Nenhuma foto feita no gabinete do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, após a volta das suas férias fake, diz melhor sobre o presente e o futuro político da cidade: um boneco na cadeira de prefeito. E depois sou eu quem exagero.
Esta gente brinca com coisa séria, manda recados públicos cifrados aos seus próprios supostos aliados internos do poder de plantão e quando desnudada para o povo analfabeto, ou ignorante, ou desinformado em política e suas tramas, ou para os religiosos da seita que pratica, fica resmungando pelos cantos e me praguejando. Tolinha.
A foto acima é, supostamente, para representar a produção artesanal de biscoitos natalinos daqui, que não se diferencia em nada de outras cidades vizinhas de nós. Mas, estar no gabinete e no lugar de Kleber tem um significado exemplar. E nada natalino, convenhamos.
Kleber para concorrer a deputado vai ter que renunciar e no seu lugar, vai ficar o vice Marcelo de Souza Brick, PSD.
A foto sugere que quem estará naquela cadeira será um boneco tão atraente quanto o da fantasia. Esses políticos não são fracos naquilo que sinalizam e até mesmo naquilo que estão obrigados a cumprir no acordo que fizeram para Kleber se reeleger sem concorrentes reais e ser par de Marcelo: a divisão do poder.
O PSD de Gaspar de Marcelo não consegue emplacar ninguém em postos chaves da administração de Kleber. Todos são de Blumenau, a começar pelo secretário de Educação, o maior Orçamento do município, o jornalista Emerson Antunes, um curioso na área e que já arrumou várias confusões por aqui exatamente por ser um neófito no que foi investido.
Emerson é aparentado, indicado e protegido do novo prefeito de fato de Gaspar, o deputado estadual evangélico de Blumenau, Ismael dos Santos, PSD, que quer fazer par com Kleber na campanha a estadual, para ir a Federal.
Não vou longe nas minudências desta guinada.
Ela tirou o presidente do MDB, o articulador de campanhas de Kleber, o ex-secretário de Fazenda e Gestão Administrativa que ele criou na cara reforma administrativa de 2017, e também ex-prefeito de fato, Carlos Roberto Pereira. Vou no que aconteceu nesta semana, a volta das “férias fake” de Kleber.
O prefeito eleito (Kleber) e o prefeito de fato (Ismael) em campanha por votos, fotos e narrativas nas redes sociais nas suas bolhas, numa cidade bem dividida pelos votos para ambos – e já sabem disso -, foram “lançar”, “inspecionar” as obras de Kleber e as que o deputado Ismael contribuiu com verbas do governador Carlos Moisés da Silva, sem partido, no orçamento impositivo para os deputados.
Na caravana de lançamento e inspeção, além dos dois prefeitos, o secretário de Educação e um vereador para ser uma caravana exclusiva evangélica. Já o possível futuro prefeito, Marcelo de Souza Brick, mesmo sendo do mesmo partido do que mandará na cidade, não estava na maioria das fotos. Sintomático, não é?
Pudera, o primeiro sinal de que será um boneco já aconteceu quando aceito ser par na chapa de Kleber, nas indicações que não pode fazer no governo e para completar, na semana passada, teve que tirar também “férias fake” para não assumir no lugar do titular e dar a vaga ao presidente da Câmara, Francisco Solano Anhaia, MDB, o novo cabo eleitoral exclusivo de Kleber.
E se Marcelo sonhar em ter independência quando e se assumir a titularidade da prefeitura, terá uma Câmara hostil. Simples assim e ele já foi avisado também. Que carma!
Este é o novo retrato da política e do governo de Gaspar. Acorda, Gaspar!
TRAPICHE
O prefeito de Chapecó, João Rodrigues, PSD, disse numa transmissão em uma rede social sua que está desistindo de ser candidato a candidato a governador do estado. O ex-governador Raimundo Colombo entra na parada e o ex-prefeito de Blumenau, Napoleão Bernades, continuará fritado.
Bobagem. Ele está desistindo após ver os números do padrinho Jair Messias Bolsonaro, PL, derreterem. Jogou a bomba toda no colo do senador Jorginho Mello, PL, e que não tem nada a perder. Continuará senador. João perderia a prefeitura.
O MDB está em pé de guerra. Tem até histórico, ex-deputado Valdir Colatto, pedindo a renúncia do presidente do Diretório catarinense, o deputado Celso Maldaner, exatamente por não conseguir conduzir a escolha de um candidato ao governo do estado em dois de outubro do ano que vem.
Já os deputados estaduais querem o atual governador Carlos Moisés da Silva, sem partido, filiado ao MDB e candidato a reeleição. Pudera, Carlos Moisés tem sido uma “mãe” para eles.
Exagero de políticos em tempo de campanha eleitora O deputado Padre Pedro, PT, mandou R$100 mil do governo do estado via emenda parlamentar para as obras de pavimentação da Rua Itália.
O vereador Dionísio Luiz Beroldi, PT, na sua rede social, garantiu que estes recursos dão para concluir a obra. Ele sabe que não.