devota, Maria de Araújo, a hóstia teria se transformado em sangue. O acontecimento ficou conhecido como “milagre da hóstia”, e logo se espalhou pela região. O fenômeno teria se repetido diversas vezes, durante dois anos, e a população passou a apontar a manifestação de Jesus Cristo em Juazeiro através de uma beata e pelas mãos de um padre santo.
Apesar de cumprir o requisito de ter feito milagres, o reconhecimento de Padre Cícero como santo ou beato sofreu resistência histórica da Igreja Católica devido ao seu mau relacionamento com o clero brasileiro à época, por conta de sua atuação política. Cícero foi o primeiro prefeito de Juazeiro do Norte em 1911 e chegou a ser vice-governador do Ceará.
Em outubro de 1891, a pedido de Cícero, a diocese formou uma comissão com padres, médicos e farmacêuticos para investigar o suposto milagre. O comitê concluiu que não havia explicação natural para os ocorridos. No entanto, o bispo D. Joaquim José Vieira ficou insatisfeito com o resultado, e nomeou outra comissão para avaliar o fato. O grupo era composto por um padre e seu próprio secretário, que consideraram o milagre como fraude. O bispo acatou esse resultado e suspendeu as ordens sacerdotais do padre Cícero. Ele também determinou que Maria de Araújo fosse afastada da igreja.
Em 1898, padre Cícero recorreu ao Vaticano e se reuniu com o Papa Leão XIII e com membros da Congregação do Santo Ofício. Ele teria conseguido sua absolvição, mas em seu retorno a Juazeiro, a decisão foi revista pela alta cúpula católica. Chegou a ser anunciado que Cícero fora excomungado, mas depois descobriu-se que a punição não havia sido aplicada.
Em 2001, quando ainda era cardeal, o papa Bento XVI mandou investigar o caso, vendo a possibilidade de reabilitar o padre brasileiro perante a Igreja. Em 2006, o bispo D. Fernando Panico viajou para o Vaticano com uma comissão de religiosos, políticos e fiéis para defender a reabilitação. Em dezembro de 2015, padre Cícero recebeu o perdão da Igreja.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/brasil/2022/08/21/interna_brasil,372425/padre-cicero-deve-ser-beatificado.shtml)
O ex presidiário lula é ou não a “tchtchuca dos togadoe$”?
. . .”O governo brasileiro exige alguém contemporâneo do futuro.”
“A terceira via existe”
(Por Almir Pazzianotto Pinto, Advogado, foi ministro do Trabalho e presidente do Tribunal Superior do Trabalho)
Promessa de candidato só compromete quem ouve, escreveu alguém cujo nome não me recordo. Penso, porém, que a frase carregada de ironia tem algum fundo de verdade. Ouvi palestras proferidas na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), pelos candidatos à Presidência da República, Ciro Gomes, Luiz Felipe d’Ávila e Luiz Inácio Lula da Silva. Pela TV Bandeirantes, acompanhei a entrevista de Simone Tebet, no programa Canal Livre. Jair Bolsonaro desistiu de comparecer ao encontro programado para o dia 11. É traço comum entre candidatos de oposição descrever o país da forma e sob o ângulo que lhes interessa. Ciro Gomes foi explosivo; Luiz Felipe d’Ávila acadêmico; Simone Tebet objetiva; Lula, como sempre, ilusionista.
A menos de dois meses das eleições, segundo as pesquisas as probabilidades de chegar ao segundo turno se concentram em Jair Bolsonaro e no ex- presidente Lula. O programa do presidente, para o segundo mandato, deve refletir o desempenho ao longo do primeiro. Creio ser inútil ignorar fatos registrados desde 1º de janeiro de 2019. Sua Excelência teve a infelicidade de enfrentar a pandemia da covid-19, que já deixou 681 mil mortos e algo em torno de 34 milhões de infectados. Conflitos de competência entre a Presidência da República e governos estaduais e prefeitos municipais, a insistência em torno da cloroquina, as mudanças de ministros da Saúde, a comissão parlamentar de inquérito, geraram desgastes difíceis de superar.
Não bastasse a guerra da Rússia com a Ucrânia temos inflação, elevação da taxa de juros, orçamento secreto, persistente desemprego, aumento dos preços, violência, 33 milhões de pessoas com fome (tragédia que se tenta amenizar com o Auxílio Emergencial). Medidas positivas são enfraquecidas por deficiência de comunicação, conflitos com a imprensa, sistemático ataque às urnas eletrônicas, conduta incompatível com a liturgia do cargo.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva volta ao cenário como taumaturgo salvador. Às centrais sindicais, prometeu revogar a reforma trabalhista e reativar o mercado de trabalho, com melhores salários e geração de milhões de empregos.
Assegurou que resolverá o problema da desindustrialização. As análises aos industriais reunidos na Fiesp foram, todavia, mal alinhavadas e as medidas propostas pecavam por demagógica falta de seriedade. A indústria automobilística e de autopeças das décadas de 1960,1970,1980, a que Lula fez referência, geravam dezenas de milhares de empregos produzindo veículos obsoletos, caros, de má qualidade, vendidos no mercado interno sob a proteção de muralhas alfandegárias.
Nas últimas décadas, o mundo tem passado por dramáticas mudanças. O século 21 não é mero prolongamento do século 20. Houve profunda ruptura provocada por fenômenos que começam a se manifestar na década de 1980 e ganham velocidade a cada dia que passa.
O governo brasileiro exige alguém contemporâneo do futuro. Com ideias inovadoras.
Capaz de conviver com a nova geopolítica, a globalização, a automação, a robotização, de entender a inteligência 5G, as novas modalidades de trabalho, a necessidade de reconstruir a legislação trabalhista e de promover reformas políticas e tributárias.
O desenvolvimento encontra empecilhos na extrema judicialização das relações de trabalho, na insegurança jurídica, no calote dos precatórios, nas crises políticas, no péssimo relacionamento do Poder Executivo com o Poder Judiciário, na corrupção turbinada pelo orçamento secreto, na debilidade do micro e pequeno empresário.
O Brasil é uma espécie de Passat dos anos 70, incapaz de competir em qualidade, tecnologia, desempenho, com veículos do primeiro mundo.
Não nos podem obrigar a escolher entre dois candidatos ultrapassados. Jair Bolsonaro corre perigo de perder eleição que se encontrava ganha, para alguém que, até hoje, foi incapaz de esclarecer, de maneira clara e convincente, as razões que o levaram às barras da Justiça Criminal, a ser condenado e a ir para a prisão.
A terceira via existe. Basta procurá-la. Simone Tebet reúne experiências adquiridas no Poder Executivo com o traquejo acumulado no exercício de cargos no Senado. Ciro Gomes tem currículo invejável, Luíz Felipe d’Ávila é o acadêmico que ensaia dar os primeiros passos na política. Além de Bolsonaro e Lula, temos, portanto, uma candidata e dois candidatos.
No que me concerne, a escolha está feita: apoio Simone Tebet.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/08/21/interna_opiniao,372403/a-terceira-via-existe.shtml)
Eu também!
O ex presidiário lula é ou não a “tchtchuca dos togadoe$”?
. . .”No primeiro pilar está a conquista do apoio das Forças Armadas, tornando-as cúmplices do projeto, mas não comandantes dele, diferentemente do que ocorrera no Brasil no regime fundado em 1964.”. . .
“A rota do autoritarismo”
(Por Sacha Calmon, Advogado, CB, 21/08/22)
Colho de Fernando Abrusio o cerne de suas meditações. Qual é o projeto estratégico e de longo prazo do bolsonarismo? Responder a essa pergunta é decisivo para entender o sentido das próximas eleições. O caminho almejado por Bolsonaro é muito similar ao traçado na Venezuela chavista. É uma rota de destruição paulatina das instituições democráticas, substituindo-as por um modelo concomitantemente autocrático e populista, que reduz o controle independente sobre os governantes e mobiliza constantemente setores populares, inclusive por meio da violência, em apoio ao líder máximo.
“Não é possível saber se essa ideia vai vingar no Brasil, mas o atual presidente tentará, com todas as suas forças, alcançar esse objetivo. Trata-se de uma grande ironia da história. Nas eleições de 2018, o bolsonarismo não cansou de dizer que o PT queria que o Brasil se transformasse na Venezuela. Aproveitava-se do fato de que os governos petistas tinham se imiscuído na política interna venezuelana, o que foi um erro enorme de política externa. Mas, observando mais atentamente a trajetória de Bolsonaro, desde aquela época, já se percebia que ele tinha mais similaridades com Chávez do que qualquer outra liderança política.”
Ambos têm origem militar e, praticamente, foram expulsos da instituição por seu personalismo golpista. Ideologicamente, seguem um populismo autoritário no qual não há espaço para partidos nem para uma sociedade civil independente. Quando chegou ao governo, Bolsonaro aumentou ainda mais as similaridades em sua luta contra a Justiça e a imprensa, na campanha pelo armamento de seus aliados na sociedade e na política externa isolacionista. Os dois optaram não pelo golpe clássico de Estado, mas, sim, por usar a democracia para jogar o povo contra as instituições — Chávez por meio de plebiscitos, e Bolsonaro usando as redes sociais para insuflar uma revolta contra o sistema.
Há dissonâncias entre essas figuras políticas, principalmente por conta da diferença de contextos. Bolsonaro tem uma ditadura militar prévia como base de suas ideias, ao passo que o chavismo criou o seu próprio modelo autocrático, num país que tinha ficado imune da onda de regimes autoritários que assolaram a região.
Outras diferenças entre Brasil e Venezuela poderiam ser citadas, porém, o fato marcante é que ambas escolheram uma estratégia política similar de construir uma autocracia pela destruição e, ressalte-se, desmoralização paulatina do jogo democrático.
Embora admire muito Viktor Orban, governante da Hungria, além de reverenciar Trump e Putin, o caminho bolsonarista é muito mais parecido com o do chavismo, por causa de peculiaridades sul-americanas e pelo perfil militar de seu líder. Assim, é possível listar passos estratégicos desse modelo político.
O primeiro é o de construir o poder político com base numa lógica da violência. Há dois pilares, o oficial e o informal, de modo a criar uma unidade (artificial) entre o Estado e o povo. No primeiro pilar está a conquista do apoio das Forças Armadas, tornando-as cúmplices do projeto, mas não comandantes dele, diferentemente do que ocorrera no Brasil no regime fundado em 1964.
Para conseguir isso, usa as benesses dos cargos e recursos públicos e isso explica a escolha do candidato a vice na chapa bolsonarista e a criação ou reforço de um inimigo comum — no caso brasileiro, os “comunistas”, imaginariamente identificados como o PT.
Bolsonaro e Chávez buscaram cooptar os militares para dizer que as armas são o árbitro final do conflito político, e não juízes ou qualquer ator civil. A lógica da violência também está presente na campanha pelo armamento da população civil (formação de milícias armadas e sectárias).
Desde o início do mandato há uma guerra aberta entre Bolsonaro e a imprensa. Apostou-se nas redes sociais, mas houve também um cooptação, maior ou menor, de parte dos órgãos de comunicação. De todo modo, uma parcela importante da mídia não se curvou, e talvez a saída seja, pela ótica bolsonarista, formas mais severas de intervenção, que sempre aparecem como ameaças em discursos do próprio presidente da República. Além disso, há várias outras organizações sociais, a maior barreira ao projeto autoritário populista, algumas inclusive com forte conexão internacional. Qualquer ação mais violenta nesse campo poderá resultar em um enorme isolamento do país, com impactos econômicos e sociais.
A revisão constitucional já aparece nas discussões dos grupos bolsonaristas do Telegram e de forma sub-reptícia nos próprios discursos do presidente. O grande inimigo institucional do atual governo é o pacto socialdemocrata representado pela Constituição de 1988, que busca evitar a concentração de poderes.
O cenário externo é preocupação da via populista autoritária, pois com certeza há pressões contra um golpe institucional no Brasil vindas da Europa e especialmente dos Estados Unidos, porque seria uma enorme derrota para a política externa americana ter uma segunda Venezuela no continente.
Antecipando-se a isso, Bolsonaro escolheu seu protetor: a Rússia de Putin. Já se ensaiam, inclusive, alguns discursos de cunho antiamericano.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/08/21/interna_opiniao,372402/a-rota-do-autoritarismo.shtml)
. . .”O Brasil precisa de pessoas que pensem o futuro, não de imediatistas de olho apenas no poder, seja para benefício próprio, seja para proteger aliados.”. . .
“Otimismo frágil com a economia”
(Visão do Correio (Braziliense), CB, 21/08/22)
A população está mais otimista com o futuro da economia, como mostra pesquisa do Datafolha. Para 48% dos entrevistados, a situação do país melhorará nos próximos meses, e 58% acreditam que a situação financeira pessoal ficará mais positiva. Os dados captados pelo levantamento refletem, sobretudo, a queda dos preços dos combustíveis e o recuo do desemprego, ainda que a renda do trabalho esteja estagnada há meses.
É importante ressaltar, contudo, que o quadro mais favorável é observado, principalmente, na classe média, que se beneficia mais diretamente do barateamento da gasolina. Entre os mais pobres, a percepção de melhora da economia e da situação financeira está longe de ser realidade, pois a inflação dos alimentos continua afligindo. É constante a falta de comida na mesa de muitas famílias nesse grupo populacional.
Chama a atenção, ainda, o fato de que a sensação de melhora deve ser passageira, pois todos os indicadores apontam que a economia perderá força ao longo de 2023. Projeções do Banco Central sinalizam que, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas pelo país, crescerá 2% neste ano, terá avanço de minguado 0,4% no próximo. Ou seja, boa parte das intervenções feitas pelo governo na economia neste ano terá efeito limitado no tempo, devido ao caráter eleitoreiro delas.
O ideal seria que os candidatos que se apresentam para comandar o Brasil nos próximos quatro anos focassem o debate em propostas concretas para que a percepção de melhora nas condições de vida não tivesse prazo de validade. A pouco mais de 40 dias de os eleitores cravarem seus votos nas urnas, a discussão está centrada em questões religiosas e em ataques à democracia. Planos concretos para fazer o país crescer por um longo período, garantir mais empregos e salários melhores estão completamente à margem, por total falta de interesse.
A pandemia do novo coronavírus escancarou que, quando há vontade, é possível gerar resultados positivos. A partir do momento em que o governo decidiu enfrentar o problema e passou a vacinar a população, a covid-19 foi perdendo força e a economia reabrindo. Com todas as atividades produtivas a pleno vapor, o desemprego retornou aos níveis de 2015. Houve uma preocupação enorme com a guerra na Ucrânia, com a inflação disparando, mas seus impactos também começam a ser superados.
Resta, portanto, trazer de volta à serenidade política ao país, para que as estimativas pessimistas para o próximo ano não se concretizem. Se realmente os candidatos à Presidência da República estão pensando no bem maior para a população, que se empenhem para que o discurso a ser entoado até outubro não seja o da beligerância, mas carregados de propostas que engrandeçam o debate. O Brasil precisa de pessoas que pensem o futuro, não de imediatistas de olho apenas no poder, seja para benefício próprio, seja para proteger aliados.
O país pode, sim, crescer com inflação sob controle, sem estripulias ou armadilhas eleitoreiras. Os cidadãos estão sedentos disso, a ponto de alimentarem esperança com base em sinais que não passam mais de desejo do que realidade. Não custa lembrar que a economia brasileira avançou, em média, 0,3% ao ano na última década. O resultado está aí para todo mundo ver: a volta do Brasil ao mapa da fome. Felizmente, ainda há tempo de mudar esse quadro cruel. Basta vontade política.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/08/21/interna_opiniao,372397/otimismo-fragil-com-a-economia.shtml)
. . .”Toda manifestação democrática é bem-vinda para democratas de boa-fé, que acreditam nos princípios de eleições universais, de pluralidade partidária, de liberdade de imprensa, de poderes republicanos independentes, de liberdade econômica, de respeito às leis instituídas.”. . .
“O Compromisso Democrático”
(Por Danilo Sili Borges, Crônicas da Madrugada, Agosto/22)
Lembro-me quando aos 19 anos, em 1960, pela primeira vez votei para presidente da república. Votei em Jânio, orgulhoso do cumprimento do meu dever de cidadão. Eu acreditava na democracia, que era o regime que eu conhecia: nascido em 1941, a primeira notícia que tive do mundo político foi o falecimento da Dona Carmela Dutra, Dona Santinha, esposa do Presidente Dutra, por ter seu sepultamento ocorrido no mesmo dia em que o de minha bisavó, e ter se dado no mesmo cemitério, o São João Baptista, no Rio de janeiro,1947. Eu vi.
Da eleição-retorno de Getúlio em 1950, recordo-me do carnaval na Rua Visconde do Uruguay, em Niterói, da marchinha que falava do “sorriso do velhinho” e do retrato que deveria ser colocado no mesmo lugar, com referência ao que ocorrera em 1946, quando o retrato de Getúlio presidente, havia sido retirado das paredes dos milhares de repartições públicas de todo o país, onde haviam sido colocados, em um típico culto à personalidade dos ditadores. Naquele carnaval de 1950, ouvi falar de Getúlio e vi sua sorridente fotografia.
Já adolescente acompanhei atento a crise que culminou com o suicídio de Vargas. Li jornais, ouvi transmissões radiofônicas, fui à comícios. Pela primeira vez, senti a fragilidade da democracia e como ela era incômoda a muitos participantes do jogo político.
Entre crises duradouras, vi presidentes breves. O Vice Café Filho de 24/8/54 a 8/11/55. Carlos Luz, Presidente da Câmara dos Deputados, em meio a uma crise político-militar, ostentou o título por 72 horas. Naqueles dias, a democracia foi mesmo garantida pela espada forte de um militar, Marechal Henrique Teixeira Lott, que impôs pela força a posse de Juscelino, eleito em 1955, e fez valer a democracia ameaçada por quem não a queria.
Cinco anos de respeito às liberdades democráticas (1956 – 1960), crença fundamental de Kubitschek, parecia que consolidaria o regime que nascera em 1946.
A inesperada renúncia de Jânio, em 1961, solta nas ruas forças descompromissadas com a vontade popular, que entram em embate. Há uma disputa no terreno ideológico e psicossocial que dura longos meses. Parte da população é estimulada, excitada e conduzida por suas lideranças a sentir-se ameaçada. Vai às ruas, faz manifestos, pede por democracia e derruba o governo Goulart, que na tentativa de manter-se, alinha-se com forças francamente autocráticas. Instala-se, no vácuo do poder, um movimento militar que promete para breve a restauração da democracia no País. Não foi o que ocorreu!
Voltei a votar para presidente da república em 1989, vinte e sete anos depois da primeira vez. Eu tinha então 48 anos.
Há poucos dias o Brasil tomou conhecimento de uma carta assinada por expressivas figuras da sociedade e da sua intelectualidade em favor da democracia. Toda manifestação democrática é bem-vinda para democratas de boa-fé, que acreditam nos princípios de eleições universais, de pluralidade partidária, de liberdade de imprensa, de poderes republicanos independentes, de liberdade econômica, de respeito às leis instituídas.
No passado dia 16, iniciou-se oficialmente a campanha eleitoral para as eleições de outubro, na qual, como é óbvio, propostas político-ideológicas se apresentam aos eleitores. Espera-se mesmo que ao longo dos próximos dias as campanhas se empenhem na elucidação das suas alternativas para a solução dos impasses que dificultam o desenvolvimento do país e não enveredem pelo inóspito terreno das agressões pessoais, que exacerbam os ânimos das militâncias e descambam para um clima de intolerância e agressividade que é tudo que está fora de um protocolo de convivência civilizada.
Sabemos que em todos os espectros ideológicos existem as franjas radicais, em geral minoritárias, que sabendo-se incapazes de sensibilizar a maioria dos eleitores, isto é, da população, para que sejam eleitos, enquistam-se nos partidos, à espera de poderem golpear a democracia e chegarem ao poder pela força ou por artifícios ardilosos. Com frequência ouvimos declarações de líderes dessas facções neste sentido: “Não precisamos de eleições para chegar ao poder”.
O que aqui quero ressaltar é que os signatários da Carta pela Democracia o fizeram, desta vez, pelo temor de um golpe a ser desferido supostamente pela Direita, tal como em 1964 movimentaram-se por temor da Esquerda que dava suporte a Goulart. Sinais trocados, mas que permite ler as similaridades.
Aos puros de coração, no passado como agora, o compromisso é com a Democracia e esta não tem data de vencimento. Democratas o são para sempre – como torcedores do Flamengo – e não irão apoiar um golpe caso seu partido venha a ser alçado ao poder pelos mecanismos republicanos do voto universal: imprensa livre, liberdade de opinião, combate a corrupção.
No passado, pôde-se identificar os signatários ocasionais das cartas e manifestos de então.
Muitos foram os Democratas funcionais!
A Democracia é neutra, é como água de fonte, inodora, sem cor e sem sabor. Não veste camisa de partidos. É disponível aos justos, homens e mulheres de boa vontade, para levá-la aos oprimidos, aos que tem sede e fome de justiça e de moralidade!
(Fonte: https://www.cronicasdamadrugada.net/2022/08/o-compromisso-democratico.html)
Faltou “pão com mortaNdela”
“Comício de Lula em São Paulo tem pouco público”
Evento no Anhangabaú reuniu cerca de 4.200 pessoas, segundo imagens aéreas analisadas pelo Poder360; PT fala em 70.000…
O comício de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Vale do Anhangabaú, no centro da cidade de São Paulo neste sábado (20.ago.2022), teve poucas pessoas e confirmou o temor do comando da campanha presidencial petista. Havia receio de que o espaço, muito amplo, não ficasse cheio o suficiente para dar demonstração de força política na capital paulista. O número de militantes ficou aquém do esperado.
O Poder360 analisou imagens aéreas do evento no momento em que havia a maior concentração de público. As fotos foram ampliadas. Foi possível contar quantos apoiadores de Lula estavam aproximadamente em em cada local do Anhangabaú. De acordo com essa contagem, o comício paulista teve cerca de 4.200 pessoas presentes.
O PT disse que 70.000 compareceram, número que não aparece nos vídeos do evento. O Poder360 apurou, no entanto, que a expectativa era maior. O PT havia informado à Prefeitura de São Paulo que eram esperadas 100.000 apoiadores no Vale do Anhangabaú.
Para fazer a estimativa, o Poder360 dividiu duas fotos aéreas em 32 quadrantes, como poderá ser observado a seguir. Nas áreas com mais pessoas há um público de até 300 pessoas, aproximadamente. Mas há também áreas de baixa concentração.
(Fonte: https://www.poder360.com.br/eleicoes/comicio-de-lula-em-sao-paulo-tem-pouco-publico/?utm_source=terra_capa&utm_medium=referral)
O Matutildo já havia alertado anteriormente o significado de Anhangabaú:
Segundo Teodoro Sampaio e outros estudiosos da língua Tupi, significa Rio dos Malefícios, do Diabo ou simplesmente Águas assombradas: de Anhangá (mau espírito) + y (rio). . .+em: https://dicionarioderuas.prefeitura.sp.gov.br/logradouro/parque-ou-vale-do-anhangabau)
A falta de público nas aparições públicas de Lula, o ex-presidiário, é emblemática, como emblemas cada eleição geral carrega. Este cenário constrasta com as pesquisas metodologicamente serias e vacinadas por erros ou falta de cuidado no passado em não estudar a mudança, o disfarce e o humor dos entrevistados.
O que pode estar se desenhando, é o senso de vingança. Ou seja, isto está expresso nas pesquisas e no escurinho das urnas e que Bolsonaro tanto teme, e preventivamente, está dizendo que elas vão ser fraudadas. E por quê? Ele se beneficiou do mesmo mau humor em 2024, ou seja, está cheirando e sabe o que está no ar contra ele.
“Morador de Rio Verde usa guincho para colher mandioca de 300 kg”
(Por Lucas Almeida, + Goiás, 20/08/22)
Um morador de Rio Verde precisou de um guincho manual para colher uma raiz de mandioca que pesa aproximadamente 300 kg. Ao G1, o aposentado João Santos disse que plantou a raiz no quintal de casa há 8 anos e que agora quem quiser um pouco pode buscar na casa dele.
“Foi muito trabalhoso para colher, passei a manhã toda tentando, daí usei uma talha, amarrei e consegui”, disse João durante a entrevista. O idoso colheu o aipim na última quinta-feira (18).
Ao Mais Goiás, o engenheiro Agrônomo Carlos Eduardo Bento disse que inicialmente o tamanho da mandioca pode ser pesado devido às características do solo. “O fator que mais pode influenciar em casos desse tipo seria uma anomalia genética, devido ao cruzamento de espécies que estiveram aí até de forma natural.”
(Fonte: https://www.maisgoias.com.br/morador-de-rio-verde-usa-guincho-para-colher-mandioca-de-300-kg/?utm_source=terra_capa&utm_medium=referral)
Portanto, viva a vidente defenestrada dilmaracutaia!
https://www.youtube.com/watch?v=ZMFX84cZpPM
Parabéns ao lendário que neste dia 20 comemora os seus
“74 anos do Robert Plant: 10 curiosidades sobre o vocalista do Led Zeppelin”
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Robert Plant esteve à frente do Led Zeppelin durante 12 anos de sua carreira. A icônica banda de rock só acabou em 1980, quando o baterista John Bonham faleceu. A partida do amigo foi tão impactante que, para Plant, não teria sentido continuar o Led Zeppelin sem o integrante.
. . .
(+em: https://rollingstone.uol.com.br/musica/74-anos-do-robert-plant-10-curiosidades-sobre-o-vocalista-do-led-zeppelin-lista/)
Eis o hino:
https://www.youtube.com/watch?v=HQmmM_qwG4k
À época, um dos ícones do Rádio Blumenauense, era o Farley J. Santos. Ele mandava ver trechos das músicas do Led, “farlava e tava farlado” e mandava executar na íntegra, músicas do Odair José. . . “pare de tomar a pílula”. . .
Apesar de tudo isso, eu era seu fã!
Segmentos da imprensa à serviço do ex presidiário lula:
“Em SP, Lula prega estado laico e diz que igreja não tem que ter partido”
(+ em: https://noticias.uol.com.br/eleicoes/2022/08/20/lancamento-campanha-lula-alckmin-haddad-anhangabau.htm)
Especialistas isentos garantem que o belzebu de Garanhuns, afirmou que o Estado tem que ser “leigo” e não “laico” como escreveram!
Ele não distingue o significado dos termos. . .
“Morre atriz Claudia Jimenez, aos 63 anos, no Rio de Janeiro…”
(+em: https://www.uol.com.br/splash/noticias/2022/08/20/morre-claudia-jimenez.htm?cmpid=copiaecola)
Literalmente, à cada dia que passa o Brasil vai ficando sem graça!
2 drops preocupantes
1) “Toffoli defende inelegibilidade de 8 anos para juiz em evento com empresários”
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli foi aplaudido pela plateia de empresários e executivos no evento do Esfera Brasil, nesta sexta (19), ao defender a inelegibilidade de oito anos para membros da magistratura, do Ministério Público e das polícias, uma ideia que ele sugere há anos.
“Para que não usem dos seus cargos para se fazer nacionalmente conhecidos, passando por cima da Constituição e das leis para se tornar heróis, como se o país fosse salvo por heróis”, disse o ministro do STF sob aplausos no evento que levou o título “Equilíbrio dos Poderes”.
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(+em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/2022/08/toffoli-defende-inelegibilidade-de-8-anos-para-juiz-em-evento-com-empresarios.shtml)
2) “Tentativa de reeleição chega a 87% na Câmara dos Deputados”
97% dos deputados disputam algum cargo; entre governadores, 20 buscam segundo mandato
(+em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/08/tentativa-de-reeleicao-chega-a-87-na-camara-dos-deputados.shtml)
Pois é. . .
E o que dizer dos parlamentares atuais, montados nos pornográficos fundos partidário e eleitoral e do “secretão”, concorrendo à reeleição ou outros cargos?
Em Pindorama, menos é mais, porque a viúva é rica e somos a única Nação que tem a famosa “cornucópiabras”!
…”Para remunerar 11,5 milhões de servidores públicos federais, estaduais e municipais, o Brasil gastou R$ 944 bilhões, em 2018, equivalentes a 13,4% do PIB, um dos percentuais mais altos do mundo. Os Estados Unidos, por exemplo, gastaram 9,2% do PIB para remunerar 22 milhões de servidores.”…
“Por um Estado eficiente”
(Por Carlos Rodolf Schneider, Empresário, Opinião, CB, 20/08/22)
A reforma administrativa que deveria estar tramitando no Congresso Nacional seria uma oportunidade de modernizar o Estado, desengessando-o, criando ferramentas que permitiriam valorizar os bons servidores, estimulando e reconhecendo o bom desempenho, a exemplo do que vêm fazendo diversos países. Como bem alertou há um tempo o deputado federal Tiago Mitraud, líder da Frente Parlamentar da Reforma Administrativa: “A baixa produtividade do setor público afeta diretamente a produtividade e a competitividade do país. Aprovando a reforma, vamos ver melhorias significativas no setor público e na produtividade do país como um todo”.
Segundo o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, o funcionalismo e a Previdência Social, mesmo após a reforma de 2019, são as duas contas que apresentam as maiores oportunidades para reduzir o gasto público, uma vez que representam cerca de 80% da despesa do Estado contra uma média de 50% a 60% em outros países.
Para remunerar 11,5 milhões de servidores públicos federais, estaduais e municipais, o Brasil gastou R$ 944 bilhões, em 2018, equivalentes a 13,4% do PIB, um dos percentuais mais altos do mundo. Os Estados Unidos, por exemplo, gastaram 9,2% do PIB para remunerar 22 milhões de servidores. A Alemanha gasta 7,5%, a Colômbia 7,3%, e a Coreia do Sul 6,1%. Em contrapartida, no final de 2019, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou relatório de avaliação da administração pública em 44 países, com a percepção da população sobre os serviços públicos. O Brasil aparecia mal na foto. Na educação, apenas 51% de cidadãos satisfeitos contra 66% na média da OCDE e 70% na China, por exemplo. Na saúde aparecemos com 33%, a China com 69% e a média da OCDE é 70%. Os dados mostram que o país há muito tempo gasta muito e gasta mal, o que reforça a necessidade de mudanças.
Além do alto custo da máquina pública, existem claras distorções a recomendar mudanças. Como a existência de um quadro de 15,5 mil funcionários, que custam R$1,6 bilhão ao ano, apenas para administrar a folha de salários da União. Ou aberrações decorrentes do engessamento da grade de carreiras públicas, que obriga a manter servidores desocupados em funções obsoletas como discotecário, operador de videocassete, operador de telex, especialista de linotipo, datilógrafo, entre outras. Ou ainda um sistema de avaliação que concede a mais de 95% dos servidores a bonificação máxima por desempenho, performance a fazer inveja às melhores empresas. Além do que, 60% das gratificações continuam a ser pagas após a aposentadoria!
O Brasil não pode mais postergar uma reforma administrativa que permita ao país criar uma máquina pública forte, enxuta e ágil, capaz de apoiar e estimular o crescimento. É possível reduzir o número de carreiras na administração federal de 300 para cerca de 20. E é preciso diminuir os salários de início de carreira e estender o prazo para alcançar o teto, tomando por base o que paga o setor privado.
Pesquisa feita pelo Banco Mundial, em 2019, mostrou que o salário no setor público era 96% superior ao cargo equivalente no setor privado.
Mesmo que a reforma só venha a valer para os novos funcionários públicos, o que inegavelmente reduz muito o seu alcance, é necessário ter pressa, uma vez que mais de 40% do atual quadro se aposentará até 2030, o que exigirá novos concursos. Mas, como bem destacou Allan Falls, um dos principais coordenadores das reformas que resgataram a competitividade da Austrália no final do século passado e início deste, é preciso manter aceso o senso de crise para que as mudanças aconteçam. Além do sempre importante senso de urgência.
Com a palavra o Congresso Nacional.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/08/20/interna_opiniao,372350/por-um-estado-eficiente.shtml)
Marcha para o belzebu de Garanhuns X Marcha para o Messias
. . .”Chegamos ao tempo em que a Marcha para Jesus deixou de ser para Ele. Vivemos a era dos “cultícios”, uma desagradável mistura de culto e comício.”. . .
“Da marcha aos cultícios”
(Por Marcos Paulo Lima, Opinião, CB, 20/085/22)
A Marcha para Jesus é uma interessante linha do tempo da disputa política pela simpatia da parcela cristã da população brasileira. Escrevo com a experiência de quem é evangélico e aderiu aos bons tempos do movimento no fim dos anos 1990, na Esplanada dos Ministérios. Participava enquanto o ato se mantinha fiel ao propósito original.
O projeto nasceu no coração de quatro líderes religiosos ingleses. Graham Kendrick, Gerald Coates, Roger Forster e Lynn Green. Eles são os autores do livro de 160 páginas March for Jesus. A obra tem até um carimbo vermelho retangular em inglês na capa que diz: The official history (A história oficial).
O plano era compartilhar com a comunidade inglesa, nas ruas, a experiência vivida entre quatro paredes nos templos. A missão: orar pelas cidades.
Em 1987, a primeira edição reuniu 15 mil pessoas sob chuva, em Londres. Atraiu 55 mil fiéis no ano seguinte. Sensibilizou a primeira-ministra Margaret Thatcher. A Dama de Ferro manifestou confiança em Deus enquanto fiéis intercediam pela terra da rainha.
Houve um boom em 1989. A Marcha conquistou 45 cidades. Uniu católicos e evangélicos em Belfast, na Irlanda do Norte. Em 1990, mobilizou 200 mil pessoas em 600 cidades da Grã-Bretanha. Nações de outros continentes, como os EUA, abraçavam a pacífica ideia.
A Marcha desembarcou no Brasil em meio ao avanço das igrejas neopentecostais. Em 1989, no primeiro pleito pós-redemocratização, os evangélicos representavam 10% do colégio eleitoral. Hoje, são 30%. Isso ajuda a entender o interesse maquiavélico — não religioso — seja da esquerda, centro, direita e outros tantos lados do jogo político, de se infiltrar, explorar, manipular e até simular religiosidade em púlpitos e trios elétricos em atos que arrastam multidões.
Projetos de lei oportunistas pipocaram. Tramitaram no Senado, Câmara e finalmente chegaram à mesa do então presidente Lula. Em 3 de setembro de 2009, o petista sancionou o Dia Nacional da Marcha para Jesus. Com data marcada: 60 dias depois da Páscoa. A cerimônia de assinatura rolou no Centro Cultural Banco do Brasil. Ungida para disputar as eleições de 2010 em defesa da sucessão de Lula, Dilma Roussef estava lá com Michel Temer e pastores. Em 2015, o então governador tucano Geraldo Alckmin, hoje parça de Lula, fez média ao estipular o feriado de Corpus Christi como data da Marcha em São Paulo.
Chegamos ao tempo em que a Marcha para Jesus deixou de ser para Ele. Vivemos a era dos “cultícios”, uma desagradável mistura de culto e comício.
Assim como os antecessores, o atual presidente, Jair Bolsonaro, usa e abusa do evento como palanque eleitoral. Escrava do interesse alheio, uma fatia numerosa da igreja se curva. Esquece do que disse, um dia, o pastor batista e ativista Martin Luther King: “A igreja não é a senhora ou a serva do Estado, mas, antes, sua consciência. Ela deve ser a orientadora e a crítica do Estado — nunca sua ferramenta!”
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/08/20/interna_opiniao,372346/da-marcha-aos-culticios.shtml)
. . .”Lula e o seu partido não aprenderam nada. Enganam os ingênuos sobre o seu stalinismo tropical, cuja prova são os apoios a regimes como o da Venezuela.”. . .
“A democracia do PT é eleitoreira”
(Por Mario Sabino, O Antagonista, 19/05/22)
O PT não aprendeu nada, a não ser a enganar os ingênuos sobre a sua natureza autoritária, o seu stalinismo intrínseco e tropical. Depois de passar mais de uma década torpedeando a democracia, por meio da compra de votos de parlamentares com dinheiro oriundo de corrupção, o partido encontrou em Jair Bolsonaro uma alavanca para alçá-lo novamente ao Palácio do Planalto.
Os petistas só assinaram os manifestos pela democracia por cálculo eleitoral, não por convicção. Como já cansei de escrever, a democracia não lhes é valor universal, mas valor estratégico — uma forma de chegarem ao poder e lá permanecer indefinidamente, usando dos mesmos expedientes que sempre utilizaram.
Apesar da pele de cordeiro democrático, o lobo continua lá, ameaçador, como demonstram as simpatias do PT e do seu chefão por regimes ditatoriais.
Hoje, na sabatina promovida pelo Estadão, Fernando Haddad, poste de Lula em 2018 e hoje candidato ao governo de São Paulo, foi indagado sobre a proximidade do PT com o regime venezuelano.
Como registramos, ele tergiversou: “primeiro, alegou que há a autodeterminação dos povos sobre seus governos, e que esta autodeterminação estaria sendo atacada (‘Infelizmente temos que reconhecer que americanos se metem em assuntos internos de outros países, contra a democracia’, disse).
Depois, afirmou que nenhum dos dois lados está correto na disputa política do país. ‘Na Venezuela, a oposição também não é democrática. Você tem um conflito real que podemos e devemos ajudar. Acho que o Lula vai ter um papel muito grande [nessa mediação]”.
Fernando Haddad continuou: “Se eu gosto do governo Maduro? Não. Mas se me perguntam se eu gosto do comportamento que a oposição está tendo? Não. Nós temos o dever de ajudar a Venezuela, e a Venezuela pode se reencontrar em uma democracia plena se houver um papel internacional, com a liderança do Brasil, para encontrar o caminho”.
A verdade é que Nicolás Maduro (à esquerda na foto), herdeiro do chavismo, contou com grande ajuda dos governos do PT para manter-se como ditador incontrastável. O auxílio do PT e de Cuba foram essenciais para ele reprimir a oposição democrática (sim, democrática) em seu país.
No ano passado, em maio, Lula enviou uma mensagem a Nicolás Maduro, de acordo com a embaixada da Venezuela: “O irmão ex-presidente Lula enviou uma saudação fraternal ao nosso presidente Nicolás Maduro reafirmando que ele ‘é filho de Bolívar’ e que nossa Pátria Bolivariana contará sempre com seu apoio”. Sim, apoio.
Apoio a uma ditadura cruenta. O PT não está interessado em mediar transição democrática nenhuma na Venezuela, porque vê o regime bolivariano como exemplo a ser seguido.
Nesta edição semanal da Crusoé, o repórter Duda Teixeira comparou os programas de política externa de Jair Bolsonaro e de Lula, disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral.
A conclusão é que o primeiro se tornou menos ideológico nas relações internacionais (no programa, enfatize-se, porque o sujeito é incontrolável) e o segundo não tem sequer o pudor de dizer que repetirá os mesmos erros que cometeu quando era presidente da República.
Leia este trecho da reportagem da Crusoé:
“O programa da coligação que apoia Lula traz em negrito a ideia de recuperar uma ‘política externa ativa e altiva’, que ‘nos alçou à condição de protagonista global. A expressão foi cunhada e propalada por Celso Amorim, que foi chanceler de Lula entre 2003 e 2010.
Uma de suas principais marcas foi a negociação com a teocracia iraniana, que resultou em um acordo com a Turquia sobre o destino do urânio enriquecido — uma parte dele seria entregue a Ancara, para evitar que Teerã quantidade suficiente para fabricar bombas atômicas.
Festejado pelos petistas como um grande feito, o tal acordo foi ignorado por todas as grandes potências.
Como chanceler, Amorim também fortaleceu os laços com os ditadores cubanos Fidel e Raúl Castro, com o venezuelano Hugo Chávez e com o cocaleiro boliviano Evo Morales.
Nesse trabalho, embora no comando do Itamaraty, ele precisou se submeter ao assessor da presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, um velho quadro do PT que faleceu em 2017.
Nenhum desses países latino-americanos é citado no programa do PT, mas a intenção de retomar as conversas com eles transparece.
O PT propõe reconstruir “a cooperação internacional Sul-Sul com América Latina e África” e “fortalecer novamente o Mercosul, a Unasul, a Celac e os Brics”. Em entrevistas,
Amorim também defende a retomada de relações diplomáticas com a ditadura do venezuelano Nicolás Maduro.
A Unasul é uma das principais incógnitas. Esse grupo foi criado em 2008 pelo venezuelano Chávez basicamente para projetar influência em países governados pela esquerda na região. Sem mostrar utilidade, afundada em dívidas e atacada por sua cumplicidade com autocracias, a Unasul foi abandonada por diversos países, incluindo o Brasil, em 2019. Sua sede em Quito, no Equador, foi desativada.
Estaria o PT querendo ressuscitar esse bloco que teve uma função majoritariamente ideológica aproveitando-se da vitória de partidos de esquerda na América Latina?
Pois é exatamente isso. Celso Amorim disse no ano passado que a Unasul vai reviver: ‘A volta de governos progressistas na América do Sul propicia, obviamente, o retorno da Unasul’.
O PT realmente não aprendeu nada. É um partido de matriz autoritária e continuará a sê-lo. O seu apego à democracia é apenas eleitoreiro.
(Fonte: https://oantagonista.uol.com.br/opiniao/a-democracia-do-pt-e-eleitoreira/?utm_campaign=SEX_TARDE&utm_content=link-824190&utm_medium=email&utm_source=oa-email)
“Um país que faz vaquinha para o goleiro Bruno elege um Gabriel Monteiro…”
(Por Madeleine Lacsko, Colunista da UOL, 19/08/22)
(+em: https://noticias.uol.com.br/colunas/madeleine-lacsko/2022/08/19/um-pais-que-faz-vaquinha-para-o-goleiro-bruno-elege-um-gabriel-monteiro.htm)
Pois é, Madeleine! Esse mesmo país está prestes a reconduzir à presidência da República, o maior ladrão dos cofres públicos que se tem notícia na história da humanidade!
2023, seja o que Deus quiser!
Confortando o capitão zero zero
Anima-te “capita”, pelo andar da carruagem, tu só ostentarás o título de “tchutchuca do centrão” até 31/12/22!
Assim que passares a faixa presidencial ao ex presidiário lula, além de assumir a presidência, ele também assumirá o título de “tchutchuca do centrão”, acumulando-os com os títulos de “tchutchuca dos corruPTos, “tchutchuca dos emPreiTeiros”, “tchutchuca dos togadões”, “tchutchuca dos presidiários”, etc. . .
E não te esqueças de agradecer os teus rebentos e a tua atabalhoada equipe de atabalhoados, pela prestimosa contribuição de devolver a presidência da República ao belzebu de Garanhuns!
″O Brasil acima de tudo. Deus acima de todos.″
Acreditei na frase acima, porém, a tua reeleição nem “Cristo salva”!
2023, seja o que Deus quiser!
Faço minhas as palavras do Moro:
“Nós temos o mesmo adversário”, diz Moro, sobre Bolsonaro
(O Antagonista, 18/08/22)
Em propaganda partidária disseminada nas redes sociais e grupos de mensagens, Sergio Moro diz que nunca estará ao lado de Lula. “Jamais. Isso é impossível. Eu decretei a prisão do Lula, eu desmontei o esquema de corrupção do PT.”
Em relação a Jair Bolsonaro, o ex-ministro da Justiça, que já foi tachado de traidor, sinaliza um possível apoio: “Em relação ao Bolsonaro, uma coisa eu posso te dizer. Nós temos o mesmo adversário.”
(Fonte: https://oantagonista.uol.com.br/brasil/nos-temos-o-mesmo-adversario-diz-moro-sobre-bolsonaro/?utm_campaign=SEX_MANHA&utm_content=link-824050&utm_medium=email&utm_source=oa-email)
. . .“Escolher ser isto ou aquilo é afirmar ao mesmo tempo o valor do que escolhemos, porque nunca podemos escolher o mal, o que escolhemos é sempre o bom, e não pode ser bom para nós sem que o seja para todos”.”. . .
“Liberdade é responsabilidade”
(Por Severino Francisco, Crônica da Cidade, CB, 19/08/22)
O francês Jean-Paul Sartre, o filósofo existencialista, o filósofo da liberdade, veio ao Brasil na década de 1960, passou por Brasília e foi tema de uma crônica hilária de Nelson Rodrigues. Havia gente até no lustre para ver o célebre visitante em uma palestra. Segundo Nelson, Sartre olhava a todos com desprezo, como se dissesse: “Vocês são uns cretinos”.
A certa altura, alguém trouxe um balde de jabuticabas. Sartre começou a degustar as frutinhas pretas e a mirar para elas com o mesmo desdém, como se comentasse: “Vocês também são umas cretinas”.
Sartre marcou profundamente o século 20, dos beatniks aos punks, dos movimentos de liberação sexual aos movimentos pelos direitos da mulher. De trás de tudo que envolve revolta do indivíduo e luta de emancipação dos tempos modernos e pós-modernos paira o fantasma de Sarte.
O que fez esse homem baixinho, míope, sempre vestido com ternos desleixados, despertar o enlevo nas mulheres e parecer tão sedutor a um século povoado de tantas pessoas excepcionais? A resposta está na palavra liberdade: “Um homem não é nada se não for um contestador”, escreveu o filósofo.
A Segunda Guerra Mundial escancarou o nada, o desamparo e o absurdo da vida. É desse solo destroçado que emerge o existencialismo, o movimento de revolta contra os sistemas abstratos, a hipocrisia e os grandes ideais. O existencialismo é a filosofia colada no corpo. Mesmo acuado na situação mais opressiva, sempre é possível realizar um gesto que afirme a liberdade.
A filosofia da liberdade é, essencialmente, uma filosofia da ação: “O silêncio é reacionário”, provocava Sarte. O sucesso ou o fracasso não interessam para a liberdade: o essencial é a escolha: “A vida de um escravo que se rebele e morre no curso da sublevação é uma vida livre”.
Essa paixão pela liberdade fez com que Sartre fosse confundido com um porra-louca pelos que não leram ou só ouviram falar de sua obra. Mas ele escreveu um livro, sob o título O existencialismo é um humanismo, para refutar as críticas. Para Sartre, era exatamente o contrário do que diziam os detratores.
Liberdade não é fazer tudo o que quiser: liberdade é assumir a responsabilidade por nossas decisões, que são sempre limitadas por circunstâncias ou situações. Nós estamos condenados a sermos livres, quer dizer, estamos condenados a sermos responsáveis pelos nossos atos e por toda a humanidade: “Escolher ser isto ou aquilo é afirmar ao mesmo tempo o valor do que escolhemos, porque nunca podemos escolher o mal, o que escolhemos é sempre o bom, e não pode ser bom para nós sem que o seja para todos”.
Muitas pessoas acreditam que ao agirem só implicam nisso a si próprias, e quando se lhes diz: “e se toda gente fizesse assim?”, elas dão de ombros e respondem: “nem toda a gente faz assim”. Sartre comenta: “Ora, a verdade é que devemos perguntar-nos sempre: o que aconteceria se toda gente fizesse o mesmo?”
Essas evocações me vieram ante a observação das barbaridades que se cometem, atualmente, em nome da liberdade. Esqueci muitas coisas que li de Sartre, mas uma frase ficou colada a meu corpo: liberdade é igual a responsabilidade.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/08/19/interna_cidades,372288/cronica-da-cidade.shtml)
Simples assim: o orçamento secreto veio para ficar e ser ampliado para manter a base alugada devidamente alinhada. Alguém aí duvida?
Extrato de Brasília-DF, CB, 19/08/22:
O que incomoda as excelências
Nas reuniões políticas mais reservadas desta semana, um grupo seleto de senadores alertou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, da necessidade de se dar uma resposta aos críticos do poder que o Congresso exerce sobre o Orçamento, leia-se, a instituição das emendas de relator, batizadas de “orçamento secreto”. Assim que acabar a eleição, a ordem é tornar tudo mais transparente, de forma a evitar que qualquer que seja o vencedor do pleito deste ano tente tirar dos parlamentares a prerrogativa de definir para onde vão os recursos.
A avaliação — que permeia todos os partidos e não apenas os do Centrão — é que ninguém é melhor do que o deputado ou o senador, que conhece os municípios e a população de perto, para indicar as obras e necessidades de cada região. Se tiver alguém desviando dinheiro dessas emendas, que seja punido. Mas, avaliam, a definição de onde aplicar os recursos públicos deve permanecer nas mãos dos congressistas.
Santos de casa
A depender dos aliados do PT de Lula e do MDB de Simone Tebet, os presidenciáveis que apontam entre as promessas o fim do orçamento secreto vão ficar falando sozinhos. Nem o MDB e nem os aliados do PT querem devolver o poder ao Executivo.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/08/19/interna_politica,372313/brasilia-df.shtml)
“. . . 6 regras básicas para desmascarar uma mentira virtual.”. . .
“Início desanimador”
(Por Roberto Fonseca, Opinião, CB, 19/08/22)
Em uma semana marcada pelo início da campanha e pela posse do ministro Alexandre de Moraes à frente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é preocupante o nível de desinformação que circula nas redes sociais e em grupos do WhatsApp e do Telegram nestes primeiros dias de disputa. Vimos, por exemplo, uma enxurrada de postagens com números trocados de candidatos. O objetivo era um só: confundir o eleitor.
Mas o vídeo com o resultado falso da pesquisa do Ipec, divulgada na segunda-feira pelo Jornal Nacional, é o que mais assusta e mostra o desafio que será combater a informação errada. Primeiro ponto é que não se trata de uma manipulação muito bem elaborada. Pelo contrário, mostra-se de uma edição até certo ponto simples do áudio e do gráfico divulgado, mas é bastante convincente, inclusive é bem parecida a voz da apresentadora Renata Vasconcellos. Confesso que não dá para perceber que se trata de uma mentira deslavada logo de cara — o resultado verdadeiro da pesquisa mostra exatamente o oposto do vídeo fake.
Como ocorrido na eleição presidencial de 2018, está nítido que haverá uma guerrilha digital para disseminação de notícias falsas. E o estrago que elas podem causar é bem difícil de medir. Como cada grupo do WhatsaApp, por exemplo, abriga até 256 pessoas e mesmo com os compartilhamentos limitados, uma mensagem é capaz de atingir milhões de pessoas em questão de minutos. Então, a chance de receber um vídeo, um áudio ou uma montagem de um candidato até mesmo no mais restrito grupo familiar é gigantesca.
Certa feita, apresentei neste espaço as seis regras básicas para desmascarar uma mentira virtual. E nunca é tarde para relembrá-las:
1. Desconfie de títulos bombásticos;
2. Pense antes de clicar;
3. Verifique as fontes;
4. Duvide da falta de referências;
5. Não compartilhe se não tiver certeza;
6. Não se cale, denuncie.
Sabemos que o TSE fechou parcerias com as principais redes sociais para se evitar a disseminação de fake news, mas o desafio é enorme. Os criminosos costumam estar sempre à frente dos investigadores. Tudo indica que desta vez não será diferente.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/08/19/interna_opiniao,372308/inicio-desanimador.shtml)
E o insistente Matutildo, insiste em 1 regra básica para desmascarar uma mentira física:
NÃO VOTE EM EX PRESIDIÁRIOS, principalmente para Chefiar o Poder Executivo Federal!
Calma, companheiros! Seus admiradores tupiniquins estão à caminho do “pudê” novamente! E vai rolar a festa!
“Com falta de produtos, Cuba libera investimentos estrangeiros”
(Mercado S/A., CB, 18/08/22)
A revolução chegou ao fim?
Pela primeira vez em 60 anos, o governo comunista de Cuba permitirá investimentos estrangeiros no comércio varejista e atacadista do país.
A medida é uma tentativa desesperada de aliviar a escassez de itens básicos como alimentos, roupas e remédios, que estão em falta desde o início de 2020.
De acordo com o ministro da Economia, Alejandro Gil, a ideia é atrair capital do exterior para promover a criação de “empresas mistas, com participação privada e estatal.”
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/economia/2022/08/18/interna_economia,372267/mercado-s-a.shtml)
Seguramente não é a nossa Ilha da Magia. . .
“Céu azul”
(Por André Giusti, Tantas Palavras, CB, 18/08/22)
Sem acontecimento de nuvens,
Estático oceano invertido
Inerte na sonolência
Feito quadro
Empoeirado de brechó.
Céu azul de tédio
Onde o tempo não passa
A vida não age
E as árvores marrons
Paradas sem vento
São papéis amarelos
Que aguardam carimbo e despacho
na cidade-repartição autarquia ao ar livre
(ar morno e pesado de mata enfumaçada)
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2022/08/18/interna_cidades,372247/tantas-palavras.shtml)
. . .e muito menos a nossa São Miguel da Penha!
Cadê o TCU?
“Arruma uma cadeira aí!”
(Por Denise Rothenburg, Brasília-DF, CB, 18/08/22)
A ida do vereador Carlos Bolsonaro (foto) à posse do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral não estava no script.
Tanto que, quando ele chegou, houve um chamamento ao cerimonial para que, rapidamente, lhe conseguissem um lugar no plenário, as áreas vips estavam todas com lugares marcados.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2022/08/18/interna_politica,372278/brasilia-df.shtml)
E a pergunta que não quer calar:
O que um medíocre “vereadôzinho” carioca fazia lá, com tantos problemas à serem resolvidos na Cidade Maravilhosa?
Bom. . .para quem está prestes a eleger um freixo. . .
Canalha é canalha e não há um voto que o valha! Quem assinou a Lei da Ficha Limpa?
“Em aceno ao Centrão, Lula chama Ficha Limpa de “bobagem” e promete rediscuti-la”
(Por Wilson Lima, O Antagonista, 17/08/22)
Em entrevista à Rádio Super FM, de Belo Horizonte (MG), o ex-presidente Lula criticou a Lei da Ficha Limpa e disse que, em um eventual mandato, pretende “rediscutir” a proposta aprovada em 2010.
A lei da Ficha Limpa chegou ao Congresso Nacional com mais de um milhão de assinaturas, para tentar barrar a candidatura de condenados por cortes colegiadas. Lula, após ter sido condenado pela Lava Jato, foi um dos alvos da norma.
Daniel Silveira, deputado federal aliado de Jair Bolsonaro, recebeu indulto presidencial, mas teve sua candidatura ao Senado contestada pelo MPF também com base na Lei da Ficha Limpa.
“Eu acho que foi uma bobagem a gente fazer a Lei da Ficha Limpa tal qual ela foi feita. Ou seja, muitas vezes você pune uma pessoa e três meses depois essa pessoa readquire o seu direito de ser candidato. Acho que é preciso rediscutir a lei da Ficha Limpa”, disse o presidente da República.
Durante a entrevista, ele também declarou que pretende conversar com líderes partidários como Valdemar da Costa Neto e Roberto Jefferson, ambos condenados no julgamento do mensalão em 2012.
“Precisamos ter tranquilidade para governar. E, se for o caso, vamos conversar com todos. Não quero falar nomes, mas não acho problema em dialogar com quem quer que seja. Alguns já foram condenados, cumpriram suas penas e estão livres, fazendo política”, disse o ex-presidente.
(Fonte: https://oantagonista.uol.com.br/brasil/em-aceno-ao-centrao-lula-chama-ficha-limpa-de-bobagem-e-promete-rediscuti-la/?utm_campaign=QUA_TARDE&utm_content=link-822986&utm_medium=email&utm_source=oa-email)
Pois é…a Lei da Ficha Limpa foi assinada pelo próprio belzebu de Garanhuns, que agora como ex presidiários e candidato à presidência da República a considera uma “bobagem”.
BOBAGEM, luiz inácio lula da silva, foi a natureza dar-lhe o dom da vida!
Vade retro, 9 quirodáctilos das trevas!!
Xiii. . .sobrou para o belzebu de Garanhuns!
“Bolsonarista, Assembleia de Deus associa homossexualidade a Satanás…”
(+em: https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/rodrigo-ratier/2022/08/18/bolsonarista-assembleia-de-deus-associa-homossexualidade-a-satanas.htm)
Matutando bem. . .
Se bolsonaro é a “tchutchuca do centrão”, então, seria lula a “thutchuca” dos presidiários?
O interessante neste episódio, grosseiro, foi Bolsonaro entrar na pilha do provocador e que disse ter sido um apoiador dele.
O que mostra isso tudo? O quanto o presidente nunca se vestiu de presidente da República, nem como um comum como gosta de frisar falsamente por aí. É apenas um agitador, e sempre metido em ou causando confusões, até quando elas próprias o prejudicam
E não adianta o capitão zero zero trocar a fotografia à ser exibida na urna eletrônica. Seu semblante sempre será o de um tenente expulso do Exército Brasileiro!
Assim como o semblante do ex presidiário lula, sempre será o semblante de um ex presidiário. No caso do belzebu de Garanhuns, está estampado na sua testa o 1313!
Não! Lula é a “tchutchuca” dos togadõe$!
Após 580 dias “guardado” o ex presidiário lula ainda não aprendeu a diferença entre trabalhar, governar e roubar:
…
“Diferente do Bolsonaro, eu vou trabalhar. Desde o primeiro dia, porque eu não preciso de tempo para aprender a ser presidente — e essa é a principal diferença do Lula de agora para o Lula de 2003.
Estou mais experiente, sei o que é governar e como governar.
Então, vou trabalhar desde o primeiro minuto para cuidar do povo brasileiro, conversando com os governadores, com os prefeitos, com as universidades, com os sindicatos, os empresários.”
. . .
(+em: http://impresso.correioweb.com.br/cadernos/politica/capa_politica/)
Aonde o belzebu de Garanhuns aprendeu a governar? Na luxuosa cela da PF em “Curitchiba”, onde puxou 580 dias de cadeia?
Curiosamente, se somarmos 5+8+0 = 13. Qual o número do partido dos corruPTos?
É quase uma, digamos, “cartilha do eleitor”
. . .”Ponha em sua cabeça a decisão de jamais perdoar políticos que cometeram crimes, sejam eles quais forem.”. . .
“Lembretes mínimos aos eleitores”
(Circe Cunha, Coluna Visto, lido e ouvido, CB, 18/08/22)
De agora em diante, todo o cuidado é pouco. O que está em jogo é seu futuro e o daqueles que estão em seu entorno. O início oficial da campanha política, com tudo o que ela pode representar de simbólico e concreto, marca também o começo de uma caminhada, cujas as trilhas e atalhos podem levá-los para bem longe da Terra Prometida. Por isso, mantenha sempre os pés atrás com relação as ideologias anunciadas e principalmente àqueles que a pregam com ardor pastoral. Do mesmo modo tome distância em relação aos governos, desconfiando de seus membros e de suas falas. Fique de orelha em pé com o que ouve e com o que é dito pelos governos e não confie em suas promessas.
Não seja hostil aos governos, mas também não se mostre amável. Todo o cuidado com os discursos políticos é pouco Lembrem-se sempre do que dizem os políticos: 99% é propaganda e 1% é mentira. Tenha em mente que você sempre será melhor do que aqueles que lhe pedirão votos, mas não deixe que isso transpareça. Não fale deste e de outros governos, quando for você, com o seu voto, o responsável por sua escolha. Não pense jamais que você é inferior e sem importância diante de qualquer governante. Lembre-se que os despossuídos são sempre aqueles que pedem.
Os políticos são como pedintes ingratos. Não creia em promessas, sobretudo naquelas feitas por esses pedintes. No dobrar da esquina, eles não lembrarão de você e podem até hostilizá-lo como um estrangeiro. A utopia, tão cara aos sonhos e aos poetas, é um veneno na boca de políticos. Portanto, deixe de lado as utopias políticas e concentre-se apenas em seus projeto. Seja tão criterioso com o seu voto, como é com seus sonhos mais caros. Não ponha fé alguma no mundo idealizado pelos políticos. Também não desacredite em seus ideais. Tome ciência de que você e a sua família são o estado que importa.
Impor vantagens de uma ideologia sobre a outra é perda de tempo. Todas as ideologias servem sempre somente aos políticos, e não a você. Não discuta ou debata política com familiares e amigos. Entre amigos e familiares os assuntos são sempre sérios. Tenha em mente que você é um privilegiado por não dever nem pedir nada aos políticos.
Não se filie a partido algum. O seu partido é sua família e seus amigos. Não creia na urgência em adotar esse ou qualquer outro modelo de política ou partidário. Em momentos de urgência, os caminhos tomados quase nunca são os melhores ou mais sensatos. Lembre-se de que você é mais sensato do que os políticos que vê e escuta. Feche sempre os olhos quando um político discursar, peneirando cada uma de suas palavras pela peneira da sensatez. Depois disso, despeje no lixo grande parte do que foi dito. Use apenas aquelas partes que serão devidamente analisadas. Políticos são como feirantes a anunciar mercadorias. Procure, em primeiro lugar percorrer toda a feira, vendo e ouvindo tudo com atenção. Depois, verifique com atenção sua carteira e pense apenas naquilo que precisa no momento. Descarte todo o resto. Estude. Leia. Viaje pelo passado. Fique alerta contra os discursos de ódio e todo aquele que o professa. Preste atenção em palavras inventadas com o intuito de injetar veneno na cultura, na bondade, na solidariedade e na paz.
Se não existem programas exequíveis a serem apresentados pelo político, desligue a televisão ou o rádio. Cuidado redobrado com os marqueteiros políticos. Lindas fotos com cores equilibradas, nitidez cirúrgica, sorrisos, não querem dizer absolutamente nada. São feitas de vento. Todos os marqueteiros vendem produtos que jamais comprariam para si.
Não leve fé naqueles parlapatões que anunciam mundos fabulosos para o amanhã. O que interessa é o presente. Tenha para si a máxima de que Deus ri de quem faz projetos. Do mesmo modo acredite que Deus joga dados e toda a realidade é dada pelo acaso. Você pode ser seu acaso. Lembre-se sempre de que o eleito é você e sua família. O Estado é uma criação política.
Tome conhecimento de tudo à sua volta. Retire para si o que possa precisar, e descarte todo o resto. Quando se dirigir à cabine de votação, vá conhecendo cada um daqueles em que votará. Você deve conhecê-los como a palma de sua mão. Deve se lembrar de todos. Tenha presente a decisão sobre aqueles políticos em que você jamais votará. Ponha em sua cabeça a decisão de jamais perdoar políticos que cometeram crimes, sejam eles quais forem.
Tome atenção, relação política nada tem a ver com afinidade pessoal. Não queira a companhia de políticos. Você tem coisa mais importante a fazer.
Assenhore-se de sua dignidade e cidadania e não discuta em público temas políticos. Intimidade e sigilo das urnas é tudo o que você precisa em outubro. Fique longe de palanques e de todos aqueles que andam, neste mundo sujo, de colarinho impecavelmente branco. Lembre-se de que muitos desses políticos que afirmam ter as mãos limpas, usam luvas de pelica.
(Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2022/08/18/interna_opiniao,372262/visto-lido-e-ouvido.shtml)
Felizmente ainda tem muitos PeTralhas envergonhados das roubalheiras feitas no passado recente, senão haveria muito mais candidatos da quadrilha.
“Tamanho das tropas”
(coluna CH, DP, 18/08/22)
O PL é o partido com o maior número de candidatos, este ano: 1.589, seguido por União Brasil (1.494), Republicanos (1.427), MDB (1.367) e PP (1.325).
O PT está em o 12º lugar: 1.106.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/df-ibaneis-tem-mais-da-metade-dos-votos-validos)
“Maria Louca” na mira do TRE
Multinha?
(Coluna CH, DP, 18/08/22)
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná multou o neopetista Roberto Requião por fazer acusações falsas contra o governador Ratinho Jr. (PSD).
É bom saber: mentiras rendem multa, fake news, cadeia.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/df-ibaneis-tem-mais-da-metade-dos-votos-validos)
Te cuida, carlixo bolsonaro!
Só para “francês” ver. . . É que o posto ipiranga do capitão zero zero perdeu a credibilidade, por vender combustível adulterado!
“No BC, análise do Focus é ‘inspirada’ no noticiário”
(Coluna CH, DP, 18/08/22)
O Boletim Focus elaborado semanalmente pelo Banco Central renova, a cada nova edição, a impressão de que economistas e especialistas ouvidos pelo BC têm dado mais importância ao noticiário que a ações adotadas pela equipe econômica. Prova disso é que a primeira edição do ano previa PIB de 0,28%, apesar dos avisos e anúncios feitos pelo ministro Paulo Guedes (Economia), e a edição mais recente prevê 2%.
Há quatro meses
Com base nas ações e medidas adotadas, Paulo Guedes tem afirmado desde abril que o PIB brasileiro vai crescer pelo menos 2% este ano.
Não aprendem
Essa semana, o IBC-BR, considerado uma prévia do PIB, registrou um crescimento mais de três vezes maior que o previsto por economistas.
Esperar para ver
No início do ano, economistas previam crescimento de 1,8% para 2023, mas o noticiário negativo já os fez reduzir essa previsão para 0,41%.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/df-ibaneis-tem-mais-da-metade-dos-votos-validos)
Uma verdadeira “Colcha de Retalhos”
Seguramente, a interpretada pelo Marku Ribas & Rolando Boldrin é bem mais atraente:
https://www.youtube.com/watch?v=c_g2QgDJIr0