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A METEOROLOGIA VEM ADVERTINDO. OS NOSSOS POLÍTICOS ZOMBANDO. ESTÃO CULPANDO SÃO PEDRO PELA FALTA DE ESCOAMENTO DAS CHUVAS?

Dias atrás, o vereador Amauri Bornhausen, PDT, antigo funcionário efetivo e ex-diretor da secretaria de Obras e Serviços Urbanos, ou seja, dispõe de conhecimento e autoridade no que adverte e fala, alterou o tom da voz na tribuna da Câmara. Ele estava inconformado com o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB e Marcelo de Souza Brick, Patriota, pela incapacidade de resolver problemas, reiterados e crônicos, de drenagens em Gaspar. Só promessas!

Primeiro, um parêntesis. Amauri deveria ficar quieto neste assunto, como estão todos na Bancada do Amém (MDB, PP, PSD e PSD), a que apoia incondicionalmente o atual governo. Amauri, em tese é um dos 11 entres 13 vereadores. 

Segundo, como Amauri coloca o dedo em algumas feridas que são caras a Kleber e Marcelo, Amauri devido às suas críticas e cobranças em favor da cidade, cidadãos e cidadãs, principalmente à camada mais vulnerável, ele e suas observações não são bem-vindas aos que estão no poder de plantão.

O brado de indignação de Amauri foi dirigido ao líder do governo Giovano Borges, PSD. “É impossível que uma área que pagou no ano passado mais de R$2 milhões em salários para seus engenheiros não consiga fazer e executar projetos para livrar gente humilde e comerciantes das enxurradas e alagamentos”, reclamou e acusou Amauri. Um silêncio só.

Na verdade, a cobrança, que não saiu na imprensa depois daquela sessão, mas que a mesma imprensa fez manchete dos problemas nesta semana diante dos efeitos do ciclone extratropical que nos assolou, referia-se às promessas e esquivas do governo Kleber e Marcelo no passado e presente nas regiões dos bairros Santa Terezinha e Sete de Setembro, incluindo a localidade da Vila Nova (Rua Oriente), a mais afetada. 

Ali, devido a mau dimensionamento, erros de projetos de drenagens e loteamentos circundantes que vão transformando aquela área numa lagoa ou represa, até fezes apareceram nas casas das pessoas. Estava escrito: estão misturando na rede pluvial (chuvas) o esgoto, cuja coleta e tratamento não existe em Gaspar, mas levado para os ribeirões e o Rio Itajaí.

Não é só lá no Sete e Santa Terezinha. Em Gaspar há problemas desde a Margem Esquerda até o Barracão; do Bela Vista até o Poço Grande. 

O governo de Kleber e Marcelo – este em campanha para deputado estadual – se esquiva no enfrentamento dos problemas – muitos deles criados com a permissão pública – com soluções, mesmo as paliativas imediatas, ou então com os necessários projetos de médio e longo prazos.

O melhor exemplo, foi quando tentaram este ano escapar do contato com a comunidade da Vila Nova. Representantes da prefeitura só apareceram lá na segunda reunião e quando o assunto tinha se tornado um escândalo na cidade e um problema político à beira da campanha eleitoral. Nem mais, nem menos. 

Blá, blá, blá. Prometeram a contratação de uma empresa “especializada” para “estudar”, para todo o município as tais micro drenagens e não só de lá, pois sabem muito bem que, várias partes de Gaspar também padecem do mesmo mal. 

E tudo entrou no tal modo “em banho maria”. E a culpa? Da tal burocracia. Mas, perguntar não ofende: o prefeito e o vice não foram eleitos – com uma bancada que diz amém para tudo – para superar esta tal burocracia? Não era esse o discurso de todos na campanha? Por que agora, a burocracia, continua sendo a melhor desculpa para a inércia, ou incompetência dos gestores e executores? Quando é para gente graúda ou amiga, os que estão no poder superam e até burlam a lei, que vapt-vupt aprovam na Câmara, mesmo sendo ela inconstitucional, como se provou recentemente

Os políticos – que ganham bem – vivem se exibindo como homens de “planejamento” nas redes sociais. Marketing, marketing, marketing. Solução de verdade? Quase nenhuma!

Ah, mas o ciclone extratropical é algo incontrolável, Herculano. Eu sei. Quase todos, principalmente os não políticos, sabem. Então devemos respeitá-lo nas consequências que ele produz. E devemos admitir, por exemplo, que isso não será mais um fato raro, e sim frequente, diante das mudanças climáticas naturais e as que produzimos. 

Ou seja, e resumindo: as obras precisam ser feitas já prevendo à mitigação, ou proteção contra este tipo de desastre ambiental severo. Foi assim com as enchentes, por exemplo. Convivemos e as respeitamos. Há legislações e procedimento específicos, inclusive.

Em Gaspar, o poder público ao invés de tomar à frente na proposta de soluções, inacreditavelmente ele está se colocando como uma das vítimas. Impressionante.

Vítimas de verdade, são os pagadores de pesados impostos e que estão à mercê de políticos e da politicagem. Os nossos políticos – e que estão batendo nas nossas portas pedindo votos para os daqui e de fora – estão descomprometidos com o presente e o futuro da comunidade. Só pensam em votos. E até colocam em risco pessoas, como o caso do Sertão Verde, onde se faz de tudo para desmentir à frágil morfologia do solo – atestada por técnicos especialistas – de lá e permitir ocupações de gente humilde. Justamente onde já se condenou tal insensatez bem demonstrada no desastre 2009 que ceifou vidas e até “comeu” uma escola inteira.

O que adianta saber que haverá um ciclone extratropical se isto não é tema de proteção das pessoas e seu patrimônio pelo poder público, com regulações, obras efetivas e que começa pelo escoamento pluvial na prevenção do pior? Não adianta rezar para São Pedro, muito menos ler salmos de proteções nos templos. É preciso agir cético, suprapartidário e principalmente, de forma técnica prevendo e mitigando contra o pior que vira em desfavor das pessoas. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Ideia simples e necessária. A vereadora Mara Lúcia Xavier da Costa dos Santos, PP, pediu ao governo a que ela pertence, Kleber Edson Wan Dall, MDB, quase como uma súplica, a implantação entre nós do sistema de farmácia solidária. Nela, a sobra de remédios é devolvida e repartida. E a vencida, corretamente descartada.

Impressionante é saber que ideias tão simples, práticas e que protegem uma camada vulnerável da sociedade não sensibiliza o governo. Mara pediu porque é da área de Saúde.

Outra ideia simples e de ampla repercussão. O líder do governo na Câmara, Giovano Borges, PSD, outro dia sugeriu que o marqueteiro governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e Marcelo de Souza Brick, Patriota, se comunique melhor com os líderes religiosos. Citou paróquias católicas e à misturança de denominações neopetencostais.

Entende o vereador, que os líderes religiosos podem fazer melhor a cabeça dos municípios no que tange à compreensão dos problemas comuns da comunidade e citou por exemplo, a conscientização de não colocar flores naturais nos cemitérios em vaso com água. 

Bom. Que isso está óbvio, não se há dúvida e não precisa ser um entendido em comunicação. Tanto é que não se sabe se alguns os políticos no poder de plantão advogam as causas dos munícipes de quem pedem voto para estar no poder, ou dos interesses dos donos dos templos.

Também fica comprovado, que a cara marquetagem oficial que inunda as redes sociais promovendo os políticos, não está funcionando. E que esta sugestão não é tão ingênua assim como parece. Ela vem exatamente no período de campanha eleitoral. Então…

Pois é. Esta semana um comissionado próximo a Kleber Edson Wan Dall, MDB, que já esteve até no primeiro escalão, recebeu o bilhete azul. Ficou vermelho com a surpresa e disse que não sairia. E não saiu. Quando é mesmo que Kleber fará a reforma administrativa que ensaia nos bastidores? Se é para não funcionar, que fique com os mesmos

Ontem, Dia da Pendura, houve muito blá,blá,blá com aquela Carta pela Democracia no Largo São Francisco, onde está a escola de Direito da USP. Eu não assinei. Há um senão irreparável. Ela ignora a corrupção. E a corrupção é tão criminosa contra a democracia como o autoritarismo que se quer combater no recado dado pela carta.

A vice-governadora de Santa Catarina, Daniela Cristina Reinehr, PL, é um osso duro de roer – e entender. No fundo, ela é a responsável pela ressureição de Carlos Moisés da Silva, Republicanos, dado como morto em dois impeachments. Os que armaram o afastamento do governador para se aboletarem do poder que perderam no voto livre, quando perceberam que ficariam na mão dela, desistiram da empreitada. 

E hoje, uma fatia ponderável desses algozes diz estar alinhado a Carlos Moisés.

Pois é. Bastou o governador Carlos Moisés sinalizar que daria o governo de Santa Catarina ao presidente da Assembleia, Moacir Sopelza, MDB, para que a vice-governadora aparecesse com recados e sede de poder outra vez

Segundo ela, até trocaria a candidatura de deputada Federal pelos 45 dias, “para fazer o que tem que ser feito”. Hum! Ou sabe que não se elegerá, ou é birra. Esta sinuca de bico o governador Carlos Moisés deixou para o MDB negociar. Quem conhece, sabe que Daniela não é de negociar. Carlos Moisés queria fazer campanha fora da função de governador.

Na queda de braço, o PT e Décio Neri de Lima venceram a primeira. O PSB recuou e aceitou que a vice-governadora dele seja a ex-vice-prefeita de Içara, Bia Vargas. Na queda de braço Décio venceu, mas no PSB o climão tomou conta e terá consequências. E não será boa para ambos.

O senador Jorginho Mello, PL, ainda não se achou na corrida ao Centro Administrativo. Ele não está plenamente identificado com a militância de direita, isto sem falar no vice e no candidato ao senado que arrumaram na marra para ele e que não agregam votos populares à campanha.

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1 comentário em “A METEOROLOGIA VEM ADVERTINDO. OS NOSSOS POLÍTICOS ZOMBANDO. ESTÃO CULPANDO SÃO PEDRO PELA FALTA DE ESCOAMENTO DAS CHUVAS?”

  1. Assim como a vice Daniela ressuscitou o Moisés, Bolsonaro ressuscitou o Lula.
    No caso do Moisés, acho que ele vem fazendo um bom trabalho.

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