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FELIZ NATAL, PREFEITO. JESUS, O POBRE, O DA MANJEDOURA, É UM AVISO ESQUECIDO EM QUEM PODE MUDAR

Se neste ano eu tivesse que mostrar uma foto-balanço do governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB – o religioso, o tocador casual de trombone na Banda Salmos do templo, o exemplo familiar bem sucedido que se exibe diariamente nas suas redes sociais, e de Marcelo Souza Brick, PSD, eu repetiria a foto e o texto que escrevi sobre Centro de Educativo Maria Hendricks no dia sete de dezembro, o início do Advento para os cristãos.

O título daquele artigo – e que ao menos já está rendendo, finalmente, uma atenção do Ministério Público e todos no poder de plantão juram que não vai dar em nada, pois se acham com o corpo fechado – era: GASPAR NÃO APENAS FALHA, MAS BEIRA AO DESCALABRO NA PROTEÇÃO A CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Repetir o texto eu não vou. Está lá. É só revisita-lo.

Mas, nesta véspera de Natal, a da tradicional troca de presentes – aos que puderam comprar – e da ceia farta para alguns, é preciso não perder a ternura e apontar os vilões que se vestem com a fantasia do Papai Noel como se nós estivéssemos ainda no gelado e isolado, repito, isolado, no Polo Norte.

A realidade é outra. Bem outra.

Elegemos governantes para gerir racionalmente os nossos pesados e sempre escassos impostos engolidos pelos políticos, para fazer obras, mas principalmente, como Moisés – para não fugir dos enunciados da Torá e da Bíblia – nos retirar da escravidão (Egito) e nos levar livres à terra prometida (Canaã). É o sonho individual e coletivo. É o que nos move. E quando perdemos este destino, perdemos a vida ou a razão dela.

O que aprisionam as pessoas?

A pobreza, a dependência de poderosos e sacanas que usam a pobreza, a ignorância como massa de seus desejos, principalmente na dissimulação e manipulação dos votos livres.

Libertar pobres da falta de pecúnia e lhes dar a autodeterminação, é lhes dar autonomia, trabalho e renda, para que decidam sobre seus destinos e suas escolhas, incluindo o mínimo e o teto digno. E nisto, o evangélico, o modelo de bom moço, político e administrador público Kleber falhou clamorosamente, contra o senso cristão, contra as pessoas frágeis, os vulneráveis e a cidade.

A lista é longa. O leitor e a leitora deste blog está minimamente informado. Não vou chover no molhado.

Para continuar político, candidato e amigo dos poderosos, Kleber, movido por seus “çábios” e interesses “religiosos”, preferiu o marketing, a propaganda, a falta de transparência, o jogo do poder e neste balaio, entre outras ações semelhantes, deu a secretaria de Assistência Social a um curioso que sequer conseguiu ser reconhecido pela sociedade gasparense para se eleger vereador pelo PP de José Hilário Melato: Salésio Antônio da Conceição.

E pior. Este mau sinal deste ano é apenas um resultado deste ano. É de tudo que se fez para desmontar as ações primárias e organizadas nesta área. Um dos primeiros atos do governo Kleber, então ainda em parceria com Luiz Carlos Spengler Filho, PP, em 2017, foi o de levar à Câmara o corte da lei que obrigava a prefeitura aportar recursos do Fundo da Infância e Adolescência.

Quer pior sinal do que este? É um sinal de política e não de um mero erro, num ano qualquer destes cinco que Kleber governou.

Para finalizar.

Elegemos políticos para entre outras coisas diminuir à diferença social. É difícil este desafio, reconheço, mas é necessário. É preciso liderar com ações, exemplos e resultados. E este ato deve ser permanente para o ateu e o que diz professar alguma fé onde o pobre é o centro da compaixão, não a de fachada, mas a que está nas leis sagradas que diz ser fiel.

Não podemos aceitar e até mesmo conviver, com poucos com mesas fartas e outros sem nada, sem perspectivas, sem programas permanentes de inclusão mínima naquilo que os tornou vulneráveis, dependentes e apartados do básico.

Aliás, isto antes é um ato de cidadania, não exatamente de fé. Dar esmolas, ou se lembrar desses desafortunados em ocasiões especiais como o Natal, é de fato, não ser apenas cristão, mas humano. Mas, não deveria ser só no Natal, devido ao simbolismo da data.

E esta conta da indiferença, cada vez maior dos políticos, virá e contra nós mesmos, o que temos, o que se omitimos, o que aplaudimos políticos desconectados com a a realidade e do senso de inclusão via políticas públicas que diminuam as diferenças sociais entre todos.

Os políticos fazem discursos, distribuem recursos que não são seus como esmolas olhando o voto e a dependência, mas não são capazes de combater as desigualdades gritantes. Criam outras. É só olhar as votações neste fim de ano das Câmaras Municipais, Assembleias e Congresso.

O indecoroso prevaleceu. Eles se salvaram. E nós ficamos com a parte do sacrifício. O tal fundão não deixa nenhuma dúvida disso diante daquilo que se destinou a Educação, Saúde, Assistência Social, ou seja, as pessoas desassistidas ou que precisam como no Mito da Caverna, ver a luz para se autodeterminar.

E para reflexão aos que se deixam levar pela palavra de Deus neste dia especial para os que acreditam nela e nos ensinamentos de Jesus Cristo:

“Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” (Isaías 53:5)

TRAPICHE

A morte neste ano do “papai noel” na Margem Esquerda, quando caiu da carroceria de um caminhão numa transgressão ao Código Nacional de Trânsito, não foi suficiente nem para alertar os demais, muito menos para a Ditran – Diretoria de Trânsito – agir. Eles se multiplicaram. O perigo também.

Na edição impressa do jornal Cruzeiro do Vale de hoje, por ser natalina e comercial, não teve coluna. É para não estragar o espírito.

Desabafo e ao mesmo tempo um exemplo. O vereador Dionísio Bertoldi, PT, e em tese, o único opositor ao governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, fez um balanço: conseguiu R$720 mil este ano de emendas impositivas para obras e projetos em Gaspar dos deputados Padre Pedro (estadual) e Pedro Uczai (federal), ambos do PT e candidatos à reeleição.

“Fiz tudo isso sem diárias, sem despesas de viagens, sem uso do motorista da Câmara”, enfatizou Dionísio. Viu como é possível? Sempre escrevi isso aqui. Tem gente tremendo de raiva com essa possibilidade.

A Câmara de Gaspar “devolveu” R$750 mil do seu orçamento deste para os cofres da prefeitura com a recomendação que usasse em máquinas e equipamentos na secretaria de Obras e Serviços Urbanos. Bobagens. E por quê?

Primeiro a Câmara não pode rubricar estes recursos quando os devolve – e isso já deu confusão no passado. Segundo, para que mesmo novos equipamentos quase tudo lá é terceirizado?

Terceiro e só para comparar e no mesmo item de máquinas e equipamentos, o vereador Amauri Bornhausen, PDT, em tese governista e da Bancada do Amém que reúne onze dos 13 vereadores, conseguiu uma retroescavadeira e um caminhão para Gaspar, respectivamente no valor de R$315 mil e R$214 mil, via a deputada Paulinha Ana Paula da Silva), sem partido. Vão faltar obras para estas máquinas e caminhões.

A foto de confraternização do PSD de Gaspar que o vice-prefeito Marcelo de Souza Brick espalhou nas redes sociais com o deputado Ismael dos Santos, PSD, mostra bem o tamanho do fusquinha para colocar o partido daqui.

Feliz Natal, o cristão, o que pensa nos desafortunados não só materialmente, mas daqueles que convivem com superações e os que perderam as esperanças de que serão olhados como gente, e não apenas como bobo eleitor, como estorvo…

O blog não está de férias. Sempre terá novidades por aqui.

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