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A FALTA DE VISÃO NO LONGO PRAZO DOS GESTORES PÚBLICOS NÃO OS DEIXAM ENXERGAR ALÉM DO SEU UMBIGO

Vou usar apenas três exemplos, mas há dezenas deles entre nós.

No seu “Plano 1000”, o governador Carlos Moisés, sem partido, reservou R$7,3 bilhões para repassar em cinco anos aos maiores municípios catarinenses. O dinheiro, segundo ele são prioritariamente para os chamados projetos estruturantes, um neologismo criado entre técnicos e políticos que quer dizer o seguinte: algo que lida com a organização do futuro de uma comunidade ou necessidade.

Na verdade e de fato, o tal estruturante mostra como os governos, gestores públicos pensam, lidam e executam de verdade a favor do futuro dos seus cidadãos, cidades, estado ou país.

Itajaí, por exemplo, vai receber em torno R$226 milhões.

O prefeito de lá, o médico Volnei José Morastoni, MDB, já foi PT e deputado estadual, anunciou que estes recursos vão para um novo caminho de Itajaí a BR-101 – que vai favorecer o lado sul da cidade, onde está a Praia Brava, um amplo comércio e novo núcleo de condomínios.

Morastoni, ouvindo especialistas e escudando no seu Plano Diretor atualizado, aposta no bem estar de uma região e no desenvolvimento dela, livrando-a de um estrangulamento logístico e de mobilidade que a faria estagnar, perder valor entre outros. Isto é visão. É olhar o futuro suportar com estruturas mínimas necessárias ao projetado.

Gaspar vai receber algo em torno de R$73 milhões.

O que o prefeito então em férias fake Kleber Edson Wan Dall, MDB, anunciou como possível uso desses recursos? O asfaltamento da Vidal Flávio Dias, no Belchior Baixo, o asfaltamento de um trecho de cinco quilômetros faltante da Leonardo Pedro Schmitt, no Poço Grande, e o Parque Náutico – para os riquinhos se deliciarem -, como as principais obras beneficiárias destes novos e extras recursos estaduais.

De estruturante, talvez, a Leonardo Pedro Schmitt. Ela encurta caminho entre a região sul de Gaspar, ou de Brusque, para quem vai a BR-470 em direção norte da BR-101, via a ponte de Ilhota, usando uma parte da Jorge Lacerda. O resto é espuma, tanto é, que a Vidal Flávio Dias, o próprio Kleber quebrou a palavra dada em seu gabinete há quatro anos aos empresários que investiram lá e acreditaram naquilo que Kleber lhes falou.

O que é estruturante na área de mobilidade?

Encontrar saídas, ligações, integrações para dar qualidade de vida, segurança e promover o desenvolvimento ao futuro das pessoas e da cidade. Em Gaspar isso passa longe dos nossos governantes, que até se unem para barrar a duplicação da rodovia entre Gaspar a Brusque que o governo de Carlos Moisés quer fazer, ou então, cria gargalos como o trechinho dois do Anel de Contorno que se fez com pista simples, estreita, cara e com engenharia constrututiva e que já demanda reparos .

Ah, mas eu exagero outra vez, se queixam os políticos no poder de plantão que não querem observações críticas naquilo que estão obrigados a ser explicarem pois tem cargos públicos e usam recursos públicos.

Pode ser.

Mas, os prefeitos de Ascurra, Arão Josino da Silva, PSD, e agora presidente da tal Associação dos Municípios do Vale Europeu, e o de Indaial, André Luiz Moser, PSDB, ambos jovens, uniram-se sob as bençãos do governador Carlos Moisés e de deputados que representam a região deles, para uma obra em comum aos seus munícipes.

E com ela, vão da BR-470 – mesmo quando duplicada. É para dar mobilidade e promover o desenvolvimento de uma região seja no setor agrícola, pequenos negócios, ou no turismo. E por isso, vai se estruturar e asfaltar uma velha ligação ente os dois municípios.

Do total investido na obra, R$ 20,88 milhões serão repassados a Ascurra. Ela vai asfaltar um trecho de aproximadamente 4,5 quilômetros, e R$ 38,76 milhões para Indaial, responsável pela pavimentação de outros seis quilômetros. Cada município receberá R$ 1 milhão ainda em 2021. O restante dos recursos será repassado ao longo de 2022, conforme o andamento das obras. Os projetos elaborados pelos municípios já estão prontos. Os trabalhos incluem duas pontes, calçadas, ciclovias e estacionamento.

Já a ligação Gaspar a Blumenau pelo Gaspar Alto e Garuba, nem sonhar.

E por quê? Porque no imaginário dos políticos no poder de plantão daria pontos a outros políticos, ou gestores públicos que defendem esta ideia, e não à cidade e ao povo dela, os verdadeiros beneficiários, mesmo sendo algo estruturante que proporcionaria alternativa, mobilidade e desenvolvimento a novas regiões do município.

E todos estão pedindo votos para dois de outubro do ano que vem. Acorda, Gaspar!

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