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UM CANDIDATO DAS ELITES EMPRESARIAIS E RELIGIOSAS, MAS COM OS VOTOS DOS DESVALIDOS E FIEIS

O ensaio da candidatura do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, a deputado estadual é um somatório várias probabilidades à espera do seu próprio destino. E essa espera tem sido angustiante para os seus próprios protagonistas como me relatou esta semana, um dos feiticeiros dessa poção mágica.

“Tudo é tão incerto”, reclamou ele sobre o que se passa nos cenários do Vale do Itajaí, no estado e no âmbito nacional. “Não se tem controle de nada”, observou com ar de reprovação à minha liberdade de pensar. E por quê deveria se ter? Se isso fosse possível não haveria eleições e disputas, a essência do jogo democrático, com as suas nuances de deslealdade, traição e escolhidos.

Primeiro, a candidatura de Kleber é fruto do medo de um jogo que se iniciou lá no ano passado, quando se teve a certeza de que haveria eleições, e não um mandato tampão como queriam muitos políticos espertos e sem votos usando a Covid como desculpa. Lembram-se dessa tentativa?

E para não correr riscos de perder a reeleição e o poder, os “çábios” que cercam Kleber fizeram um acordo com Marcelo de Souza Brick, PSD, para ser vice. E agora chegou a hora de cumprir esse acordo, ou então se passar por caloteiros.

Segundo, orientados pelos mesmos “çábios”, esta candidatura de Kleber a deputado estadual é do oportunismo e da mera vontade de um grupo da elite local que diz defender Gaspar. Não há consenso sobre a importância deles. Este grupo que se autoqualifica de “notáveis”, diz ser o Conselho da Cidade – escreverei sobre esta falsidade outro dia – por nomeação do próprio Kleber. De verdade, na lei, não o é.

Porque se fosse, teria outras atribuições pelo próprio Estatuto das Cidades, do que lançar candidatos políticos a prefeito, ou ao parlamento estadual, federal… Estes “conselheiros” por atribuição legal, primeiro deveriam rever o Plano Diretor – desavergonhadamente desatualizado e engavetado -, uma colcha de retalhos a serviço de pequenos interesses e notoriamente contra o futuro organizado da cidade de Gaspar.

E a incoerência só aumenta.

O anúncio informal – fora do diretório e do consenso partidário estadual – da candidatura de Kleber, ocorreu exatamente quando se inaugurava uma obra que simboliza o fracasso do administrador contra o futuro da cidade, a mobilidade urbana e novos fluxos expressos com a duplicada BR-470.

O trechinho dois do Anel de Contorno é estreito, pista simples, cheio de defeitos e dúvidas, contrastando, vejam bem, com o que fizeram empresários do ramo imobiliário e de infraestrutura em outros trechos do mesmo Anel de Contorno. Foram exemplares. Infelizmente, as lições não apreendidas pelos “conselheiros da cidade” e pelos administradores eleitos pelo povo.

Terceiro: misturaram política que é coisa do demo com religião no meio dessa candidatura.

Ou seja, não é Kleber candidato nem de Gaspar, nem do Vale do Itajaí, nem dos empresários que estão metidos nesta aventura. Ele é, simplesmente, um projeto de poder das igrejas evangélicas neopentecostais no parlamento brasileiro, nas esferas políticas e administrativas, e até mesmo no Judiciário como se viu muito recentemente na escolha de um ministro do Supremo. É também um projeto familiar.

Tudo com os votos dos desvalidos, os desempregados, os falidos e mesmo assim, pagadores de pesados impostos, bem como os fiéis das seitas em igual situação.

Retomando e finalizando.

O que é tudo incerto, segundo este meu interlocutor que pediu várias vezes para eu não tocar neste assunto e tocando, não o revelar? A segunda parte respeitarei. Tenho palavra.

É que para tudo isso dar certo, antes é preciso combinar com os russos e o meu interlocutor confirma que “a coisa está russa” até com os russos e sem perspectivas de que se possa combinar alguma coisa neste momento.

Bolsonaro não é mais um puxador de votos, segundo as pesquisas mais recentes.

E não sendo ele um puxador de votos, com quem os evangélicos e conservadores vão amarrar o bode? No Sérgio Fernando Moro?

Kleber é, por enquanto, do MDB, então quem será o candidato do MDB no Brasil e em Santa Catarina? Terá chances? Os evangélicos o acompanharão? Onde vai estar Carlos Moisés da Silva, neste jogo todo? Como se dará sustentação no caso de se pedir o voto Frankstein?

E se não bastasse isso tudo, ou seja, antecipar-se ao xadrez de bastidores, verdadeiramente, onde estarão as lideranças políticas e as evangélicas do Vale do Itajaí que não acompanham o deputado Ismael dos Santos, PSD, o padrinho de Kleber e novo prefeito de fato de Gaspar?

Para esse meu interlocutor e que está no meio desta embrulhada toda, as definições tardias e próximas ao limite de abril do ano que vem, enfraquecem, no entender dele, os jogos de alianças e composições por aqui, no Vale e no estado. “Estamos cansados” resumiu em uma ponta da conversa.

Cansado? Hum! O esquenta do jogo nem começou. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

No dia primeiro de dezembro dei esta manchete aqui DITRAN DE GASPAR DEIXA CONTRATO DE PARDAIS VENCER, PRIORIZA LOMBADAS FÍSICAS E ACIDENTES AUMENTAM

Estamos no dia 23 de dezembro.

Triste é constatar que a imprensa local, que se diz influente e bem informada, noticiou que não sabia à razão no sábado e nesta quarta-feira a razão das lombadas eletrônicas estarem desligadas.

E depois do desligado da cidade sou eu.

O PT voltou a fazer o que sempre fez bem: lidar com pobres. “O PT de Gaspar uniu forças contra a fome”, encheram as redes sociais e distribuiram centenas de cestas básicas. Fizeram bem.

Mas, quem deu esta oportunidade: a política econômica desastrosa de Jair Messias Bolsonaro, PL, e a desassistência social de Kleber tocada pelo PP do mais longevo dos vereadores de Gaspar, José Hilário Melato.

A rádio Sentinela do Vale, a mais antiga emissora de rádio daqui, que sai do AM e vai para a FM, com a morte dos irmãos Alcides e Léo, passa por uma transformação societária que pretende deixar Benvindo Miglioli como único dono.

Mas, não está sendo fácil esta tentativa.

E para encerrar uma nota antiga de um caso antigo, que se repetiu este ano em Centros de Educação Infantil de Gaspar, que resolveram fazer festividades alusivas ao Natal. Naqueles onde predominam a filosofia Paulo Freire, o Natal não tem cristo e nem Papai Noel.

Num caso é suposto respeito à liberdade religiosa como se aqui houvesse predominância de religiões que não as de fé cristã e outra, para não causar constrangimento aos que não podem acreditar na fantasia do papai noel. Triste como adultos censuram o imaginário infantil por causas ideológicas ou em nome de minorias.

E para encerrar, uma pergunta que não quer calar: QUEM FOI MESMO QUE ASSINOU O DECRETO QUE AUMENTA OS IMPOSTOS – INCLUINDO O IPTU – E MULTAS MUNICIPAIS DE GASPAR NO PRÓXIMO ANO PARA OS ABSURDOS 10,74%?

O ex-prefeito interino, o presidente da Câmara, Francisco Solano Anhaia, MDB. Este foi o grande feito da curta administração de cinco dias dele. A Unidade Fiscal do Município, agora é de R$135,93. De mãos lavadas, o candidato Kleber agradece pela prestação serviço necessário. Acorda, Gaspar!

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