Pesquisar
Close this search box.

“EU TENHO AS MÃOS LIMPAS”, DIZ JOVEM CANDIDATO EM MENSAGEM QUE ESPALHOU A SEUS ELEITORES E ELEITORAS 

Como assim? Precisa-se entrar na perigosa velha vala comum para se igualar nas dúvidas? Quem mesmo orienta essa gente vestida de candidata? Uma reafirmação desnecessária quando tudo isso deveria ser um natural predicado de quem está concorrendo a cargo público, eletivo ou não. Ou ele está achando a atenção ou acusando disfarçadamente um adversário? Depois reclama quando eleitores e eleitoras lavam as mãos contra os políticos e lhes deixam pelo caminho. Ai, ai, ai.

Você votaria em alguém, que diz ser a “nova política” no seu próprio discurso meloso, e agora, em mais uma campanha por novo emprego político, faz um vídeo para a sua turma espalhar aos desinformados, jurando que é um “candidato de mãos limpas”? Impressionante! Se não for consciência pesada, é má orientação, ou falta do que falar para convencer gente que nem lhe conhece, é um erro, um mico, uma dica a ser investigada.

Ou as mãos desse candidato estão limpas porque nunca trabalhou, ou porque até aqui ele só viveu da política do menor esforço, fez dela uma profissão, status e um meio de sobrevivência. Ou, até, porque talvez seja um neo pregador que não professa os escritos, pois no bíblico Salmo 24, está lá também: “aquele que tem as mãos limpas e o coração puro, e não se entrega à mentira, nem age com falsidade...”

Ter as mãos limpas é um discurso milenar, de políticos e de gente que está obrigada a se explicar. Com esse tipo de discurso clichê desvia a atenção, exatamente para fazer crer, ou impor, de que não se locupletou quando no poder, no exercício da política e que por isso, merece respeito e os votos representativos do eleitorado. “Mãos Limpas” é também italiana e similar à nossa Lava Jato. Ela pegou a corrupção de calças curtas. Menos escandaloso do que aqui, ao final, os políticos a sufocaram os agentes e a lei no troco.

Enfim, “mãos limpas”, são antes de tudo um bordão de expiação aos ouvidos de quem está cansado de tanta sacanagem dos políticos contra seus próprios eleitores e eleitoras. “Mãos limpas” são no fundo uma explicação, uma desculpa esfarrapada, uma prestação de contas pública e malfeita, se quando não for uma indisfarçável confissão da culpa que todos a reconhecem, mas preferem fingir que não estão sabendo de nada. Incrível! Quem orienta essa gente tão nova ser tão velha assim em pleno anos 20 do século 21?

Melhor seria se tivesse dito “agora, é nóis na fita, mano!”? A autenticidade é um artigo de luxo nos discursos dos políticos em campanha e nas tramas de bastidores.

A incoerência não para aí. E a lista é longa. Voltarei ao tema por outras vezes, até dois de outubro.

TRAPICHE

Oficialmente, Gaspar possui três candidatos a deputado estadual: o ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, por três mandatos (ele é suplente de deputado); o atual vice-prefeito Marcelo de Souza Brick, que por esperteza na última hora trocou o PSD pelo Patriota; e a vereadora de primeiro mandato, Mara Lúcia Xavier da Costa dos Santos e que o PP a adotou para as cotas da legislação eleitoral.

É muito candidato para um eleitorado de quase 50 mil votantes, onde mais de 20% dele, deixarão de ir às urnas no dia dois de outubro e e a metade que for a urna deixará votos para candidatos de fora de Gaspar. Já escrevi e provei isso com números do passado, várias vezes

Nenhum candidato a deputado Federal apareceu, depois de muitos ensaios. Rodrigo Boeing Althoff, PL, nem espuma conseguiu fazer e figura como o maior derrotado menos de dois anos depois de ter recebido expressivos votos para ser oposição ao que está aí e se negou fazer este papel. Articulação, zero.

Rodrigo achou, que diante dos votos recebidos, que lhe trariam o trono e a coroa. Ao contrário, tiram-lhe até o banquinho. Está e foi devidamente isolado! Vai ter que recomeçar do zero se quiser permanecer na política.

Outro que ficou pelo caminho foi o jovem advogado João Pedro Sansão, PT. Ele continua atuando nos bastidores da candidatura de Zuchi, mas não se testará nas urnas como ensaiou e propagou. Preferiu usar os interesses antagônicos decorrentes da disputa política para fortalecer a sua carreira. Um nicho dela, foca exatamente nestes ambientes de conflitos eleitorais. 

Os outros nichos estão no Direito Administrativo, bem como na representação nos tribunais superiores em Brasília, onde estagiou no afamado escritório do ex-ministro da Justiça do tempo de Dilma Vana Rousseff, Eduardo Martins Cardozo. Zuchi fará dobradinha com Ana Paula Lima, mulher de Décio, que irá a Federal. É uma tentativa de buscar mais facilmente votos além de Gaspar.

Então quer dizer que o prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, MDB, “perdeu” o avião na volta de Brasília e não pode estar presente no jantar de “lançamento” da candidatura de seu vice Marcelo pelos empresários e riquinhos? Marcelo nem deveria ser candidato, mas o atual prefeito, se o combinado entre os dois quando se uniram tivesse sido cumprido

Kleber foi a Brasília, sem agenda, não trouxe nada e viu parte do MDB que se definha por aqui, fazendo neste jantar, apostas contra ele. Esta eleição vai ser divertida. Nada é sério, a não ser jogadas, traições e ódio. Há disputas de nos bastidores políticos do poder de plantão. Uma nova página política em Gaspar ameaça recomeçar depois de 30 de outubro. Por enquanto, nem mesmo demitir secretário, Kleber está conseguindo.

Agora, o senador Jorginho Mello é oficialmente o candidato a governador pelo PL. Jorginho está culpando a imprensa por ele estar acompanhado de uma vice, sem expressão – e votos -, e um candidato a senador que a única coisa que se sabe, é que é carioca, amigo da família Bolsonaro, morador do nosso litoral, também sem expressão e votos. Ambos, não o ajudam na disputa.

Sinais humilhantes lhes foram dados publicamente naquela caminhada pela orla de Balneário Camboriú meses atrás. Ou Jorginho não entendeu, ou achou que valia a pena o sacrifício. Então, agora que carregue a cruz. Não a divida com outros que apenas, como função, observam o seu calvário criado pelos próprios bolsonaristas, quando não pelo próprio Jair Messias Bolsonaro, PL.

Outro que se enfraqueceu porque faz parte da suposta “pureza” ideológica e causas, foi Décio Neri de Lima, candidato a governador pelo PT. Escolheu uma vice jovem, mulher e preta que nem estava na ata do PSB, seu parceiro. Uma confusão para dar manchetes e gerar mais desgastes dentro da própria aliança. Gente que arruma problemas onde eles não existem, ou não deveria haver. 

Mas, este não é exatamente o problema se Décio, está se armando para estar num possível segundo turno. 

Este público da vice e que não é vice por enquanto, o PT e Décio já os têm, em sua maioria (jovens, mulheres, pretos, LGTBQI+, intelectuais). É preciso um contraponto para agregar. E esse contraponto de segurança, ou mais conservador, não veio. O senador Dário Berger, por exemplo, é um contraponto que agrega e que amplia o espectro de votos do PT.

Nem a lição do amigo Luiz Inácio Lula da Silva, PT, com Geraldo Alckmin, no PSB, no presente, e com o ex-empresário (Coteminas) José Alencar em 2002, Décio e o PT catarinenses perceberam. Impressionante. Pureza ideológica de esquerda, só PSTU e PCO, isolados. O PT não quer ser um concorrente a ser considerado em Santa Catarina, quer causar e mais uma vez, ser vítima, mas dele próprio.

Compartilhe esse post:

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
LinkedIn
Email

5 comentários em ““EU TENHO AS MÃOS LIMPAS”, DIZ JOVEM CANDIDATO EM MENSAGEM QUE ESPALHOU A SEUS ELEITORES E ELEITORAS ”

    1. É o que ele dizia e ensaiava. Foi comido pelas circunstâncias, velhos e donos do partido. Ele não conhece ainda bem o PT apesar de ser um apaixonado pela ideologia petista. E como todo apaixonado, cego.

  1. LIMITE RETRATIL, por Carlos Andreazza, no jornal O Globo.

    Atenção à competitividade eleitoral de Bolsonaro. Está vivo. Nunca esteve morto. Semeia o caos com uma mão, investindo no 7 de Setembro permanente; e, com a outra, extrai os frutos da parceria que multiplica gabinetes paralelos e distribui codevasfs. Os frutos: o pacotão de estímulos por meio do qual despejará bilhões – o Tesouro bancando a campanha pela reeleição – até o final do ano. Concorre para a instabilidade, mas vai disputar os votos.

    Se “é a economia, estúpido!”, o presidente faz – já fez – seu jogo. Contra a inflação, maquia a inflação – e contrata inflação mais duradoura.

    Não há limites.

    O orçamento secreto – expressão da sociedade entre o lirismo parlamentar e o Planalto – anaboliza a musculatura do sistema. O sistema – Supremo incluído, que não cumpre a missão constitucional de barrar a emenda do relator – trabalhando pelo anti-establishment. Agora é tarde. O anti-establishment virou sócio de Arthur Lira e Ciro Nogueira. O presidente, um autocrata, costurou capilaridade para si, Brasil adentro. Daí que seja estupefaciente a subestimação de suas chances em outubro. Escrevi a respeito em março. O governo sempre pode muito. Um sem limites, então.

    E foi a um sem limites que o Parlamento ofereceu exceção à lei eleitoral. Licença para gastar, ao aterramento das regras fiscais. Bolsonaro vai crescer. Não sei até onde; não sei se suficientemente para vencer. Sei que crescerá. Nenhum incumbente, com a máquina que controla, promove tamanha derrama sem colher popularidade.

    Não há limites.

    O país tem um ministro da Economia cuja relevância – plantada por ele mesmo – estaria no que “não deixa fazerem”. É condição inaferível. A não ser que relatasse à sociedade o que não terá deixado passar. E que se note, para que não nos esqueçamos de que Paulo Guedes não exerce papel de controle externo. Está bem lá dentro. De modo que: não deixaria passar iniciativas espúrias de seus próprios pares, do presidente pelo qual opera. Quem serve – por tanto tempo – a uma gente capaz de propor encaminhamentos ainda piores do que os que prosperaram?

    O que será mais torpe do que crédito consignado sobre o Auxílio Brasil?

    O que Guedes impediu? Desde onde observo, tudo quanto veio passou; mas com artifício tipicamente bolsonarista: fica menos bárbara uma solução que se deixa para tomar à véspera, tanto mais se em benefício dos pobres. O ministro aprendeu a jogar com a forja chantagista do sentido de urgência. Arrumou R$ 60 bilhões – e a tunga crescerá – instrumentalizando a miséria; fatura em que consta a desoneração da gasolina para os ricos.

    Não há limites.

    Se você ainda duvida, olhe para a celebração de superávit em 2022. “O primeiro ano no azul desde 2013” – comemora-se. Um governo sem limites; que festeja resultado fiscal positivo ao mesmo tempo que empreende programa de gastos sem precedentes.

    Não está para brincadeira uma turma que enche a boca para falar de superávit meses depois de haver formalizado o fim do teto de gastos. Guedes nem ruboriza. Fala, agora, em teto retrátil. Ele me lê. Está atrasado, porém. O teto era conversível quando da PEC dos Precatórios. Naquela época, toda vazada, ainda havia alguma cobertura a flexibilizar. Faz tempo. Foi o início do processo que resultaria – com a PEC Kamikaze – no destelhamento absoluto.

    O ministro tem razão: não furarão mais o teto.

    Não bastará a cara de pau. A turma aposta na desmemória. E aí talvez cole o embuste de comemorar contas no azul depois de rolados – pedalados – R$ 50 bilhões em precatórios. Aqui, não. Até eu faria gordura assim. Empurrando dívidas para frente. Bancando-me do produto da inflação que se quer combater. Antecipando tudo quanto pudesse em receitas. Lembro os lucros abusivos da Petrobras, consequência da política de paridade de preços. Um estupro! Mas eu quero. Me dá aqui. Superávit.

    Não veio a brincar uma galera que se jacta de fabricar superávit enquanto promove gambiarras constitucionais para gastos ilimitados cuja fatura – informa o próprio governo – impedirá resultados fiscais positivos nos próximos anos. A turma que celebra exercício azul em 2022 é a mesma cuja porteira escancarada pela reeleição determina déficits em 2023 e 2024 – para começo de conversa. É o menor de nossos problemas.

    A conta aumentará. O dinheiro abunda e escoa hoje. As receitas são extraordinárias. As contas vêm para ficar. Há muitas notas penduradas ao porvir. Mais virão. As receitas, obra das circunstâncias, logo se vão. Gastamos hoje. Nos endividamos hoje. A fatura permanecerá. Ecoará. Estamos nos encalacrando para financiar a campanha de Bolsonaro. Somos doadores compulsórios. Pagamos o Vale Alvorada para o mito.

    Superávit na onda da PEC dos Precatórios e do imposto inflacionário, enquanto produz efeitos a PEC Kamikaze. Não há limites. Mas a plateia aplaudiu. É esquecida. Lembro o limite de Guedes: se mexessem no teto de gastos. Limite retrátil?

  2. A farmácia BÁSICA de Gaspar está sem PARACETAMOL, AMOXICILINA E REMÉDIO DE PRESSÃO ARTERIAL.

    Em Brusque também faltou amoxicilina semana passada, mas já regularam os estoques.
    Também lá os exames, consultas com médicos especialistas e cirurgias acontecem com rapidez e agilidade.

    O que está em FALTA em Gaspar SOBRA em Brusque…

    1. Ou seja, trocaram de secretário de Saúde, para criar cortina de fumaça e deixar tudo igual, e contra os doentes, vulneráveis e pobres. Esta é a Gaspar que está indo as urnas pedindo votos para tudo continuar como está.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Não é permitido essa ação.