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EX-SECRETÁRIA DA EDUCAÇÃO PROPÕE DISCRIMINATÓRIO REAJUSTE SALARIAL PARA A CATEGORIA EM GASPAR

Os pagadores de pesados impostos e que sustentam os políticos em suas gastanças e privilégios, se ainda não se recuperaram do desastre provocado pela pandemia e a política econômica errática, ainda estão desempregados, falidos, com salários achatados sem margens de recomposição, viraram empreendedores individuais ou sobrevivem de bicos.

Com a inflação alta – superando os dez por cento ao ano – criada pelas graves barbeiragens da política econômica do governo de Jair Messias Bolsonaro, sem partido, já há movimentações para os reajustes dos servidores públicos – e políticos – a partir do ano que vem quando a legislação restritiva vai cair.

É importante esta recomposição salarial seja no ambiente privado, seja no ambiente público. Como sempre, no privado, será sempre mais difícil, devido à natureza da atuação das chamadas forças de mercado.

Em Gaspar, a educadora e a ex-secretária de Educação do primeiro mandato de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e responsável pela queda do Ideb, a agora, vereadora Zilma Mônica Sansão Benevenutti, MDB, fez uma indicação na Câmara para agradar à corporação que representa.

A indicação pediu às secretarias de Educação e da Fazenda e Gestão Administrativa “estudos para possível melhora na remuneração salarial dos profissionais de educação da rede municipal de ensino a partir de 2022, com destaque especial para diretores de unidades de ensino, auxiliares de direção, coordenadores pedagógicos e na sequencia, professores e demais profissionais

Nada demais. É o papel dela. Talvez eu no lugar dela faria a mesma coisa, mas sem a discriminação que estampou no documento.

Ou seja, Zilma pediu reajuste primeiro para a elite de apenas uma categoria, a da Educação municipal, para os já que por estarem no topo da pirâmide funcional com melhores vencimentos, “os grandes da secretaria”, os que estão nos gabinetes, e depois, imperdoavelmente, para a tropa de frente, os PROFESSORES que estão na sala de aula, os que fazem verdadeiramente a secretaria funcionar e dar resultados para a sociedade.

Impressionante como essa gente política não tem medo de errar e desiquilibrar o jogo inclusive do ponto de vista social. Ou a ex-secretária acha que foi eleita vereadora só com os votos da elite da Educação municipal?

Pior. Na justificativa usou os professores como bucha de canhão para a sensibilização daquilo que Zilma quer ver recuperado aos de maiores vencimentos. Leia. Isto está escrito na sua Indicação. Não é invenção minha. Não é implicação. Não é… como sempre essa gente me acusa. “A análise citada se faz necessária pois a remuneração dos professores da rede municipal de ensino de Gaspar está em certa defasagem se comparada aos salários pagos aos profissionais da educação com habilitação, que atuam 40 horas semanais na rede estadual de ensino (R$5 mil) e na rede municipal de certos municípios, como Pomerode (R$3.879,60), Ilhota (R$3.614,07), Brusque (R$3.319,18), Jaraguá do Sul (R$3.618,35), entre outros. Cabe ressaltar que as remunerações citadas dizem respeito apenas ao salário base inicial, sem os demais benefícios inerentes à profissão e à carreira”

Então se pede para diretores, auxiliares de direção e coordenadores, mas se fundamente na suposta discrepância regional dos vencimentos dos professores? Gente estranha.

. “Isso pode, futuramente, acarretar na falta de professores para a rede municipal e um possível reajuste nos salários poderia garantir uma melhor qualidade de ensino, bem como fazer com que nossos professores permaneçam na rede municipal, e também fazer com que novos professores tenham interesse em ingressar na mesma”, justifica Zilma no documento.

“Além disso, é uma forma de valorizar os profissionais do magistério, vindo ao encontro do que defende a Meta 17 do Plano Municipal de Educação (PME), aprovado em julho de 2015, que diz ser necessária ‘…a revisão e reestruturação do plano de carreira, que tem como referência o piso nacional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII, do artigo 206, da Constituição Federal, a fim de equiparar o rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do 6º ano da vigência do Plano’ e a estratégia 17.8 que propõe assegurar, na forma da lei, recursos financeiros para valorização dos profissionais da educação da rede pública”.

Que coisa, não é?

Zilma foi secretária de 2016 a 2019, além dos números comprometedores do Ideb, ela não conseguiu fazer a revisão e reestruturação do plano de carreira, e agora se lançando como política lembrou daquilo que já deveria estar em curso e a partir dela? Acorda, Gaspar!

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