Reunião política ontem em Florianópolis: da direita para a esquerda: Anhaia,MDB; Ismael, PSD; Kleber, MDB; e Jorge Luiz Prucinio Pereira, PSDB.
Sem imprensa livre e investigativa, com as redes sociais amedrontadas, pouco se fala dos ciúmes e traições de bastidores do governo de Kleber, do seu vice Marcelo do Souza Brick, do PSD e do novo prefeito de fato o deputado Ismael dos Santos, evangélico, que está agora em campanha em dobradinha com Kleber, do Ciro André Quintino, do secretário de Fazenda e Gestão Administrativa, Jorge Luiz Prucínio Pereira (evangélico e presidente do PSDB entre tantos outros.
PONTO UM. O ex-prefeito de fato, presidente do MDB, ex-chefe de campanha, ex-secretário da toda poderosa da Fazenda e Gestão Administrativa que talhou para ele na cara reforma administrativa, Carlos Roberto Pereira, ainda não engoliu a sua saída do governo.
E está numa encruzilhada: se cruzar os braços corre o risco de perder Kleber e vê-lo ainda ganhar a eleição por outro partido. Então, contrariado, está na barca. Foi engolido por suas próprias tramas.
PONTO DOIS. Outro que está na mira de Kleber e dos evangélicos é o vereador Ciro André Quintino, MDB, com a fidelidade que ainda empresta à candidatura de Jerry Comper a deputado estadual.
Ciro tenta se equilibrar, procura um partido, mas quer gente que o sustente financeiramente, inclusive para ser candidato a prefeito em 2024. Por outro lado, nenhum empresário ou grupo político – por questões óbvias – quer bancá-lo antes dos resultados das eleições do ano que vem quando se saberá quem é quem neste novo xadrez político.
PONTO TRÊS. O que poucos da Bancada do Amém (MDB, PSD, PP, PDT e PSDB) entendem até agora é como o PP do secretário de Obras e serviços Urbanos, ex-vice de Kleber, Luiz Carlos Spengler Filho, trabalha tão solto com o mais longevo dos vereadores José Hilário Melato, diante das cobranças de fidelidade aos demais.
PONTO QUATRO. O PSD de Gaspar sem quadros, reconheça-se, mas com o possível comando do município quase na sua mão, desconfia que o futuro prefeito Marcelo de Souza Brick não terá compromissos com o time gasparense, mas com gente que lhe garantiu os empregos públicos quando ele deixou de ser vereador há muito tempo atrás por aqui.
Mesmo não lhe empregando, o deputado Ismael dos Santos, do PSD de Blumenau, a mando de Kleber já faz e desmanda por aqui.
PONTO CINCO. Qual será a governabilidade de Marcelo na atual Câmara que tem uma fidelidade canina a Kleber? Este ponto de inflexão ainda é uma incógnita. As pontas desta corda não podem estar soltas, nem a corda pode estar esticada nos primeiros meses de administração de Marcelo. Nos dois casos – solta ou esticada – haverá perdedores, inclusive o próprio Kleber na corrida pela vaga na Assembleia.
Depois da eleição, a história de amarrações terá outro capítulo. A política é assim mesmo. É dinâmica, e a regra é: trair e coçar é só começar.
PONTO SEIS. A pergunta que todos fazem é: se não for eleito, o que será feito do time de Kleber que ocupa hoje postos chaves na prefeitura, dele próprio e da vaidade familiar? Onde se empregará? E com quem? Como vai se estruturar a sucessão em 2024?
PONTO SETE. Caiu a ficha. Os “çabios” do paço e da política gasparense estão inconformados com o artigo OS NÚMEROS E A REALIDADE DELES QUE KLEBER TERÁ QUE BATÊ-LOS NA AVENTURA EM QUE LHE METERAM que postei ontem aqui.
São números, só números.
O inconformismo não é porque o artigo retrata uma realidade em números e que precisa ser vencida, mas porque esclarece algo que se esconde ou se manipula a analfabetos, ignorantes e desinformados, por gente sabida e certa do que faz no mundo ainda construído sobre areias movediças.
Os números sugerem muito trabalho. Será que essa gente não quer trabalhar?
HÁ MAIS PONTOS, mas… Acorda, Gaspar!