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MESES DEPOIS, SÓ AGORA KLEBER CORRE PARA PROVAR QUE É CERTO O QUE PAGOU PELO TERRENO DA FURB

Estou de alma lavada mais uma vez. Esses políticos, gestores e principalmente “exemplares planejadores públicos” de Gaspar, não se cansam de dar recibo àquilo que fizeram torto, que negaram que estavam errados, que peitaram como se não houvesse Lei e que agora, tentam “desentortar”. Uai, mas não estavam certos? O que você não viu, ouviu ou leu na imprensa, leu aqui.

Está lendo de novo o que se esconde por todos os cantos, sufocado à marquetagem das redes sociais pagas com dinheiro público para a promoção do governo e dos seus agentes, principalmente. Tudo para esconder a fraqueza técnica dessa gente. Em um lugar competitivo, a maioria dessa gente não teria emprego, nem de segunda linha. Escrevo isso porque trabalhei em ambientes referências, inovadores e vencedores, não só no Brasil.

O que está na praça e só agora, muito tempo depois do negócio ter sido fechado, bancado pelo poder da caneta do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, e uma maioria, a Bancada do Amém (MDB, PP, PSDB e PSDB) e a maior parte desse negócio já pago? O contrato por inexigibilidade 25/2022.

O que diz ele? Está contratando por R$24 mil um “serviço técnico especializado de avaliação mercadológica de imóvel para atender a demanda específica da Administração. E qual é esta demanda específica: um terreno de 39.614.15m2, na Rua Itajaí, que pertencia à Furb, comprado pela prefeitura, pelo valor que a Furb precificou, R$14 milhões, dos quais R$10 milhões foram dados de entrada conforme exigência do vendedor. A situação mercadológica já é outra. Vai se trabalhar com a atual ou a que permitiu o negócio?

Volto. Ali, naquele terreno, Kleber, o vice Marcelo de Souza Brick, Patriota, e seus “çábios” dizem que vão construir um prédio para funcionar as principais repartições da prefeitura de Gaspar. Quando, como, a que custo e com que parceria, que também está nas entrelinhas e na falta de transparência dos gestores públicos de seus discursos e desculpas esfarrapadas, nada ou negócio pré-acertados de bastidores, nadinha de nada, até agora.

Perguntar não ofende: este laudo técnico de avaliação não deveria ter sido feito antes de se remeter o Projeto de Lei à Câmara de Vereadores para apreciação, debate e votação? Por que os vereadores que aprovaram o PL não o exigiram?

Como se vê, aqui em Gaspar o rabo sempre abana o cachorro. E a prefeitura está correndo atrás do seu próprio rabo depois que as coisas a pegaram e podem complicar no Ministério Público e no próprio Tribunal de Contas do Estado. O governo de Kleber, via o secretário de Planejamento Territorial, Jean Alexandre dos Santos, MDB, e que está em conflito com o gabinete do prefeito, é quem está fabricando documentos – ao menos é quem assina o edital – para conter minimamente as falhas e os possíveis danos de improbidade e prevaricação da turma. Simples assim!

Primeiro Kleber e o vice Marcelo, mandaram bananas para a realidade, a cidade, os agentes imobiliários de Gaspar e Blumenau que os advertiram para o suposto exagerado preço pedido pela Furb pelo terreno. Também zombaram de dois ou três vereadores que questionaram esta transação que lhes enfiaram de goela abaixo, e também de quem ousou tocar nesta ferida exposta, como este espaço.

Agora, com a cola no meio das pernas, tardiamente estão criando documentos oficiais, para acostar nos processos e se defenderem. Antes um parêntesis: este mercado imobiliário em Gaspar não é de todo desconhecido pela família de Kleber.

Retomando.

Tudo muito estranho. A Furb botou um preço e não conseguia vender este terreno no mercado por vários meses.

A prefeitura de Gaspar, sem negociar um tostão e nos prazos de pagamento, do nada, da noite para o dia, bancou os R$14 milhões quase à vista. A Furb ao invés de diminuir a dívida como se esperava, renegociou-a e colocou os R$10 milhões do negócio no caixa para fazer giro frente às necessidades urgentes e investimentos do presente.

Pior: a prefeitura ao enviar o Projeto de Lei para autorizar o pagamento, não juntou qualquer documento ou projeto do novo prédio da prefeitura que diz querer construir lá, peça justificativa fundamental para este tipo de PL se qualificar à votação no plenário. E os vereadores da Bancada do Amém nas comissões, os técnicos da Câmara que os suportam para que eles não votem em gato como se fosse lebre, nem os vereadores que deram o voto favorável como se fosse uma disputa de fla-flu sem partida de ida, pediram estes mínimos e obrigatórios documentos.

E para encerrar. O avaliador vai avaliar contra aquilo que já se aprovou na Câmara e se estabeleceu como Lei e se deu curso legal para o pagamento à Furb? Quem acredita nisso? E se por acaso acontecer de se chegar a uma avaliação menor? Bom aí, estará se assinando mais uma sentença de morte de Kleber. E o avaliador pago pela prefeitura fará isso contra Kleber? Meu Deus!

Só por essas dúvidas preliminares, esse documento só seria válido se a Justiça, a pedido do MP, ou se o TCE intervisse neste assunto. Por enquanto, este laudo que se está contratando muito tardiamente e fora do devido processo de um PL já aprovado, cumpre apenas um papel ritual de quem precisa se defender porque como homem de planejamento que se vende o tempo todo, Kleber falhou, ou os que estão obrigados a lhe ajudar e protegê-lo neste ambiente, deixaram-no com o pincel na mão. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Político profissional vive de eleições. O brasileiro, inclusive aquele que não tem acesso a saúde, educação, assistência social e passa fome, por manobras dos deputados federais e senadores está contribuindo com R$4,9 bilhões, repito bilhões para o Fundo Especial de Financiamento de Campanha, o tal fundo eleitoral

Soma-se ainda outros quase R$2 bilhões, repito, bilhões, do Fundo Partidário que vai para a sustentação de todos os partidos.

Escrito isso, é de se perguntar: qual a razão dos candidatos, na velha prática e diante de toda essa dinherama que se tirou do cidadão e cidadã, estar passando o pires em empresas, empresários e fazendo jantares por adesão para a sua campanha? Quem controla isso esse duplo financiamento?

O eleitor e a eleitora estão pagando duas vezes a mesma coisa: os bilhões tirados pelos congressistas em Brasília do Orçamento do Executivo e o que o candidato está “coletando”, às vezes até sob constrangimento neste pires que se passa nos grotões, aonde também chega parte desses bilhões é um mau sinal. É um indício claro de enganação e falta de transparência. Se faz isso em campanha, o que fará quando eleito?

A marquetagem da prefeitura de Gaspar faz manchete e comemora a “recuperação”, a partir de hoje, de menos de 120 metros da Rua José Vazuitem, no Centro. Ela foi danificada em fevereiro durante uma enxurrada, devido a drenagem mal dimensionada. Este lapso temporal para uma obra tão banal, mostra bem como falha a manutenção da secretaria de Obras e Serviços Urbanos, tocada por Luiz Carlos Spengler Filho, PP, bem como a razão de outra enxurrada: as das reclamações dos gasparenses.

Os bolsonaristas em Santa Catarina, a cada rara declaração de neutralidade de prefeitos em relação a apoiar o governador Carlos Moisés da Silva, Republicanos, comemoraram como se fosse gol. Que mudança! Já estão comemorando o zero a zero?

E por falar em Carlos Moisés. Daquela compra errada e mal explicada dos respiradores durante a pandemia, sob o recorrente manto da emergência devido a Covid-19, com pagamento antecipado sem se conhecer o equipamento, intermediário, fornecedor e que gerou um prejuízo de R$33 milhões em 2020 aos cofres do estado (nosso bolso), esta semana pingou de volta R$13 milhões nos cofres do estado devido uma decisão judicial.

O governo garante que tem indisponibilidade de bens dos fornecedores e envolvidos neste negócio, R$38,1 milhões, como garantia dos processos que move contra eles para reaver o que pagou e não recebeu ou que recebeu não funcionava para a finalidade da compra. Este episódio gerou uma CPI, dois processos de impeachments e foi um divisor de água do governador no relacionamento com os municípios e a sociedade. Antes ele estava recluso na Casa d’Agronômica.

O prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, estava decidido a mudar o seu secretário de Planejamento Territorial, Jean Alexandre dos Santos, MDB. O secretário – que já foi o de Obras e Serviços Urbanos no primeiro mandato de Kleber -, mandou dizer que de lá ele não sai e ninguém o tira.

E parece que não tira mesmo. Acorda, Gaspar!

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4 comentários em “MESES DEPOIS, SÓ AGORA KLEBER CORRE PARA PROVAR QUE É CERTO O QUE PAGOU PELO TERRENO DA FURB”

  1. BOLSONARO INSISTE EM RISCAR O FÓSFORO, por Vera Magalhães, no jornal O Globo

    O presidente Jair Bolsonaro parece ter feito um estoque ilimitado de caixas de fósforo para riscar de forma indiscriminada até as eleições. Isso não costuma resultar em nada produtivo, como se viu há um ano, no 7 de Setembro.

    Não basta ao presidente da República ofender, com adjetivos a cada dia mais pesados, os signatários da nova Carta aos Brasileiros e do manifesto das entidades patronais e de trabalhadores, ambos em defesa da democracia.

    Na lógica de fomentar o caos, Bolsonaro achou por bem antecipar sua participação no ciclo de sabatinas da Fiesp, não por acaso a idealizadora do manifesto, para 11 de agosto, dia do ato da leitura dos dois documentos na Faculdade de Direito da USP.

    O caldo de cultura para a primeira confusão está fermentando. Organizadores do ato em prol da democracia temem o encontro com apoiadores do presidente que podem se concentrar na Avenida Paulista, símbolo de manifestações políticas nos últimos anos, ainda que os eventos tenham horários distintos.

    Qual a necessidade desse tipo de provocação? É difícil, à luz da lógica que costuma reger as estratégias de uma campanha eleitoral, entender o que Bolsonaro julga ter a ganhar confrontando mais de 660 mil cidadãos brasileiros e algumas das principais organizações do país que pedem apenas respeito ao Estado Democrático de Direito.

    Ao reforçar em doses diárias de declarações apopléticas que se considera o alvo único dos dois textos, o presidente assina um atestado de que reconhece ser, aos olhos de amplos segmentos da sociedade civil do país que governa, um iliberal, antidemocrático.

    Sim, suas ações de achincalhe aos demais Poderes, ao sistema eletrônico de votações, aos adversários políticos, à imprensa e a qualquer instituição que não lhe preste reverência já o colocam nessa posição. Mas que ele vista essa carapuça de forma tão desesperada causa surpresa mesmo depois de quase quatro anos desse padrão de comportamento no poder.

    Se está tornando o 11 de agosto mais um dia de confronto, o que dizer do que o presidente vai construindo para a celebração do Bicentenário da Independência? Deu na veneta de Bolsonaro mudar o desfile do Rio da Avenida Presidente Vargas, onde tradicionalmente ocorre, para a orla de Copacabana — ou “inovar”, como anunciou em plena convenção que lançou o carioca Tarcísio Gomes de Freitas para o governo de São Paulo.

    Não combinou com os militares, não avisou o prefeito do Rio, Eduardo Paes, apenas fez o típico aceno para atiçar sua militância, desvirtuando o caráter nacional de uma festa que é de todos os brasileiros.

    Como sua característica é ir “aquecendo” a convocação para esses atos de cunho golpista que convoca, e de que participa desde o início de 2020, agora Bolsonaro já associou, em entrevista a uma rádio, diretamente o evento do Rio à contestação das urnas eletrônicas.

    Chama “seu exército” para a rua para defender a “transparência” das urnas, enquanto conta com a ambivalência do ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, que, depois de jurar lealdade à democracia diante do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, na semana passada, agora já está de volta ao script de chancelar a pressão do presidente sobre a Justiça Eleitoral.

    Pressão descabida e desinformada, aliás, uma vez que cobra urgência em obter informações que já estão disponíveis há nove meses.

    Tanto o presidente quanto os militares (sim, enquanto for o próprio ministro da Defesa a encabeçar esse roteiro, cabe a generalização) agem para incendiar o paiol às vésperas da eleição.

    Nem o recado altivo e inequívoco da sociedade de que não aceita essa brincadeira é suficiente para pará-los. E para isso estão prestes a usurpar duas datas importantes como parte dessa escalada.

  2. Na época a Câmara agiu com truculência contra a população gasparense que NÃO QUERIA A COMPRA DO TERRENO DA FURB.
    Tínhamos OUTRAS PRIORIDADES:
    SAÚDE,
    CRECHE,
    DRENAGEM.
    Pior que fechar os ouvidos, a mesa diretora das empoderadas Vereadoras Franciele, Zilma e Mara, CHAMARAM A POLÍCIA, ARMADA DE FUZIL. 👀😱😱😱
    Agora com a sopa fria, as EVIDÊNCIAS mostram que a MAIORIA dos nobres vereadores se meteram numa LAMBANÇA?

    Lembra da lei do retorno?
    Ela não falha…😁💪

    1. Bem lembrado. A aprovação precisou de fuzil. Outra, em Blumenau, o prefeito de lá comprou o Sesi, que é três vezes maior que o terreno daqui e tem muitas edificações (vários ginásios) e uma monumental, o estádio, sem dinheiro dos blumenauenses, por R$31 milhões. Aqui um terreno nu, bem menor, saiu R$14 milhões

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