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A CONTA QUE NÃO FECHA NO HOSPITAL DE GASPAR. MAIS DINHEIRO E MENOS ATENDIMENTO

Atualização das 12h40min. Entre tantos números oferecidos pelo Hospital de Gaspar aos requerimentos 106 e 108/2021 do vereador Amauri Bornhausen os quais eu os reproduzo abaixo, dois dados marcantes pontuaram o primeiro discurso do vereador na tribuna da Câmara na terça-feira passada sobre a performance do Hospital: um que mostra que se gastando mais este ano em oito meses na comparação com o ano passado inteiro e entregando menos atendimento e serviços. Ai, ai, ai.

E não tem essa de dizer que são momentos diferentes, com custos eventualmente contaminados para uma comparação minimamente equilibrada. Foram considerados os mesmos 20 leitos de UTI emergencial e durante o tempo de risco e custos de pandemia

A lâmina acima não deixa dúvidas quanto a isso.

O ano inteiro de 2020 foram feitos 216,5 mil procedimentos médicos (diagnósticos laboratoriais, radiológicos,, ultrassom, tomografia, consultas médicas, enfermagem, internações…) e ao custo de pouco mais de R$23,4 milhões. Este ano, só até agosto, repito, só até agosto, no corte da atual demonstração, foram feitos 140,2 mil procedimentos médicos, mas vejam só, ao custo de quase R$23,6 milhões.

E os atendimentos? Caíram de 41,7 mil em 2020, para 26,7 mil em apenas oito meses de 2021 e mesmo assim o custo pelos números disponibilizados e comparáveis se manteveram bem mais altos.

Ou seja, é um poço sem fundo de recursos públicos, naquilo que se ensaiou ser um senso de produtividade. Foi, mas às avessas. Impressionante!

E na lâmina abaixo o mesmo acontece com os custos médicos do Hospital. Amentou-se muito, ou seja, passou de 34% para 66% e se está entregando menos. Meu Deus! E tudo isso, porque há uma gestora especializada tocando o Hospital, em troca realizada recentemente.

No documento entregue ao vereador Amauri, esta discrepância não mereceu nenhum reparo do Conselho do Hospital – que, em tese seria o dono do Hospital -, da gestora especialista profissional criada de última hora em São José e contratada para colocar o “Hospital nos trilhos”, da Comissão Interventora, da secretaria da Saúde, do Conselho e Fundo Municipal de Saúde – o que sustenta tudo isso – e da própria prefeitura. Incrível!

Agora, talvez, diante da repercussão negativa para os gestores públicos e principalmente para os agente políticos, em plena campanha eleitoral, vai se correr atrás de explicações corretas, as normais de pega-bobos, além das costumeiras intimidações para que tudo fique como está, agonia perpétua com recursos públicos naquilo que é essencial e emergencial para a população carente.

Mesmo que haja essas explicações, o que mostra isso de forma insofismável?

Um desleixo da gestão do Hospital e da prefeitura sobre e com Hospital, ou então, à aposta de que o pedido do vereador, não seria lido e analisado adequadamente e com lupas, muito menos levado à tribuna por exata a supostamente pertencer a Bancada do

Amém, onde estão, em tese, onze dos 13 vereadores.

E desta vez os documentos foram analisados, como ele fala em seu discurso, mesmo oriundo da escola pública, que foi ofendida recentemente pelo secretário de Educação, o jornalista de Blumenau, Emerson Antunes, um curioso na área e posto aqui numa vaga política do deputado evangélico, Ismael dos Santos, PSD.

E tem gente que está tentando chutar o pau desta barraca que deixou o vereador Amauri armar mais uma vez, menosprezando à sua capacidade de discernimento perante à comunidade.

Mas, isso eu conto em outro artigo a seguir. Acorda, Gaspar!

Este é o teor do requerimento 108/2021 (31 de agosto) do vereador Amauri Bornhausen, PDT. Ele mostra que há um arsenal explosivo que se tenta conter depois da sessão de terça-feira.

À Diretoria do Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, solicitando informações e/ou cópia de documentos referentes ao referido Hosptital, conforme abaixo:

1. Prestação de contas mensal do hospital, do ano de 2021, com documentos que acompanham.

2. Cópia dos contratos com médicos celebrados em 2021, notas fiscais de prestação de serviço e escalas médicas.

3. Cópia do contrato com as empresas que fazem a gestão da escala de médicos.

4. Justificar critérios de escolha para contratar empresa que é responsável pela escala médica? Foi menor preço? Juntar cópia de todos orçamentos recebidos por e-mail, físico e correspondência.

5. Cópia dos contratos com a empresa HRS Gestão e Serviços em Saúde LTDA, exercícios de 2018, 2019 e 2020.

6. Cópia dos contratos celebrados entre a Prefeitura e o hospital de Gaspar nos anos de 2020 e 2021.

7. Informar quem é a pessoa responsável pela gestão do hospital e a forma de contratação, CLT ou prestação de serviço? Juntar cópia do contrato social, cartão CNPJ, relação de sócios e ou representantes. Ainda, os orçamentos que justificaram a contratação.

8. Apresentar mapa cirúrgico do hospital, de cirurgias realizadas pelo SUS, sejam consideradas de ‘emergência’ e eletivas, as respectivas remunerações pagas aos profissionais médicos e a forma que é feito o repasse para custeio da mesma.

9. Apresentar mapa cirúrgico, de procedimentos particulares, documentos que comprovem o tempo cirúrgico e o valor cobrado pelo Hospital dos respectivos ‘contratantes’, bem como a forma de pagamento (espécie, cartão, cheque e/ou afins).

10. Apresentar documentos comprobatórios da existência dos leitos de UTI do Hospital, suas respectivas escalas médicas, de equipe de enfermagem, coordenador dos setores, com respectivos nomes e contatos.

11. Apresentar dados de produção da internação nos leitos de UTI do Hospital desde janeiro de 2021.

12. Apresentar documentos dos custos de manutenção dos leitos de UTI, definido cada qual pelo seu centro de custos, a partir de janeiro de 2021.

13- Apresentar relatório detalhado, com fontes do recurso ( Municipal, Estadual e Federal) e sua devida aplicação para manutenção dos leitos de UTI 2021.

14. Apresentar, cópia dos registros de classe dos contratados e atuantes no Hospital (COREN-SC e CRMSC).

15. Cópia do processo de contratação de empresas, para formulação de projetos de engenharia/arquitetônicos das obras do hospital desde janeiro de 2021. Incluir todos os orçamentos e critério para escolha.

No dia oito de setembro, o vereador viu aprovado o requerimento 108/2021 para complementar o seu trabalho de fiscalização. Ele tinha este teor

à Diretoria do Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, solicitando informações e/ou cópia de documentos referentes ao referido Hospital, conforme abaixo:

1- Cópia das propostas e orçamentos das obras que ocorreram e/ou ocorrem no hospital desde janeiro de 2021;

2- Cópia dos orçamentos e das solicitações da contratação de empresa responsável por formular o planejamento do Hospital; e

3- Cópia de todos os contratos celebrados, com a finalidade de execução de ‘obras’ no respectivo hospital, e disponibilizar o contato da contratada.

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