Jorge Luiz Prucinio Pereira recentemente na tribuna da Câmara, sem máscara, apesar do protocolo exigir o uso
Depois do que vocês leram, viram e ouviram até aqui neste blog sobre este assunto é de se estranhar a razão pela qual a imprensa de Gaspar e regional – agora movida a verbas – não deu nada, nadinha de nada, sobre este belicoso assunto.
Ou ela está desinteressada da cidade, ou está com medo de processos muito comuns aos que se metem a besta em tocar nestas feridas que nunca se curam, ou quer ficar de bem e não perder às migalhas das verbas públicas.
Mas, muitos, agoniados, estavam atiçando e esperando o meu recado sobre este assunto. Esperei, propositadamente, para ver até aonde esta gente vai…
Ao mesmo tempo, este silêncio também mostra que o vereador Amauri Bornhausen, PDT, não quis fazer palanque político nas suas redes sociais, impulsiona-las, como seria normal e comum nos dias de hoje aos políticos na busca de espaços e aplausos fáceis.
Ele, parece-me, está tratando de um assunto sério para Gaspar e os gasparenses, o qual precisa ser resolvido, de forma equilibrada, organizada, profissionalmente, e que toco frequentemente.
Por isso, pago um preço caro, de forma solitária. É uma causa social. Se não se conter, não se resolver, como mostram os absurdos números, é um poço sem fundo, sem solução, e que um dia entrará em colapso definitivo por falta de dinheiro.
Amauri também, por enquanto, paga esse “preço caro”: o próprio PDT – que na aliança depende do empreguismo no governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e Marcelo de Souza Brick, PSD -, trata-o como patinho feio na vã esperança de assustá-lo, isolá-lo e até enquadrá-lo.
Retomo.
O governo de Kleber sentiu cheiro de enxofre no ar na terça-feira passada. Tanto que a sessão foi esvaziada e sintomaticamente com os mais papudos, os que enxergam em Amauri, um problema a ser detonado. A começar com o presidente da Casa, Francisco Solano Anhaia, MDB. Ele fez um discurso sobre as mortes na travessia de moradores da Margem Esquerda pela duplicada da BR 470 e se foi da sessão que durou 45 minutos, alegando ir tratar do assunto.
Estranhamente, o líder de governo, o mais longevo dos vereadores, José Hilário Melato, PP, tomou chá de sumiço. Cleverson Ferreira dos Santos, PP, ausente. E o vice-líder do governo, Ciro André Quintino, MDB, nem ocupou o espaço de defesa de Kleber. Ficou mudo diante de contundente explanação de Amauri.
E meio ao silêncio da mídia, e meu também, quase nula repercussão nas redes sociais, mas com muita nitroglicerina para ser usada, os “çabios” do governo Kleber não perderam tempo e partiram para o tudo ou nada. Escalaram dois emissários para sondar, testar e pedir – sob eventuais trocas – o silêncio do vereador Amauri e à mansidão dele para ser um membro fiel da Bancada do Amém.
Estiveram na casa de Amauri, o secretário do Planejamento Territorial, Jean Alexandre dos Santos, MDB, e o presidente da Comissão Interventora do Hospital, presidente do PSDB e secretário interino de Fazenda e Gestão Administrativa, por onde se controlam e fluem os recursos, Jorge Luiz Prucinio Pereira.
Amauri nega, o que parte da cidade já sabe e já foi transmitida em troca de mensagens entre os interlocutores e membros do governo.
Talvez, Amauri, ao negar o que não se pode mais negar, não queira acender o pavio além da conta, para reafirmar de que não está fazendo política com algo sério, o qual precisa ser resolvido em favor da comunidade.
Por outro lado, espera-se que Amauri não apague este pavio antes de gastar a nitroglicerina que possui em seu paiol. A sessão desta terça-feira dirá como Amauri vai usar o que guardou. Acorda, Gaspar!